�NDICE 1. ECOLOGIA 2. ECOSSISTEMAS
2.1. INTRODU��O 2.2. BIOSFERA vs.FOTOSS�NTESE
2.3. OS COMPONENTES DO ECOSSISTEMA 2.4. A PIR�MIDE DE ENERGIA
2.4.1. FLUXO DE ENERGIA 2.4.2. FLUXO DE MAT�RIA 3.
OS CICLOS BIOGEOQU�MICOS 3.1. INTRODU��O 3.2. A ENERGIA NO ECOSSISTEMA
3.3. NUTRIENTES 3.4. TIPOS DE CICLOS 3.4.1. CICLO DA �GUA
3.4.2. CICLO DAS ROCHAS 3.4.3. CICLO DO CARBONO
3.4.4. CICLO DO OXIG�NIO 3.4.5. CICLO DO NITROG�NIO
3.4.6. CICLO DO C�LCIO 3.4.7. CICLO DO F�SFORO 3.4.8.
CICLO DO ENXOFRE 4. FATORES DE DESEQUIL�BRIO AMBIENTAL 4.1. INTRODU��O
4.2. CONCENTRA��O DE POLUENTES NOS N�VEIS TR�FICOS 5. METAIS PESADOS
5.1. EFEITOS T�XICOS CAUSADOS PELO MERC�RIO 5.2. USO DO MERC�RIO NO BRASIL
5.2.1. HIST�RICO 5.2.2. MERC�RIO COMO CONTAMINANTE AMBIENTAL
5.2.3. A CONTAMINA��O POR GARIMPOS DE OURO 5.2.4. O ACIDENTE DA BA�A DE MINAMATA
5.2.5. AS DIFEREN�AS ENTRE A AMAZ�NIA E MINAMATA 5.3. EFEITOS T�XICOS CAUSADOS PELO CHUMBO
6. POLUI��O DA �GUA 6.1. A CHUVA �CIDA
7. POLUI��O DA ATMOSFERA 7.1. EFEITO ESTUFA 8.
POLUI��O DO SOLO 9. BIBLIOGRAFIA 1. ECOLOGIA O termo ecologia foi utilizado pela primeira vez em meados de 1870 pelo bi�logo alem�o Ernst Haeckel, disc�pulo de Charles Darwin, para designar a ci�ncia das
rela��es dos organismos com o meio ambiente. A palavra ecologia deriva de duas palavras de origem grega: olkos, que significa casa, ou em um sentido mais amplo, ambiente, e logos, que quer dizer ci�ncia ou estudo. Dessa forma, ecologia significa ci�ncia do ambiente, ou, em uma defini��o mais completa, pode ser entendida como a ci�ncia que estuda as rela��es entre os seres vivos e o ambiente onde vivem. Atualmente, a designa��o que
tem sido mais utilizada, define a ecologia como sendo a ci�ncia que estuda os ecossistemas. Os n�veis de organiza��o e os �mbitos da ecologia Nos dias atuais, a ecologia passou a ser um dos temas de maior destaque nos meios de divulga��o. Isso se deve em grande parte aos desastres
ecol�gicos que se sucedem n�o apenas em nosso pa�s mas tamb�m em v�rios outros, de tal maneira, que a ecologia passou a adquirir grande import�ncia pr�tica. O Homem � o ser vivo que mais agride o ambiente em que vive, sendo que at� certo tempo atr�s ele acreditava que poderia interferir no meio ambiente da maneira que lhe fosse mais conveniente. Aos poucos, por�m, ele foi percebendo que o descarte inadequado dos subprodutos de suas
ind�strias, o uso indiscriminado de agrot�xicos, e o descuido com rios, lagos e fontes n�o s� acabava com a vida existente nesses meios, mas tamb�m trazia enormes transtornos a ele pr�prio, pois uma vez que o Homem alterava o meio onde vivia, a natureza lhe respondia cada vez mais de uma maneira mais r�spida e r�pida. Hoje em dia se faz necess�rio conhecer as no��es b�sicas da ecologia, ou seja, aprender como os seres interagem com
o ambiente e verificar o papel deles no equil�brio ecol�gico. Sem sombra de d�vida, o Homem j� fez progressos consider�veis na tentativa de recuperar os ecossistemas que foram destru�dos e de preservar aqueles que poderiam ser atacados. Um exemplo disso foi o encontro da comunidade cient�fica 2. ECOSSISTEMAS 2.1. INTRODU��O No
in�cio da forma��o do planeta, existia uma grande camada de gases, constitu�da basicamente de metano, am�nia, vapor de �gua e hidrog�nio. Com o passar do tempo, o planeta foi se resfriando, o que permitiu um ac�mulo maior de �gua, originando os primeiros mares, ou mares primitivos. Paralelamente a isso, a Terra �a sendo bombardeada constantemente pelos raios solares que faziam com que transforma��es f�sicas e qu�micas nos componentes da atmosfera
e da crosta terrestre fossem ocorrendo. A partir desse momento, a vida se originou e nunca mais deixou de existir no planeta. Com o aparecimento dos seres vivos, uma nova entidade passou a fazer parte da constitui��o do planeta, ou seja, al�m da litosfera, hidrosfera e atmosfera, a Terra passou a contar com a biosfera. A biosfera compreende todos os lugares do planeta onde existe vida. As camadas que envolvem o planeta recebem a termina��o �sfera�
devido ao formato esf�rico da Terra. Assim sendo, pode-se montar uma tabela para ilustrar o nome e o significado de cada um.
internacional em conjunto com pol�ticos em junho de 1992, na cidade do Rio de Janeiro, na confer�ncia que ficou conhecida como ECO-92,
durante a qual foram discutidas solu��es e responsabilidades de problemas que s�o comuns aos pa�ses. O ponto alto desse encontro foi a elabora��o da Carta da Terra. Em contrapartida, a sa�da dos Estados Unidos, um dos maiores poluidores do meio ambiente, do Tratado de Kioto foi uma prova cabal que n�o s�o todos que aprenderam com as respostas da natureza. A defesa americana � simplesmente insustent�vel, pois alega que com a assinatura do Tratado, a ind�stria americana teria que se adequar a uma
nova pol�tica de controle de emiss�o de gases poluentes, e isso levaria a ind�stria a ter gastos extras e a ter que fazer cortes de pessoal, o que poderia gerar uma crise na ind�stria americana e, conseq�entemente, levaria a uma crise na economia mundial.
2.2. BIOSFERA vs FOTOSS�NTESE
Uma afirma��o que se pode fazer a respeito da biosfera � que a sobreviv�ncia de todos os seres vivos que a comp�em, com exce��o de um pequeno grupo de seres procariontes quimiossintetizantes, depende, em uma �ltima an�lise, dos organismos clorofilados. Estes, por meio da fotoss�ntese, produzem o alimento que � utilizado por todos os outros seres vivos. Como subproduto da fotoss�ntese, as plantas liberam oxig�nio, que � fundamental para a respira��o de todos os seres vivos, sejam eles animais ou vegetais. Esse tipo de depend�ncia que existe entre animais e vegetais � apenas um dos muitos exemplos de intera��es que ocorrem na biosfera.
Como regra, popula��es de esp�cies diferentes devem viver em constante intera��o, formando as comunidades bi�ticas, ou biocenose. A biocenose depende do conjunto de fatores f�sicos e qu�micos do meio, freq�entemente chamado de bi�topo. Uma comunidade bi�tica em intera��o com o conjunto de
condi��es f�sicas e qu�micas, da regi�o onde ela habita, constitui um ecossistema. Assim, temos:
BIOCENOSE + BI�TOPO = ECOSSISTEMA
2.3. OS COMPONENTES DO ECOSSISTEMA
Um conjunto de seres vivos e o meio onde eles vivem, com todas as intera��es que estes organismos mant�m entre si, formam um ecossistema. Qualquer ecossistema apresenta dois componentes b�sicos: o componente bi�tico, que � representado pelos seres vivos, e o componente abi�tico, que � representado pelas condi��es qu�micas e f�sicas do meio.
Em qualquer ecossistema, os representantes do componente bi�tico podem ser divididos em outros dois grupos: os aut�trofos e os heter�trofos. O termo aut�trofo � usado para designar os seres fotossintetizantes que conseguem captar a energia luminosa e utiliz�-la para suprir suas necessidades energ�ticas. J� o termo heter�trofo � usado para denominar os organismos que necessitam captar, do meio onde vivem, o alimento que lhes forne�a energia e mat�ria-prima para a sua sobreviv�ncia. Dessa forma, os seres aut�trofos s�o ditos produtores dos ecossistemas, pois s�o eles que produzem toda a mat�ria org�nica e energia que ser� utilizada como alimento por outros seres vivos. � por meio deles que toda a energia necess�ria para a manuten��o da comunidade bi�tica entra no ecossistema.
Estrutura b�sica do ecossistema
Os heter�trofos s�o os consumidores dos ecossistemas: eles apenas utilizam o alimento produzido pelos aut�trofos para assim sobreviver. Um grupo muito particular de heter�trofos s�o os decompositores, pois estes se utilizam de mat�ria org�nica morta como fonte de alimenta��o. Os decompositores s�o de grande import�ncia, pois � a partir deles que muitos nutrientes s�o devolvidos ao meio ambiente, tornando assim c�clica a perman�ncia desses nutrientes, conforme ser� visto mais adiante.
Em termos de fatores abi�ticos, estes podem ser classificados em f�sicos e qu�micos, sendo que temperatura, luminosidade e umidade s�o exemplos de fatores f�sicos. Entre os fatores qu�micos, pode ser citada a presen�a de �gua e de minerais no solo.
Ambiente terrestre (esquerda) e ambiente aqu�tico (direita).
Dentre os fatores f�sicos, a radia��o solar � a que ocupa lugar de destaque, pois ela � quem comanda a maioria dos outros fatores. Dela prov�m toda a energia necess�ria para a sobreviv�ncia dos seres vivos, al�m de ser ela a respons�vel pela manuten��o da temperatura no planeta. Essa manuten��o da temperatura � fator fundamental na distribui��o dos seres vivos na superf�cie da Terra. Al�m disso, a radia��o solar tamb�m afeta outros fatores clim�ticos como umidade relativa do ar, pluviosidade, etc.
Com rela��o aos fatores qu�micos, pode-se dizer que a presen�a ou aus�ncia de um determinado elemento na �gua � decisiva para a manuten��o da vida em um dado ambiente. Por exemplo, a presen�a de f�sforo, encontrado na forma de fosfato em alguns tipos de rochas, � fundamental, pois o f�sforo � constituinte importante da mat�ria viva. Outros elementos, como o c�lcio, o boro, o carbono, o nitrog�nio e o oxig�nio, s�o essenciais para a manuten��o da vida, tanto animal quanto a vegetal, sendo que esses elementos ficam presentes no meio ambiente em uma forma c�clica, ou seja, de alguma maneira eles s�o retirados do meio, cumprem o seu papel, seja formar uma prote�na ou um �cido nucl�ico, como no caso do nitrog�nio, seja a de um fosfolip�dio no caso do f�sforo, e, de alguma forma, eles devem retornar ao meio para novamente se tornarem parte do ciclo.
Pela figura anterior, fica evidente a forma como a energia solar � transferida e utilizada por todos os seres vivos. Inicialmente, a energia que � produzida pelo sol e que chega � Terra � suficiente para que as plantas consigam realizar a s�ntese de mat�ria org�nica por meio do processo de fotoss�ntese, ou seja, esse processo fornece toda a energia necess�ria para os processos vitais e para que as plantas possam crescer e se desenvolver. Nesse processo de crescimento e desenvolvimento, as plantas v�o produzindo e armazenando energia, sais minerais e mat�ria org�nica, que v�o ser posteriormente passados para os organismos superiores, via cadeia alimentar.
A mat�ria org�nica que foi sintetizada pelas plantas cont�m energia, que por sua vez vai servir de alimento para manuten��o de processos vitais e de crescimento para os animais. Inicialmente, essa energia � passada aos herb�voros e, em seguida, � passada via cadeia alimentar a todos os outros organismos superiores, inclusive o Homem. Caso esse mecanismo de transporte seja interrompido em algum ponto, a decomposi��o da mat�ria org�nica por a��o de bact�rias e fungos, faz com que todos os nutrientes voltem ao solo e possam ser reabsorvidos novamente, dando continuidade ao ciclo.
O esquema apresentado ilustra o conceito de cadeia alimentar, e inerente a esse conceito est� o conceito de n�vel tr�fico, que ser� discutido um pouco mais tarde, mas de antem�o j� � poss�vel perceber que cada organismo ocupa um lugar pr�-determinado na cadeia alimentar, e em virtude de sua coloca��o na cadeia depender� a sua coloca��o em um n�vel tr�fico ou n�o.
2.4. A PIR�MIDE DE ENERGIA
A pir�mide de energia mostra uma conseq��ncia natural das leis da termodin�mica, ou seja, parte da energia � dissipada ao passar de um n�vel tr�fico para outro, e em cada n�vel a energia � transformada, nunca criada. Al�m disso, ela indica os n�veis de aproveitamento ou produtividade biol�gica da cadeia alimentar.
Exemplos de pir�mides de energia
2.4.1. FLUXO DE ENERGIA
Uma das caracter�sticas mais marcantes dos ecossistemas � que os organismos que os comp�em podem ser agrupados de acordo com seus h�bitos alimentares. Nesse caso, cada grupo em particular constitui aquilo que costuma se denominar n�vel tr�fico. De acordo com essa defini��o, o n�vel tr�fico nada mais � que o lugar onde cada grupo de organismos ocupa em um determinado ecossistema. A seq��ncia dos n�veis tr�ficos representa o caminho que tanto a energia como a mat�ria percorre em um ecossistema.
A fonte de energia que mant�m qualquer ecossistema � o Sol. Assim, a energia luminosa proveniente do Sol � captada e metabolizada pelos produtores, que na sua maioria s�o seres fotossintetizantes, portanto aut�trofos. Incluem-se nesse grupo os vegetais clorofilados e os organismos quimiossintetizantes (algumas bact�rias). Posteriormente, os herb�voros, ao se alimentarem dos produtores, obt�m parte dessa energia e, assim sucessivamente, a energia vai passando de n�vel tr�fico at� a sua chegada aos organismos que est�o no topo da cadeia alimentar.
Do total de energia armazenada pelo aut�trofo na mat�ria org�nica produzida pela fotoss�ntese, parte � consumida por ele mesmo na respira��o, o que lhe mant�m vivo. Portanto s� � passado para o n�vel tr�fico seguinte aquilo que o produtor n�o consumiu, e desse, uma parte � eliminada pelos excrementos e uma parcela consider�vel da energia do alimento � consumida como forma de energia de movimento. As sobras s�o incorporadas aos tecidos permanecendo � disposi��o do n�vel tr�fico seguinte. Assim, a cada n�vel tr�fico, vai ocorrendo uma perda de energia, principalmente na forma de calor, forma essa que os seres vivos n�o tem condi��es de reaproveitar. Portanto, a energia flui de um n�vel tr�fico a outro se possibilidade de retrocesso, numa �nica dire��o; da� vem a denomina��o de que o fluxo de energia � unidirecional.
O esquema a seguir ilustra o que foi dito. Os raios solares, assim que chegam �s plantas, que s�o os produtores da cadeia alimentar e por isso se encontram na parte debaixo da pir�mide, transformam essa energia em mat�ria org�nica, que, por sua vez, v�o servir de alimento e fonte de energia para todos os consumidores que est�o na parte superior da cadeia, transferindo, assim, a energia para esses consumidores. Uma vez que os animais do topo da cadeia n�o tem como reciclar essa energia, uma parte dela se perde na forma de calor para o ambiente.
2.4.2. FLUXO DE MAT�RIA
Ao contr�rio do que acontece com o fluxo de energia, o fluxo de mat�ria n�o � unidirecional; ele segue o caminho inverso, ou seja, o caminho c�clico. Principiamos o racioc�nio pelos produtores, que s�o os seres que transformam a energia radiante do sol em alimento, inicialmente para si, e depois para os demais organismos vivos que comp�em os n�veis tr�ficos superiores atrav�s da alimenta��o. Assim que qualquer um desse seres que comp�em os n�veis tr�ficos morre, a mat�ria org�nica � absorvida pelos microrganismos decompositores que trazem de volta ao solo os sais minerais e outros elementos, tornando-os dispon�veis para serem reaproveitados novamente por outros organismos.
3. OS CICLOS BIOGEOQU�MICOS
3.1. INTRODU��O
Os ciclos biogeoqu�micos s�o processos naturais que por diversos meios reciclam v�rios elementos em diferentes formas qu�micas do meio ambiente para os organismos, e depois, fazem o processo contr�rio, ou seja, trazem esses elementos dos organismos para o meio ambiente. Dessa forma, a �gua, o carbono, o oxig�nio, o nitrog�nio, o f�sforo, o c�lcio, entre outros elementos, percorrem esses ciclos, unindo todos os componentes vivos e n�o-vivos da Terra.
Sendo a Terra um sistema din�mico, e em constante evolu��o, o movimento e a estocagem de seus materiais afetam todos os processos f�sicos, qu�micos e biol�gicos. As subst�ncias s�o continuamente transformadas durante a composi��o e a decomposi��o da mat�ria org�nica, sem escapar da biosfera, sendo, portanto recicl�veis.
Um ciclo biogeoqu�mico pode ser entendido como sendo o movimento ou o ciclo de um determinado elemento ou elementos qu�micos atrav�s da atmosfera, hidrosfera, litosfera e biosfera da Terra.
Os ciclos est�o intimamente relacionados com processos geol�gicos, hidrol�gicos e biol�gicos. Como exemplo, pode-se lembrar que um modesto conhecimento sobre o ciclo geol�gico (aqui referido como um conjunto dos processos respons�veis pela forma��o e destrui��o dos materiais da Terra, subdividido em ciclo hidrol�gico e ciclo das rochas) � valioso para o conhecimento e compreens�o de nosso ambiente, que est� intimamente relacionado aos processos f�sicos, qu�micos e biol�gicos.
Os caminhos percorridos ciclicamente entre o meio abi�tico e o bi�tico pela �gua e por elementos qu�micos conhecidos, como C, S, O, P, Ca e N, constituem os chamados ciclos biogeoqu�micos.
O estudo desses ciclos se torna cada vez mais importante, como, por exemplo, para avaliar o impacto ambiental que um material potencialmente perigoso, possa vir a causar no meio ambiente e nos seres vivos que dependem direta ou indiretamente desse meio para garantir a sua sobreviv�ncia.
Portanto podemos denominar de ciclos biogeoqu�micos ao movimento cont�nuo dos elementos qu�micos, do meio f�sico para os seres vivos e destes novamente para o meio f�sico. Assim sendo, os �tomos dos elementos qu�micos presentes na natureza e nos seres vivos n�o s�o criados nem destru�dos, mas constantemente reciclados.
Como j� fora visto anteriormente, a mat�ria pode ser constantementereaproveitada na natureza, ou seja, quando uma planta ou um animal morre, asbact�rias e fungos que est�o presentes nos solos d�o in�cio ao processo dedecomposi��o desses seres, e nesse processo de decomposi��o s�o trazidos de volta ao solo sais minerais, �gua e outros elementos, como Na, K, P, N.
Uma vez que esses elementos est�o dispon�veis novamente no solo, ar ou noambiente de maneira geral, o processo todo se reinicia, como se fosse uma grandeengrenagem, ou seja, o nitrog�nio que est� no ar atmosf�rico � utilizado por algumasbact�rias que se encontram nas ra�zes de algumas plantas, o f�sforo � novamenteincorporado pelos seres vivos para compor os fosfolip�dios e assim sucessivamente.
Os ciclos biogeoqu�micos est�o intimamente relacionados com os processosgeol�gicos, de tal forma que � praticamente imposs�vel tentar entender um ciclobiogeoqu�mico sem antes saber o que se passou com o planeta, as transforma��esque ele sofreu e que ainda hoje continua a sofrer, visto que a Terra � um sistema queprima pelo equil�brio din�mico que possui.
3.2. A ENERGIA NO ECOSSISTEMA
A exist�ncia da comunidade de um ecossistema est� ligada � energia necess�ria � sobreviv�ncia dos seres vivos a ela pertencentes. De maneira geral, num ecossistema, existem vegetais capazes de realizar fotoss�ntese. Deles dependem todos os demais seres vivos. O Sol � a fonte de energia utilizada pelos vegetais fotossintetizantes, que transformam a energia solar em energia qu�mica contida nos alimentos org�nicos. Durante a realiza��o das rea��es metab�licas dos seres vivos, parte da energia qu�mica se transforma em calor, que � liberado para o ecossistema. Assim a energia segue um fluxo unidirecional.
A energia flui unidirecionalmente ao longo do ecossistema e � sempre renovada pela luz solar. A mat�ria org�nica, por�m, precisa ser reciclada e nesse processo participam os seres vivos. Em qualquer ciclo existe a retirada do elemento ou subst�ncia de sua fonte, utiliza��o por seres vivos e devolu��o para a sua fonte. Como os recursos na Terra s�o finitos e a vida depende do equil�brio natural desse ciclo, esse processo de reciclagem da mat�ria � de suma import�ncia.
3.3. NUTRIENTES
S�o elementos essenciais � vida, dispon�vel para os produtores, em forma molecular ou i�nica.
Participam da trajet�ria, desde o meio inanimado, passando pelos organismos vivos e retornando ao meio original.
Aproximadamente 40 elementos s�o incorporados aos organismos na forma de compostos
org�nicos complexos ou participam de uma s�rie de rea��es qu�micas essenciais �s atividades dos seres vivos.
GRUPOS DE NUTRIENTES
Macronutrientes - Participam em quantidades superiores a 0,2% do peso org�nico seco (p.o.s.) :
O carbono (C), o hidrog�nio (H), o oxig�nio (O), o nitrog�nio (N) e o f�sforo (P), participam
em quantidades superiores a 1 % do p.o.s. dos seres vivos, al�m do enxofre (S), do cloro (Cl), do pot�ssio (K), do s�dio (Na), do c�lcio (Ca), do magn�sio (Mg) e do ferro (Fe).
Micronutrientes - Participam em quantidades inferiores a 0,2% do p.o.s. do ser vivo :
O alum�nio (Al), o boro (B), o cromo (Cr), o zinco (Zn), o molibd�nio (Mo), o van�dio (V) e o
cobalto (Co).
Os elementos essenciais que fazem parte desses ciclos recebem o nome de biogeoqu�micos.
Portanto temos:
3.4. TIPOS DE CICLOS
3.4.1. CICLO DA �GUA
3.4.2. CICLO DAS ROCHAS
3.4.3. CICLO DO CARBONO
3.4.4. CICLO DO OXIG�NIO
3.4.5. CICLO DO NITROG�NIO
3.4.6. CICLO DO C�LCIO
3.4.7. CICLO DO F�SFORO
3.4.8. CICLO DO ENXOFRE
4. FATORES DE DESEQUIL�BRIO AMBIENTAL
4.1. INTRODU��O
O equil�brio encontrado na natureza foi alcan�ado atrav�s de um lento e gradual processo de ajuste entre os seres vivos e o ambiente. O longo processo evolutivo que resultou na adapta��o dos organismos ao ambiente � respons�vel pela harmonia das rela��es entre os seres vivos e o ambiente f�sico.
Os ciclos biogeoqu�micos mostram como essa harmonia � facilmente identificada. Mesmo retirando grandes quantidades de elementos do ambiente, os seres vivos acabam, de uma forma ou de outra, devolvendo esses elementos ao meio, o que permite uma cont�nua renova��o da vida.
A vis�o de uma natureza equilibrada capaz de resistir a tudo n�o mais faz parte do pensamento do homem moderno. � preciso que se tenha um bom senso, aliado a um pensamento cr�tico, de que a natureza aceita as mudan�as impostas pelo homem at� um certo ponto, e a partir desse ponto ela come�a a sua rea��o, seja de uma forma ou de outra.
� prov�vel que por causa da vis�o de que a natureza � uma fonte de recursos inesgot�veis e sempre capaz de se renovar, o homem tenha interferido de maneira t�o abusiva, pondo em risco a sua pr�pria estabilidade.
O lan�amento de subst�ncias dos mais variados tipos no ambiente envolve dois tipos de problemas. Em um primeiro caso, ele pode ser t�xico ao pr�prio homem, chegando a ele pelos mais diversos meios, como ar, �gua ou pelos alimentos. Em um segundo caso, ele pode constituir amea�as indiretas ao homem, pois afetando o equil�brio dos ecossistemas naturais, o homem p�e em risco a sua vida, uma vez que ele depende diretamente desses ecossistemas para conseguir sobreviver.
Subst�ncias poluentes s�o aquelas que, quando lan�adas no meio, representam um perigo em potencial � sa�de dos organismos vivos. Dessa forma, � poss�vel se classificar as subst�ncias poluentes em dois grandes grupos: poluentes quantitativos e qualitativos.
� Poluentes Quantitativos
S�o aqueles j� existentes na natureza, mas tamb�m s�o liberados pelo homem em quantidades significativamente maiores do que aquelas que ocorrem naturalmente.
� Poluentes Qualitativos
S�o subst�ncias sint�ticas, isto �, n�o ocorrem na natureza; a �nica forma delas entrarem no
ambiente � pela produ��o em f�bricas e sua posterior libera��o para o ambiente.
Em termos dos perigos representados pelos poluentes quantitativos, sabe-se que quantidades adicionais de certas subst�ncias podem ser nocivas por causarem desequil�brio nos ciclos biogeoqu�micos, ou por sua concentra��o, acima dos n�veis naturais, determinar toxidez para os seres vivos.
4.2. CONCENTRA��O DE POLUENTES NOS N�VEIS TR�FICOS
Mesmo em pequenas quantidades no ambiente, os poluentes podem causar s�rios desastres ecol�gicos ao ambiente, em grande parte devido � capacidade que esses poluentes t�m de se concentrarem ao longo da cadeia alimentar e assim serem passados a n�veis tr�ficos diferentes.
Enquanto grande parte da mat�ria e da energia que � transferida de um n�vel tr�fico para outro se perde, isso n�o acontece com certos tipos de poluentes. A esse processo de concentra��o d�-se o nome de magnifica��o tr�fica. Um dos exemplos mais marcantes � o DDT (diclorodifeniltricloroetano). O DDT � um pesticida organoclorado n�o biodegrad�vel, largamente utilizado desde a d�cada de 40. A a��o efetiva do DDT fez com que as aplica��es do produto fossem realizadas de uma forma cada vez mais generalizada e indiscriminada. Como conseq��ncia disso, muitas esp�cies inofensivas ou at� �teis de insetos foram sumindo. O problema � que com o uso indiscriminado do DDT, com o passar do tempo, algumas classes de insetos come�aram a desenvolver uma resist�ncia a esse inseticida.
Iniciou-se, ent�o, o uso de uma nova classe de inseticidas, os organofosforados, que embora sejam mais t�xicos que os primeiros e dotados de menor efeito residual, apresentam a vantagem de n�o criarem resist�ncia.
Percebeu-se, com o passar do tempo, que o efeito residual, tido no come�o como sendo muito vantajoso, era extremamente danoso ao ambiente e, conseq�entemente, ao Homem, pois os organoclorados n�o sendo biodegrad�veis, tendem a se acumular no meio. A partir da� ocorre o fen�meno de magnifica��o tr�fica, mencionado antes, ou seja, as plantas incorporam esses organoclorados, que v�o sendo passados, via alimenta��o para os mais diversos n�veis tr�ficos.
O grande problema � que esses organoclorados t�m a capacidade de se concentrarem no tecido adiposo dos animais, potencializando a sua a��o, de tal forma que � muito comum encontrar animais com grandes concentra��es de DDT.
Como pode ser visto no esquema acima, o destino final do DDT � o Homem, e de acordo com o fen�meno da magnifica��o tr�fica, � no Homem onde dever� ser encontrada a maior concentra��o de DDT, ou seja, o Homem usa o DDT para matar as pragas que atacam as culturas, mas sem se dar conta, ele acaba por provocar a sua morte tamb�m, de uma maneira lenta, gradual e dolorosa.
Um outro efeito do uso indiscriminado desses tipos de inseticidas � a destrui��o de um n�mero muito grande de esp�cies consideradas �teis, ou seja, o pesticida n�o acaba somente com a praga, mas tamb�m com outras esp�cies. Um dos efeitos estudados em rela��o ao DDT � o fato de que algumas aves apresentaram uma queda acentuada em sua taxa de reprodu��o. Isso se deve � m� forma��o das cascas das aves, o que as torna extremamente fr�geis. Nesse caso, verificou-se que o DDT tinha uma a��o decisiva e nociva no balan�o hormonal das aves.
Entre os herbicidas mais utilizados atualmente, est�o os compostos do �cido fen�xiac�tico (2,4D, 2,4,5T), as triazinas (atrazina, simazina), os compostos de ur�ia (diuron), os compostos de bipiridilo (diquat e paraquat), as piridinas cloradas (picloran). Todos esses herbicidas, al�m de potentes destruidores de vegetais, s�o extremante persistentes no solo.
Alguns herbicidas como a dioxina, tamb�m conhecida como agente laranja, possuem propriedades teratog�nicas, ou seja, possuem a��o deformante do feto em mulheres que se alimentem de vegetais contaminados. Esse efeito pode ser observado nas popula��es do Vietn�, onde durante o per�odo em que ocorreu a guerra, o agente laranja foi usado indiscriminadamente e em larga escala pelos americanos, com o intuito de desfolhar as matas, para fins de observa��o e combate do avan�o das tropas vietnamitas.
5. METAIS PESADOS
A contamina��o por metais pesados �, sem d�vida alguma, umas das formas mais terr�veis de polui��o, pois os metais pesados apresentam, al�m de um grande efeito t�xico, um poder de acumula��o nos seres humanos alt�ssimo, ou seja, al�m de contaminarem o ambiente de uma forma geral, contaminam o pr�prio Homem, causando efeitos danosos em grande extens�o.
Dentre os metais pesados mais conhecidos, ser� dada uma �nfase maior ao merc�rio e ao chumbo.
5.1. EFEITOS T�XICOS CAUSADOS PELO MERC�RIO
A toxicidade dos sais inorg�nicos de merc�rio � proporcional a sua solubilidade. O calomelano (Hg2Cl2) � um sal pouco sol�vel que foi durante muito tempo utilizado como purgativo. Os �ons de merc�rio t�m a capacidade de formarem complexos muito fortes com os grupos �SH das prote�nas (presentes no amino�cido ciste�na) e sua toxicidade provavelmente se relaciona com a inativa��o das prote�nas nas membranas celulares. Assim parece, pois os efeitos s�o particularmente not�veis nos rins e no c�rebro, ambos nos quais a fun��o das membranas celulares � muito importante, e tamb�m porque muitas bact�rias e fungos morrem em contato com compostos de merc�rio. A atividade bactericida n�o espec�fica tem sido freq�entemente relacionada com danos � membrana celular.
Os compostos inorg�nicos de merc�rio, rem�dios, fungicidas, bactericidas etc, foram totalmente substitu�dos pelos chamados mercuriais org�nicos. � comum pensar nos metais como elementos formadores unicamente de sais (compostos i�nicos), mas muitos deles podem formar compostos covalentes. O estanho e o chumbo s�o bons exemplos, e o merc�rio em particular tem a capacidade de formar liga��es covalentes facilmente e em especial com compostos arom�ticos. Um bom exemplo � o semesan, muito utilizado como fungicida e praguicida.
A vantagem de seu uso est� na possibilidade de se controlar sua solubilidade pela inclus�o nos substituintes apropriados ao mesmo tempo em que a liga��o Hg-benzeno � t�o est�vel que ela forma o �on R-Hg+, ainda capaz de reagir com grupos �SH e formar derivados do tipo R-Hg-SH-prote�na.
Compostos insol�veis, como o semesan, t�m sido amplamente utilizados para impregnar sementes e proteg�-las no solo dos ataques de pragas. O problema � que numerosos acidentes t�m ocorrido quando essas sementes foram usadas por pessoas desavisadas na prepara��o de alimentos.
Em 1969, houve um decr�scimo acentuado da popula��o de p�ssaros em torno dos lagos na Su�cia central. Foram afetados especialmente os p�ssaros que se alimentavam de peixes. Seus tecidos continham n�veis surpreendentemente altos de merc�rio, mas a natureza de sua dieta n�o indicava que se tivessem envenenado por sementes tratadas com compostos de merc�rio. Suspeitou-se, ent�o, da polui��o industrial causada pelas f�bricas ao redor do lago, que produziam derivados da polpa da madeira. A princ�pio suspeitou-se de que os fungicidas com merc�rio, adicionados para a preserva��o da madeira, teriam sido concentrados ao longo da cadeia alimentar; depois, suspeitou-se do pr�prio merc�rio elementar liberado acidentalmente pela f�brica de soda c�ustica. Assim, a hist�ria seria paralela � de Minamata (que ser� vista adiante).
5.2. USO DO MERC�RIO NO BRASIL
5.2.1. HIST�RICO
O merc�rio foi usado pela primeira vez no Brasil em meados do ano de 1850, durante o in�cio do ciclo de explora��o do ouro. Durante o ciclo do ouro, estima-se que a emiss�o total de merc�rio no ambiente foi algo em torno de 500 toneladas, ou seja, cerca de 2 a 5 t/ano.
Com o acelerado processo industrial brasileiro em meados da d�cada de 50, o merc�rio teve seu uso bastante difundido, chegando ao �pice na d�cada de 70, com uma m�dia de utiliza��o em torno de 100 t/ano.
Com a demanda da atividade de garimpo a partir de 1984, o consumo de merc�rio praticamente dobrou, em particular nos estados de Mato Grosso, Par� e Rond�nia, onde essa atividade era mais intensa devido � presen�a de imensas jazidas de ouro.
Os garimpeiros usam o merc�rio devido � sua alta capacidade de solubilizar outros metais a frio, inclusive o ouro, formando am�lgamas. Misturado ao solo, ou a sedimentos de fundo de rio, o merc�rio consegue ligar-se a min�sculas part�culas de ouro ali presentes, permitindo dessa maneira a sua separa��o. Em seguida, queimase o am�lgama, volatilizando o merc�rio e recuperando-se todo o ouro que venha estar presente. Esse processo � bastante atraente devido � sua simplicidade e mais ainda pelo seu baixo custo.
5.2.2. MERC�RIO COMO CONTAMINANTE AMBIENTAL
Entre os metais potencialmente danosos ao ambiente, o merc�rio destaca-se dos outros por suas caracter�sticas qu�micas �mpares. O merc�rio pode existir no ambiente sob in�meras formas, o que torna sua distribui��o ambiental bastante complexa.
Quando emitido na forma de vapor, o merc�rio tem um tempo de resid�ncia na atmosfera que pode variar de alguns dias at� anos. Parte desse merc�rio deposita-se no local e parte se incorpora � circula��o atmosf�rica. A oxida��o do metal Hg0 → Hg2+, por diversos processos, o torna altamente sol�vel, o que facilita a sua deposi��o pela a��o da gravidade ou por interm�dio das chuvas. Dessa forma, quando se fala no impacto causado pelo merc�rio, deve sempre ser levado em conta a sua forma qu�mica.
O merc�rio inorg�nico liberado nas formas met�lica ou gasosa pode originar compostos organomet�licos como o dimetilmerc�rio ((CH3)2Hg) e o �on metilmerc�rio (CH3Hg+), sendo essas as mais danosas formas de contamina��o.
A s�ntese do CH3Hg+ a partir do Hg2+ � mediada por diversos tipos de microrganismos presentes em organismos aqu�ticos.
Por muito tempo pensou-se que o sedimento do fundo de rios e lagos fosse o principal local da forma��o do CH3Hg+, mas essa rea��o j� havia sido observada em outros tipos de substrato, como em algas que crescem em ra�zes de plantas aqu�ticas, outras superf�cies submersas e tamb�m no pr�prio solo. Al�m disso, existem bact�rias capazes de fazer a convers�o do merc�rio org�nico a metilmerc�rio. Embora o CH3Hg+ represente uma parcela muito pequena em sistemas aqu�ticos, ele � a forma dominante em organismos superiores, devido ao efeito da biomagnifica��o.
Em certas bacias hidrogr�ficas, a produ��o e a disponibilidade de CH3Hg+ s�o maiores, mesmo n�o havendo fontes pr�ximas de libera��o de merc�rio, como os garimpos. Isso se d� em �guas que apresentam uma natureza �cida, pois s�o ricos em mat�ria org�nica dissolvida e s�o pobres em nutrientes. Dessa forma, a �gua poderia funcionar como uma esp�cie de reator biogeoqu�mico, aumentando consideravelmente a concentra��o e a atividade t�xica do agente contaminante.
5.2.3. A CONTAMINA��O POR GARIMPOS DE OURO
Os garimpos de ouro na Amaz�nia empregam diretamente entre 400 a 600 mil pessoas, sendo que nessa regi�o s�o produzidos algo em torno de 100 toneladas de ouro anualmente.
O ouro encontrado nessa regi�o ocorre como part�culas finas, em terra�os sedimentares e sedimentos ativos de rios. Os garimpeiros utilizam v�rias t�cnicas de pr�-concentra��o gravim�trica e amalgama��o com merc�rio. O am�lgama � ent�o queimado e, dessa forma, o merc�rio � liberado para a natureza.
Uma vez formado, o CH3Hg+, que � altamente sol�vel e est�vel na �gua, apresenta um longo tempo de resid�ncia em organismos, com altos teores de bioacumula��o na biota aqu�tica.
O mapa da figura a seguir apresenta as localidades potencialmente afetadas pelo uso do merc�rio. Observa-se que a grande maioria das localidades afetadas se encontra em regi�es onde a atividade garimpeira � mais intensa. Uma exce��o � a regi�o do vale do Para�ba, onde n�o se tem uma atividade garimpeira muito intensa.
A figura a seguir ilustra mais detalhadamente o efeito da atividade garimpeira e o uso do merc�rio no ambiente. Como foi apresentado anteriormente, devido � atividade de garimpo ser muito concentrada na regi�o Norte do pa�s, o mapa apresenta um destaque maior nessa �rea.
As principais cidades ribeirinhas ficam no caminho do merc�rio, ou seja, todo o merc�rio liberado das atividades de garimpo tende a seguir para o Rio Madeira ou para o Amazonas. Como o merc�rio sofre o
processo de biomagnifica��o, a popula��o ribeirinha fica exposta a riscos de contamina��o por merc�rio, pois sua principal fonte de alimenta��o s�o os pescados retirados desses rios, que podem estar contaminados pelo merc�rio que foi jogado a muitos quil�metros de dist�ncia das popula��es. A partir da d�cada de 80, com o reconhecimento dos danos causados pelo merc�rio, diversos trabalhos foram realizados visando fazer um levantamento da real contamina��o da regi�o, sendo que em certos pontos
observou-se �ndice tr�s vezes superior ao permitido por lei.
Logo a seguir s�o ilustradas as rea��es que ocorrem com o merc�rio quando o metal atinge um reservat�rio.
5.2.4. O ACIDENTE DA BA�A DE MINAMATA
A saga de Minamata remonta ao in�cio do ano de 1908, quando a Nippon Nitrogen Fertilizer instalou-se na cidade. A empresa produzia acetalde�do e derivados de �cido ac�tico e logo come�ou a se destacar no cen�rio nacional. Em 1941, a empresa come�ou a produzir cloreto de vinila, tornando-se um dos alicerces do Jap�o na Segunda Guerra Mundial. A empresa utilizava sulfato de merc�rio como catalisador na produ��o do �cido ac�tico e de seus derivados, al�m de cloreto de merc�rio para a cat�lise do cloreto de vinila.
Durante o processo qu�mico de metila��o do acetileno, parte do merc�rio tamb�m era metilado, liberando grandes quantidades do metal nos efluentes da f�brica. O detalhe � que todos os rejeitos da f�brica eram lan�ados diretamente na ba�a de Minamata.
Na �poca, pouco se sabia acerca da toxicidade do metal, bem como a sua capacidade de se acumular na cadeia alimentar, e foi exatamente essa falta de informa��o o que ocasionou as propor��es gigantescas que o acidente tomou, pois uma vez que as pessoas n�o sabiam o mal que as acometia, nem a sua causa, procurar uma solu��o era complicado.
Abaixo est� representado o esquema de opera��o que a ind�stria utilizava em sua planta industrial na cidade de Minamata.
Em 1956, foi notificado o primeiro de uma s�rie de casos que configurar-se-ia como o maior desastre envolvendo popula��o humana e contamina��o por metais pesados. Meses depois, as autoridades sanit�rias organizaram um comit� de estudos sobre a doen�a. Inicialmente, eles suspeitaram de alguma doen�a infecto- ontagiosa. Pesquisas preliminares apontaram uma grande mortandade de peixes na ba�a, al�m de dist�rbios neurol�gicos em gatos, que eram semelhantes aos que foram encontrados nas pessoas de Minamata.
As pesquisas indicaram que n�o se tratava de uma doen�a infecto-contagiosa, mas sim de algo que estaria relacionado com peixes e frutos do mar contaminados. Os primeiros elementos apontados como poss�veis agentes da doen�a foram o sel�nio, mangan�s e o t�lio. S� no primeiro ano, foram computados 52 casos da doen�a com 17 mortes. Meses depois, a companhia afirmava que os n�veis de metal na ba�a estavam dentro dos padr�es e que, portanto, os testes realizados n�o podiam comprovar contamina��o por metais pesados.
Em dezembro de 1960, a Associa��o de Vendedores de Produtos do Mar decidiu boicotar todo e qualquer tipo de produto marinho proveniente da regi�o de Minamata.
Em 1977, come�ou o processo de dragagem dos sedimentos do fundo da ba�a. Aterrou-se a regi�o e instalaram-se redes para que se pudesse impedir o acesso de peixes contaminados para o mar aberto e vice-versa.
Em 1987, come�ou a dragagem da segunda �rea. Removeram-se os rejeitos do fundo da ba�a que em an�lise posterior registraram mais de 25 ppm de merc�rio.
O projeto de despolui��o s� terminou em 1991, mas somente h� pouco, as redes que separavam a parte limpa da contaminada foram retiradas.
5.2.5. AS DIFEREN�AS ENTRE A AMAZ�NIA E MINAMATA
O CH3Hg+, devido � sua r�pida absor��o e migra��o pelos tecidos dos organismos e tamb�m devido � sua forte liga��o com prote�nas que cont�m enxofre, acumula-se muito facilmente nos organismos inferiores e depois � passado para os superiores na cadeia alimentar.
Um fator importante a respeito da toxicologia do CH3Hg+ � que sua difus�o pelas barreiras biol�gicas � muito r�pida, sendo que praticamente 95% da amostra ingerida � absorvida pela corrente sangu�nea. Outro fator que merece destaque � o fato de sua grande seletividade pelo sistema nervoso central, atacando principalmente as �reas corticais do c�rebro.
Outro agravante que ocorreu em Minamata, foi o fato de que mesmo depois do aparecimento da primeira v�tima, transcorreram-se quase dez anos at� a identifica��o do agente causador da doen�a. J� na Amaz�nia, as autoridades t�m pleno conhecimento do potencial efeito t�xico do CH3Hg+.
A via preferencial de contamina��o do CH3Hg+ � o consumo de peixes, o que torna o problema ainda mais terr�vel, pois os peixes s�o a base da dieta das popula��es ribeirinhas.
H� ainda outro terr�vel agravante. No caso da ba�a de Minamata, o efluente industrial j� continha o merc�rio sob a forma metilada, enquanto que na Amaz�nia, o merc�rio � lan�ado no ambiente como merc�rio elementar, l�quido ou na forma de vapor. A forma de vapor do merc�rio, ap�s sofrer oxida��o na atmosfera volta sob Hg2+. Essa forma � bastante reativa, podendo sofrer metila��o principalmente em lagos de v�rzea, reservat�rios hidrel�tricos e rios de �gua negra.
5.3. EFEITOS T�XICOS CAUSADOS PELO CHUMBO
A toxicidade do chumbo � conhecida h� muito tempo. Antigamente, as principais fontes de envenenamento por chumbo eram tintas, muitas vezes ingeridas por crian�as, al�m dos reservat�rios e encanamentos de �gua pot�vel feitos � base de chumbo ou pintados com tintas � base de chumbo.
O grau de dissolu��o do chumbo � fun��o da dureza da �gua Entende-se como �gua dura aquela com concentra��o de CaCO3 acima de 50mg/L. Alta concentra��o de chumbo pode ser encontrado em �gua mole e ligeiramente �cida, principalmente se nela estiverem presentes agentes quelantes naturais (�cidos h�micos), derivados da turfa.
Embora o chumbo seja pouco absorvido nos intestinos, ele � um metal t�xico de efeito cumulativo, concentrando-se nos ossos.
Com o advento do motor a explos�o e a intensifica��o do uso desse tipo de motor, pode-se verificar a partir de 1910 um aumento na concentra��o de chumbo nas neves polares.
O motor a gasolina � muito exigente em rela��o ao seu combust�vel; esse deve se vaporizar facilmente quando aspirado para dentro do cilindro, por�m deve queimar devagar quando da igni��o. Hidrocarbonetos que n�o sejam ramificados e tenham relativa volatilidade, tais com heptano, s�o combust�veis pobres, principalmente porque as rea��es iniciais com o oxig�nio produzem radicais livres. Em contrapartida, os hidrocarbonetos ramificados, como o isooctano, queimam muito mais vagarosamente porque a forma��o m�ltipla de radicais livres p�ra nos pontos de ramifica��es.
A solu��o adotada foi diminuir a velocidade de combust�o pelo uso de subst�ncias que interrompem a s�rie de rea��es (os chamados agentes antidetonantes), sendo que uma das mais bem sucedidas tentativas como agentes antidetonantes foi a utiliza��o do chumbo-tetraetila e chumbo-tetrametila.
O problema da gasolina foi resolvido, mas o pre�o disso ficou muito alto. Estima-se que aproximadamente 0,8 mL dos compostos citados eram adicionados a cada litro de gasolina, o que correspondia a aproximadamente 2 gramas de chumbo por litro de gasolina. A quantidade de chumbo utilizada foi estarrecedora: 300.000 toneladas por ano nos EUA e cerca de 50.000 toneladas por ano no Reino Unido. O Brasil foi o primeiro pa�s a abolir o uso do chumbo na gasolina.
As chumbo-tetralquilas s�o compostos vol�teis extremamente venenosos que afetam diretamente o sistema nervoso central, mas � o chumbo inorg�nico dos produtos de combust�o que causa a maior preocupa��o, pois part�culas finas de chumbo met�lico ou de haletos de chumbo s�o emitidas e chegam aos pulm�es. O chumbo parece ser absorvido pela corrente sang��nea muito mais eficiente a partir dos pulm�es.
A polui��o causada por part�culas transportadas pelo ar, �, portanto, um fen�meno tipicamente urbano, j� que s�o nos grandes centros industriais que est�o a maioria da frota de ve�culos automotivos e as grandes ind�strias, que tamb�m podem, dependendo do tipo de mat�ria com que trabalha, ser respons�vel pela libera��o de fuligem ou algum tipo de efluente n�o tratado que porventura possa vir a conter chumbo.
Recentemente, no interior de S�o Paulo, um caso ganhou destaque na m�dia. Nesse caso, a empresa respons�vel tinha em seu p�tio esc�ria de chumbo, o que comprometeu enormemente a �rea ao redor. O caso registrado ocorreu em Bauru, onde a empresa Acumuladores �jax Ltda., uma das maiores f�bricas de baterias automotivas do pa�s, foi multada por polui��o ambiental. Laudos de diversos �rg�os comprovaram a contamina��o por chumbo no solo, vegeta��o, animais e tamb�m em crian�as nas proximidades da empresa. A CETESB realizou v�rias campanhas de amostragem de chumbo nas chamin�s, no solo, �guas subterr�neas, na vegeta��o e ainda no solo no entorno da ind�stria. Na �ltima inspe��o, foram constatadas emiss�es de poeiras fugitivas nas opera��es de fus�o em fornos e no refino de lingotes de chumbo, al�m de derrames de res�duos de chumbo pelo p�tio da ind�stria, propiciando emiss�o de material particulado para o ambiente, atingindo inclusive �reas fora dos limites da f�brica.
Os efluentes resultantes de lavagem de p�tios, da opera��o de desmonte de baterias e do processo industrial, n�o eram totalmente captados pelas canaletas que os conduziam � esta��o de tratamento. Tamb�m foi constatada defici�ncia na armazenagem de res�duos contaminados com chumbo, propiciando a contamina��o do solo, tanto na �rea interna, como externa da f�brica. Pelas an�lises feitas nos laborat�rios da CETESB, observou- e que as concentra��es de chumbo na atmosfera foram extremamente elevadas, com m�dia de 9,7 μg/m3, chegando a alcan�ar valores de at� 37,7 μg/m3. O padr�o de Pb adotado pela CETESB na atmosfera � de 1,5 μg/m3.
Com isso, animais e hortali�as em propriedades pr�ximas � f�brica, tamb�m ficaram contaminadas por chumbo. De acordo com pesquisas e estudos m�dicos, a contamina��o por chumbo causa sintomas como anorexia, v�mitos, convuls�o, dano cerebral permanente e les�o renal irrevers�vel, caracterizando uma doen�a chamada saturnismo. A empresa teria de elaborar um plano de recupera��o total das �reas contaminadas, internas e externas, abrangendo solo, �guas superficiais e subterr�neas e vegeta��o.
As demais exig�ncias dizem respeito � instala��o de equipamentos de controle de efluentes l�quidos e gasosos, limpeza de roupas, equipamentos e m�quinas, cuidados com o armazenamento, sistemas de ventila��o, reprocessamento ou destina��o final adequada de todos os res�duos gerados, cuidados com as opera��es de carga e descarga dos produtos manipulados e, at� mesmo, a obrigatoriedade de se implantar uma "cortina" de �rvores no per�metro do terreno da f�brica, para diminuir o arraste de poluentes pela a��o dos ventos.
6. POLUI��O DA �GUA
Considera-se que a �gua est� polu�da quando ela deixa de ser adequada ao consumo humano, quando os animais aqu�ticos n�o podem viver nela, quando as impurezas nela contidas a tornam desagrad�vel ou nociva seu uso como recreativo ou quando n�o pode ser mais utilizada em nenhuma atividade industrial, pois seus uso implicaria em s�rios danos.
Os rios, os mares, os lagos e os len��is subterr�neos de �gua s�o o destino final de todo poluente sol�vel lan�ado no ar ou no solo. O esgoto dom�stico � o poluente org�nico mais comum da �gua doce e das �guas costeiras, quando em alta concentra��o. A mat�ria org�nica transportada pelos esgotos faz proliferar os microrganismos, entre os quais bact�rias e protozo�rios, que utilizam o oxig�nio existente na �gua para oxidar seu alimento, e em alguns casos o reduzem a zero. Os detergentes sint�ticos, nem sempre biodegrad�veis, impregnam a �gua de fosfatos, reduzem ao m�nimo a taxa de oxig�nio e s�o objeto de proibi��o em v�rios pa�ses, entre eles o Brasil.
Ao serem carregados pela �gua da chuva ou pela eros�o do solo, os fertilizantes qu�micos usados na agricultura provocam a prolifera��o dosmicrorganismos e a conseq�ente redu��o da taxa de oxig�nio nos rios, lagos e oceanos. Os pesticidas empregados na agricultura s�o produtos sint�ticos, que se incorporam � cadeia alimentar, inclusive � cadeia alimentar humana.
Os casos mais dram�ticos de polui��o marinha t�m sido originados por derramamentos de petr�leo, seja em acidentes com petroleiros ou em vazamentos de po�os petrol�feros submarinos. Uma vez no mar, a mancha de �leo, �s vezes de dezenas de quil�metros, espalha-se, levada por ventos e mar�s, e afasta ou mata a fauna e as aves aqu�ticas. O maior perigo do despejo de res�duos industriais no mar reside na incorpora��o de subst�ncias t�xicas aos peixes, moluscos e crust�ceos que servem de alimento ao Homem. Exemplo desse tipo de intoxica��o foi o ocorrido na cidade de Minamata. A polui��o marinha tem sido objeto de preocupa��o dos governos, que tentam, no �mbito da Organiza��o das Na��es Unidas, estabelecer controles por meio de organismos jur�dicos internacionais.
A polui��o da �gua tem causado s�rios problemas ecol�gicos no Brasil, em especial em rios como o Tiet�, no estado de S�o Paulo, e o Para�ba do Sul, nos estados de S�o Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. A maior responsabilidade pela devasta��o da fauna e pela deteriora��o da �gua nessas vias fluviais cabe �s ind�strias qu�micas, com tratamento inadequado, instaladas em suas margens, e ao despejo de esgoto dom�stico n�o tratado.
Os rios v�o lentamente sofrendo um processo de degrada��o at� o ponto em que esse quadro se torna praticamente irrevers�vel, ou seja, o rio torna-se impratic�vel tanto para recrea��o, consumo ou mesmo como fonte produtora de alimentos. Quando isso acontece, costuma-se dizer que o rio est� morto, pois n�o existe vida aqu�tica e os poucos organismos que est�o presentes no rio, s�o seres anaer�bios.
6.1. A CHUVA �CIDA
A Revolu��o industrial, ocorrida na Inglaterra em meados do s�culo XVIII, se caracterizou pela passagem da manufatura � ind�stria mec�nica. A introdu��o de m�quinas fabris multiplicou o rendimento do trabalho e aumentou a produ��o global. A Inglaterra, ber�o da revolu��o, adiantou sua industrializa��o em 50 anos em rela��o ao continente europeu e saiu na frente na expans�o colonial.
Assim, o mundo assistiu a uma mudan�a sem precedentes na hist�ria. O mundo seria mais mecanizado do que jamais fora, a era da produ��o mecanizada viria a substituir a manufatura.
Juntamente com a Revolu��o Industrial, o mundo conheceu atrav�s dos tempos a outra face do progresso, a polui��o e a destrui��o do meio ambiente. Um dos grandes vil�es � sem d�vida a destrui��o ocasionada pela chuva �cida. Como se n�o bastasse provocar um buraco na camada de oz�nio da alta atmosfera e amea�ar o planeta de superaquecimento, a polui��o, nas suas diversas modalidades, tamb�m envenena a chuva, algo t�o essencial � vida como o pr�prio ar. Em conseq��ncia, 10 mil lagos na Su�cia est�o praticamente mortos. Na Noruega, outros 2 mil perderam seus peixes. E na Alemanha, mais de 35% das florestas est�o doentes. O Taj Mahal, um dos mais belos monumentos hindus, est� perdendo a sua cor branca. E na Pen�nsula de Yucat�n, ao sul do M�xico, a chuva est� rapidamente destruindo obras da civiliza��o Maia, que floresceu ali pelo menos 1500 anos antes da chegada do homem branco.
Como sempre, em todos os lugares onde a chuva est� servindo de meio de transporte para a polui��o, os vil�es da hist�ria s�o as ind�strias e os ve�culos que despejam no ar, todos os dias, toneladas de di�xido de enxofre e �xidos de nitrog�nio. Esses gases reagem com o vapor de �gua e outros compostos qu�micos da atmosfera para formar o perigoso �cido sulf�rico e o �cido n�trico. Apesar dos compostos serem perigosos, o problema da chuva �cida est� associado � degrada��o do meio ambiente a longo prazo.
Al�m de poluir rios, lagos e acabar com a flora e a fauna aqu�tica, a chuva �cida se infiltra no solo liberando certos metais potencialmente t�xicos, como alum�nio, chumbo e c�dmio. Esses podem se introduzir na cadeia alimentar pelas plantas e acabar prejudicando o homem.
O racioc�nio a ser empregado � bastante simples: existe uma rela��o direta entre a acidez das chuvas e a morte de peixes e plantas. A acidez mata algas, pl�ncton e insetos. Sem esta vida microsc�pica, os lagos n�o t�m como oferecer alimento aos habitantes desse nicho; em conseq��ncia, desaparecem os peixes. Por fim, os p�ssaros, que sem ter o que comer, tamb�m desaparecem.
A chuva �cida � uma causa direta do desequil�brio que ocorre no ciclo do enxofre. Com o aumento da polui��o, aumenta a concentra��o de enxofre no ambiente e, por conseq��ncia, o n�vel de acidez da chuva. Esse acr�scimo no n�vel de acidez � respons�vel direto pela lenta e gradual destrui��o do meio ambiente de uma forma geral.
7. POLUI��O DA ATMOSFERA
O ar � formado por uma mistura de v�rios elementos e compostos distintos e, embora historicamente a sua composi��o tenha sofrido um processo de evolu��o, pode-se considerar que, para fins pr�ticos, a sua composi��o permanece invari�vel, pelo menos em rela��o aos seus componentes principais.
Os elementos e compostos representados na tabela a seguir, com exce��o do g�s carb�nico, s�o considerados invari�veis no g�s atmosf�rico.
A polui��o do ar � hoje uma das grandes preocupa��es do homem. A emiss�o de gases poluentes chegou a tal ponto que compromete seriamente a qualidade de vida dos seres vivos. Essa polui��o pode ser mais sentida em �reas de grande concentra��o industrial e/ou populacional.
Embora a polui��o do ar sempre tenha existido, como nos casos das erup��es vulc�nicas ou da morte de homens asfixiados por fuma�a dentro de cavernas, foi somente na era industrial que esse tipo de polui��o se tornou um problema mais grave. Ela ocorre a partir da presen�a de subst�ncias estranhas na atmosfera, ou de uma altera��o importante dos constituintes desta, sendo facilmente observ�vel, pois provoca a forma��o de part�culas s�lidas de poeira e de fuma�a.
Em 1967, o Conselho da Europa definiu a polui��o do ar nos seguintes termos: �Existe polui��o do ar quando a presen�a de uma subst�ncia estranha ou a varia��o importante na propor��o de seus constituintes pode provocar efeitos prejudiciais ou criar doen�as�. Essas subst�ncias estranhas s�o os chamados agentes poluentes, e podem ser classificados em quatro grupos principais:
� mon�xido de carbono;
� material particulado;
�
�xidos de enxofre;
� hidrocarbonetos.
As causas mais comuns de polui��o do ar s�o as atividades industriais, combust�es de todo tipo, emiss�o de res�duos de combust�veis por ve�culos automotivos e a emiss�o de rejeitos qu�micos, em sua maioria, t�xicos e extremamente danosos, por f�bricas e laborat�rios.
O principal poluente atmosf�rico produzido pelo homem (o di�xido de carbono � elemento constitutivo do ar) � o di�xido de enxofre, formado pela oxida��o do enxofre no carv�o e no petr�leo, como ocorre nas fundi��es e nas refinarias. Lan�ado no ar, ele d� origem a perigosas dispers�es de �cido sulf�rico. �s vezes, � polui��o se acrescenta o mau odor, produzido por emana��es de certas ind�strias, como curtumes, f�bricas de papel e celulose, entre outras. O di�xido de carbono, ou g�s carb�nico, importante regulador da atmosfera, pode causar modifica��es clim�ticas consider�veis se tiver alterada a sua concentra��o. � o que ocorre no chamado efeito estufa, em que a concentra��o excessiva desse g�s pode provocar, entre outros danos, o degelo das calotas polares, o que resultaria na inunda��o das regi�es costeiras de todos os continentes. O mon�xido de carbono � emitido sobretudo pela queima de combust�veis f�sseis. Outros poluentes atmosf�ricos s�o: hidrocarbonetos, alde�dos, �xido de nitrog�nio, �xido de ferro, chumbo e derivados, silicatos, fl�or e derivados, entre outros.
No final da d�cada de 1970, descobriu-se uma nova e perigosa conseq��ncia da polui��o: a redu��o da camada de oz�nio que protege a superf�cie da Terra da incid�ncia de raios ultravioleta. Embora n�o esteja definitivamente comprovado, atribuiu-se o fen�meno � emiss�o de gases industriais conhecidos pelo nome gen�rico de clorofluorcarbonos (CFC). Quando atingem a atmosfera e s�o bombardeados pela radia��o ultravioleta, os CFC, muito usados em aparelhos de refrigera��o e em sprays, liberam o cloro, elemento que ataca e destr�i o oz�nio. Al�m de prejudicar a vis�o e o aparelho respirat�rio, a concentra��o de poluentes na atmosfera provoca alergias e afeta o sangue e os tecidos �sseo, nervoso e muscular.
Os efeitos desses poluentes sobre a sa�de humana podem ser danosos. O mon�xido de carbono liberado pelos autom�veis tem a capacidade de se ligar � hemoglobina do sangue. Isso leva a uma inutiliza��o de parte da hemoglobina no transporte dos gases respirat�rios, ocorrendo asfixia e como conseq��ncia a morte.
Um dos agravantes dos problemas causados pelos poluentes atmosf�ricos � a chamada invers�o t�rmica. Em condi��es normais, a temperatura da atmosfera diminui proporcionalmente � medida que a altitude aumenta, havendo portanto um gradiente de temperatura desde o solo at� as camadas superiores da atmosfera, o que facilita a dispers�o dos poluentes.
Em certas situa��es, por�m, o gradiente de temperatura � quebrado pela interposi��o de uma camada de ar quente entre as camadas frias localizadas a uma certa altitude, o que impede a dispers�o de poluentes para o alto.
Um outro problema muito grave que tamb�m � causado pela polui��o da atmosfera � o chamado efeito estufa. Devido a seus efeitos, ele ser� estudado com maior cuidado.
7.1. EFEITO ESTUFA
A atmosfera da Terra � constitu�da de gases que permitem a passagem da radia��o solar e absorvem grande parte do calor (a radia��o infravermelha t�rmica), emitido pela superf�cie aquecida da Terra. Essa propriedade � conhecida como efeito estufa. Gra�as a ela, a temperatura m�dia da superf�cie do planeta mant�m-se em cerca de 15�C. Sem o efeito estufa, a temperatura m�dia da Terra seria de 18�C abaixo de zero, ou seja, ele � respons�vel por um aumento de 33�C. Portanto, � ben�fico ao planeta, pois propicia totais condi��es para a exist�ncia e manuten��o de vida.
Quando se alerta para riscos relacionados com o efeito estufa, o que est� em foco � a sua poss�vel intensifica��o, causada pela a��o do homem, e a conseq��ncia dessa intensifica��o para o clima da Terra. A hip�tese da intensifica��o do fen�meno � muito simples. Do ponto de vista da f�sica, quanto maior for a concentra��o de gases, maior ser� o aprisionamento do calor, e, conseq�entemente, mais alta a temperatura m�dia do globo terrestre. A maioria dos cientistas envolvidos em pesquisas clim�ticas est� convencida de que a intensifica��o do fen�meno em decorr�ncia das a��es e atividades humanas provocar� esse aquecimento. Uma minoria discorda disso e indaga em que medida esse aquecimento, caso esteja ocorrendo, se deve ao efeito estufa, intensificado pela a��o do homem. Sem d�vida, as descargas de gases na atmosfera por parte das ind�strias e das frotas de ve�culos contribuem para aumentar o problema e, naturalmente, ainda continuar�o a ser objeto de muita discuss�o entre os cientistas e a sociedade.
A causa fundamental de todas as situa��es meteorol�gicas na Terra � o Sol e a sua posi��o em rela��o ao nosso planeta, n�o devendo entender-se por isto as varia��es estacionais que ocorrem ao mesmo tempo que a Terra progride na sua �rbita anual. A energia calor�fica fornecida pelo Sol afeta diretamente a densidade do ar (o ar quente � mais leve do que o ar frio), provocando assim todos os gradientes de press�o importantes que causam o movimento do ar numa tentativa de minimizar a distribui��o deles. O movimento constante da atmosfera depende, assim, do balan�o de energia, fator que temos de considerar sob dois aspectos: o balan�o, ou "or�amento", entre a Terra e o espa�o, porque este determina a temperatura m�dia da atmosfera, e o balan�o, ou "or�amento", no seio da atmosfera em si, porque este � a causa fundamental das condi��es meteorol�gicas.
O diagrama abaixo ilustra o processo de radia��o na Terra.
O Sol emite radia��o de onda curta a uma raz�o que varia pouco, pelo que � designada constante solar.
Essa emiss�o fornece a energia e calor para toda a vida natural e movimentos no nosso planeta. Quando atinge a Terra, a radia��o solar � refletida, retrodifundida e absorvida por v�rios componentes: 6% � retrodifundida para o espa�o pelo pr�prio ar, 20% � refletida pelas nuvens e 4% pela superf�cie do globo. Desse modo, 30% da radia��o perde-se para o planeta por esses processos, que coletivamente constituem o albedo. As nuvens absorvem 3% da radia��o solar restante, ao passo que o vapor de �gua, as poeiras e outros componentes no ar contam para mais 16%. O resultado de todas essas interfer�ncias atmosf�ricas � garantir que apenas 51% da radia��o solar incidente atinja de forma efetiva e verdadeira a superf�cie do globo. Essa quantidade � apenas uma m�dia na quantidade de radia��o solar que chega ao solo em diferentes pontos do planeta. Pelo fato da Terra ser esf�rica, as regi�es tropicais s�o atingidas por radia��o solar tr�s vezes mais do que as regi�es polares. Al�m disso, devido � distribui��o da nebulosidade, as regi�es equatoriais recebem somente metade da radia��o solar do que a recebida pelos desertos quentes e secos da Terra, onde cerca de 80% da radia��o total que penetra na atmosfera atinge o solo. E nas latitudes m�dias nubladas, a radia��o solar recebida no solo � somente um ter�o da que se encontra nos desertos.
A entrada da radia��o solar tem de ser equilibrada de alguma forma. A forma encontrada � a sa�da de calor enviado pela Terra, o que resulta de radia��o pela atmosfera. Ao contr�rio da radia��o de onda curta, a radia��o da Terra ocorre sob a forma de onda longa e �, por isso, muito mais absorvida pelo vapor de �gua e di�xido de carbono existentes na atmosfera. Da radia��o emitida pelo globo terrestre (a parte s�lida da Terra), cerca de 90% � absorvida pela atmosfera, que irradia cerca de 80% de novo para o solo. Deste modo, a atmosfera atua como uma cobertura ou como o vidro de uma estufa, e da� o chamado efeito estufa. Como resultado, apenas uma pequen�ssima quantidade da radia��o terrestre escapa diretamente para o espa�o. O problema aparece justamente nesse ponto. O homem est� cada vez mais adicionando di�xido de carbono na atmosfera. Ao queimar combust�veis f�sseis para obten��o de energia tamb�m se tem adicionado gases de efeito estufa que n�o est�o presentes naturalmente na atmosfera (�xido nitroso e o CFC). Juntando-se a isso o fato de que o homem cada vez mais continua a desmatar as florestas, tem-se uma equa��o simples, em que o aumento no desmatamento leva a um decr�scimo na capacidade do ambiente por meio das �rvores de se fazer a retirada do di�xido de carbono do ar, substituindo o CO2 por oxig�nio.
Tudo isso faz com que, cada vez mais, menos radia��o proveniente do Sol seja emitida de volta para o espa�o. Quanto mais di�xido de carbono e outros gases de efeito estufa ficarem presentes no ar, mais radia��o ficar� sendo emitida de volta para a Terra. Quanto mais isto acontecer, mais a Terra ficar� quente. E uma pequena mudan�a na temperatura global poder� acarretar uma s�rie de problemas.
Uma das conseq��ncias imediatas que o aumento do efeito estufa causar� � o aumento da temperatura global do planeta. Um dos efeitos causados pelo aquecimento global da Terra � a seca. Conforme aumenta a temperatura, mais �gua se aquecer� e evaporar�. Se levarmos em conta lugares onde a chuva n�o tem uma precipita��o pluviom�trica regular, � f�cil de se prever que os rios, que em muitos desses lugares n�o s�o perenes, tendem a desaparecer, comprometendo a vida vegetal, que � a base da cadeia alimentar.
Pode parecer um contra-senso, mas o inverso tamb�m j� ocorre. Enquanto em algumas �reas h� falta de �gua, outras ir�o ter �gua demais. Outro efeito do aquecimento global da Terra � o aumento no n�vel do mar. Se a temperatura da Terra continuar a aumentar nas regi�es polares, grandes quantidades de gelo ir�o derreter, fazendo com que toda essa �gua v� direto para os oceanos. Toneladas e mais toneladas de gelo ficar�o derretidas se a Terra aquecer-se o suficiente para isso, o que causar� um aumento dr�stico no n�vel do mar.
Conforme pode ser visto, um aquecimento da temperatura da Terra acarreta grandes preju�zos para o meio ambiente e com conseq��ncias diretas para o homem, uma vez que o acr�scimo da temperatura global leva a uma interfer�ncia direta no ciclo hidrol�gico, sendo que desse ciclo dependem muitas formas de vida.
O efeito estufa n�o � de forma alguma algo indesej�vel. Muito pelo contr�rio: como dito anteriormente, sem esse efeito n�o existiria vida na Terra. Ele � o respons�vel pelo aquecimento do planeta, mantendo-o a uma temperatura que propicia o nascimento e desenvolvimento das mais diversas formas de vida.
O que se faz priorit�rio � um cuidado maior do homem com as emiss�es sem pr�vio tratamento de poluentes ao meio ambiente.
8. POLUI��O DO SOLO
Dentre as tr�s formas de polui��o, a que atinge o solo pode ser uma das mais danosas ao meio ambiente, pois � no solo onde se inicia grande parte dos ciclos biogeoqu�micos.
O solo tem uma constitui��o din�mica. Sua origem est� ligada � desagrega��o de rochas e � decomposi��o de restos de animais e vegetais.
A sua por��o mineral pode ser resultante da a��o vulc�nica ou da desintegra��o de rochas s�lidas por a��es f�sicas ou qu�micas reunidas sob a denomina��o gen�rica de intemperismo. Assim, grandes varia��es de temperatura ocorridas entre o dia e a noite, ou o congelamento de �gua em seus interst�cios, constituem a��es f�sicas do intemperismo. A presen�a de g�s carb�nico nas �guas da chuva pode ser considerada como um fator de intemperismo qu�mico.
A intera��o de todos esses fen�menos em conjunto leva a um desgaste natural e progressivo das rochas prim�rias da litosfera, que, juntamente com os produtos da decomposi��o org�nica, originam os solos f�rteis, pr�prios para a agricultura.
As tr�s formas de polui��o (na �gua, no ar e no solo) tamb�m interagem e, em conseq��ncia, t�m surgido divis�es inadequadas de responsabilidades, com resultados negativos para o controle da polui��o. Os dep�sitos de lixo poluem a terra, mas sua incinera��o contribui para a polui��o do ar. Carregados pela chuva, os poluentes que est�o no solo ou em suspens�o no ar v�o poluir a �gua e subst�ncias sedimentadas na �gua acabam por poluir a terra.
A quest�o da contamina��o do solo e das �guas subterr�neas tem sido objeto de grande preocupa��o nas �ltimas d�cadas em pa�ses industrializados, principalmente nos EUA e nos pa�ses europeus. Esse problema ambiental torna-se mais grave para grandes centros urbanos, como por exemplo, a regi�o metropolitana de S�o Paulo.
O encaminhamento de solu��es para essas �reas contaminadas, por parte dos �rg�os que possuem atribui��o de administrar os problemas ambientais, deve contemplar um conjunto de medidas que assegurem tanto o conhecimento de suas caracter�sticas e dos impactos por ela causados, quanto da cria��o e aplica��o de instrumentos necess�rios � tomada de decis�o e �s formas e n�veis de interven��o mais adequados, sempre com o objetivo de minimizar os riscos � popula��o e ao ambiente.
Uma das principais causas da polui��o do solo � o ac�mulo de lixo s�lido, como embalagens de pl�stico, papel e metal, e de produtos qu�micos, como fertilizantes, inseticidas e herbicidas. O material s�lido do lixo demora muito tempo para desaparecer no ambiente. O vidro, por exemplo, leva cerca de 5 mil anos para se decompor, certos tipos de pl�stico tamb�m demoram a se desintegrarem, pois s�o resistentes ao processo de biodegrada��o promovidos pelos microrganismos. As formas mais simples que podem ser usadas para reduzir o ac�mulo de lixo, como a incinera��o e a deposi��o em aterros, tamb�m t�m efeito poluidor, pois emitem fuma�a t�xica, no primeiro caso, ou produzem fluidos t�xicos que se infiltram no solo e contaminam os len��is de �gua. A melhor forma de reduzir o problema � investir maci�amente nos processos de reciclagem e tamb�m no uso de materiais biodegrad�veis ou n�o descart�veis.
A polui��o pode causar s�rios danos ao solo, e dessa forma dificultar o cultivo. Nas grandes aglomera��es urbanas, o principal foco de polui��o do solo s�o os res�duos industriais e dom�sticos. O lixo das cidades brasileiras, por exemplo, cont�m de setenta a oitenta por cento de mat�ria org�nica em decomposi��o e constitui uma permanente amea�a de surtos epid�micos. O esgoto tem sido usado em alguns pa�ses para mineralizar a mat�ria org�nica e irrigar o solo, mas esse processoapresenta o inconveniente de veicular microrganismos patog�nicos. Excrementos humanos podem provocar a contamina��o de po�os e mananciais de superf�cie. Os res�duos radioativos, juntamente com nutrientes, s�o absorvidos pelas plantas. Os fertilizantes e pesticidas sint�ticos s�o suscet�veis de incorpora��o � cadeia alimentar.
Fator principal da polui��o do solo � o desmatamento, causa de desequil�brios hidrogeol�gicos, pois em conseq��ncia de tal pr�tica a terra deixa de reter as �guas pluviais. Calcula-se que no Brasil sejam derrubados anualmente trinta mil quil�metros quadrados de florestas, com o objetivo de obter madeira ou �reas para cultivo.
Sem a prote��o das matas, o solo fica exposto e, em conseq��ncia, nutrientes e sais minerais s�o perdidos pela a��o das �guas da chuva e do vento, e ent�o o homem, para corrigir esse problema, cada vez mais adiciona fertilizantes ao solo, que como n�o consegue reter os nutrientes, vai se empobrecendo rapidamente. Vale recordar que um excesso de fertilizantes leva ao fen�meno da eutrofiza��o de lagos.
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