A deficiência do hormônio do crescimento (DGH) é uma doença rara que prejudica o crescimento do corpo. Atinge uma a cada 4 mil crianças no mundo e é diagnosticada mais comumente depois dos dois anos de idade, pois o bebê não cresce o esperado. Quem tem DGH apresenta baixa estatura, partes do corpo proporcionais e pode parecer mais jovem do que é.
O problema ocorre principalmente porque a hipófise, glândula localizada na parte inferior do cérebro, produz pouca quantidade do hormônio do crescimento (GH). Também pode ocorrer em associação a outros problemas: alterações genéticas, lesão cerebral, ausência da hipófise e deficiência de outros hormônios, como os sexuais e os tireoidianos. Entenda como projetar a altura final de uma criança e as formas de diagnóstico e tratamento da deficiência do hormônio do crescimento.
Como saber a previsão de altura de uma criança?
É possível saber a previsão de altura de uma criança por meio da estatura ou altura-alvo. Essa é uma forma de avaliar se o crescimento da criança é ou não o esperado, baseado na altura dos pais. Veja como calcular:
- Meninas - altura da mãe (cm) + (altura do pai (cm) – 13) / 2
- Meninos - altura da mãe (cm) + (altura do pai (cm) + 13) / 2
Fatores de risco para deficiência do hormônio do crescimento
A DGH pode ser congênita, ou seja, a criança já nasce com esta alteração, ou se desenvolver após o nascimento devido a outros problemas de saúde que afetem a hipófise, como infecções e tumores.
Sinais e sintomas da deficiência do hormônio do crescimento
Quem tem deficiência do hormônio do crescimento pode ter uma série de sinais e sintomas, como:
- Crescimento lento ou ausência de crescimento a partir dos dois anos;
- Baixo nível de açúcar no sangue (hipoglicemia) ao nascer;
- Baixa estatura, inferior ao quinto percentil, se comparado com outras crianças da mesma idade e sexo;
- Falta ou atraso do desenvolvimento sexual na puberdade;
- Idade óssea e dentição atrasadas;
- Dores de cabeça;
- Voz estridente;
- Cabelos finos.
A DGH associada a baixa produção de outros hormônios também pode causar os seguintes sinais e sintomas:
- Sede em excesso;
- Aumento da quantidade de urina;
- Anormalidades faciais são mais raras, mas podem ocorrer.
Apresentar um ou mais destes sinais e sintomas não significa, necessariamente, que seja deficiência do hormônio do crescimento. No entanto, é importante procurar o médico para investigar a causa e indicar o tratamento mais adequado ao caso.
Diagnóstico da deficiência do hormônio do crescimento
O diagnóstico da deficiência do hormônio do crescimento é feito por meio de exames de sangue, que medem os níveis hormonais do corpo, e exames de imagem, como o raio-x e a ressonância magnética, que avaliam a idade óssea da criança e podem mostrar possíveis alterações no cérebro, por exemplo, onde está situada a hipófise. Também é importante monitorar a altura por meio do padrão de crescimento de crianças da mesma idade e sexo.
Tratamento da deficiência do hormônio do crescimento
A DGH pode ser tratada com a reposição do hormônio do crescimento ou, em determinados casos, o hormônio deficiente associado à doença. Geralmente a terapia hormonal tem uma melhor resposta quando iniciado na idade pré-puberdade.
O objetivo do tratamento é obter a estatura final, dentro da normalidade populacional, que interfere consequentemente na autoestima da criança ou do adulto.
Somente o médico endocrinologista pode diagnosticar a deficiência do hormônio do crescimento e indicar o melhor tratamento para cada caso.
Referências
- //www.hopkinsmedicine.org/health/conditions-and-diseases/growth-hormone-deficiency#:~:text=Growth%20hormone%20deficiency%20(GHD)%2C,or%20develop%20later%20(acquired). – acessado em 25/10/2020
- //www.gosh.nhs.uk/conditions-and-treatments/conditions-we-treat/growth-hormone-deficiency – acessado em 25/10/2020
- //diretrizes.amb.org.br/_BibliotecaAntiga/baixa-estatura-por-deficiencia-do-hormonio-de-crescimento-diagnostico.pdf – acessado em 25/10/2020
- //www.sbp.com.br/especiais/pediatria-para-familias/noticias/nid/crescimento/ – acessado em 25/10/2020
- //www.sbp.com.br/especiais/pediatria-para-familias/desenvolvimento/crescimento/ – acessado em 25/10/2020
Voltar à Página Principal
PP-PFE-BRA-3286
Código:
HGHCURVA
Sinônimo:
HGH, GH, hormônio somatotrófico ou somatotrofina
Material:
Soro congelado ERA
Volume:
2,0 mL
Método:
Eletroquimioluminescência
Volume Lab:
2,0 mL
Rotina:
Diária
Resultado em:
Interferentes:
Ictéricia (concentrações de bilirrubina acima de 200mg/L), Hemólise (concentrações de hemoglobina acima de 512mg/dL) e Lipemia (concentrações de triglicerídeos acima de 3000 mg/dL)
36 horas
Temperatura:
Congelado
Estabilidade da amostra:
Ambiente
Refrigerado
Freezer
Hora
Hora
0
8
1440
Coleta:
Jejum não necessário.Manter paciente em repouso 30 min. antes da coleta. Deve ser realizado conforme solicitação médica ou de acordo com o estímulo solicitado. Enviar as amostras congeladas. **** Importante **** Volume mínimo de 580 uL
Interpretação:
Exame de pouca utilidade em condições basais e que tem seu principal uso durantge testes de supressão e estímulo. No diagnóstico da acromegalia, a dosagem do GH durante o teste oral de tolerância à glicose (TOTG) visa a avaliar a supressão da secreção hormonal hipofisária, aumentando bastante a sensibilidade em relação à dosagem basal. Na avaliação do hipoevolutismo pondo-estatural a dosagem basal não tem valor, uma vez que as concentrações do GH entre os pulsos são normalmente muito baixas. Existem vários protocolos de testes provocativos da secreção de GH com a sua dosagem em tempos variados conforme o estímulo produzido (ver anexo de provas funcionais) Indicações: A dosagem de GH tem seu principal uso durante testes de supressão e estímulo para o diagnóstico de acromegalia/gigantismo e de deficiência de GH, respectivamente. Devido à característica de pulsatilidade hipofisária, o resultado de uma dosagem basal é de pouca utilidade. Interpretação clínica: No diagnóstico da acromegalia: a maioria dos pacientes com acromegalia ativa apresenta GH maior do que 10 ?g/L. Durante o TOTG, espera-se que o GH caia abaixo de 0,4 ng/mL; um GH no nadir acima de 1 ng/mL é diagnóstico da acromegalia na maioria dos pacientes. No seguimento pós-terapêutico, objetiva-se manter GH basal inferior a 1 ng/mL e, para avaliar o resultado do tratamento cirúrgico, GH no nadir no TOTG inferior a 0,4 ng/mL. No diagnóstico de deficiência de GH: a portaria do Ministério da Saúde nº 110 de março de 2010, que estabelece parâmetros para o tratamento do hipopituitarismo recomenda que, para ensaios quimiluminescentes e imunofluorométricos utilizando anticorpos monoclonais, o ponto de corte recomendado como deficiência de GH seja uma concentração de GH inferior a 5 ng/mL. Sugestão de leitura complementar: Boguszewski CL. Acromegalia. In: Vencio S, Fontes R, Scharf M. Manual de Exames Laboratoriais na Prática do Endocrinologista. 1 Ed, Rio de Janeiro, Gen, 2013. Boguszewski M. Nanismo. In: Vencio S, Fontes R, Scharf M. Manual de Exames Laboratoriais na Prática do Endocrinologista. 1 Ed, Rio de Janeiro, Gen, 2013.
Referência:
Masculino: até 3,0 ug/L
Feminino: até 8,0 ug/L
1 ng/mL = 1 ug/L