O trecho, de São Bernardo, apresenta um relato de Paulo Honório, narrador-personagem, sobre a expansão de suas terras. De acordo com esse relato, o processo de prosperidade que o beneficiou evidencia que ele Show a) revela-se um empreendedor capitalista pragmático que busca o êxito em suas realizações a qualquer custo, ignorando princípios éticos e valores humanitários. b) procura adequar sua atividade produtiva e função de empresário às regras do Estado democrático de direito, ajustando o interesse pessoal ao bem da sociedade. c) relata aos seus interlocutores fatos que lhe ocorreram em um passado distante, e enumera ações que põem em evidência as suas muitas virtudes de homem do campo. d) demonstra ser um homem honrado, patriota e audacioso, atributos ressaltados pela realização de ações que se ajustam ao princípio de que os fins justificam os meios. e) amplia o seu patrimônio graças ao esforço pessoal, contando com a sorte e a capacidade de iniciativa, sendo um exemplo de empreendedor com responsabilidade social. São exemplos de “esportes individuais em interação com o oponente” e “esportes coletivos em interação com o oponente”, respectivamente, a) judô e futebol americano. b) lançamento de disco e polo aquático. c) remo e futebol. d) badminton e nado sincronizado. e) salto em distância e basquetebol. EM BREVE, CORREÇÃO EM VÍDEO.QUESTÃO 15— Recusei a mão de minha filha, porque o senhor é… filho de uma escrava. Raimundo tornou-se lívido. Manoel prosseguiu, no fim de um silêncio: — Já vê o amigo que não é por mim que lhe recusei Ana Rosa, mas é por tudo! A família de minha mulher sempre foi muito escrupulosa a esse respeito, e como ela é toda a sociedade do Maranhão! Concordo que seja uma asneira; concordo que seja um prejuízo tolo! O senhor porém não imagina o que é por cá a prevenção contra os mulatos!… Nunca me perdoariam um tal casamento; além do que, para realizá-lo, teria que quebrar a promessa que fiz a minha sogra, de não dar a neta senão a um branco de lei, português ou descendente direto de portugueses! AZEVEDO, A. O mulato. São Paulo: Escala, 2008 Influenciada pelo ideário cientificista do Naturalismo, a obra destaca o modo como o mulato era visto pela sociedade de fins do século XIX. Nesse trecho, Manoel traduz uma concepção em que a a) miscigenação racial desqualificava o indivíduo. b) condição econômica anulava os conflitos raciais. c) discriminação racial era condenada pela sociedade. d) escravidão negava o direito da negra à maternidade. e) união entre mestiços era um risco à hegemonia dos brancos. EM BREVE, CORREÇÃO EM VÍDEO.QUESTÃO 16O
jornal vai morrer. É a ameaça mais constante dos especialistas. E essa nem é uma profecia nova. Há anos a frase é repetida. Experiências são feitas para atrair leitores na era da comunicação nervosa, rápida, multicolorida, performática. Mas o que é o jornal? Onde mora seu encanto? O que é sedutor no jornal é ser ele mesmo e nenhum outro formato de comunicação de ideias, histórias, imagens e notícias. No tempo das muitas mídias, o que precisa ser entendido é que cada um tem um espaço, um jeito,
uma personalidade. LEITÃO, M. Jornal de papel. O Tempo, n. 5 684, 8 jul. 2012 (adaptado). Muito se fala sobre o impacto causado pelas tecnologias da comunicação e da informação nas diferentes mídias. A partir da análise do texto, conclui-se que essas tecnologias a) mantêm inalterados os modos de produção e veiculação do conhecimento. b) provocam rupturas entre novas e velhas formas de comunicar o conhecimento. c) modernizam práticas de divulgação do conhecimento hoje consideradas obsoletas. d) substituem os modos de produção de conhecimentos oriundos da oralidade e da escrita. e) contribuem para a coexistência de diversos modos de produção e veiculação de conhecimento. EM BREVE, CORREÇÃO EM VÍDEO.QUESTÃO 17QUESTÃO 18O último refúgio da língua geral no Brasil No coração da Floresta Amazônica é falada uma língua que participou intensamente da história da maior região do Brasil. Trata-se da língua geral, também conhecida como nheengatu ou tupi moderno. A língua geral foi ali mais falada que o próprio português, inclusive por não índios, até o ano de 1877. Alguns fatores contribuíram para o desaparecimento dessa língua de grande parte da Amazônia, como perseguições oficiais no século XVIII e a chegada maciça de falantes de português durante o ciclo da borracha, no século XIX. Língua-testemunho de um passado em que a Amazônia brasileira alargava seus territórios, a língua geral hoje é falada por mais de 6 mil pessoas, num território que se estende pelo Brasil, Venezuela e Colômbia. Em 2002, o município de São Gabriel da Cachoeira ficou conhecido por ter oficializado as três línguas indígenas mais usadas ali: o nheengatu, o baníua e o tucano. Foi a primeira vez que outras línguas, além do português, ascendiam à condição de línguas oficiais no Brasil. Embora a oficialização dessas línguas não tenha obtido todos os resultados esperados, redundou no ensino de nheengatu nas escolas municipais daquele município e em muitas escolas estaduais nele situadas. É fundamental que essa língua de tradição eminentemente oral tenha agora sua gramática estudada e que textos de diversas naturezas sejam escritos, justamente para enfrentar os novos tempos que chegaram. NAVARRO, E. Estudos Avançados, n. 26, 2012 (adaptado). O esforço de preservação do nheengatu, uma língua que sofre com o risco de extinção, significa o reconhecimento de que a) as línguas de origem indígena têm seus próprios mecanismos de autoconservação. b) a construção da cultura amazônica, ao longo dos anos, constituiu-se, em parte, pela expressão em línguas de origem indígena. c) as ações políticas e pedagógicas implementadas até o momento são suficientes para a preservação da língua geral amazônica. d) a diversidade do patrimônio cultural brasileiro, historicamente, tem se construído com base na unidade da língua portuguesa. e) o Brasil precisa se diferenciar de países vizinhos, como Venezuela e Colômbia, por meio de um idioma comum na Amazônia brasileira. EM BREVE, CORREÇÃO EM VÍDEO.QUESTÃO 19É dia de festa na roça. Fogueira posicionada, caipiras arrumados, barraquinhas com quitutes suculentos e bandeirinhas de todas as cores
enfeitando o salão. Mas o ponto mais esperado de toda a festa é sempre a quadrilha, embalada por música típica e linguajar próprio. Anarriê, alavantú, balancê de damas e tantos outros termos agitados pelo puxador da quadrilha deixam a festa de São João, comemorada em todo o Brasil, ainda mais completa. Embora os festejos juninos sejam uma herança da colonização portuguesa no Brasil, grande parte das tradições da quadrilha tem origem francesa. E muita gente dança sem saber. SOARES, L. Disponível em: http://gazetaonline.globo.com. Acesso em: 30 jun. 2015 (adaptado) Ao discorrer sobre a festa de São João e a quadrilha como manifestações da cultura corporal, o texto privilegia a descrição de a) movimentos realizados durante a coreografia da dança. b) personagens presentes nos festejos de São João. c) vestimentas utilizadas pelos participantes. d) ritmos existentes na dança da quadrilha. e) folguedos constituintes do evento. EM BREVE, CORREÇÃO EM VÍDEO.QUESTÃO 20O comportamento do público, em geral, parece indicar o seguinte: o texto da peça de teatro não basta em si mesmo, não é uma obra de arte completa, pois ele só se realiza plenamente quando levado ao palco. Para quem pensa assim, ler um texto dramático equivale a comer a massa do bolo antes de ele ir para o forno. Mas ele só fica pronto mesmo depois que os atores deram vida àquelas emoções; que cenógrafos compuseram os espaços, refletindo externamente os conflitos internos dos envolvidos; que os figurinistas vestiram os corpos sofredores em movimento. LACERDA, R. Leitores. Metáfora, n. 7, abr. 2012. Em um texto argumentativo, podem-se encontrar diferentes estratégias para guiar o leitor por um raciocínio e chegar a determinada conclusão. Para defender sua ideia a favor da incompletude do texto dramático fora do palco, o autor usa como estratégia argumentativa a a) comoção. b) analogia. c) identificação. d) contextualização. e) enumeração. EM BREVE, CORREÇÃO EM VÍDEO.QUESTÃO 21Na tirinha, o leitor é conduzido a refletir sobre relacionamentos afetivos. A articulação dos recursos verbais e não verbais tem o objetivo de a) criticar a superficialidade com que as relações amorosas são expostas nas redes sociais. b) negar antigos conceitos ou experiências afetivas ligadas à vida amorosa dos adolescentes. c) enfatizar a importância de incorporar novas experiências na vida amorosa dos adolescentes. d) valorizar as manifestações nas redes sociais como medida do sucesso de uma relação amorosa. e) associar a popularidade de uma mensagem nas redes sociais à profundidade de uma relação amorosa. EM BREVE, CORREÇÃO EM VÍDEO.QUESTÃO 22Acho que educar é como catar piolho na cabeça de criança. É preciso ter confiança, perseverança e um certo despojamento. É preciso, também, conquistar a confiança de quem se quer educar, para fazê-lo deitar no colo e ouvir histórias. MUNDURUKU, D. Disponível em: http://caravanamekukradja.blogspot.com.br. Acesso em: 5 dez. 2012. Concorrem para a estruturação e para a progressão das ideias no texto os seguintes recursos: a) Comparação e enumeração. b) Hiperonímia e antonímia. c) Argumentação e citação. d) Narração e retomada. e) Pontuação e hipérbole. EM BREVE, CORREÇÃO EM VÍDEO.QUESTÃO 23Chamou-me o bragantino e levou-me pelos corredores e pátios até ao hospício propriamente. Aí é que percebi que ficava e onde, na seção, na de indigentes, aquela em que a imagem do que a Desgraça pode sobre a vida dos homens é mais formidável. O mobiliário, o vestuário das camas, as camas, tudo é de uma pobreza sem par. Sem fazer monopólio, os loucos são da proveniência mais diversa, originando-se em geral das camadas mais pobres da nossa gente pobre. São de imigrantes italianos, portugueses e outros mais exóticos, são os negros roceiros, que teimam em dormir pelos desvãos das janelas sobre uma esteira esmolambada e uma manta sórdida; são copeiros, cocheiros, moços de cavalariça, trabalhadores braçais. No meio disto, muitos com educação, mas que a falta de recursos e proteção atira naquela geena social. BARRETO, L. Diário do hospício e O cemitério dos vivos. São Paulo: Cosac& Naify, 2010. No relato de sua experiência no sanatório onde foi interno, Lima Barreto expõe uma realidade social e humana marcada pela exclusão. Em seu testemunho, essa reclusão demarca uma a) medida necessária de intervenção terapêutica. b) forma de punição indireta aos hábitos desregrados. c) compensação para as desgraças dos indivíduos. d) oportunidade de ressocialização em um novo ambiente. e) conveniência da invisibilidade a grupos vulneráveis e periféricos. EM BREVE, CORREÇÃO EM VÍDEO.QUESTÃO 24A tecnologia está, definitivamente, presente na vida cotidiana. Seja para consultar informações, conversar com amigos e familiares ou apenas entreter, a internet e os celulares não saem das mãos e mentes das pessoas. Por esse motivo, especialistas alertam: o uso excessivo dessas ferramentas pode viciar. O problema, dizem os especialistas, é o usuário conseguir diferenciar a dependência do uso considerado normal. Hoje, a internet e os celulares são ferramentas profissionais e de estudo. MATSUURA, S. O Globo, 10 jun. 2013 (adaptado). O desenvolvimento da sociedade está relacionado ao avanço das tecnologias, que estabelecem novos padrões de comportamento. De acordo com o texto, o alerta dos especialistas deve-se à a) insegurança do usuário, em razão do grande número de pessoas conectadas às redes sociais. b) a de credibilidade das informações transmitidas pelos meios de comunicação de massa. c) comprovação por pesquisas de que os danos ao cérebro são muito maiores do que se pode imaginar. d) subordinação das pessoas aos recursos oferecidos pelas novas tecnologias, a ponto de prejudicar suas vidas. e) possibilidade de as pessoas se isolarem socialmente, em razão do uso das novas tecnologias de comunicação. EM BREVE, CORREÇÃO EM VÍDEO.QUESTÃO 25Doutor dos sentimentos Veja quem é e o que pensa o português António Damásio, um dos maiores nomes da neurociência atual, sempre em busca de desvendar os mistérios do cérebro, das emoções e da consciência. TREFAUT, M. P Disponível em: http://revistaplaneta.terra.com.br. Acesso em: 2 set. 2014 (adaptado). Na organização do texto, a sequência que atende à função sócio comunicativa de apresentar objetivamente o cientista António Damásio é a a) descritiva, pois delineia um perfil do professor. b) injuntiva, pois faz um convite à leitura de sua obra. c) argumentativa, pois defende o seu comportamento incomum. d) narrativa, pois são contados fatos relevantes ocorridos em sua vida. e) expositiva, pois traz as impressões da autora a respeito de seu trabalho. QUESTÃO 26Pra onde vai essa estrada? — Sô Augusto, pra onde vai essa estrada? Vocabulário Vau: Lugar do rio ou outra porção de água onde esta é pouco funda e, por isso, pode ser transposta a pé ou a cavalo. MAGALHÃES, L. L. A.; MACHADO, R. H. A. (Org.). Perdizes, suas histórias, sua gente, seu folclore. Perdizes: Prefeitura Municipal, 2005. As anedotas são narrativas, reais ou inventadas, estruturadas com a finalidade de provocar o riso. O recurso expressivo que configura esse texto como uma anedota é o(a) a) uso repetitivo da negação. b) grafia do termo “Oropas”. c) ambiguidade do verbo “ir”. d) ironia das duas perguntas. e) emprego de palavras coloquiais. QUESTÃO 27Essa escultura foi produzida durante o período da ditadura stalinista, na ex-União Soviética, e representa o(a) a) luta do proletariado soviético para sua emancipação do sistema vigente. b) trabalhador soviético retratado de acordo com a realidade do período. c) exaltação idealizada da capacidade de trabalho do povo soviético. d) união de operários e camponeses soviéticos pela volta do regime czarista. e) sofrimento de trabalhadores soviéticos pela opressão do regime stalinista. EM BREVE, CORREÇÃO EM VÍDEO.QUESTÃO 28Este mês, a reportagem de capa veio do meu umbigo. Ou melhor, veio de um mal-estar que comecei a sentir na barriga. Sou meio italiano, pizzaiolo dos bons, herdei de minha avó uma daquelas velhas máquinas de macarrão a manivela. Cresci à base de farinha de trigo. Aí, do nada, comecei a ter alergias respiratórias que também pareciam estar ligadas à minha dieta. Comecei a peregrinar por médicos. Os exames diziam que não tinha nada errado comigo. Mas eu sentia, pô. Encontrei a resposta numa nutricionista: eu tinha intolerância a glúten e a lactose. Arrivederci, pizza. Tchau, cervejinha. Notei também que as prateleiras dos mercados de repente ficaram cheias de produtos que pareciam ser feitos para mim: leite, queijo e iogurte sem lactose, bolo, biscoito e macarrão sem glúten. E o mais incrível é que esse setor do mercado parece ser o que está mais cheio de gente. E não é só no Brasil. Parece ser em todo Ocidente industrializado. Inclusive na Itália. O tal glúten está na boca do povo, mas não está fácil entender a real. De um lado, a imprensa popular faz um escarcéu, sem no entanto explicar o tema a fundo. De outro, muitos médicos ficam na defensiva, insinuando que isso tudo não passa de modismo, sem fundamento científico. Mas eu sei muito bem que não é só modismo — eu sinto na barriga. O tema é um vespeiro — e por isso julgamos que era hora de meter a colher, para separar o joio do trigo e dar respostas confiáveis às dúvidas que todo mundo tem. BURGIERMAN, D. R. Tem algo grande aí. Superinteressante, n. 335, jul. 2014 (adaptado) O gênero editorial de revista contém estratégias argumentativas para convencer o público sobre a relevância da matéria de capa. No texto, considerando a maneira como o autor se dirige aos leitores, constitui uma característica da argumentação desenvolvida o(a) a) relato pessoal, que especifica o debate do assunto abordado. b) exemplificação concreta, que desconstrói a generalidade dos fatos. c) referência intertextual, que recorre a termos da gastronomia. d) crítica direta, que denuncia o oportunismo das indústrias alimentícias. e) vocabulário coloquial, que representa o estilo da revista. EM BREVE, CORREÇÃO EM VÍDEO.QUESTÃO 29Como se apresentam os atos de ler e escrever no contexto dos canais de chat da internet? O próprio nome que designa estes espaços no meio virtual elucida que os leitores-escritores ali estão empenhados em efetivar uma conversação. Porém, não se trata de uma conversação nos moldes tradicionais, mas de um projeto discursivo que se realiza só e através das ferramentas do computador via canal eletrônico mediado por um software específico. A dimensão temporal deste tipo de interlocução caracteriza-se pela sincronicidade em tempo real, aproximando-se de uma conversa telefônica, porém, devido às especificidades do meio que põe os interlocutores em contato, estes devem escrever suas mensagens. Apesar da sensação de estarem falando, os enunciados que produzem são construídos num “texto falado por escrito”, numa “conversação com expressão gráfica”. A interação que se dá “tela a tela”, para que seja bem sucedida, exige, além das habilidades técnicas anteriormente descritas, muito mais do que a simples habilidade linguística de seus interlocutores. No interior de uma enorme coordenação de ações, o fenômeno chat também envolve conhecimentos paralinguísticos e socioculturais que devem ser partilhados por seus usuários. Isso significa dizer que esta atividade comunicacional, assim como as demais, também apresenta uma vinculação situacional, ou seja, não pode a língua, nesta esfera específica da comunicação humana, ser separada do contexto em que se efetiva. BERNARDES, A. S.; VIEIRA, P M. T. Disponível em: www.anped.org.br. Acesso em: 14 ago. 2012. No texto, descreve-se o chat como um tipo de conversação “tela a tela” por meio do computador e enfatiza-se a necessidade de domínio de diversas habilidades. Uma característica desse tipo de interação é a a) coordenação de ações, ou atitudes, que reflitam modelos de conversação tradicionais. b) presença obrigatória de elementos iconográficos que reproduzam características do texto falado. c) inserção sequencial de elementos discursivos que sejam similares aos de uma conversa telefônica. d) produção de uma conversa que articula elementos das modalidades oral e escrita da língua. e) agilidade na alternância de temas e de turnos conversacionais. EM BREVE, CORREÇÃO EM VÍDEO.QUESTÃO 30TEXTO I CASCUDO, L. C. Dicionário do folclore brasileiro. São Paulo: Global, 2001 (adaptado). TEXTO II Disponível em: www.diariodepernambuco.com.br. Acesso em: 14 jun. 2015. Apesar de abordarem o mesmo tema, os textos I e II diferenciam-se por pertencerem a gêneros que cumprem, respectivamente, a função social de a) resumir e avaliar. b) analisar e reportar. c) definir e informar. d) comentar e explanar. e) discutir e conscientizar. EM BREVE, CORREÇÃO EM VÍDEO.QUESTÃO 31A madrasta retalhava um tomate em fatias, assim finas, capaz de envenenara todos. Era possível entrever o arroz branco do outro lado do tomate, tamanha a sua transparência. Com a saudade evaporando pelos olhos, eu insistia em justificar a economia que administrava seus gestos. Afiando a faca no cimento frio da pia, ela cortava o tomate vermelho, sanguíneo, maduro, como se degolasse cada um de nós. Seis. O pai, amparado pela prateleira da cozinha, com o suor desinfetando o ar, tamanho o cheiro do álcool, reparava na fome dos filhos. Enxergava o manejo da faca desafiando o tomate e, por certo, nos pensava devorados pelo vento ou tempestade, segundo decretava a nova mulher. Todos os dias — cotidianamente — havia tomate para o almoço. Eles germinavam em todas as estações. Jabuticaba, manga, laranja, floresciam cada uma em seu tempo. Tomate, não. Ele frutificava, continuamente, sem demandar adubo além do ciúme. Eu desconhecia se era mais importante o tomate ou o ritual de cortá-lo. As fatias delgadas escreviam um ódio e só aqueles que se sentem intrusos ao amor podem tragar. QUEIRÓS, B. C. Vermelho amargo. São Paulo: Cosac & Naify, 2011. Ao recuperar a memória da infância, o narrador destaca a importância do tomate nos almoços da família e a ação da madrasta ao prepará-lo. A insistência nessa imagem é um procedimento estético que evidencia a a) saudade do menino em relação à sua mãe. b) insegurança do pai diante da fome dos filhos. c) raiva da madrasta pela indiferença do marido. d) resistência das crianças quanto ao carinho da madrasta. e) convivência conflituosa entre o menino e a esposa do pai. QUESTÃO 32
TEXTO II CABANNE, P Marcel Duchamp: engenheiro do tempo perdido. São Paulo: Perspectiva, 1987 (adaptado). Relacionando o texto e a imagem da obra, entende-se que o artista Marcel Duchamp, ao criar os ready-mades, inaugurou um modo de fazer arte que consiste em a) designar ao artista de vanguarda a tarefa de ser o artífice da arte do século XX. b) considerar a forma dos objetos como elemento essencial da obra de arte. c) revitalizar de maneira radical o conceito clássico do belo na arte. d) criticar os princípios que determinam o que é uma obra de arte. e) atribuir aos objetos industriais o status de obra de arte. EM BREVE, CORREÇÃO EM VÍDEO.QUESTÃO 33Pela primeira vez na vida teve pena de haver tantos assuntos no mundo que não compreendia e esmoreceu. Mas uma mosca fez um ângulo reto no ar, depois outro, além disso, os seis anos são uma idade de muitas coisas pela primeira vez, mais do que uma por dia e, por isso, logo depois, arribou. Os assuntos que não compreendia eram uma espécie de tontura, mas o Ilídio era forte. Se calhar estava a falar de tratar da cabra: nunca esqueças de tratar da cabra. O Ilídio não gostava que a mãe o mandasse tratar da cabra. Se estava ocupado a contar uma história a um guarda-chuva, não queria ser interrompido. Às vezes, a mãe escolhia os piores momentos para chamá-lo, ele podia estar a contemplar um segredo, por isso, assustava-se e, depois, irritava-se. Às vezes, fazia birras no meio da rua. A mãe envergonhava-se e, mais tarde, em casa, dizia que as pessoas da vila nunca tinham visto um menino tão velhaco. O Ilídio ficava enxofrado, mas lembrava-se dos homens que lhe chamavam reguila, diziam ah, reguila de má raça. Com essa memória, recuperava o orgulho. Era reguila, não era velhaco. Essa certeza dava-lhe forças para protestar mais, para gritar até, se lhe apetecesse. PEIXOTO, J. L. Livro. São Paulo: Cia. das Letras, 2012. No texto, observa-se o uso característico do português de Portugal, marcadamente diferente do uso do português do Brasil. O trecho que confirma essa afirmação é: a) “Pela primeira vez na vida teve pena de haver tantos assuntos no mundo que não compreendia e esmoreceu.” b) “Os assuntos que não compreendia eram uma espécie de tontura, mas o Ilídio era forte.” c) “Essa certeza dava-lhe forças para protestar mais, para gritar até, se lhe apetecesse.” d) “Se calhar estava a falar de tratar da cabra: nunca esqueças de tratar da cabra.” e) “O ão gostava que a mãe o mandasse tratar da cabra.” EM BREVE, CORREÇÃO EM VÍDEO.QUESTÃO 34Fazer 70 anos Fazer 70 anos não é simples. ANDRADE, C. D. Amar se aprende amando. São Paulo: Círculo do Livro, 1992 (fragmento) O pronome oblíquo “o”, nos versos “A vida exige, para o conseguirmos” e “Nós o conseguimos”, garante a progressão temática e o encadeamento textual, recuperando o segmento a) “Ó José Carlos”. b) “perdas e perdas”. c) “Avidaexige”. d) “Fazer 70 anos”. e) “irmão-em-Escorpião”. EM BREVE, CORREÇÃO EM VÍDEO.QUESTÃO 35A inteligência está na rede Pergunta: Há tecnologias que melhoram a vida humana, como a invenção do calendário, e outras que revolucionam a história humana, como a invenção da roda. A internet, o iPad, o Facebook, o Google
são tecnologias que pertencem a que categoria? TAPSCOTT, D. Entrevista concedida a Augusto Nunes. Veja, 21 abr. 2011 (adaptado). Segundo o pesquisador entrevistado, a internet revolucionou a história da mesma forma que a prensa móvel de Gutenberg revolucionou o mundo no século XV. De acordo com o texto, as duas invenções, de maneira similar, provocaram o(a) a) ocorrência de revoluções em busca por governos mais democráticos. b) divulgação do conhecimento produzido em papel nas diversas instituições. c) organização das sociedades a favor do acesso livre à educação e às universidades. d) comércio do conhecimento produzido e registrado em qualquer parte do mundo. e) democratização do conhecimento pela divulgação de ideias por meio de publicações. EM BREVE, CORREÇÃO EM VÍDEO.QUESTÃO 36QUESTÃO 37Inspiração no lixo O paulistano Jaime Prades, um dos precursores do grafite e da arte urbana, chegou ao lixo por sua intensa relação com as ruas de São Paulo. “A partir da década de 1980, passei a perceber o desastre que é a ecologia urbana. Quando a gente fala em questão ambiental, sempre se refere à natureza, mas a crise ambiental urbana é forte”, diz Prades. Inspirado pela obra de Frans Krajcberg, há quatro anos Jaime Prades decidiu construir uma árvore gigante no Parque do Ibirapuera ou em outro local público, feita com sobras de madeira garimpadas em caçambas. “Elas são como os intestinos da cidade, são vísceras expostas”, conta Prades. “Percebi que cada pedaço de madeira carregava a memória da árvore de onde ela veio. Percebi que não estava só reciclando, e sim resgatando”. Sua árvore gigante ainda não vingou, mas a ideia evoluiu. Agora, ele pretende criar uma plataforma na internet para estimular outros artistas a fazer o mesmo. “Teríamos uma floresta virtual planetária, na qual se colocariam essas questões de forma poética, criando uma discussão enriquecedora.” VIEIRA, A. National Geographic Brasil, n. 65-A, 2015 O texto tematiza algumas transformações das funções da arte na atualidade. No trabalho citado, do artista Jaime Prades, considera-se a a) reflexão sobre a responsabilidade ambiental do homem. b) valorização da poética em detrimento do conteúdo. c) preocupação com o belo encontrado na natureza. d) percepção da obra como suporte da memória. e) reutilização do lixo como forma de consumo. EM BREVE, CORREÇÃO EM VÍDEO.QUESTÃO 38O tapete vermelho na porta é para você se sentir Disponível em: http://quasepublicitarios.wordpress.com. Acesso em: 3 dez. 2012. Ao circularem socialmente, os textos realizam-se como práticas de linguagem, assumindo configurações de especificidade, de forma e de conteúdo. Para atingir seu objetivo, esse texto publicitário vale-se do procedimento argumentativo de a) valorizar o cliente, oferecendo-lhe, além dos serviços de voo, um atendimento que o faça se sentir especial. b) persuadir o consumidor a escolher companhias aéreas que ofereçam regalias inclusas em seus serviços. c) destacar que a companhia aérea oferece luxo aos consumidores que utilizam seus serviços. d) enfatizar a importância de oferecer o melhor ao cliente ao ingressar em suas aeronaves. e) definir parâmetros para um bom atendimento do cliente durante a prestação de serviços. QUESTÃO 39Importantes recursos de reflexão e crítica próprios do gênero textual, esses quadrinhos possibilitam pensar sobre o papel da tecnologia nas sociedades contemporâneas, pois a) O indicam a solidão existencial dos usuários das redes sociais virtuais. b) criticam a superficialidade das relações humanas mantidas pela internet. c) retratam a dificuldade de adaptação de pessoas mais velhas às relações virtuais. d) ironizam o crescimento da conexão virtual oposto à falta de vínculos reais entre as pessoas. e) denunciam o enfraquecimento das relações humanas nos mundos virtual e real contemporâneos. QUESTÃO 40Ao longo dos anos 1980, um canal esportivo de televisão fracassou em implantar o basquete como esporte mundial, e uma empresa de materiais esportivos teve de lidar, fora do seu programa, com um esporte que lhe era estranho. Correndo atrás do prejuízo, ambas corrigiram a rota e vieram a fazer da incorporação do futebol a seu programa um objetivo estratégico alcançado com sucesso. O ajuste do interesse econômico à realidade cultural, no entanto, não deixa de dizer algo sobre ela: é significativo que o mais mundial dos esportes não faça sentido para os Estados Unidos, e que os esportes que fazem mais sentido para os Estados Unidos estejam longe de fazer sentido para o mundo. O futebol ofereceu uma curiosa e nada desprezível contraparte simbólica à hegemonia do imaginário norte-americano. WISNIK, J. M. Veneno remédio: o futebol e o Brasil.São Paulo: Cia. das Letras, 2008 (adaptado). De acordo com o texto, em décadas passadas, a dificuldade das empresas norte-americanas indica a influência de um viés cultural e econômico na a) popularização do futebol no país frente à concorrência com o basquete. b) conquista da alta lucratividade por meio do futebol no cenário norte-americano. c) implantação do basquete como esporte mundial frente à força cultural do futebol. d) importância dada por empresas esportivas ao futebol, similar àquela dada ao basquete. e) tentativa de fazer com que o futebol transmitido pela TV seja consumido por sua população. QUESTÃO 41Querido Sr. Clemens, Sei que o ofendi porque sua carta, não datada de outro dia, mas que parece ter sido escrita em 5 de julho, foi muito abrupta; eu a li e reli com os olhos turvos de lágrimas. Não usarei meu maravilhoso broche de peixe-anjo se o senhor não quiser; devolverei ao senhor, se assim me for pedido… OATES, J. C. Descanse em paz. São Paulo: Leya, 2008. Nesse fragmento de carta pessoal, quanto à sequenciação dos eventos, reconhece-se a norma-padrão pelo(a) a) colocação pronominal em próclise. b) uso recorrente de marcas de negação. c) emprego adequado dos tempos verbais. d) preferência por arcaísmos, como “abrupta” e “turvo”. e) presença de qualificadores, como “maravilhoso” e “peixe-anjo”. QUESTÃO 42Ser pai faz bem para a pressão! Uma pesquisa feita pela Brigham Young University, nos EUA, indica que a paternidade pode ajudar a manter a pressão arterial baixa. Os dados foram medidos em 198 adultos, monitorados por aparelhos anexados ao braço, em intervalos aleatórios, durante 24 horas. Comparada às do grupo de adultos sem filhos, a média dos pais foi inferior em 4,5 pontos para a pressão arterial diastólica. Julianne Holt-Lunstad, autora do estudo, diz que outros fatores (como atividades físicas) também colaboram para reduzir esses níveis e que o objetivo da pesquisa é comprovar como fatores sociais colaboram para a saúde do corpo. “Isso não significa que quanto mais crianças você tiver, melhor será sua pressão sanguínea. Os resultados estão conectados a essa relação de parentesco, mas sem considerar o número de sucessores ou situação profissional”, pondera Julianne. ALVES, I. Viva saúde, n. 83, s.d. O texto apresenta resultados de uma pesquisa científica, objetivando a) informar o leitor leigo a respeito dos resultados obtidos, com base em dados monitorados. b) sensibilizar o leitor acadêmico a respeito da paternidade, com apoio nos comentários da pesquisadora. c) persuadir o leitor especializado a se beneficiar do exercício da paternidade, com base nos dados comparados. d) dar ciência ao leitor especializado da validade da investigação, com base na reputação da instituição promotora. e) instruir o leitor leigo a respeito da validade relativa da investigação, com base nas declarações da pesquisadora. EM BREVE, CORREÇÃO EM VÍDEO.QUESTÃO 43Um conto de palavras que valessem mais por sua modulação que por seu significado. Um conto abstrato e concreto como uma composição tocada por um grupo instrumental; límpido e obscuro, espiral azul num campo de narcisos defronte a uma torre a descortinar um lago assombrado em que o atirar uma pedra espraia a água em lentos círculos sob os quais nada um peixe turvo que é visto por ninguém e no entanto existe como algas do oceano. Um conto-rastro de uma lesma também evento do universo qual a luz de um quasar a bilhões de anos-luz; um conto em que os vocábulos são como notas indeterminadas numa pauta; que é como bater suave e espaçado de um sino propagando-se nos corredores de um mosteiro […]. Um conto noturno com a fulguração de um sonho que, quanto mais se quer, mais se perde; é preciso resistir à tentação das proparoxítonas e do sentido, a vida é uma peça pregada cujo maior mistério é o nada. SANT’ANNA, S. Um conto abstrato. In: O voo da madrugada. São Paulo: Cia. das Letras, 2003. Utilizando o recurso da metalinguagem, o narrador busca definir o gênero conto pelo procedimento estético que estabelece uma a)confluência de cores, destacando a importância do espaço. b)composição de sons, valorizando a construção musical do texto. c)percepção de sombras, endossando o caráter obscuro da escrita. d)cadeia de imagens, enfatizando a ideia de sobreposição de sentidos. e)hierarquia de palavras, fortalecendo o valor unívoco dos significados. QUESTÃO 44Dois parlamentos Nestes cemitérios gerais MELO NETO, J. C. Serial e antes. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997 (fragmento). A lida do sertanejo com suas adversidades constitui um viés temático muito presente em João Cabral de Melo Neto. No fragmento em destaque, essa abordagem ressalta o(a) a) inutilidade de divisão social e hierárquica após a morte. b) aspecto desumano dos cemitérios da população carente. c) nivelamento do anonimato imposto pela miséria na morte. d) tom de ironia para com a fragilidade dos corpos e da terra. e) indiferença do sertanejo com a ausência de seus próximos. QUESTÃO 45Em 1956, o artista Flávio de Resende Carvalho desfilou pela Avenida Paulista com o traje New Look, uma proposta tropical para o guarda-roupa masculino. Suas obras mais conhecidas são relacionadas às performances. A imagem permite relacionar como características dessa manifestação artística o uso a)da intimidade, da política e do corpo. b)do público, da ironia e da dor. c)do espaço urbano, da intimidade e do drama. d)da moda, do drama e do humor. e)do corpo, da provocação e da moda. EM BREVE, CORREÇÃO EM VÍDEO.Quais são os tempos verbais?Os tempos verbais (presente, pretérito e futuro) se unem aos modos verbais (indicativo, subjuntivo e imperativo) para indicar a forma como ocorrem as ações, estados ou fenômenos expressados pelo verbo.
O que significa emprego do tempo verbal?Emprego de tempos verbais:
Seria o tempo verbal, ou seja, se o verbo indica algo que já realizou, está realizando ou se ainda realizará.
Em que sentido foi empregado o verbo no pretérito maisO pretérito mais-que-perfeito do indicativo é um tempo verbal empregado para indicar uma ação passada que ocorreu antes de outra, também no passado. Ele é geralmente utilizado em situações formais ou em textos literários. Exemplos de frases: Diogo falara de seus pais.
Que tempo verbal predomina a biografia Monteiro Lobato?O narrador é um observador. O tempo verbal predominante é o pretérito perfeito do indicativo. A linguagem utilizada é variedade padrão.
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