Por ser um órgão volumoso, possui ligamentos de sustentação, que o mantém na sua posição 07/09/2018 - Publicado há 4 anos Por
Na segunda edição do Anatomia Responde desta semana, o professor Luis Fernando Tirapelli fala sobre o fígado, maior órgão maciço do corpo humano, com 1,5 kg, localizado na cavidade abdominal e protegido pelas últimas costelas. Suas funções
mais importantes são: a participação nas atividade metabólicas dos lipídios ou gorduras, proteínas, carboidratos ou açúcares; A participação na degradação das hemácias velhas, a produção de bile; E o armazenamento de vitaminas.
O fígado possui a veia porta hepática, uma importante veia que penetra o órgão e é responsável pela sua circulação funcional. Por meio dela os nutrientes absorvidos, principalmente no jejuno, são armazenados nas
células em forma de glicogênio. Tirapelli explica que, na face visceral ou inferior do fígado existe uma depressão que abriga a vesícula biliar, que armazena e concentra entre 30 a 50 ml de bile produzida pelo órgão.
Por ser um órgão volumoso, possui alguns ligamentos de sustentação, que o mantém na sua posição: os ligamentos coronários e o ligamento falciforme, além de, uma importante prega do peritônio denominado omento menor, que o fixa aos órgãos vizinhos como estômago, esôfago e duodeno. O boletim Anatomia Responde é produzido pelo professor Luis Fernando Tirapelli da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP.
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Crédito: Getty Images
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Algumas partes do corpo, que eram vitais para nossa existência há milhares de anos, perderam
a utilidade ao longo da evolução da nossa espécie.
"O corpo humano é, basicamente, um museu de história", afirma Dorsa Amir, antropóloga do Boston College, nos Estados Unidos. Recentemente, ela publicou no seu Twitter uma lista de "sobras" que a maioria de nós ainda possui, mas que já desapareceram em alguns seres humanos, os chamados “resquícios evolutivos”.
Confira abaixo as 9 partes do corpo
das quais não precisamos mais.
1 - O apêndice
Esta é a parte “invisível” do nosso corpo mais famosa. Segundo a ciência, antigamente, o órgão auxiliava na digestão de plantas com excesso de celulose, que formavam parte da dieta
dos nossos ancestrais.
À medida que a nossa dieta foi se tornando variada, o apêndice perdeu sua função, explica Amir. No entanto, estudos indicam que o apêndice cumpre papel relevante em armazenar bactérias benéficas para nosso sistema digestivo.
2 - Palmar longo
Não é todo mundo que tem, mas trata-se de um músculo que vai do punho ao cotovelo. Quem tem, consegue ver uma protuberância fina no punho ao juntar o dedo polegar com o mindinho. Aposto que você está fazendo isso agora.
De acordo com a antropóloga, o músculo do punho era usado para ajudar a subir em árvores. Estima-se que 10% dos seres humanos já tenham nascido sem esse
músculo.
3 - Os sisos
Os sisos, os últimos molares, tinham como função triturar carnes duras e cereais crus, alimentos comuns do seres humanos do passado. Agora que a nossa dieta é muito mais suave, não precisamos
mastigar com tanta intensidade. Além disso, nossas mandíbulas também não são tão potentes como eram há milhares de anos.
Atualmente, os sisos não nascem em todos os seres humanos, afirma Amir. Em alguns casos, o nascimento desses dentes provoca dor ou atrapalha a estética dentária, empurrando os dentes do lado. Por isso, muitos dentistas recomendam a extração dos últimos molares.
4 - Músculos que
arrepiam o pelo
Nossos ancestrais tinham muito mais pelos no corpo. Os músculos arrectores pilorum (arrector pili, no singular), conectados aos folículos capilares, ajudavam a arrepiar o pelo, para parecermos maiores quando estávamos em uma situação de risco ou ameaça.
5 - Músculo das orelhas
Há três músculos sob o couro cabeludo que servem para mexer a parte visível da orelha. No entanto, pouca gente tem a habilidade de controlar esses movimentos.
Segundo a antropóloga, alguns mamíferos usam os músculos da orelha para movê-las e detectar sons,
identificando presas ou predadores. Acredita-se que os antepassados do homem faziam.
6 - Músculo piramidal
Situado na parte de baixo do abdómen, o músculo piramidal tem um formato triangular. Enquanto algumas
pessoas têm dois, outras não têm nenhum. De acordo com Amir, ele não serve para nada além de mover a chamada "linha alba", que vai do ventre inferior até o peito, atravessando o umbigo longitudinalmente.
No passado, quando caminhávamos em quatro patas, o músculo facilitava a mobilidade e a rotação dos músculos abdominais.
7 - Mamilos masculinos
Os
mamilos cumprem a função de facilitar a amamentação. Já os mamilos masculino possuem função biológica. Mas se são as mulheres que amamentam, por que os homens nascem com eles?
O motivo é que o corpo de um embrião, seja feminino ou masculino, começa a se desenvolver da mesma forma. Quando a testosterona, encarregada da formação dos órgãos sexuais masculinos começa a atuar, os mamilos já se
desenvolveram.
8 - Terceira pálpebra
Localizada no canto de dentro do olho, a terceira pálpebra é uma dobra parecidas com as membranas que alguns animais têm para proteger a visão - como aves, répteis e
certos mamíferos. Segundo a antropóloga, a terceira pálpebra tem como função manter os olhos úmidos e livres de resíduos. Mas, no caso dos humanos, só há uma membrana remanescente e não temos qualquer controle sobre elas."Não está claro por que os humanos têm isso", afirma Amir.
"Mas o que está claro é que não é raro encontrar esse tipo de membrana em primatas, portanto, possivelmente as perdemos há muito tempo (com a evolução da
nossa espécie)."
9 - Reflexo de agarrar com as mãosObservado em alguns bebês, o reflexo de agarrar e apertar os dedos de quem encosta nas mãos deles, é particularmente útil para filhotes de macacos. Amir explica que esses animais já nascem prontos para agarrar as costas dos adultos e serem transportados. "Há uma hipótese de que o nosso reflexo palmar tinha uma finalidade como essa".
"Mas nossos bebês nascem prematuros quando comparados aos bebês de outros primatas. Eles não são capazes de firmar a própria cabeça ou se locomover."Portanto, a antropóloga ressalta que esse reflexo é visto como um dos vestígios do nosso passado, algo que deixou de ser usado ao longo da evolução da espécie.
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