Auditora Líder ISO 9001:2015, ISO 22000:2018 e ISO 31000:2016. Redatora do Blog da Qualidade e Especialista de Comunicação no Qualiex! Eu ajudo profissionais a resolverem problemas de qualidade por meio de tecnologia e acredito que esse é o primeiro passo para uma vida de Excelência. Gosto de rock, desenho animado e vejo qualidade e excelência em tudo isso. Não me leve tão a sério no Twitter, mas se preferir, você também pode me encontrar no Facebook e Linkedin.
O Diagrama de Ishikawa, conhecido também como diagrama de causa e efeito, ou diagrama de espinha de peixe, é uma ferramenta da qualidade que ajuda a organizar o brainstorming para a identificação das possíveis causas de determinado problema, e por esse motivo é tão utilizada na análise de causa de não conformidades. O que algumas pessoas talvez não saibam ainda é que essa mesma ferramenta pode ser utilizada para identificar riscos e perigos de processos e projetos.
Quem trabalha com a qualidade e tem o desafio de fazer a transição para ISO 9001:2015 até setembro de 2018 terá mais facilidade para desenvolver o processo usando ferramentas que já conhecemos para implantar essa cultura que é tão discutido na nova versão da ISO.
Quando vamos analisar causa de um problema, colocamos o problema na cabeça do peixe e então categorizamos suas causas tendo uma visão parecida com essa:
Se formos para uma abordagem de riscos, faremos do mesmo jeito, só que agora, o que estará na cabeça do peixe é o processo ou projeto, e ao invés das causas, colocaremos os riscos. Isso resultaria em uma estrutura assim:
Ao identificar os riscos, é possível fazer ainda uma análise mais completa, calculando a probabilidade e impacto de cada risco, e sinalizando sua criticidade no diagrama. Para isso, siga esses quatro passos:
1 – Avalie a probabilidade e impacto de cada risco
A probabilidade considera qual a possibilidade daquele risco acontecer. Em uma escala de 0% a 100%, qual a chance de o risco acontecer?
Da mesma forma, é preciso identificar o impacto do risco. O impacto avalia o quanto aquilo trará de consequência se realmente acontecer. Então, se tivermos uma incidência do risco, qual será o impacto na empresa?
2 – Multiplique a probabilidade pelo impacto
Depois de definir a probabilidade e impacto do risco, precisamos calcular a criticidade. Para isso, utilize os valores da tabela abaixo, e multiplique a probabilidade pelo impacto:
Por exemplo, se tenho um risco com a Probabilidade de 30% e um impacto ALTO, então farei o cálculo: 0,3 x 0,4 que é igual a: 0,12.
3 – Sinalize a criticidade dos riscos por cor
Com o valor calculado, precisamos descobrir se o risco é de alta, média ou baixa criticidade.
Se tiver como resultado um número entre 0,18 e 0,72, a criticidade é alta, ficando assim na cor vermelha.
Se o cálculo tiver como resultado um número entre 0,09 e 0,14, a criticidade é média, ficando assim na cor amarela.
Se o resultado for entre 0,01 a 0,05, a criticidade é baixa, tendo a cor verde.
No nosso exemplo acima, a multiplicação resultou em 0,12, o que significa que a criticidade do meu risco é média.
4 – Ilustre no seu diagrama
Colocando as cores, o seu diagrama ficará mais ou menos assim:
Depois disso, você definirá as estratégias que vai adotar em relação aos riscos e assim estabelecer planos de ação.
É claro que existem outras ferramentas, na semana passada, por exemplo, disponibilizamos uma planilha que avalia riscos pela Matriz de Riscos, que traz outra visão para análise. Você pode fazer o download clicando no botão abaixo:
Baixar Modelo de Planilha para Gestão de Riscos
De qualquer forma, é muito bom utilizar o Diagrama de Ishikawa para evoluir o processo de gestão de riscos.