Primeira reportagem de uma s�rie feita pelo Jornal VS sobre os 190 anos da imigra��o alem� detalha a chegada dos imigrantes a S�o Leopoldo em 1824. Show Susana Leite - [email protected] O Jornal VS abre uma série de reportagens sobre os 190 anos da imigração alemã no Rio Grande do Sul. A primeira reportagem marca a chegada dos primeiros alemães; a segunda detalha o processo de ocupação do território pelos colonos por meio da pesquisa baseada na história da família Müller, da qual descende o escritor e pesquisador, Martin Dreher. A terceira matéria da série vai abordar os 190 anos da presença luterana no Estado. E por fim, o jornal vai elencar um conjunto de heranças culturais que se configuram no “legado alemão.”São Leopoldo – Cento e noventa anos atrás, o Brasil estaria prestes a iniciar um capítulo novo na história, marcado pela chegada dos primeiros colonos alemães. A inserção de novos costumes, o marco da religião evangélica luterana e os dialetos, que se preservam até hoje, foram trazidos na bagagem dos imigrantes que desembarcaram no País. No próximo dia 25 comemora-se a chegada da primeira leva, formada por 39 pessoas, segundo dados do Museu Histórico Visconde de São Leopoldo. Os imigrantes vieram agarrados à promessa de que aqui teriam terra e trabalho como oportunidade para começar uma nova vida.
Foto: Tiago da Rosa/GES Entre os remanescentes que ainda vivem, onde hoje é o bairro Feitoria, a professora aposentada Norma Vera Timm dos Santos, 60 anos, guarda em retratos a histórias dos parentes alemães. Muitos dos rostos nas fotografias ela não reconhece. As lembranças fazem parte do legado da mãe, Lory Georg Timm, que faleceu aos 85 anos, em 2006. “Ela nos contava histórias de quando era menina. Minha mãe contava que o pai dela, Bernardo, havia morado na Casa do Imigrante, que faziam farinha na atafona”, recorda-se Norma. Lory foi casada com o Ottomar Timm.
Questão de segurança nacional, pois o Rio Grande do Sul, com 90 mil pessoas, necessidade de ocupação territorial. Até então, somente a região da fronteira era povoada. Os imigrantes ocuparam as terras próximas dos rios e as florestas adjacentes. O Brasil precisava de artesãos. “A região tinha muitos sapateiros, celeiros. Eram profissionais que produziam coturnos para o exército, pois havia uma demanda. Além disso, os colonos também sustentavam as tropas com embutidos, farinhas produzidas nas atafonas e cachaça”, completa Dreher.
Publicidade Quais as dificuldades que os imigrantes alemães enfrentaram ao vir para o RS?Os germânicos enfrentaram problemas desde o embarque, na Europa, até o desembarque, no Brasil. Tiveram de ficar meses esperando as medições das terras pelo governo imperial. Viviam a pão e água. Muitos não se contiveram e partiram com barcos fretados por entre rios que levaram a diversas regiões.
Qual o motivo da vinda dos imigrantes alemães para o Rio Grande do Sul?A imigração alemã no Rio Grande Sul foi incentivada para proteger o território na fronteira com os espanhóis. Influenciado por sua esposa D. Leopoldina que era Austríaca, D. Pedro I decidiu recrutar soldados da Alemanha para compor o exército brasileiro.
Quando os imigrantes alemães vieram para a região sul do Brasil?Os primeiros imigrantes alemães chegaram ao Brasil ainda no reinado de D. Pedro I. Estabeleceram-se no Sudeste e Sul do país, onde, a partir de 1824, fundou-se a colônia alemã de São Leopoldo (Rio Grande do Sul).
O que os alemães trouxeram para o Rio Grande do Sul?Entre 1824 e 1845 60% dos homens de São Leopoldo eram artesãos, industriais, comerciantes, etc. Com efeito, os alemães foram responsáveis pela urbanização e formação de novos municípios em grande parte da metade norte do território gaúcho. A maioria desses novos municípios se emancipou com pequenas áreas territoriais.
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