A evolução envolve sempre uma alteração das condições existentes para um estagio superior em que uma maior complexidade das mesmas se faz presente. Quando se refere à evolução natural, se fala do desenvolvimento dos microrganismos que devido à necessidade de adaptação a diferentes condições ambientais apresentam alterações em suas características principais. Estas transformações permitem então que os organismos vivos sobrevivam às mudanças do meio ambiente. A impossibilidade de evolução significou a extinção para milhares de espécies de seres vivos.
Quando falamos de evolução humana, referimos ao processo de desenvolvimento das características que resultam no que hoje em dia é o ser humano atual. Acredita-se que este processo começou entre 5 e 7 milhões de anos com a separação entre os primeiros hominídeos e os primatas. De acordo com os registros encontrados neste sentido, o primeiro hominídeo que já possuía elementos diferenciados ao dos primatas foi o Australopithecus que permitiu a evolução chegar ao Homo Sapiens, o homem moderno.
Ao longo do tempo através do qual os primeiros hominídeos conseguiram ser transformados num ser humano de maior evolução, inúmeras conquistas foram realizadas: o desenvolvimento de ferramentas (em primeira instância, primitivas; logo de maior complexidade), o domínio do fogo, o aperfeiçoamento de todas as técnicas de sobrevivência, a criação da agricultura e o consequente estabelecimento da vida social organizada.
Referencia autoral (APA): Editora Conceitos.com (abr., 2014). Conceito de Evolução. Em //conceitos.com/evolucao/. São Paulo, Brasil.
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Entende-se por evolução a adaptação dos seres vivos às alterações ocorridas no meio ambiente. Esta adaptação foi bastante discutida no século XVIII, pois acreditavam numa doutrina chamada fixismo. Esta dizia que as espécies eram criadas pelo Ser Divino assim como são sob forma imutável não podendo assim evoluir.
Apesar de Jean-Baptiste Lamarck apresentar a primeira teoria a fim de explicar o evolucionismo, foi Charles Darwin, no século XIX, quem provocou inúmeras discussões e indecisões a cerca do fixismo, fazendo com que admitissem as transformações ocorridas nos seres vivos por causa das alterações do meio ambiente que acontecem constantemente.
Os fósseis, a partir deste período, tornaram-se importantíssimos para o estudo evolucionista, já que podem comprovar a evolução de inúmeras espécies de seres vivos apresentando organismos simples de um determinado período que aparece em outro com características mais complexas, mostrando as alterações ocorridas ao longo do tempo.
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Na medida em que o evolucionismo se espalhava, vários cientistas tentavam explicar este processo, o que originou inúmeras teorias, onde se destacava o Lamarckismo e o Darwinismo.
Por causa da evolução, os seres vivos foram ganhando novas características e herdando outras, e estas transformações que ocorrem ao longo do tempo são estudadas pela genética que procura respostas acerca da origem das características e da transmissão para outras gerações.
Descobriu-se que as transformações (mutações) que acontecem no DNA originam as alterações nas características dos seres vivos. Novas características, porém, surgem quando ocorrem variações isoladas no DNA, criando uma recombinação genética.
Inicialmente, como a Igreja Católica era muito influente na sociedade, dificilmente se acreditava que poderia haver mudanças nos seres vivos ao longo do tempo, já que tudo havia sido criado por Deus. A grande diversidade de organismos era, então, explicada pela perfeita criação de Deus. Entretanto, alguns pensadores observaram alguns fatos que demonstravam que tal Teoria Criacionista estaria errada. Estes fatos eram chamados de evidências evolutivas, os quais veremos adiante, no vídeo com o professor Oda, e também no resumo a seguir:
Conceitos Básicos da Evolução
Formação de novas espécies
- Isolamento geográfico
Quando uma população que antes convivia é separada em duas populações menores (metapopulações), deixa de existir fluxo gênico entre elas, ou seja, elas não conseguem mais cruzar. Como cada novo ambiente formado possui suas peculiaridades, onde há um tipo de pressão seletiva em cada um deles e em cada metapopulação ocorrem diferentes acúmulos de mutações, com o decorrer do tempo, elas podem se tornar espécies diferentes. Quando isso ocorre, são formadas duas populações distintas, já que houve especiação. Se, eventualmente, essas novas espécies voltarem a conviver, elas não poderão mais reproduzir, já que as diferenças genéticas impedirão que haja o cruzamento entre elas. Esse mecanismo também é conhecido como Especiação Alopátrica.
- Isolamento reprodutivo
Esse mecanismo ocorre quando organismos de uma mesma espécie ficam incapazes de cruzar entre si e gerar novos descendentes viáveis e férteis. Isso pode ocorrer porque não há encontro dos gametas do casal em potencial. Isso pode ocorrer por diversos motivos, como o fato de que os indivíduos entram em fase reprodutiva em épocas diferentes (isolamento estacional) ou porque o comportamento de um dos indivíduos não agrada o parceiro (isolamento comportamental). Também pode ocorrer um “não-ajuste” das peças genitálias (isolamento mecânico). Todos esses isolamentos citados anteriormente são tipos de Isolamentos Pré-Zigóticos. Há também o Isolamento Pós-Zigótico, onde os indivíduos conseguem cruzar entre si, entretanto não há a sobrevivência do embrião ou esterilidade do organismo gerado. Esse mecanismo é conhecido como Especiação Simpátrica.
Mula é um híbrido estéril do cruzamento entre jumento e égua
Evidências evolutivas
- Fósseis
A descoberta de vestígios deixados por seres vivos que antes viveram no planeta Terra puderam responder diversas perguntas sobre a relação ou parentesco que os organismos poderiam ter entre si. Esses vestígios de organismos são chamados fósseis, como pegadas, trilhas, ossos ou fezes, e para que sejam formados é necessário que haja condições especiais, pois cadáveres tendem a sofrer o processo de decomposição, o que impede que estes vestígios se formem. Com eles, pudemos estabelecer uma relação entre animais que antes não eram correlacionados. Um dos tipos de análise foi quanto aos órgãos presentes: quando era observado que dois organismos tinham um ancestral em comum, porém seus órgãos possuíam funções diferentes (como a nadadeira da baleia e o braço humano), esses órgãos eram chamados de homólogos. Tais diferenças ocorreram porque as pressões seletivas foram diferentes em cada um desses organismos, acarretando em uma divergência evolutiva. Já quando dois organismos possuíam órgãos com a mesma função, porém com origens evolutivas diferentes (como a nadadeira da baleia e a nadadeira do tubarão), esses órgãos eram chamados de análogos. Neste caso, esses dois grupos de organismos sofreram as mesmas pressões seletivas, levando a uma convergência evolutiva.
Fóssil de um peixe
EXERCÍCIOS SOBRE EVOLUÇÃO
1. (PUC – MG-2007) Para ter a visão tricromática, as retinas de primatas têm receptores de luz capazes de absorver comprimentos de onda curtos, médios e longos entre o infravermelho e o ultravioleta, correspondendo, respectivamente, às seguintes cores do espectro: azul, verde e vermelha. Isso facilitou a eles, ao longo da evolução, distinguir entre frutas verdes e frutas maduras avermelhadas. Alguns cientistas sugerem que a cor das frutas maduras tenha ficado mais vermelha para acompanhar a visão dos primatas. Camundongos normais têm visão bicromática, isto é, só enxergam a luz na faixa azul e verde do espectro. Recentemente, cientistas norte-americanos criaram camundongos capazes de enxergar em cores, após receberem o gene humano para produzir o terceiro pigmento que faltava.
Com base no texto acima e em seus conhecimentos sobre o assunto, assinale a alternativa INCORRETA:
a) As frutas maduras podem ter sido selecionadas por se apresentarem mais vermelhas em um processo de coevolução com primatas.
b) A manipulação gênica referida no texto poderia ser útil para o estudo e a
correção do daltonismo em humanos.
c) O fato de o código genético não ser o mesmo para homens e roedores pode ter dificultado a produção de camundongos transgênicos.
d) Alguns animais são capazes de captar ou perceber radiações do infravermelho, o que lhes facilita a atividade de predação.
2. (ENEM-2007) As mudanças evolutivas dos organismos resultam de alguns processos comuns à maioria dos seres vivos. É um processo evolutivo comum a plantas e animais vertebrados:
a) movimento de indivíduos ou de material genético entre populações, o que reduz a diversidade de genes e cromossomos.
b) sobrevivência de indivíduos portadores de determinadas características genéticas em ambientes específicos.
c) aparecimento, por geração espontânea, de novos indivíduos adaptados ao ambiente.
d) aquisição de características genéticas transmitidas aos descendentes em resposta a mudanças ambientais.
e) recombinação de genes presentes em cromossomos do mesmo tipo
durante a fase da esporulação.
Veja como resolver passo-a-passo essa questão!
GABARITO
1. C
2. B