As correntes marítimas são porções de água que se deslocam impulsionadas por vários fatores que se inter-relacionam, formando verdadeiros “rios” dentro dos oceanos. Elas se formam em função das diferenças de temperatura e de salinidade da água, do relevo submarino e das variações de pressão atmosférica e suas influências no deslocamento das massas de ar e dos ventos.
Possuem velocidade pequena, geralmente de 5 a 10 km/h. Porém, em função do fluxo constante, disseminam espécies animais e vegetais pelos locais por onde passam, favorecendo a ampliação e diversificação biológica no planeta
As correntes que fluem do Equador para os polos possuem águas quentes, como a Corrente do Golfo, ou Gulf Stream, que nasce nas Antilhas, na América Central. É uma corrente quente do Atlântico que se desloca para a Europa, onde exerce grande influência climática – suavizando o rigor do inverno de alguns países, principalmente nas ilhas britânicas.
Tipos de correntes marítimas
As correntes quentes são mais superficiais, em função das características físicas das águas mais aquecidas, podendo se deslocar com mais velocidade. Ao se deslocarem para regiões de águas frias, favorecem a proliferação de pescado nas zonas de contato entre as águas com temperaturas diferentes.
As correntes marítimas quentes mais importantes são:
- a Kuroshio ou Corrente do Japão – é uma corrente do Pacífico que suaviza o inverno no Japão;
- a Corrente das Guianas e do Brasil – que influenciam o clima brasileiro no litoral norte e oriental, respectivamente.
As correntes que fluem dos polos para o Equador possuem águas frias, como a Corrente de Humboldt ou Corrente do Peru que esfria o ar diminuindo a evaporação e as precipitações atmosféricas, formando um extenso deserto costeiro no norte do Chile, o deserto de Atacama.
As correntes frias são mais profundas, em função das características físicas das águas. Por isso, revolvem o material fino depositado no fundo das plataformas continentais, constituído de substâncias orgânicas e minerais decompostas. Estas afloram à superfície, onde criam condições especiais à proliferação do fitoplâncton, em função da grande quantidade de fosfato que colocam em suspensão. Esse fenômeno é conhecido como ressurgência, atraindo grandes quantidades de cardumes.
As correntes profundas que se originam entre a Islândia e a Groenlândia e no mar Labrador se deslocam pelo Oceano Atlântico em sentido anti-horário, provocando resfriamento nas zonas costeiras do Canadá e EUA.
Importância
Além de exercer um papel fundamental na regulação das variações climáticas, as correntes marítimas têm também efeitos econômicos. Concentram grande quantidade e variedade de cardumes, estimulando a atividade pesqueira. Também dão velocidade às embarcações que navegam no mesmo sentido de suas direções.
Outras, como a corrente quente do Golfo (Gulf Stream), evitam o congelamento de portos no Atlântico Norte (Europa) permitindo o fluxo de mercadorias o ano todo. Por outro lado, a corrente fria do Labrador migra do Ártico para o Sul e congela os portos da costa nordeste da América do Norte, estabelecendo uma regulação da atividade econômica na região.
Por: Renan Bardine
Veja também:
- Fatores e elementos do clima
- Águas continentais e oceânicas
- Hidrosfera
- Tudo sobre a água
- Pressão atmosférica e massas de ar
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Os rios europeus são importantes elementos presentes na história e no desenvolvimento do velho continente.
Clima
Vários fatores influenciam o clima europeu; latitude, relevo, maritimidade, correntes marítimas ( corrente do Golfo) e ventos da região Ártica, do Saara e principalmente do Oceano Atlântico.
O clima de maior ocorrência na Europa é o temperado continental. Na porção norte ocorre clima subpolar; na porção sul, clima mediterrâneo; no litoral ocidental, clima temperado oceânico; nas areas de dobramentos modernos, clima frio de montanha.
No clima temperado continental, a amplitude térmica é maior que no temperado oceânico. Essa diferença decorre da maritimade, que mantém as temperaturas mais constantes ao longo do ano no clima temperado oceânico.
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Hidrografia
?Com superfície relativamente pequena e relevo pouco uniforme, a Europa não possui rios do porte do Amazonas (Brasil) ou do mississipi (Estados Unidos). Apenas na grande planicie russa os cursos percorrem maiores distâncias. Apesar disso, a rede hidrográfica europeia, bem como seus mares e oceanos, tem sido fundamental na história e na econômia do continente.
A hidrografia europeia foi essencial para o desenvolvimento das relações comerciais do continente, pois possibilitou o transporte de grande quantidade de produtos agrícolas a baixo custo. Os muitos rios europeus de planícies possui longos trechos navegáveis, facilitando o comércio entre diferentes regiões.
Enquadram-se nesse caso os rios Volga, Danúbio e Reno, além do Rio Tâmisa, na Inglaterra, e do Rio Sena, na França.
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