Sabemos que muitos órgãos são afetados pela Fibrose Cística, mas geralmente os pulmões os apresentam os maiores problemas pela secreção acumulada, causando dificuldades respiratórias e aumento das chances de infecção. E é exatamente esse aumento de muco nos pulmões que o exercício físico tem como alvo!
“De uns tempos para cá há um crescente reconhecimento de que o exercício físico – praticamente qualquer forma de exercício, mas especialmente o cardiovascular – está ajudando a limpar os pulmões”, disse o Dr. Matthias Salathe, diretor do Centro de Fibrose Cística (Cystic Fibrosis Center) e chefe da Divisão de Pneumologia, Alergia, Cuidados Intensivos e Medicina do Sono da Universidade Miller School of Medicine, em Miami.
De acordo com o Dr. Matthias, os movimentos e as vibrações envolvidas no exercício ajudam a dissolver e soltar o muco acumulado nos pulmões, tornando também a respiração mais profunda. O fortalecimento muscular também é recomendado, já que ajuda a desenvolver um sistema imunológico mais forte.
Não foram realizados estudos de longo prazo com a utilização de controle de dados, os quais determinariam como o exercício físico melhora a vida de pacientes com FC, comenta Matthias. Mas os estudos que têm sido feitos, ele comenta, concordam com a crescente evidência da comunidade de Fibrose Cística e seus profissionais da área da saúde de que o exercício físico ajuda muito na melhora de pessoas com Fibrose Cística.
Michele Diaz, enfermeira clínica chefe no Hospital Memorial Regional e que já trabalhou com pacientes com FC por quase 20 anos, concorda a respeito da importância da prática física. Em sua experiência, ela disse, os pacientes que se exercitam “parecem ter uma melhor qualidade de vida e viver muito mais tempo em relação a determinados indivíduos que não se exercitam.”
O exercício ajuda a manter a massa óssea, que as pessoas com FC perdem com mais facilidade, e também ajuda a controlar a diabetes, o que muitas vezes se desenvolve nas pessoas com FC.
O paradigma da FC tem sido sempre “a criança pobre e doente que tem uma sentença de morte e não pode viver uma vida longa e completa”, disse ele. “Esperamos mudar isso na FC como uma razão para permanecer ativo. Ter isso como uma força motriz!”.
Para Brian, tudo diz respeito à construção de amizades e encontro de apoio – algo que é particularmente importante para os pacientes com FC, que não podem interagir com outros pacientes com FC por medo da contaminação cruzada.
Esqui, caminhadas e ciclismo têm ajudado demais, segundo ele, mas foram as amizades que ele desenvolveu fazendo as atividades que ajudaram “a lidar com uma série de desafios sociais e psicológicos que vêm junto com uma doença bastante exigente e complicada.”
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Traduzido por Leandro de Oliveira Martins: graduado em Recursos Humanos pela Faculdade Tecnológica OPET – Curitiba, atua como voluntário no Hospital Cajuru no acompanhamento solidário de pacientes e é voluntário de Relações Internacionais no Instituto Unidos pela Vida, também colaborando com a tradução de textos técnicos para publicação em nosso site.
Nota importante: as informações aqui contidas têm cunho estritamente educacional. Em hipótese alguma pretendem substituir a consulta médica, a realização de exames e ou, o tratamento médico. Em caso de dúvidas fale com seu médico, ele poderá esclarecer todas as suas perguntas.