O Nilo é o principal rio africano e foi fundamental para o desenvolvimento da civilização egípcia na Antiguidade.
Foto do rio Nilo no trecho do território egípcio
Localização geográfica
O rio Nilo localiza-se
no continente africano. Nasce na região central da África, no lago Vitória, atravessando a região central e nordeste do continente.
Principais dados características e informações importantes
O rio Nilo atravessa três países africanos: Uganda, Sudão e Egito. Desemboca, em formato de delta, no Mar Mediterrâneo. O Nilo é o segundo rio mais extenso do mundo com 6.650 quilômetros de comprimento. Vale lembrar que o rio Amazonas é o primeiro nesta categoria com 6.850 quilômetros de extensão.
O rio Nilo ganhou o formato que tem hoje na fase final da Era Terciária. Ele lança no Mar Mediterrâneo uma média de 2700 metros cúbicos de água por segundo.
Atualmente, o rio assume uma grande importância, principalmente no Egito. É usado como via de transporte, sistemas de irrigação da agricultura e também para gerar energia elétrica, através da usina hidrelétrica de Assuã.
O rio Nilo na História do Egito Antigo
O rio Nilo, que começou a ser povoado entre 9000 e 8000 anos atrás, foi de extrema importância para o desenvolvimento da sociedade do Egito Antigo. Numa região desértica, o rio assumiu funções prioritárias na sociedade. Os egípcios usavam a água para beber, pescar e irrigar a agricultura (através de canais de irrigação). Após a cheia do rio, ficava, nas margens, um lodo fértil (húmus) que fertilizava o solo para o plantio. O rio era utilizado também como via de transporte de mercadorias e pessoas.
Os egípcios cultivavam nas margens do rio Nilo, de acordo com três ciclos: inundação (entre junho e setembro); emersão (entre outubro e fevereiro) e estiagem (entre março e maio).
Curiosidade:
No Egito Antigo, os egípcios chamavam o rio Nilo de "Iteru", que significava “o grande rio”.
Rio Nilo passando dentro da cidade do Cairo, no Egito. |
Atualizado em 13/12/2021
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Autor: Koeng, Viviane
Editora: Augustus
Origem: Wikilivros, livros abertos por um mundo aberto.
O clima e o rio
rio Nilo entre Luxor e Assuã
Sendo o Egito cortado pelo rio Nilo no sentido sul-norte, observa-se a formação de duas regiões: o Vale, estreita faixa de terra cultivável, apertada entre desertos denominada Alto Egito; e o Delta, em forma de leque, com maior extensão de terras aráveis, pastos e pântanos, denominado Baixo Egito.
A queda de chuvas no vale do Nilo é quase nula, portanto, se dependesse das chuvas, ali não poderia haver agricultura, mas é por causa rio Nilo que o Egito ficou fértil e mais desenvolvido.
Talvez o Egito não tenha sido sempre uma terra tão quente, mas, mesmo assim, o calor seria predominante, o clima é quente e seco. É possível que no período de formação do Egito, ainda houvesse facilidade de contato com as regiões vizinhas porque a desertificação do Saara ainda não estava completa. No terceiro e quarto milênios, o deserto se expandiu e de alguma forma protegeu o povo que vivia no vale do Nilo.
O rio que nutre o solo egípcio e permite as plantações e a vida foi determinante para seu desenvolvimento.
O rio Nilo é formado por três rios: o Nilo Branco, o Nilo Azul e o rio Atbara. Considera-se que o rio Nilo tem origem no Lago Vitória no Grande Vale do Rift (África Oriental). De lá ele sai com o nome de Nilo Branco.
O Nilo Azul nasce na Etiópia e se encontra com o Nilo Branco em Cartum (capital do Sudão). Ao norte de Cartum ele recebe seu último grande afluente: o rio Atbara.
Assim ele segue atravessando a Núbia e o Egito. Nos tempos antigos havia sete bocas do rio no delta, desaguando no mar Mediterrâneo.
O Nilo e seu delta terras férteis em meio ao deserto
Esse era o portentoso rio, que, para os povos que viviam às suas margens, era um verdadeiro deus, por eles chamado Hapi.
Na realidade, da junção entre o sol e o rio Nilo é que nasce a prosperidade e por isso ambos eram vistos como deuses.
O rio enche e inunda as terras com as águas carregadas de aluviões e o sol se encarrega de secar o excesso para que a vegetação possa renascer luxuriante.
Por esse motivo, o vale do Nilo era chamado de terra negra ou kemet. O oposto era o deserto, a terra vermelha ou deshret.
Afinal os egípcios não precisavam pedir aos deuses pela chuva, o rio-deus proporcionava a água e o adubo necessários para as plantações e a terra negra era a alegria dos deuses e dos homens. Já a terra vermelha deveria ser evitada, era o deserto com um vento abrasador que secava os campos e era consagrada ao deus Set.
As terras fertilizadas pelas cheias do Nilo eram usadas para plantar, principalmente linho, cevada e trigo.
E aqui entram as tão famosas palavras de Heródoto, o grande historiador grego:
O Egito é uma dádiva do Nilo.Se a cheia anual fosse muito grande, causava destruição. Se fosse muito baixa, alagaria pouca extensão de terras, pouca terra para semear é sinônimo de pouco alimento. Se por vários anos a cheia fosse baixa, havia fome.
Então, embora sendo de fato uma dádiva, o Nilo não prescinde da mão do homem.
No momento em que os homens começam a dominar o rio, controlando a cheia anual, construindo diques, os nilômetros que serviam para medir o nível das cheias e reservatórios, pondo em prática o trabalho comum para o bem de todos, com a cooperação e a organização são lançadas as bases da grande civilização egípcia, o povo que construiu um império que dominou sua época e que até hoje desperta curiosidade e paixão.