Qual a importância da diversidade e inclusão na escola?

Mesmo com algumas escolas contando com a tecnologia e o preparo necessário para a inclusão de estudantes com necessidades especiais, a maior parte delas continua necessitando de recursos que busquem atender esses indivíduos, tornando essa discussão extremamente relevante para os dias atuais.

Segundo a última pesquisa realizada pelo IBGE, cerca de 45 milhões de pessoas (equivalente a um quarto da população), possuem alguma deficiência. Sendo assim, é fundamental que as escolas de hoje sejam capazes de promover o desenvolvimento educacional desses jovens.

Portanto, neste artigo, mostraremos para você a importância da inclusão nas escolas nos dias atuais e como a tecnologia pode ser utilizada para promover o desenvolvimento social no ambiente escolar. Afinal, o olhar para a diversidade é de extrema importância para a construção de uma sociedade cada vez mais justa e inclusiva.

Boa leitura!

Por que a inclusão escolar é tão importante?

A iniciativa de valorizar a inclusão escolar tem como base o artigo XXVI, da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que afirma que “todo ser humano tem direito à instrução”. Dessa forma, a inclusão nas escolas, além de garantir esse direito, também possui um papel crucial para o desenvolvimento psicológico e social de jovens com necessidades especiais.

A escola deve servir como um espaço para a promoção do desenvolvimento pessoal, além de ser um recurso importante para a formação de conexões interpessoais, já que o ambiente escolar é um local onde as crianças são capazes de construir relações e laços com pessoas que não fazem parte de sua família.

Portanto, a inclusão escolar não acaba sendo benéfica apenas para os estudantes com necessidades especiais, como também para os demais membros da família, que compreendem, na prática, como lidar com todas as diferenças.

Como um ambiente adequado pode estimular a autonomia?

Espaços escolares que tem o objetivo de promover a inclusão de modo efetivo não apenas auxiliam na formação curricular, como também os ajudam a se tornarem sujeitos independentes.

Nesse sentido, o princípio da autonomia é essencial para que os jovens sejam capazes de construir uma autoestima saudável na fase adulta. Um jovem autônomo e com uma autoestima fortalecida vai estar mais motivado a continuar os estudos para progredir nos diversos desafios de sua vida, além de preparar-se, inclusive, para um mercado de trabalho cada vez mais competitivo.

É necessário lembrar também que a inclusão escolar promove discussões importantes relacionadas à diversidade, combate ao preconceito e o respeito, que são tópicos cada vez mais relevantes para a construção de uma sociedade saudável e desenvolvida.

Dessa forma, a inclusão escolar é uma medida que visa favorecer não apenas as crianças com necessidades especiais, mas também os que não demonstram necessitar de nenhum tipo de ajuda diferenciada.

Um ambiente escolar que se preocupa com a inclusão de seus alunos possibilitará o desenvolvimento social em relação às habilidades de convivência, como a empatia, a colaboração e a paciência.

Recursos tecnológicos apropriados para a inclusão escolar

Apesar dos diversos benefícios que a inclusão traz para as escolas, essa medida não pode ocorrer de qualquer forma. É fundamental que os espaços escolares tenham à disposição recursos apropriados para receber qualquer indivíduo que possua alguma necessidade especial.

Sendo assim, a tecnologia se tornou um importante aliado para as escolas. Entretanto, é necessário que haja profissionais capazes de operar os recursos que ela proporciona.

Por isso, o planejamento pedagógico é muito importante para que o uso da tecnologia proporcione a transformação desejada nas crianças com necessidades especiais.

Essa área voltada para a demanda de indivíduos com necessidades especiais se chama “tecnologia assistiva”, ou seja, é um campo que tem o objetivo de auxiliar e ampliar as habilidades dessas pessoas por meio de softwares específicos com capacidade de atender as necessidades individuais de cada aluno.

A tecnologia joga a favor da missão de conceder um ensino de qualidade, apto a atender as demandas dos estudantes com as mais variadas necessidades. No entanto, vale ressaltar a importância da existência de profissionais capazes de trabalhar com essas ferramentas e fazer com que elas sejam, de fato, um instrumento benéfico a todos.

Veja a seguir como essa tecnologia auxilia os diversos tipos de alunos com necessidades especiais:

1- Indivíduos que possuem deficiência visual e auditiva

Para crianças e jovens alfabetizados com o português, existem alguns programas que transcrevem a oralidade da fala para o texto na forma escrita. Já no caso de indivíduos que possuem deficiências auditivas mais graves, há aplicativos que conseguem traduzir conversas, textos escritos e até figuras para Libras.

Para os alunos que possuem deficiência visual, existem alguns softwares que são capazes de ler textos em voz alta. Um exemplo é o recurso de audiodescrição feito para filmes e os demais conteúdos audiovisuais.

2- Indivíduos com limitação de mobilidade

Além das deficiências visuais e auditivas, há os alunos que sofrem com limitação de mobilidade. Dessa forma, há diversos programas que auxiliam esses indivíduos a operarem hardwares que necessitam de coordenação motora, como o mouse e o teclado.

Além disso, há também soluções que permitem o acesso de alunos tetraplégicos a operarem o computador através dos comandos de voz. Sem dúvida, um avanço que quebra barreiras em direção à inclusão.

3- Indivíduos que possuem deficiência intelectual

No caso de crianças que possuem deficiência intelectual, como a síndrome de Down, autismo ou Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), há diversos recursos e ferramentas pedagógicas que facilitam a o processo de aprendizagem.

Dentre os aplicativos que estimulam a memória, há aqueles que são capazes de gravar as anotações em um arquivo digital, além de poder reproduzi-las em áudio. Há também programas que podem ler textos no momento em que estão sendo digitados, auxiliando inclusive na sugestão de palavras para completar o que está sendo escrito.

Já para os que possuem dificuldade em se concentrar, existem alguns fones de ouvidos com abafador de ruídos, o que aumenta a concentração dos alunos durante as aulas.

4- Ferramentas simples

Além das tecnologias citadas acima, a escola também pode utilizar recursos simples, como marcadores de texto, dicionários, cadernos, gravadores de som, entre outras opções mais simples e baratas.

Afinal, mais importante do que utilizar a tecnologia a favor da inclusão, é necessário que um ambiente escolar tenha profissionais qualificados para lidar com todos os recursos de forma efetiva.

Avaliação da aprendizagem

Qualquer avaliação necessita de um planejamento que tenha uma meta, uma aptidão ou um conteúdo para ser analisado com o intuído de medir o rendimento do estudante em cada plano de ensino.

Por meio dos resultados obtido, pode-se aferir a eficiência das ferramentas pedagógicas utilizadas pelo professor e verificar a necessidade ou não de alterações no planejamento.

Porém, em relação a análise do ensino de alunos especiais, é primordial que os educadores reflitam sobre o tipo de avaliação que melhor atenda às necessidades de inclusão.

Além disso, é preciso verificar constantemente o nível de aprendizagem dos estudantes levando em consideração aspectos cognitivos, sociais e socioemocionais.

O método de avaliação não deve ser diferenciado entre os estudantes sem ou com algum tipo de deficiência, pois resultaria em desvalorização da aprendizagem de todos os alunos.

É necessário considerar o processo de análise de modo global, fazendo as adaptações necessárias aos recursos acessibilidade exigidas pelos jovens com demandas especiais, de modo a formatar uma estratégia de avaliação capaz de atender a todos.

Não avaliar somente notas

Como colocar em prática uma avaliação que atenda, de modo igualitário, as especificidades de cada aluno? É preciso garantir que essa análise do rendimento escolar seja, simultaneamente, útil e inclusiva.

Cara que isso acontece, a avaliação de uma aprendizagem eficiente no contexto de um colégio inclusivo precisa ser coerente com o as individualidades dos alunos, pois cada um tem seu ritmo para adquirir conhecimento. A instituição de ensino deve oferecer dos instrumentos de acessibilidade para cada tipo de deficiência, por exemplo, textos em braile ou atividades com a presença de intérpretes.

A verificação precisa ter como alvo não somente os resultados como notas altas ou capacidade do estudante de reproduzir determinado conteúdo, mas também é essencial considerar a jornada individual para ser um indivíduo protagonista de sua própria educação.

Portanto, a avaliação não pode simplificar ao extremo o processo de aprendizagem ao apenas julgar o êxito ou fracasso de determinado estudante. É preciso levar em conta o acordo entre mestre e discípulo. Desta forma, pode ser viável a possibilidade de alterar e melhor as práticas de aprendizagem.

Para finalizar, transformar a escola em um local de inclusão exige a contribuição de todos os personagens envolvidos em um processo de educação, só assim é possível há oportunidade de crescimento pessoal, sempre com o máximo respeito às diferenças individuais dos jovens.

E aí, gostou de conhecer mais sobre a importância da inclusão nas escolas nos dias atuais? Que tal ler outros conteúdos relacionados a esse tema em nosso blog, como esse que fala sobre o uso de imagens de alunos e professores?

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