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Sobre a aula
Estão apresentados os primeiros experimentos de genética que permitiram a constatação de que a natureza do material genético e o DNA. Como está organizado o DNA nas células de procariotos e de eucariotos, e como é o genoma de bactérias. Os mecanismos de variação genética atuantes em bactérias: 1) Mutação - Agentes mutagênicos, Mecanismos de reparo do DNA, Aplicações destes conhecimentos; 2) Recombinação – Transformação genética, Conjugação bacteriana; Transdução; Elementos Transponíveis; 3) Sistema CRISPR. Questões pra estudo.
Disciplina
6700003-2 Princípios do Desenvolvimento das Doenças
EMENTA
Órgãos e Células do Sistema Imune e Recirculação
Imunidade Inata
Imunidade Adquirida
Sistema Complemento
Receptores Clonais do Sistema Imune / Geração de diversidade
Imunidade Humoral
Imunidade Celular
Apresentação de
Antígenos / MHC
Mecanismos efetores do SI
Regulação do Sistema Imune
Imunidade de Mucosas
Mecanismos de Lesão e Morte Celular Necrose e Apoptose
Acúmulos e Adaptação celular
Envelhecimento Celular
Inflamação Aguda
Inflamação Crônica
Reparo Tecidual e Cicatrização de Feridas
Edema e Congestão
Hemorragia e Hemostasia
Trombose, Embolia e Infarto
Aterosclerose
Choque e CIVD
Epidemiologia e Biologia dos
Tumores
Oncogenes e Genes Supressores de Tumor
Outros Mecanismos de carcinogênese telomerase, defeitos de reparo, etc
Agentes Carcinogênicos
Angiogênese e Metástase
Patologia Ambiental Poluentes e sua relação com doenças
Radiação e seus efeitos
Morfologia e Estrutura das Bactérias
Fisiologia e genética bacteriana
Patogenicidade Bacteriana 1 e 2
Microbiota
Controle Microbiológico
Morfologia e Biologia dos fungos
Princípios Gerais dos Vírus
Multiplicação viral 1 e 2
Interação vírus célula e patogênese da infecção viral
Princípios de formação de imagem nas modalidades radiografia, tomografia computadorizada, ultrassonografia e ressonância magnética
Risco radiológico / radioproteção
Conceitos de contrastes em radiologia convencional e medicina nuclear
Objetivo
Fornecer ao aluno de forma integrada os princípios da resposta do organismo a diferentes agentes
agressores (em condições fisiológicas e patológica) e os princípios de desenvolvimento das doenças a partir do desequilíbrio desta resposta.
Esta unidade curricular tem por finalidade integrar conhecimentos de imunologia, microbiologia, patologia geral, genética, parasitologia, epidemiologia e princípios de imagenologia na discussão do processo de resposta e doença.
Índice de vídeos da disciplina
- Metabolismo nas neoplasias
- Patogenicidade bacteriana 2/2
- Patogenicidade bacteriana 1/2
- Fundamentos da Interação Homem-Microrganismo-Ambiente
- Diagnóstico das infecções bacterianas
- Genética bacteriana
Variabilidade genética é um termo utilizado para referir-se aos diferentes alelos (formas alternativas de um gene que ocupam a mesma posição em cromossomos homólogos) existentes nos indivíduos de uma espécie. Essa variabilidade determina as diferentes características dos indivíduos, ou seja, é responsável por propiciar as variações fenotípicas naquela espécie.
A variabilidade genética é fundamental para a ocorrência da seleção natural, sem ela a evolução não seria possível. A ocorrência de diferentes alelos em uma espécie é resultado, principalmente, de mutações.
Leia também: Genótipo e fenótipo – dois conceitos na genética que estão interligados
Tópicos deste artigo
O que é variabilidade genética?
Avariabilidade genética, também chamada de biodiversidade molecular, pode ser definida como a variedade de alelos presentes nos indivíduos de uma determinada espécie. Isso significa que os organismos de uma espécie apresentam diferenças na composição dos seus genes, diferenças essas que determinam também variações em seus fenótipos.
Cor do cabelo, dos olhos, da pele, altura e voz, por exemplo, são características presentes nos seres humanos que nos fazem compreender rapidamente que temos variações fenotípicas em relação aos outros. Vale destacar, no entanto, que a variabilidade genética promove alterações no fenótipo, entretanto, algumas dessas variações não ocorrem em resposta às diferenças genéticas e sim à influência do meio.
A variabilidade genética pode ser quantificada analisando-se a porcentagem média de loci (locais dos cromossomos onde está um gene) que são heterozigotos.
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Mutação
A variabilidade genética é conseguida, principalmente, quando um processo de mutação leva ao surgimento de novos alelos. A mutação leva a mudanças na sequência de nucleotídeos que compõem o DNA, e, mesmo que essas mudanças afetem apenas uma base em um gene, os impactos no indivíduo podem ser significativos. A mutação é uma importante fonte, portanto, de variabilidade.
Como a mutação ocorre ao acaso, não podemos prever qual sequência de DNA será afetada, nem se essa alteração será benéfica ou maléfica para o organismo. Em alguns casos, a seleção natural promove a retirada rápida de alelos danosos de circulação, entretanto, quando são recessivos, podem permanecer por várias gerações, mesmo que provoquem o desenvolvimento de características desfavoráveis.
No caso das alterações benéficas, ele tendem a permanecer na população, uma vez que podem aumentar a chance de sobrevivência do indivíduo e, desse modo, garantir sua passagem aos descendentes.
As mutações podem afetar, em organismos multicelulares, as células somáticas ou os gametas. Nesse último caso, temos uma mutação que poderá ser passada para seus descendentes. Nos animais, as mutações geralmente não são passadas para a próxima geração por afetarem, principalmente, as células somáticas. Caso queira saber mais sobre essa importante fonte de variabilidade, leia: O que é mutação?
Reprodução sexuada
A reprodução sexuada é também responsável por promover a variabilidade genética, entretanto, diferentemente da mutação, ela não produz novos alelos. A variabilidade, nesse caso, é resultado da combinação dos diferentes alelos, que se rearranjam de diferentes formas.
Isso acontece devido a três mecanismos: o processo de crossing-over, que ocorre durante a meiose; a segregação independente dos cromossomos na formação dos gametas; e a fecundação, que garante a união de gametas de indivíduos diferentes. Para aprofundar-se sobre o tema deste tópico, leia: Reprodução sexuada.
Variabilidade genética e seleção natural
A variabilidade genética é responsável por determinar as características fisiológicas e morfológicas dos indivíduos. São elas que tornam os seres vivos capazes de responder, de diferentes formas, às mudanças no ambiente.
Quanto maior a variabilidade, maior a chance de sobrevivência daquela espécie, pois uma população com grande variabilidade genética possui maior chance de possuir indivíduos que apresentem a capacidade de sobreviver caso ocorra uma mudança drástica no ambiente.
Quando a variabilidade genética é baixa, a probabilidade de existirem indivíduos capazes de sobreviver diante de uma modificação do ambiente diminui. Desse modo, a variabilidade genética permite que existam indivíduos mais aptos à sobrevivência em um determinado ambiente do que outros, tornando possível a ação daseleção natural.
Por Vanessa Sardinha dos Santos
Professora de Biologia