A taxa de natalidade e mortalidade são dados estatísticos segundo o número de nascidos e o número de mortes e, por isso, eles determinam o crescimento demográfico da população.
- Taxa de natalidade (TN): indica a número de nascimentos por mil habitantes no período de um ano.
- Taxa de mortalidade (TM): corresponde ao número de óbitos anuais por mil habitantes.
A diferença entre as taxas de natalidade e mortalidade é chamada de crescimento vegetativo (CV).
Taxa de Natalidade e Mortalidade no Brasil
Durante as últimas décadas, o Brasil tem apresentado grande redução na taxa de natalidade e de mortalidade.
Isso indica que houve melhora nas condições de vida da população, desde melhoria na alimentação, avanço da medicina, acesso à educação e saúde, dentre outros fatores.
Segundo pesquisas do IBGE, a taxa bruta de natalidade no Brasil por mil habitantes era de 20,86 no ano 2000 e, em 2015 passou para 14,16. Já a taxa de mortalidade em 2000 era de 6,67 e em 2015 de 6,08.
Exemplo:
Numa cidade de 1000 habitantes em que o nascimento de bebês durante um ano foi de 30 crianças, significa que a taxa de natalidade naquele ano foi de 30%.
Da mesma maneira, se o número de mortes na mesma cidade durante um ano foi de 10 pessoas, a taxa de mortalidade será de 10%.
Onde:
TN: taxa de natalidade
N: número de nascidos
P: população
TM: taxa de mortalidade
CV: crescimento vegetativo
Crescimento Vegetativo
O crescimento Vegetativo é um conceito que está associado ao crescimento populacional, sendo determinado de acordo com as condições socioeconômicas e culturais de um país.
Em resumo, o crescimento vegetativo corresponde à diferença entre a taxa de natalidade e a taxa de mortalidade.
Esses valores estatísticos são classificados de três maneiras:
- O crescimento vegetativo é positivo quando o número de nascimentos for superior ao número de mortes.
- O crescimento vegetativo é negativo quando o número de mortes for superior ao de nascimentos.
- O crescimento vegetativo pode ser nulo quando o número de nascimento registrados é equivalente ao número de mortes num mesmo espaço de tempo.
Taxa de Fecundidade
Associado ao conceito de natalidade, a taxa de fecundidade é um dado estatístico que indica a média do número de filhos que uma mulher tem durante sua idade fértil (de 15 a 50 anos aproximadamente).
Nas últimas décadas, as pesquisas sobre a taxa de fecundidade indicam uma diminuição em diversas partes do mundo, sobretudo nos países desenvolvidos.
De tal modo, esse dado é muito relativo, uma vez que varia muito de país para país, segundo as condições socioeconômicas.
Segundo dados do IBGE, no Brasil a taxa de fecundidade tem diminuindo, de forma que no ano 2000 era de 2,4 e em 2015 é de 1,7.
Mortalidade Infantil
A mortalidade infantil corresponde a morte de crianças entre os zero e doze meses de vida.
Embora a mortalidade infantil tenha diminuído, ainda é uma realidade em muitos locais do mundo, sobretudo naqueles locais que apresentem as piores condições de vida, desde falta de saneamento básico e acesso à educação e saúde, proliferação de doenças, dentre outros.
Expectativa de Vida
A expectativa de vida, também chamada de “esperança de vida”, corresponde ao número de anos atingidos por uma população num determinado espaço de tempo.
Com o passar dos anos esse dado felizmente tem aumentado em diversas partes do mundo. Atualmente, no Brasil, a esperança de vida é de 75 anos.
Saiba mais sobre:
- Pirâmide Etária Brasileira
- Crescimento populacional
Acesso a vacinas, um dos fatores da queda na
mortalidade infantil (Foto: Cristine Rochol/PMPA)
De 1974 a 2014, o número de mortes de crianças até 5 anos de idade no país caiu 90%, segundo os dados das Estatísticas do Registro Civil 2014, divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta segunda-feira (30).
Em 1974, foram registradas 58.201 mortes de crianças com menos de 5 anos no Brasil, número que caiu para 5.804 em 2014, segundo a pesquisa do IBGE. “Progressos maiores e mais rápidos no tratamento das doenças infecciosas e parasitárias, vacinação em massa e distribuição de medicamentos são programas que podem ser implantados a um custo muito baixo, sem que seja necessário mão de obra especializada, mas cujos resultados são excepcionais para a diminuição dos níveis de mortalidade”, afirma a pesquisa do IBGE para ilustrar as causas da queda nos óbitos de crianças menores de 5 anos.
Em 1974, os óbitos de crianças menores de 1 ano representavam 28,2% do total, e os de menores de 5 anos, 35,6%. Com o declínio da mortalidade nestes grupos etários, os percentuais passaram a ser, em 2014, 2,7% e 3,1%, respectivamente.
Segundo o IBGE, foi na década de 1940 que começou a queda nas taxas de mortalidade infantil graças a “melhorias nas condições de vida, aperfeiçoamento das condições sanitárias, higiene pública, descoberta do dichloro-diphenyl-trichloroethane (DDT), primeiro pesticida moderno, foi largamente usado após a Segunda Guerra Mundial para combate aos mosquitos vetores da malária e do tifo, e aperfeiçoamento de vacinas e outros meios de medicina preventiva.”
A pesquisa do IBGE ressalta ainda outros fatores que ajudaram a reduzir as taxas de mortalidade como o aumento da escolaridade feminina, a elevação do percentual de domicílios com esgotamento sanitário, água potável e coleta de lixo, e maior acesso da população aos serviços de saúde, com relativa melhoria na qualidade do atendimento pré-natal e durante os primeiros anos de vida dos bebês.
“Enfim, diversas ações advindas não somente das esferas governamentais, mas também de entidades privadas e organizações sociais, foram conduzidas com o propósito de reduzir a mortalidade infantil e a infanto-juvenil”, diz o texto do IBGE
violentas (Foto: Douglas Júnior/O Estado)
Mortes
violentas
Já a proporção de óbitos violentos, em relação ao total de mortes registradas no país, cresceu de 6,4% para 10,2% em quatro décadas, concentrando-se entre homens jovens, registrando 84,2% em 2014, de acordo com números do IBGE.
“O fenômeno que se observou no Brasil é típico de países que experimentaram um rápido processo de urbanização e metropolização sem a devida contrapartida de políticas voltadas, particularmente, para a segurança e o bem-estar dos indivíduos que vivem nas cidades”, afirma o documento do instituto.
Na década de 2004-2014, destaca o IBGE, houve queda nas mortes violentas de homens no Estado do Rio, de 131,5 para 93,3 a cada 100 mil homens. Mesma situação foi verificada no estado de São Paulo, com queda de 125,7 para 91,6 a cada cem mil homens.
Mas em Alagoas, a taxa aumentou de 73 para 160,8 entre cada cem mil homens, assim como no Ceará, de 69,3 para 141,5 a cada cem mil homens, afirma o IBGE.