Você já se perguntou o que é um planeta? Por definição, um planeta é um corpo sólido de formato arredondado que gira em torno da estrela maior (no caso do planeta Terra, essa estrela é o Sol). Mas como podemos saber se um determinado corpo celeste é um planeta ou não?
Para que um corpo celeste seja considerado um planeta, a União Astronômica Internacional estabeleceu alguns critérios:
1) Estar em órbita ao redor de uma estrela;
2) Ter a sua própria gravidade, fator responsável para que tenha uma forma redonda;
3) Ter a sua órbita livre, isto é, o caminho que ele faz não pode ser influenciado ou obstruído por nenhum outro planeta.
Diante dessas definições, podemos dizer que a Lua é um planeta? Não, pois ela não orbita ao redor de uma estrela, pois a Terra não é uma estrela, e tem a sua órbita influenciada por um planeta (a própria Terra).
A partir de 2006, com o estabelecimento desses critérios, Plutão também deixou de ser considerado um planeta, pois a sua órbita é influenciada por Netuno.
Plutão passou a ser classificado como um “Planeta Anão”
Os planetas são classificados em telúricos e jovianos.
Planetas telúricos: Também são chamados de planetas terrestres, interiores ou rochosos. São planetas relativamente pequenos – em comparação com a maioria dos outros planetas –, localizam-se próximos ao Sol e apresentam uma superfície sólida. Exemplos: Terra, Marte e Mercúrio.
Marte, exemplo de planeta telúrico
Planetas jovianos: Também chamados de gigantes gasosos afastados, são planetas muito grandes com a atmosfera composta por gases (como o hidrogênio, o hélio e o metano) e se localizam longe de Sol. Exemplos: Júpiter, Saturno e Netuno.
Saturno, exemplo de planeta Joviano ou gigante gasoso afastado
Por Rodolfo Alves Pena
Graduado em Geografia
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Basicamente, conhecemos e classificamos os planetas conhecidos de nosso sistema solar, subdividindo-os em:
- Planetas interiores, menores, terrestres ou telúricos (Mercúrio, Vênus, Terra e Marte), caracterizados pelas pequenas dimensões, grandes densidades e poucas ou nenhuma lua.
- Planetas exteriores, gasosos ou gigantes (Júpiter, Saturno, Urano, Netuno), os quais se destacam pelas enormes dimensões, baixa densidade e inúmeras luas.
Contudo, a descoberta de mais de 1800 possíveis “Planetas Extrasolares, intergalácticos ou extragalácticos”, expandiram os horizontes humanos para além daquelas categorizações.
Principais Características dos Planetas Extra-solares
A principal característica dos extra-solares é que eles não orbitam o Sol, mas sim estrelas pulsares e anãs castanhas. Há também aqueles que não orbitam estrelas e se movem livremente pelo Espaço.
A classificação mais comum segue a análise estrutural dos planetas, ponderando aspectos de sua composição (planeta telúrico ou planeta gasoso) e sua temperatura (Júpiter Quente, Júpiter Frio) ou categoriza segundo em relação à posição no Espaço (planetas transnetunianos).
A maior parte dos exoplanetas são gigantes gasosos com o tamanho aproximado ao de Júpiter, subdivididos ainda em: “gigantes gasosos” e “gigantes gelados”; mas há ainda aqueles que possuem tamanho aproximado ao da Terra, mas com temperaturas elevadíssimas e translação muito acelerada.
A descoberta destes planetas é efetuada mediante metodologias de detecção indiretas, como a análise dos efeitos gravitacionais que alguns corpos celestes exercem sobre as estrelas em que orbitam.
Assim, entre 1988 e 1989, astrônomos de várias partes do mundo mapearam alguns corpos celestiais a centenas de anos-luz da Terra e, de lá pra cá, muitos mais foram descobertos. Por sua vez, entre os anos de 1992 e 1995, descobertas cabais (como o 51 Pegasi) confirmaram a existência dos planetas extra-solares.
No ano de 2006, é lançada ao Espaço a sonda Corot; em 2008 o telescópio espacial Hubble; e, em 2009, o telescópio a Kepler, todos com a missão de procurar exoplanetas.
Classificações
Dentre as várias categorias que se formaram com o aprimoramento da Astronomia, destacam-se:
- Planetas Principais: que orbitam o Sol
- Planetas Secundários: que orbitam outros planetas;
- Planetas Menores: com tamanho pequeno (asteroides e cometas)
Quanto a sua composição, temos:
- Planetas Silicatos: o tipo mais comum de planetas terrestres
- Planetas de Diamante de Carbono: compostos de minerais à base de carbono
- Planetas Metálicos: formados sobretudo de ferro
- Planetas de Lava: com temperatura muito alta e rocha fundida na superfície
- Planetas Oceanos: com a superfície inteiramente coberta com água líquida
No que tange a temperatura, podemos classificar segundo a região que ocupam no Espaço em: quente, temperado e frio, onde temos hypopsychroplanètes (muito frio), psychroplanètes (frio), mésoplanètes (temperatura média), thermoplanètes (quente) e hyperthermoplanètes (muito quente).
Vale destacar também os:
- Planetas Ultracurtos: com translação menor que um dia terrestre
- Planetas Menores Transneptuninos: formados por asteroides além da órbita de Netuno
- Anãs Marrons ou Anãs Castanhas: com massa demais para ser um planeta e de menos para ser uma estrela
- Anãos Gasosos: planeta gasosos menores
- Planetas “Júpiter”: com raio de 6 a 15 vezes o raio terrestre
- Super-Júpiter: com massa 2/3 a de Júpiter
- Super-Terras: planetas terrestres com até cinco vezes a massa da Terra.
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