Quais são as duas principais linhas de defesa do sistema imunológico?

Com a Covid-19, a palavra: “sistema imune” foi explorada a torta e a direita. Mas muita gente não sabe como este processo se dá e fica refém do que os outros falam. É por isso que este artigo existe – para elucidar de forma resumida, como funciona o processo de defesa humano – o sistema imune.

O nosso organismo possui mecanismos de defesa para combater diferentes agentes que podem invadir organismo e provocar infecções, ou mesmo reações alérgicas. As defesas do organismo contra a infecção incluem barreiras naturais, como a pele, mecanismos inespecíficos, como certos tipos de glóbulos branco, e mecanismos específicos, como os anticorpos.

Assim, a função do sistema imune é a de reconhecer os agentes agressores e defender o organismo da sua atuação.

O QUE CHAMAMOS SISTEMA IMUNE?

O sistema imunitário é uma rede complexa de pilhas imunes específicas e as proteínas que trabalham na sinergia para proteger o corpo contra invasores e materiais tóxicos prejudiciais à saúde.

As substancias estrangeiras que provocam uma resposta imune são chamadas de antígenos. Contudo, em certas circunstancias, como em doenças autoimunes, o sistema imune pode ser ativado pelos auto antígenos, conduzindo à destruição dos componentes celulares do corpo.

Geralmente, o sistema imunitário pode ser ativado para gerar dois tipos de respostas imunes: não específicas e respostas específicas.

Quais são as três barreiras de defesa do sistema imune?

Barreira física

O sistema imune inato fornece a primeira linha de defesa, que é dividida amplamente em duas categorias – físicas/barreiras químicas e na resistência não específica.

As barreiras físicas ajudam a eliminar os micróbios patógenos e impedir a penetração do invasor no tecido sanguíneo. São barreiras físicas a pele, a mucosa do sistema digestivo e das vias respiratórias.

Alguns líquidos ácidos, como o suco gástrico, urina e secreções vaginais, destroem os micróbios patogênicos criando baixas condições do pH. Também o lysozyme encontrado em lágrimas, o suor e a saliva atuam como um agente antimicrobial vital para destruir os micróbios patogênicos.

Respostas inatas não específicas

Os microrganismos patogênicos que cruzam as barreiras físicas são encontrados em seguida pela segunda linha de defesa. Esta reposta imune inata envolve na maior parte pilhas imunes (fagócitos) e proteínas para reconhecer e eliminar todos os microrganismos patogênicos que encontrados no corpo humano (inespecífico).

No inicio, os fagócitos reconhecem e se ligam ao microrganismo invasor, usando então a sua membrana plasmáticas para cercar e “engolir” o patógeno. Então um compartimento interno (fagossomo) é gerado, que se funde subsequentemente com um outro tipo de compartimento celular chamado lisossomo.

A digestão dos micróbios dentro de um fagossomo produz materiais tóxicos e fragmentos antigênicos, sendo então, removidos por exocitose. Contudo, os fragmentos antigênicos são indicados na superfície dos fagócitos, que são então, reconhecidos e destruídos por pilhas de T citotóxicos.

Resposta adaptável específica

Este tipo de imunidade é desencadeado sempre que o sistema imune reconhece um antígeno. Ou seja, a imunidade específica, ao contrário da não específica, atua de forma diferente consoante o agente patogênico e tem um efeito de memória. Ou seja, o organismo memoriza o agente patogênico numa primeira infecção e em infecções posteriores a resposta imunitária é mais rápida e poderosa.

Uma vez desenvolvida a infecção, entra em ação todo o poder do sistema imunológico. Este produz várias substâncias que atacam especificamente os microrganismos invasores. Por exemplo, os anticorpos aderem a eles e ajudam a imobilizá-lo. Podem assim destruí-los diretamente ou então ajudar os glóbulos brancos a localizá-los e a elimina-los. Além disso, o sistema imune pode enviar um tipo células conhecidas como células T citotóxicas para atacar especificamente o organismo invasor.

A compreensão dos exatos mecanismos de ação do sistema imunológico contribui para que você elucide algumas duvidas sobre o uso ou não de antibióticos, vacinas ou medicamentos de fortalecimento das barreiras de proteção do nosso corpo.

Fonte:

https://www.inca.gov.br/como-o-organismo-se-defende

https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/defesas-do-organismo

https://www.news-medical.net/health/What-are-the-Three-Lines-of-Defense-(Portuguese).aspx

O sistema imune, ou sistema imunológico, é um conjunto de órgãos, tecidos e células responsáveis pelo combate a microrganismos invasores, impedindo, assim, o desenvolvimento de doenças. Além disso, é responsável por promover o equilíbrio do organismo a partir da resposta coordenada das células e moléculas produzidas em resposta ao patógeno.

A melhor forma de fortalecer o sistema imune e fazê-lo responder bem frente a microrganismos invasores é por meio da alimentação e prática de hábitos saudáveis. Além disso, é importante que seja feita a vacinação, principalmente quando criança, para estimular a produção de anticorpos e evitar que a criança desenvolva doenças que podem interferir no seu desenvolvimento, como por exemplo a poliomielite, também chamada de paralisia infantil, que pode ser prevenida por meio da vacina VIP.

Células do sistema imune

A resposta imunológica é mediada por células responsáveis pelo combate a infecções, os leucócitos, que promovem a saúde do organismo e da pessoa. Os leucócitos podem ser divididos em polimorfonucleares e mononucleares, possuindo cada grupo alguns tipos de células de defesa do organismo que desempenham funções distintas e complementares. As células pertencentes ao sistema imune são:

  • Linfócitos, que são as células que normalmente estão mais alteradas durante infecções, uma vez que garante especificidade à resposta imunológica. Há três tipos de linfócitos, o B, T e o Natural Killer (NK), que desempenham funções diferentes;
  • Monócitos, que estão circulantes temporariamente no sangue e que podem ser diferenciados em macrófagos, que são importantes para o combate ao agente agressor do organismo;
  • Neutrófilos, que circulam em maiores concentrações e são as primeiras a identificar e atuar contra a infecção;
  • Eosinófilos, que normalmente estão circulantes em menores quantidades no sangue, mas têm sua concentração aumentada durante reações alérgicas ou em caso de infecções parasitárias, bacterianas ou por fungos;
  • Basófilos, que também circulam em menores concentrações, porém podem aumentar devido a alergias ou inflamações prolongadas.

A partir do momento que há entrada de algum corpo estranho e/ou agente infeccioso no corpo, as células do sistema imune são ativadas e atuam de forma coordenada com o objetivo de combater o agente agressor. Conheça mais sobre os leucócitos.

Como funciona

O sistema imune é responsável por proteger o organismo contra qualquer tipo de infecção. Dessa forma, quando um microrganismo invade o organismo, o sistema imunológico é capaz de identificar esse patógeno e ativar mecanismos de defesa com o objetivo de combater a infecção.

O sistema imunológico é composto por dois tipos de resposta principais: a resposta imune inata, que é a primeira linha de defesa do organismo, e a resposta imune adaptativa, que é mais específica e é ativada quando a primeira resposta não funciona ou não é suficiente.

Resposta imune inata ou natural

A resposta imune natural ou inata é a primeira linha de defesa do organismo, já estando presente na pessoa desde o seu nascimento. Assim que o microrganismo invade o organismo, essa linha de defesa é estimulada, sendo caracterizada pela sua rapidez e pouca especificidade. 

Esse tipo de imunidade é constituído por:

  • Barreiras físicas, que são a pele, pêlos e muco, sendo responsáveis por impedir ou retardar a entrada de corpos estranhos no organismo;
  • Barreiras fisiológicas, como por exemplo a acidez do estômago, temperatura do corpo e citocinas, que impedem o microrganismo invasor se desenvolver no corpo, além de promover a sua eliminação;
  • Barreiras celulares, que é constituída pelas células consideradas como primeira linha de defesa, que são os neutrófilos, macrófagos e linfócitos NK, responsáveis por englobar o patógeno e promover sua destruição.

Devido à eficiência do sistema imune inato, as infecções não ocorrem a todo tempo, sendo os microrganismos rapidamente eliminados. No entanto, quando a imunidade natural não é suficiente para combater o patógeno, a imunidade adaptativa é estimulada.

Resposta imune adaptativa ou adquirida

A imunidade adquirida ou adaptativa, apesar de ser a segunda linha de defesa do organismo, possui grande importância, já que é por meio dela que são geradas as células de memória, evitando que infecções pelo mesmo microrganismo ocorram ou, caso ocorram, sejam mais brandas.

Além de dar origem a células de memória, a resposta imune adaptativa, apesar de demorar mais para ser estabelecida, é mais específica, já que consegue identificar características específicas de cada microrganismo e, assim, conduzir a resposta imune.

Esse tipo de imunidade é ativada pelo contato com os agentes infecciosos e possui dois tipos:

  • Imunidade humoral, que é uma resposta mediada pelos anticorpos produzidos pelos linfócitos do tipo B;
  • Imunidade celular, que é a resposta imune mediada pelos linfócitos do tipo T, que promovem a destruição do microrganismo ou a morte das células infectadas, já que esse tipo de imunidade é desenvolvida quando o patógeno sobrevive à imunidade inata e humoral, ficando inacessível aos anticorpos. Saiba mais sobre os linfócitos.

Além da imunidade humoral e celular, a resposta imune adaptativa também pode ser classificada em ativa, quando adquirida por meio da vacinação, por exemplo, ou passiva, quando provêm de outra pessoa, como por exemplo por meio do aleitamento, em que anticorpos podem ser transmitidos da mãe para o bebê.

O que são antígenos e anticorpos

Para que haja uma resposta do sistema imunológico, são necessários antígenos e anticorpos. Os antígenos são substâncias capazes de desencadear uma resposta imunológica, sendo específico para cada microrganismo, e que se liga diretamente ao linfócito ou a um anticorpo para gerar a resposta imune, que normalmente resulta na destruição do microrganismo e, assim, fim da infecção.

Os anticorpos são proteínas em forma de Y responsáveis por proteger o organismo contra infecções, sendo produzidos em resposta a um microrganismo invasor. Os anticorpos, também chamados de imunoglobulinas, podem ser adquiridos por meio da amamentação, que é o caso do IgA, ainda durante a gestação, no caso do IgG, ou serem produzidos como resposta a uma reação alérgica, no caso do IgE. Conheça mais sobre os anticorpos.

Na resposta às infecções, o IgM é o anticorpo primeiramente produzido. À medida que a infecção se estabelece, o organismo passa a produzir IgG que, além de combater a infecção, permanece na circulação, sendo considerado um anticorpo de memória. Saiba mais sobre o IgG e o IgM.

Tipos de imunização

A imunização corresponde ao mecanismo do organismo de promover proteção contra determinados microrganismos, podendo ser adquirida de forma natural ou artificial, como no caso das vacinas, por exemplo.

Imunização ativa

A imunização ativa é aquela adquirida por meio da vacinação ou devido ao contato com o agente de determinada doença, estimulando o sistema imune e levando-o a produzir anticorpos. 

A imunização ativa é capaz de gerar memória, ou seja, quando o corpo entra em contato novamente com o agente causador de determinada doença, o corpo reconhece e combate o agente invasor, impedindo que a pessoa desenvolva a doença ou a tenha de forma mais grave. Dessa forma, esse tipo de resposta é duradoura, no entanto demora para que seja estabelecida, ou seja, logo após a exposição ao agente nocivo, não há formação de resposta imunológica adequada de forma imediata. O sistema imune leva um tempo para processar e assimilar essa informação.

A exposição natural ao patógeno é uma forma de se obter a imunização ativa. Além disso, é importante obter a imunização ativa de forma artificial, que é por meio da vacinação, assim, previne-se infecções futuras. Na vacinação, é administrado na pessoa o microrganismo morto ou com sua atividade diminuída com o objetivo de estimular o sistema imune a reconhecer o patógeno e criar imunidade contra ele. Veja quais são as principais vacinas e quando devem ser tomadas.

Imunização passiva

A imunização passiva acontece quando a pessoa adquire anticorpos produzidos por outra pessoa ou animal. Esse tipo de imunização é normalmente obtido de forma natural através da passagem de imunoglobulinas, principalmente do tipo IgG (anticorpo), pela placenta, ou seja, por meio da transferência direta da mãe para o bebê.

A imunização passiva também pode ser adquirida de forma artificial, por meio a injeção de anticorpos de outras pessoas ou de animais, como acontece na picada de cobra, por exemplo, em que é extraído o soro do veneno da cobra e depois administrado diretamente na pessoa. Saiba mais sobre os primeiros socorros para picada de cobra.

Esse tipo de imunização gera uma resposta imune mais rápida, porém não é duradoura como é o caso da imunização ativa.

Como fortalecer o sistema imunológico

Para melhorar o sistema imune é importante adotar hábitos de vida saudáveis, como a prática de exercícios regularmente e uma alimentação balanceada, com alimentos ricos em vitamina C, selênio e zinco. Veja quais são os alimentos que podem fortalecer o sistema imunológico.

Confira outras dicas para melhorar o sistema imune:

Quais são as duas linhas de defesa do sistema imune?

A imunidade inata constitui a primeira linha de defesa do organismo e caracteriza-se pela rápida resposta à agressão, independentemente de estímulo prévio. Já a imunidade adaptativa compreende a linha de defesa específica que é adquirida após o contato com os patógenos, como através das vacinas, por exemplo.

Qual a primeira linha de defesa do nosso sistema imunológico?

A imunidade inata é a primeira linha de defesa do organismo, com a qual ele já nasce. É uma resposta rápida, não específica e limitada aos estímulos estranhos ao corpo. É representada por barreiras físicas, químicas e biológicas, células e moléculas, presentes em todos os indivíduos.

Quais são as defesas do nosso sistema imunológico?

Falando em glóbulos brancos, as células de defesa do sistema imune são divididas em três grupos principais, os linfócitos, leucócitos e macrófagos. Os linfócitos servem para proteger o nosso organismo e destruir patógenos capazes de provocar infecções.

Qual é a segunda linha de defesa do corpo humano?

A imunidade adquirida ou adaptativa, apesar de ser a segunda linha de defesa do organismo, possui grande importância, já que é por meio dela que são geradas as células de memória, evitando que infecções pelo mesmo microrganismo ocorram ou, caso ocorram, sejam mais brandas.