Quais as principais características do treinamento para um portador de obesidade?

Os diferentes tipos de exerc�cios f�sicos no controle da obesidade

Los diferentes tipos de ejercicios f�sicos para el control de la obesidad

 

*Programa de Mestrado em Educa��o F�sica da Universidade Lus�fona

de Humanidades e Tecnologias (ULHT-Lisboa/PT)

Especialista em Fisiologia do Exerc�cio (FIBRA)

Especialista em Educa��o F�sica com �nfase em Obesidade (FACIMAB)

Coordenador de Educa��o F�sica do Col�gio Ipiranga

Supervisor T�cnico da academia do clube Assembl�ia Paraense

**Programa de Mestrado em Educa��o F�sica da Universidade Lus�fona

de Humanidades e Tecnologias (ULHT-Lisboa/PT)

Especialista em Educa��o F�sica com �nfase em Nata��o para Beb�s (FACIMAB)

Professora de nata��o Infantil da Academia Pel� Club

Professora de Gin�stica da academia Viva Fitness

Rodolfo de Azevedo Raiol*

Paloma Aguiar Ferreira da Silva Raiol**

(Brasil)

 

Resumo

          A Obesidade � uma disfun��o org�nica que se dissemina cada vez mais depressa entre a popula��o mundial e, em conseq��ncia, tem havido um aumento no n�mero de casos de doen�as como: diabetes, hipertens�o, lombalgias, depress�o, dentre outras, todas relacionadas ao excesso de peso. Para controlar o avan�o da obesidade, exerc�cios f�sicos t�m sido recomendados como forma de fazer o controle do peso corporal, sendo assim um fator adjuvante na preven��o e tratamento da obesidade. Esse estudo objetivou explicar a influ�ncia do exerc�cio f�sico no controle da obesidade, comparando os diferentes tipos de exerc�cios: Aer�bico, Anaer�bico e Misto. Para tal, foi realizada uma revis�o da literatura com 35 trabalhos dos �ltimos 12 anos (1998 a 2010), onde diversos estudos foram comparados. Os resultados demonstraram que todos os tipos de exerc�cios ajudaram no controle do peso corporal reduzindo os sintomas da obesidade com destaque para os exerc�cios mistos que obtiveram maior impacto no controle do peso corporal, por conseguinte, no controle da obesidade. Conclui-se que os exerc�cios f�sicos t�m papel fundamental na preven��o e no tratamento da obesidade e que fatores como a taxa metab�lica basal, consumo excessivo de oxig�nio p�s-exerc�cio e gasto cal�rico di�rio s�o primordiais na o sucesso de um programa de exerc�cios f�sicos visando o controle do peso corporal.

          Unitermos:

Obesidade. Exerc�cios f�sicos. Gasto cal�rico.  
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, A�o 15, N� 152, Enero de 2011. //www.efdeportes.com/

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Introdu��o

    A obesidade � definida como uma doen�a caracterizada pelo o excesso de gordura corporal e sempre vem acompanhada de problemas � sa�de (SOARES; SOUZA, 2008, SAP�TERA; PANDINI, 2005). Esta tem se caracterizado como a disfun��o org�nica que mais t�m crescido entre a popula��o mundial, em especial nos pa�ses em desenvolvimento como � o caso do Brasil (WHO, 2005). Pode-se dizer que a obesidade � um problema de ordem mundial que atinge a todas as classes sociais independentemente do sexo, religi�o ou qualquer outro fator classificat�rio podendo ser o agente desencadeador de diversas doen�as de ordem Cardiovascular, Metab�licas, Psicol�gicas e M�sculo-Articulares (OLIVEIRA et al, 2010, GIGANTE; MOURA; SARDINHA, 2009, HUGUES et al, 2007, SALOMONS; RECH; LOCH, 2007).

    V�rios s�o os fatores que tem contribu�do para a dissemina��o do sobrepeso e da obesidade entre a popula��o, dentre eles a mudan�a do estilo de vida da popula��o, que se tornou notadamente menos ativa e com uma alimenta��o cada vez mais deficit�ria. O aumento do sedentarismo da popula��o se deve, basicamente, aos avan�os tecnol�gicos das �ltimas d�cadas que facilitam a vida do indiv�duo (elevadores, controles remotos e outros) e tamb�m ao aumento dos �ndices de viol�ncia e criminalidade nas cidades que faz com que a popula��o fique reclusa em suas casas (SABIA; SANTOS; RIBEIRO, 2004). J� a m� alimenta��o � reflexo da falta de tempo onde somos obrigados a fazer refei��es na rua cada vez em um menor espa�o de tempo contribuindo para que o consumo de Fast � Foods, alimentos de r�pido preparo, �tima palatibilidade por�m altamente cal�ricos, gerando uma ingesta excessiva de calorias no nosso organismo que contribuir� fortemente para a eleva��o da nossa massa corporal total (SICHIERI; SOUZA, 2008).

    Os exerc�cios f�sicos t�m sido considerados pelos �rg�os internacionais como um componente fundamental na interven��o do controle do peso corporal em virtude do gasto cal�rico por ele provocado, seja durante o exerc�cio ou ap�s o mesmo (CAVALCANTI et al,2010).

    Esse estudo tem por objetivo explicar a influ�ncia do exerc�cio f�sico no controle ao sobrepeso e a obesidade, identificando a diferen�a entre os variados tipos de exerc�cios no controle do peso corporal fazendo uma compara��o entre eles.

Exerc�cios f�sicos para o controle do peso corporal

    O gasto energ�tico di�rio � composto de tr�s componentes principais: A Taxa Metab�lica Basal (TMB), o Efeito T�rmico Alimentar (ETA) e o Efeito T�rmico da Atividade F�sica (ETAF). O primeiro constitui de 60 a 75% do gasto energ�tico di�rio e est� associado com a manuten��o da maioria das fun��es corporais. O ETA � o aumento cumulativo no gasto energ�tico ap�s as refei��es (digest�o) e constitui aproximadamente 10% do gasto energ�tico di�rio. O ETAF � o componente com maior varia��o no gasto energ�tico di�rio e pode constituir de 15 a 30%. O ETAF inclui o gasto energ�tico relativo ao trabalho f�sico, � atividade muscular e ao exerc�cio f�sico (Schneider; Meyer, 2007).

    Dessa forma, o Exerc�cio F�sico ocupa lugar de destaque no controle do peso corporal, podendo chegar a 30% do gasto energ�tico di�rio e, conseq�ente, controle ao sobrepeso e a obesidade, pois o exerc�cio f�sico tem demonstrado gerar um efeito positivo sobre a redu��o do tecido adiposo (SABIA; SANTOS; RIBEIRO, 2004).

    Sendo assim, o estilo de vida do indiv�duo aparece como tendo um papel fundamental para o desenvolvimento da obesidade, pois pessoas que n�o fazem exerc�cios f�sicos gastam menos calorias do que as pessoas que fazem exerc�cios f�sicos, assim esses indiv�duos sedent�rios tendem a acumular mais gordura corporal do que pessoas com o estilo de vida ativo (MELLO; LUFT; MEYER, 2004). A ado��o de um estilo de vida ativo deve come�ar ainda na inf�ncia, segundo Santos, Carvalho e Garcia J�nior (2007) h� uma rela��o direta em ter um estilo de vida ativo durante a inf�ncia e ter um estilo de vida ativo na fase adulta. Corroborando com Santos, Carvalho e Garcia J�nior, o estudo de Ronque et. al. (2005) foi realizado acompanhando o estilo de vida de 34 indiv�duos n�o-atletas desde a sua adolesc�ncia at� a sua fase adulta, o resultado mostrou que apenas 2 dos 34 indiv�duos tornaram-se indiv�duo fisicamente ativos, ou seja, de um grupo de 34 sedent�rios apenas 5,88% desses se adotaram um estilo de vida ativo na fase adulta. Esses resultados demonstram a import�ncia da ado��o de um estilo de vida ativo desde a inf�ncia e que para isso a escola, atrav�s das aulas de educa��o f�sica, e os pais t�m papel fundamental no incentivo da ado��o desses h�bitos por parte de seus filhos (MARTINS; CARVALHO, 2006, ACSM, 2000).

Tipos de Exerc�cios F�sicos para o controle do peso corporal

    De acordo com o ACSM (2000) os exerc�cios f�sicos visando o emagrecimento podem ter tanto natureza aer�bica quanto natureza anaer�bica, esse �ltimo podendo ser treinamento resistido ou atividades intervaladas. Os exerc�cios tamb�m podem ser mistos, com parte aer�bica e parte anaer�bica.

Exerc�cios Aer�bicos

    Os Exerc�cios aer�bicos t�m sido largamente difundidos como m�todo eficaz no controle do peso corporal, este deve ter �nfase na dura��o (volume) e freq��ncia de treino a fim de maximizar o gasto energ�tico da atividade(Schneider; Meyer, 2007). Estudos t�m demonstrado que exerc�cios aer�bicos tendem a diminuir a Massa Corporal (MC) e a Gordura Corporal (GC) total. (Figueroa-Colon et al, 1998).

    Eliakim et. al. (2002) submeteu crian�as e adolescentes obesos a um programa de exerc�cios aer�bicos de dura��o de tr�s a seis meses e comparou com um grupo controle de crian�as e adolescentes. Os resultados mostraram uma redu��o na MC e no IMC no grupo submetido a exerc�cios aer�bicos em rela��o ao grupo controle.

    A grande vantagem dos exerc�cios aer�bicos reside no fato de ser o mais simples e barato entre os tipos de exerc�cios, por�m, ainda assim proporcionando bons resultados (ANTUNES et al, 2006).

    A desvantagem dos exerc�cios aer�bicos est� relacionada a esse tipo de exerc�cio n�o impactar positivamente a Massa Corporal Magra (MCM), sendo que a MCM parece estar diretamente relacionada com a TMB que pode chegar a corresponder at� 70% do gasto energ�tico di�rio sendo fundamental no processo de controle do Sobrepeso e da Obesidade. Ou seja, quanto maior for a MCM maior ser� a TMB e, por conseguinte, o gasto energ�tico di�rio (DEFORCHE et al, 2003).

Exerc�cios Anaer�bicos

    Estudos t�m demonstrado que os exerc�cios anaer�bicos s�o capazes de aumentar a MCM e, conseq�entemente, TMB, promover gasto cal�rico consider�vel durante o exerc�cio f�sico em si e provocar uma alto EPOC (consumo de oxig�nio em excesso p�s-exerc�cio) proporciona que organismo continue gastando calorias de forma acelerada ap�s o t�rmino dos exerc�cios, sendo que quanto maior a intensidade do exerc�cio anaer�bico maior ser� o EPOC (CASTINHEIRAS NETO; FARINATTI, 2010).

    Sothernet. al. (2000) avaliaram 19 obesos durante 10 semanas em um programa de exerc�cios anaer�bicos, neste caso treinamento resistido. Foram avaliadas em rela��o a um grupo de controle que praticou caminhada tamb�m durante 10 semanas a MCM e o %GC. Ao final das 10 semanas AM bons os grupos tiveram resultados positivos de redu��o do %GC, por�m o grupo que realizou exerc�cios anaer�bicos aumentou discretamente a MCM, por�m no grupo que realizou exerc�cios aer�bicos houve redu��o da MCM, gerando assim redu��o da TMB e do gasto energ�tico di�rio.

    Notadamente a grande vantagem dos exerc�cios anaer�bicos em rela��o aos exerc�cios aer�bicos � o aumento ou manuten��o da MCM, proporcionando efeitos duradouros de redu��o ponderal e controle do peso corporal, al�m de proporcionar todos os outros benef�cios do treinamento aer�bico, pois embora durante a realiza��o da atividade os exerc�cios aer�bicos promovam maior gasto cal�rico ap�s a atividade, por causa do EPOC, os exerc�cios anaer�bicos promovem maior gasto cal�rico. Essa rela��o tende a ser: maior gasto cal�rico total equilibrado entre aer�bico e anaer�bico ou tendendo ao exerc�cio anaer�bico o maior gasto cal�rico (CASTINHEIRAS NETO; FARINATTI, 2010, BAR-OR, 2003).

    A desvantagem dos exerc�cios anaer�bicos se refere ao custo mais elevado para a realiza��o dos mesmos. Em geral, necessita-se de uma academia para praticar os exerc�cios resistido e/ou intervalados, isso dificulta o acesso � parte da popula��o a esse tipo de treinamento, pois existem poucas academias p�blicas no Brasil e as academias particulares t�m uma mensalidade n�o condizente com o poder aquisitivo da maioria da popula��o brasileira (ANTUNES et al, 2006).

Exerc�cios Mistos (Aer�bicos e Anaer�bicos)

    Os Exerc�cios Mistos consistem em utilizar na mesma sess�o de treinamento tanto exerc�cios anaer�bicos quanto exerc�cios aer�bicos (ROCCA et. al, 2008).

    Pesquisas recentes t�m demonstrado que os exerc�cios mistos s�o o melhor tipo de exerc�cio mais eficaz na preven��o e no tratamento da obesidade, pois conseguem agregar tanto os benef�cios dos exerc�cios aer�bicos quanto dos exerc�cios anaer�bicos (BRAITH; STEWART, 2006; SARSAN et al, 2006).

    Lemura e Maziekas (2002) conclu�ram em seu estudo que o treinamento composto por exerc�cios mistos era o mais eficaz no controle do peso corporal, pois este provocava redu��o da MC e GC e, al�m disso, conseguia manter ou aumentar a MCM e a TMB.

Prescri��o do Treinamento

Treinamento Aer�bico

    Como visto anteriormente, o exerc�cio aer�bico pode impactar positivamente no controle do sobrepeso e da obesidade, isto ocorre de maneira mais eficaz quando a intensidade do exerc�cio aer�bico se eleva de baixa, cerca de 25% Freq��ncia Card�aca (FC) m�xima, para moderada, cerca de 60% da FC m�xima (DENADAI et al, 1998).

    Quanto ao volume, os estudos sugerem que o exerc�cio aer�bico deve ser de longa dura��o para maximizar o gasto energ�tico durante a atividade (ROCCA et al, 2008; GATELY et al, 2000).

Treinamento Anaer�bico

    O exerc�cio anaer�bico tem sido recomendado para fazer parte de programas de controle do peso corporal pela sua influ�ncia positiva na MCM, TMB e no EPOC.

    Hunter, Seelhorst e Snyder (2003) e Thornton e Potteiger (2002), encontraram em seus estudos um EPOC significativamente maior quando os exerc�cios anaer�bicos s�o realizados em intensidades mais altas, mesmo que com curta dura��o. Nos mesmos estudos tamb�m houve discreto aumento da MCM e TMB.

    Segundo Ratamess et. al. (2007) e Haltom et. al. (1999) o curto intervalo de recupera��o entre o uma s�rie e outro do treinamento intervalado (anaer�bico) tamb�m parece promover um efeito positivo no EPOC, MCM e TMB, contribuindo assim para o controle do sobrepeso e obesidade.

    Sendo assim, parece que em rela��o aos exerc�cios anaer�bicos a alta intensidade e o curto intervalo de recupera��o parecem ser os principais guia para a montagem desse treinamento visando o controle do peso corporal (CASTINHEIRAS NETO; SILVA; FARINATTI, 2009, LEMMER et al, 2001).

Discuss�o e conclus�o

    Nesta revis�o ficou claro que a obesidade n�o � simplesmente um problema est�tico, pois ap�s a sua instala��o no organismo humano, diversas doen�as costumam acometer o indiv�duo obeso, doen�as de car�ter cardiovascular como a hipertens�o e a trombose, doen�as relacionadas com a resist�ncia � insulina como a diabetes, doen�as relacionadas a quest�es psicol�gicas como a depress�o e a bulimia e doen�as relacionados ao aparelho locomotor como artroses, artrites e lombalgias.

    Neste contexto de controle da obesidade, os exerc�cios f�sicos assumem papel de destaque no controle do peso corporal, independentemente do tipo ou forma do exerc�cio f�sico, todos geram mudan�as positivas na composi��o corporal contribuindo para o controle da obesidade.

    Os exerc�cios f�sicos de car�ter aer�bico ainda s�o os mais usados como forma de gastar calorias com intuito de diminuir a GC e o IMC, pois seu baixo custo, f�cil acessibilidade e grande quantidade de pesquisas que demonstram os benef�cios dos exerc�cios aer�bicos no controle da obesidade s�o determinantes para a sua recomenda��o por profissionais ligados ao controle do peso corporal aos indiv�duos obesos. Quanto � prescri��o do treinamento a recomenda��o � que se utilize alto volume e baixa � moderada intensidade no treino aer�bico para maximizar o gasto cal�rico durante o exerc�cio. A �nica desvantagem apresentada pelos exerc�cios aer�bicos foi o seu pouco ou nenhum impacto positivo na TMB e est�, por sua vez, corresponde a at� 70% das calorias gastam pelo nosso organismo diariamente sendo, dessa forma, um componente important�ssimo do gasto cal�rico di�rio total.

    J� os exerc�cios f�sicos de car�ter anaer�bico (resistido ou intervalado) surgem como uma nova maneira de se treinar visando � redu��o da massa adiposa, estes tem sido alvo de pesquisas mais recentes e essas tem mostrado impacto significativos dos exerc�cios anaer�bicos na redu��o da GC e do IMC e com a vantagem de ter um significativo impacto positivo na TMB, sobretudo quando o tipo de exerc�cio � o resistido, pois este ocasiona o aumento da MCM que est� diretamente relacionada ao aumento da TMB. Al�m disso, os exerc�cios anaer�bicos provocam um maior EPOC, ou seja, o indiv�duo continua a ter o metabolismo acelerado mesmo ap�s o t�rmino do exerc�cio gerando assim maior gasto cal�rico. Na prescri��o do treinamento, diferentemente do aer�bico, a intensidade deve ser alta e o volume proporcional a intensidade procurando propiciar um EPOC maior. Em suma, os exerc�cios anaer�bicos conseguem gerar semelhante gasto cal�rico que os exerc�cios aer�bicos (embora por mecanismos diferentes), por�m com a vantagem de gerar aumento na TMB o que faz que esse tipo de treinamento seja mais recomendado em rela��o ao exerc�cio aer�bico.

    Por fim os exerc�cios mistos, que tem tanto caracter�stica aer�bica quanto anaer�bicas, s�o outra bela op��o na interven��o contra a obesidade. Estes exerc�cios t�m a vantagem de proporcionarem os benef�cios tanto dos exerc�cios aer�bicos quanto dos exerc�cios anaer�bicos por isso a sua recomenda��o pelos especialistas tem crescido fortemente. � consenso na literatura que este tipo de exerc�cio tem demonstrado os melhores resultados para o controle do peso corporal e conseq�ente controle da obesidade. Sendo assim entre todos os tipos de exerc�cios os Exerc�cios Mistos s�o os mais recomendados para o treinamento de indiv�duos visando � redu��o ponderal.

    � muito importante que a sociedade se una em prol de controlar a obesidade, sobretudo de maneira preventiva, campanhas de incentivo a pr�tica de exerc�cios f�sicos e alimenta��o saud�vel s�o bem-vindas, principalmente nas escolas para que esse h�bito seja formado desde a inf�ncia na sociedade. Para isso o papel da educa��o f�sica escolar ganha enorme import�ncia tanto na orienta��o dos exerc�cios f�sicos quanto na orienta��o de bons h�bitos alimentares, pois � papel da educa��o f�sica, segunda a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) abordar esses temas de maneira pr�tica adequada � faixa et�ria trabalhada. Sendo importante tamb�m, al�m de conscientizar as crian�as, alcan�ar os pais das mesmas para que estes tamb�m tenham acesso � import�ncia de se adquirir h�bitos saud�veis.

    Se os n�veis de obesidade mundiais forem reduzidos � economia aos cofres p�blicos ser� gigantesca, pois o n�mero de atendimento e interna��es nos hospitais p�blicos relacionados a doen�as desencadeadas pela obesidade cairia na mesma propor��o e isso levaria a diminui��o dos gastos nos tratamentos desses indiv�duos fazendo com que esse dinheiro possa ser investido em outros setores.

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Para alcançar os benefícios da prática regular de exercício físico, a literatura sugere que sejam realizados exercícios aeróbicos de moderada a alta intensidade por no mínimo 150 minutos por semana e quando possível acrescentar o treinamento resistido, 2 a 3 vezes por semana, com carga de 60-70% de uma repetição máxima ...

Quais as características do treinamento físico para portadores de síndrome Metabolica?

A recomendação de exercício aeróbico no tratamento da síndrome metabólica é um pouco maior, sendo necessário atingir entre 30 a 60 minutos de atividade física moderada por dia, além de ser aconselhado incluir mudanças ao longo do dia afim de tornar o dia mais ativo possível, incluindo mudanças simples como subir ...

Como montar um treino de musculação para obesos?

Basicamente o treino de musculação para obesidade tem um objetivo primordial: aumento do gasto calórico total, de forma segura e contínua. Por isso, o primeiro ponto em um bom treino de musculação para obesos, é a adequação do volume total semanal. O indicado são pelo menos de 3 a 4 treinos na semana.

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