Mas essa nova tríade foi apenas o início, muitas máquinas novas foram feitas a partir disso, coisa que veremos adiante!
Onde e quando ocorreu a Segunda Revolução Industrial
A Segunda Revolução Industrial começou logo após a primeira, ou seja, na segunda metade do século XIX, próximo a 1860. Durou muito tempo, passando pela Primeira e Segunda Guerra Mundial, e finalizando-se em 1945.
Ela também começou na Inglaterra, mas se expandiu de forma muito mais rápida para outros países como França, Japão, Alemanha e Estados Unidos. Tanto é que ao final desse período, o destaque foi para os americanos e eles tomaram o posto da Inglaterra. Os Estados Unidos se consolidaram como maior potência mundial.
No Brasil, a Revolução Industrial chegou “atrasadinha” e só começou mesmo em meados do século XX, quando Getúlio Vargas deu início à criação de indústrias. Assim, o Brasil não viveu essas três fases separadamente, mas o grande conjunto de uma só vez.
Antecedentes e causas
A Segunda Revolução Industrial, por ser a continuidade da primeira, teve suas principais causas ligadas aos mesmos fatores! Assim, as principais influências foram as Revoluções Burguesas (Francesa e Inglesa) e o rompimento com a estrutura feudal e com o absolutismo.
Além disso, a primeira revolução mostrou que era possível atingir patamares antes inimagináveis. Assim, esse espírito por descobertas se manteve acesso e o processo pode ocorrer mais facilmente pois já tinham desenvolvido ferramentas prévias.
Também aqui os teóricos do liberalismo já começavam aprimorar o pensamento, criar e testar teorias, fazer ajustes para impulsionar o processo e o capitalismo já havia se consolidado.
Consequências e Invenções da Segunda Revolução Industrial
O aprimoramento das técnicas anteriores levou o modelo fabril a evoluir para o modelo Industrial. Portanto, existe uma integração e especialização maior nos processos. Com isso, novos tipos de indústrias foram surgindo com os investimentos em pesquisa.
Agora, houve o surgimento da indústria química que permitiu a fabricação de remédios, antibióticos, vacinas, plásticos e métodos de conserva de alimentos (enlatados). A indústria elétrica permitiu a criação do telefone, televisores, automóveis e iluminação pública. Todos esses inventos modificaram drasticamente o cotidiano das pessoas comuns.
O uso do petróleo como fonte de energia também foi essencial para os motores de combustão, a gasolina e a gás. Sendo o princípio dos agravamentos dos Problemas Ambientais.
O aperfeiçoamento das Siderurgias levaram à utilização do aço nas embarcações, armamentos e aviões! Isso também favoreceu as Guerras Mundiais com a indústria bélica.
O êxodo rural se intensificou e o processo de urbanização foi iniciado. Como ambos ocorriam em medidas desproporcionais, houve o inchaço urbano e a consequente formação de periferias, ou seja, o processo de favelização.
Relação entre Imperialismo e Revolução Industrial
A Primeira Fase da Revolução Industrial deixou um cenário bem marcado: fábricas, alta na produção industrial, mão-de-obra ampla e desvalorizada. Diante desse cenário, a produção era grande e o empobrecimento também, então não se tinha mercado para consumir tudo.
Outro fator que pesava era a matéria-prima. Os países Europeus eram muito menores que as colônias que estabeleceram no século XVI e XVII, e não tinham de onde tirar tanto recurso para continuar o ritmo de produção. Devido à busca de mercado consumidor e fornecedor de recursos, uma espécie de Neocolonialismo ganhou força, também chamado de Imperialismo.
Na Colonização, o interesse por terras e metais somado às motivações políticas foram motivo para subjugar os territórios à metrópole. Faziam isso por meio de intervenções diretas e instrumentalizando o cristianismo como pretexto moral.
No Imperialismo, o interesse por mercado e matéria-prima industrial foram as novas motivações. Não podendo mais intervir no governo local, visto que muitos territórios conseguiram independência, o modo de exercer influências era pela economia e oferta de tecnologias. O novo pretexto moral era levar o bem da industrialização à todos.
Racionalização da produção – Fordismo e Taylorismo
Com todas essa novidades, houve o aumento das empresas e a consequente racionalização do modelo de produção. Ou seja, a criação das teorias do Fordismo e do Taylorismo eram necessárias para impulsionar ainda mais e se distinguir dos concorrentes.
- Fordismo
Henry Ford foi um teórico da época e é o responsável pela criação da Ford, empresa muito conhecida até hoje! Ele propôs o primeiro modelo de produção massiva, introduzindo as esteiras em cada etapa da montagem de carros. Elas percorriam toda a fábrica e facilitava o transporte das partes, diminuindo o tempo de produção, aumentando a quantidade de produto e barateando o custo final.
- Taylorismo
O Taylorismo propôs a divisão organizacional e especializada do trabalho. Assim, se já existia uma divisão desde a primeira fase, agora ela se intensificava. A criação e a execução foram separadas em setores bem distintos, ou seja, as funções do trabalho manual e do intelectual ficaram distanciadas.
Frederick Taylor, o principal fundador, aprimorou o fordismo e acreditava que cada trabalho deveria ser estudado cientificamente. O objetivo era economizar o máximo em termos de esforço produtivo. Isso gerou grandes concentrações econômicas e surgiram as primeiras holdings, trustes e cartéis.
Resumo em tópicos: Principais Características da Segunda Revolução Industrial
Agora que você já entendeu todo o desenrolar da coisa, é possível citar/pontuar as características que foram advindas da Segunda Revolução Industrial, de forma a resumir tudo o que foi dito:
Principais causas e influências:
- Contexto marcado pelos valores burgueses (Revoluções e modelos econômicos)
- Já predispunha de novas tecnologias desenvolvidas na primeira fase
- Espírito de busca das riquezas, novas disputas de poder, continuidade das pesquisas e processos
Principais características da Primeira Fase:
- desenvolvimento industrial intenso, principalmente químico, elétrico, metalúrgico, siderúrgico e farmacêutico;
- Introdução da nova base econômica: aço, petróleo e eletricidade;
- Surgiu na Inglaterra mas espalhou muito rapidamente para o mundo;
- Continuidade da Primeira fase, portanto, começou no século XIX;
- Utilização dos motores à combustão.
Principais Consequências da Revolução Industrial:
- Estados Unidos como grande potência econômica mundial;
- Urbanização e Favelização;
- Imperialismo (disputa por influência na África, Ásia e América Latina);
- Avanços na Medicina
- Criação da aviação, carros, e transportes de aço.
- Armamento para a Grande Guerra Mundial
- Racionalização do processo: Taylorismo e Fordismo
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