No último artigo, falamos sobre a performance em Terapia Intensiva. O próximo item a ser abordado, pneumonia associada à ventilação mecânica, é considerado como uma das complicações de maior morbidade na terapia intensiva. Show Estudos sugerem que a cada ano ocorrem nos Estados Unidos entre 5 e 10 episódios de pneumonia relacionada à assistência à saúde por 1.000 admissões. Estas infecções são responsáveis por 15% das infecções relacionadas à assistência à saúde e aproximadamente 25% de todas as infecções adquiridas nas unidades de terapia intensiva. Estima-se ainda uma incidência de 3.7 a 10.7 por 1.000 dias de uso de ventilação mecânica nos EUA. O Brasil carece de estatísticas nacionais precisas, porém, segundo a Anvisa, estima-se que em São Paulo a incidência desta complicação varia de 16 a 21 casos por 1.000 dias de ventilação mecânica, sendo que a mortalidade global varia de 20 a 60%. A microbroncoaspiração constitui a fisiopatologia desta entidade. Pacientes intubados estão sob efeitos de sedativos, com reflexos de tosse reduzidos ou abolidos, elevando o risco de aspiração de secreção acumulada em orofaringe seguida pela inoculação exógena de material contaminado. O diagnóstico é feito por critérios radiológicos e clínicos como leucocitose, febre, mudança do aspecto de secreção traqueal e piora da oxigenação (relação PaO2/FiO2). Embora pareça simples, o diagnóstico muitas vezes não é tão óbvio na prática médica da terapia intensiva. Características como congestão pulmonar, infiltrado associado a quadros inflamatórios (SARA) e presença de dispositivos invasivos são fatores confundidores e devem ser levados sempre em consideração. Scores para diagnóstico, como o “CPIS – Clinical Pulmonary Infeccion Score”, podem ser utilizados para casos mais complexos. CIPS – Clinical Pulmonary Infeccion Score Pontuação > ou = 6 sugere diagnóstico de pneumonia. O tratamento desta patologia inclui antibioticoterapia de acordo com o perfil epidemiológico do CTI. Em geral Gran negativos hospitalares e MRSA devem ser levados em consideração. Após essa breve discussão, a pergunta que devemos nos fazer é: como reduzir a incidência da Pneumonia associada a ventilação mecânica numa unidade de terapia intensiva? A resposta é simples: utilizando de forma exaustiva, sistemática e constantemente auditada, o conjunto de boas práticas (bundle) para sua prevenção. Este bundle consiste em:
A utilização correta destas práticas está associada a redução significativa da incidência de pneumonias, e a baixa incidência de PAV é considerada como um dos principais indicadores de qualidade em terapia intensiva. As melhores condutas médicas você encontra no Whitebook. Baixe o aplicativo #1 dos médicos brasileiros. Clique aqui! do Portal PEBMED: 7 dias grátis com o Whitebook Aplicativo feito para você, médico, desenhado para trazer segurança e objetividade à sua decisão clínica. Acesso gratuito ao Nursebook Acesse informações fundamentais para o seu dia a dia como anamnese, semiologia. Acesso gratuito Fórum Espaço destinado à troca de experiências e comentários construtivos a respeito de temas relacionados à Medicina e à Saúde. Acesso ilimitado Tenha acesso a noticias, estudos, atualizacoes e mais conteúdos escritos e revisados por especialistas Teste seus conhecimentos Responda nossos quizes e estude de forma
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Qual a consequência mais comum em pacientes com ventilação mecânica?Durante a ventilação mecânica ela pode ocorrer por diminuição do volume cor- rente, causada por erro do operador, por vazamento em algum ponto entre o paciente e o ventilador, por diminuição acentuada da freqüência, por obstrução da via aérea e por aumento da resistência ou diminuição da com- placência pulmonares.
O que é pneumonia associada a ventilação mecânica?A pneumonia associada à ventilação mecânica (PAVM) é a infecção nosocomial mais comum no ambiente de cuidados intensivos. Tem prevalência variável, com taxas desde 6 até 50 casos por 100 admissões na unidade de terapia intensiva (UTI).
Quais são os riscos da ventilação mecânica?Complicações da ventilação mecânica e salvaguardas. A presença de um tubo endotraqueal causa risco de sinusite (raramente de importância clínica), pneumonia associada ao respirador. Os patógenos mais comuns são os bacilos Gram-negativos e o Staphylococcus...
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