Por que o governo de Robespierre ficou conhecido como o governo do Terror?

História
Por que o governo de Robespierre ficou conhecido como o governo do Terror?

PERÍODO DO TERROR

É como fica conhecido o período (1793-1794) no qual os jacobinos se organizam para defender a Revolução. Sob o comando de Robespierre a Constituição é suspensa e são criados o Comitê de Salvação Pública e o Tribunal Revolucionário, encarregado de prender e julgar os traidores da Revolução.

Esses órgãos descambam depois para a conspiração e execução na guilhotina de membros do próprio partido jacobino, confundindo inimigos e aliados. O Terror executa tanto radicais, como Hebert, quanto moderados, como Danton e Desmoulins.

A Comuna aprisiona e guilhotina 22 líderes girondinos. Milhares de pessoas morrem, entre elas o químico Lavoisier. Robespierre concentra poderes ditatoriais, apoiado pelos jacobinos. Em 49 dias manda para a guilhotina 1.400 pessoas. Com a ameaça de morte pairando sobre todos, os membros da Convenção se voltam contra o ditador.

Comitê de Salvação Pública – Entre fevereiro e maio de 1793 aumentam as ameaças internas e externas à Revolução. Para defendê-la, a Convenção adota leis contra os nobres e membros do clero e cria o Comitê de Salvação Pública, composto por Robespierre, Danton, Desmoulins, Saint-Just e Marat. A pedido dos girondinos, a Assembléia nomeia o Comitê de Doze para controlar a Comuna de Paris e evitar excessos.

A burguesia e a aristocracia estimulam uma onda de assassinatos e movimentos contra-revolucionários. Os sans-culottes armados cercam a Assembléia e obrigam a Convenção a prender a bancada girondina e os membros do Comitê dos Doze e decretar uma nova Constituição, de caráter democrático, que estende às camadas populares os direitos políticos.

Georges-Jacques Danton (1759-1794), filho de família burguesa, forma-se em direito em Paris e torna-se advogado do Conselho do Rei. Membro destacado da Sociedade dos Amigos dos Direitos do Homem, juntamente com Robespierre, que dá origem ao Clube dos Cordeliers e, mais tarde, ao partido jacobino.

Orador talentoso, destaca-se na Assembléia Constituinte e na Convenção em defesa dos interesses dos pequenos burgueses e dos sans-culottes (artesãos e operários).

Participa do Comitê de Salvação Pública em 1793, mas adota posições moderadas e é acusado, no Período do Terror, de conspirar contra o regime. É preso, julgado sem direito a defesa e condenado à morte. Na hora de ser guilhotinado pede ao carrasco que mostre sua cabeça ao povo.

"Os reis, aristocratas e tiranos, independentemente da nação a que pertençam, são escravos que se revoltam contra o soberano da Terra, isto é, a humanidade, e contra o legislador do universo, a natureza", declarou em 24 de abril de 1793 Robespierre, uma das figuras mais importantes da Revolução Francesa.

O jovem advogado Maximilien François Marie Isidore de Robespierre (1758-1794) pretendia mudar o destino da França. Desde o início de sua carreira política, destacou-se pela firmeza e pela forma radical de defender suas ideias. Influenciado por Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), ele pleiteava um Estado voltado para o bem comum e a vontade geral, estabelecido em bases democráticas. "O indivíduo é nada; a coletividade é tudo", afirmava, lembrando o famoso Contrato Social de Rousseau.

Político "incorruptível"

Robespierre ajudou a fundar e foi líder do Partido Jacobino na Convenção Nacional (parlamento francês de 1792 a 1795). Seus discursos captavam o espírito da França revolucionária. "É natural que o bom senso avance lentamente. O governo viciado encontra nos preconceitos, nos costumes e na educação dos povos um poderoso apoio. O despotismo corrompe o espírito humano a ponto de ser adorado e, à primeira vista, torna a liberdade suspeita e terrível", afirmara no discurso Contra a Guerra.

Os ideais da Revolução Francesa – liberdade, igualdade e fraternidade – compunham seu slogan predileto. Robespierre tornou-se famoso como político sério e "incorruptível". Seu objetivo era eliminar oa privilégios e instituições do Antigo Regime. Ele propagou ideias revolucionárias para a época, como o sufrágio universal, eleições diretas, educação gratuita e obrigatória, e imposto progressivo segundo a renda.

"Os habitantes de todos os países são irmãos; os diferentes povos devem se apoiar mutuamente como cidadãos de um Estado. Quem oprime uma nação declara-se inimigo de todas as nações. Quem faz guerra contra um povo, para impedir o progresso da liberdade e sufocar os direitos humanos, deve ser perseguido por todos os povos. Não apenas como inimigo comum, mas como assassino rebelde e bandido."

A lei da guilhotina

Proclamada a república, em 1792, Robespierre mostrou sua nova face. Não hesitou muito para selar o destino do rei, aprisionado por revolucionários. Luís 16 foi julgado, condenado e, a 21 de janeiro de 1793, decapitado na guilhotina. Robespierre justificava o reinado do terror, o qual "nada mais é do que a justiça rápida, violenta e inexorável. É, portanto, uma expressão da virtude".

A pretexto de defender a revolução, os jacobinos instalaram um regime de terror na França em 1793-1794. Sob o comando de Robespierre, a Constituição foi suspensa e foram criados o Comitê de Salvação Pública e o Tribunal Revolucionário. Esses órgãos descambaram depois para a conspiração e execução na guilhotina de membros do próprio partido jacobino, como Georges-Jacques Danton (1759-1794), confundindo inimigos e aliados.

A guilhotina funcionava sem parar. Com a ameaça de morte pairando sobre todos, deputados moderados da Convenção Nacional tramaram a prisão de Robespierre e seus colaboradores mais próximos. Em 28 de julho de 1794, deram aos ilustres prisioneiros o mesmo destino que estes haviam dado ao rei Luís 16: a guilhotina.

De um despotismo para outro

Robespierre havia assumido poderes ditatoriais. Calcula-se que o terror jacobino causou dezenas de milhares de vítimas, entre elas o químico Antoine Laurent de Lavoisier (1743-1794). Em apenas 49 dias, mandou-se executar 1.400 pessoas. No final, o terror engoliu os terroristas. Um ano após a morte de Robespierre, a França obteve um novo governo, comandado por cinco "diretores".

O chamado Diretório representou o fim da supremacia e do terror dos jacobinos. Em 1795, a Convenção promulgou uma nova Constituição, que, segundo seu relator, Boissy d'Anglas, centrou-se em "garantir a propriedade do rico, a existência do pobre, o usufruto do industrial e a segurança de todos".

De 1795 a 1799, o poder foi organizado sob a forma de uma república colegiada de notáveis, tendo o Diretório como poder executivo. Nesse período, a França mergulhou numa nova crise econômica e social, agravada por ameaças externas. Para manter seus privilégios políticos, a burguesia entregou o poder a Napoleão Bonaparte, que o exerceu com o mesmo absolutismo que havia sido derrubado pela Revolução Francesa.

Porque o período liderado por Robespierre ficou conhecido como Período do Terror?

Terror religioso O terror jacobino não poupou os religiosos que se recusaram a jurar a Constituição Civil do Clero. Para eles, foram sancionadas várias leis que previam prisão e multas. Por fim, foi aprovada a Lei do Exílio, em 14 de agosto de 1792 e cerca de 400 padres tiveram que deixar a França.

Porque o governo jacobino ficou conhecido como a época do Terror?

O nome terror foi dado pelos adversários dos jacobinos, pois geralmente eram eles os alvos das ações, que consistiam principalmente na execução na guilhotina, onde os condenados perdiam a cabeça, literalmente.

Porque o Período do Terror recebeu esse nome?

Na Revolução Francesa, o Período do Terror, ou simplesmente O Terror, foi um períodocompreendido entre 5 de setembro de 1793 (queda dos girondinos) e 27 de julho de 1794 (prisão de Maximilien de Robespierre, ex-líder dos Jacobinos) que foi um precursor da ideia de um Terrorismo de Estado nos séculos posteriores.

Como ficou conhecido o governo de Robespierre?

Foi instaurado o regime do "Grande Terror", o auge da ditadura de Robespierre.