Por que o crescimento populacional é uma questão de prioridade global?

Em 2050, a idade média na UE deverá ser de 49 anos e as mulheres europeias têm menos filhos do que seria necessário para impedir o declínio demográfico. A insegurança económica, a incerteza relativa ao futuro e os esquemas de emprego desactualizados são apenas algumas das razões apontadas pela eurodeputada socialista francesa Françoise Castex, autora de um relatório sobre o futuro demográfico da Europa. Na entrevista que se segue, Castex desenha um quadro geral da situação demográfica europeia.

As previsões demográficas são alarmantes para a Europa: já é tarde demais para agir?
"São apenas previsões. Dispomos actualmente de dados estatísticos que permitem prever um problema demográfico em 2050: entre o dia de hoje e o ano 2050 passaríamos de uma idade média de 39 anos para 49 anos. Entre os problemas que podem resultar desse facto incluem-se a diminuição do número de pessoas em idade activa e um aumento da procura de cuidados de saúde, uma vez que as pessoas mais idosas têm mais necessidade desses cuidados. Tudo isto representa um problema para as finanças públicas e para o dinamismo geral da União Europeia. Mas existem margens de acção, tanto em termos de pleno emprego como de natalidade".
 
A natalidade é muito baixa: como incitar os casais a terem filhos?
"Uma taxa de natalidade média de 1,2 é anormalmente baixa e sabemos que podemos elevar essa média através de políticas adequadas. O modelo da família numerosa não regressará, porque os modelos familiares evoluem e o papel da mulher na sociedade mudou: no séc. XX as mulheres aprenderam a controlar a sua fecundidade, designadamente através da contracepção. Ao mesmo tempo, a insegurança económica e o receio do futuro são uma barreira considerável à natalidade. Quando estamos desempregadas ou não somos capazes de projectar os próximos 5 ou 10 anos, hesitamos em ter filhos.
 
Que medidas poderão favorecer a natalidade? Contrariamente ao que se pensava em determinados países, como a Alemanha, o trabalho das mulheres não é uma barreira à natalidade. Pelo contrário, é necessário ajudar as mulheres a conciliar a vida profissional com a vida familiar. Os Estados-Membros devem implementar estruturas de acolhimento para as crianças. Os estudos demonstram que os casais gostariam de ter mais filhos, o que significa que existe uma margem de progressão, mas para que essa progressão se verifique é necessário tomar as medidas adequadas para favorecer a natalidade."
 
A população activa diminui: será necessário prolongar a vida activa para além dos 70 anos, ou alterar o regime de reforma?
"A ideia dominante é efectivamente a de prolongar a vida activa e fala-se em aumentar a idade da reforma. Actualmente, a maioria das pessoas começa a trabalhar entre os 25 e os 30 anos e a taxa de emprego diminui acentuadamente a partir dos 51, 52 anos. Eu defendo que devemos começar por analisar as margens de progressão existentes na população activa e fazer com que todas as pessoas tenham 40 anos de vida activa! Penso que, a partir de 2010, o objectivo do pleno emprego será cada vez mais alcançável e necessário.
 
No meu relatório, proponho a noção de ciclos de vida activa. Se pretendemos ser a economia mais competitiva do mundo, é necessário adoptar uma verdadeira política de formação, de planos de carreira, de organização de itinerários profissionais ao longo do ciclo de vida activa, ou seja, durante 40 anos.
 
Actualmente, a taxa de emprego dos activos idosos é reduzida porque as empresas preferem os jovens e não proporcionam formação suficiente aos seus assalariados. É um cálculo errado: as empresas devem integrar a formação nas suas despesas de investimento, porque rapidamente se irão aperceber que existe falta de mão-de-obra, a qual não pode ser exclusivamente resolvida através da imigração escolhida."
 
Falou na questão da imigração que é, por um lado, motivo de preocupações para algumas pessoas e, por outro, uma possível solução apontada por diversos demógrafos. Como resolver esta contradição?
"É urgente que os Estados-Membros tenham uma abordagem serena da imigração e digam que "sim", temos necessidade de imigração, não apenas para os próximos anos, mas porque faz parte da nossa história. A imigração para a União Europeia não é um dado novo, é necessário aceitá-lo.
 
A imigração escolhida, de acordo com a qual se temos necessidades de enfermeiros, autorizamos a imigração de um determinado número de enfermeiros, não é uma solução. As pessoas não são máquinas: são pessoas que se podem apaixonar no país de destino e nele pretender ficar e constituir família. Nesse sentido, penso que não podemos ter uma abordagem puramente económica e quantitativa da imigração. Temos necessidade dessa imigração, também para nos renovarmos. Por isso, antes de ver se temos necessidade de aumentar a imigração, devemos geri-la de uma forma serena."

Qual a importância do crescimento populacional?

Os estudos populacionais são de suma importância para o planejamento territorial. População caracteriza-se pelo conjunto de indivíduos que habitam um determinado território. A população é um conceito demográfico que designa o total de habitantes de um território.

Por que o crescimento populacional e diverso ao redor do planeta?

Esse crescimento pode ser provocado por diversos motivos, variando de acordo com o período e o contexto histórico. Esse fenômeno foi observado, principalmente, em países subdesenvolvidos após o ano de 1950, quando se elevou em um um bilhão o número de pessoas na Terra em apenas 35 anos.

Quais são as consequências do aumento da população no mundo?

Consequências do crescimento populacional E o principal problema é ambiental, pois o planeta já está dando sinais de que não está aguentando o ritmo de consumo exacerbado de seus recursos naturais, motivados pelo desenvolvimento, mas também pela ganância.

Quais os motivos que levam um país ao extremo crescimento populacional?

Melhorias e inovações na saúde, aumento da qualidade de vida, maior fluxo imigratório e maiores taxas de natalidade são fatores que influenciam no crescimento populacional. As populações mundial e do Brasil seguem tendência de desaceleração do crescimento.