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Quem escreve
Jornalista formado pela PUC-Rio em 2001. Entrou na Infoglobo pelo programa de estágio, foi repórter e editor de diferentes áreas da redação. Hoje é responsável pelo Acervo O Globo e o treinamento de estagiários e trainees.
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Mundo
O voo 1549 da US Airways se manteve no ar por apenas seis minutos. Logo depois de decolar do Aeroporto de LaGuardia, em Nova York, no dia 15 de janeiro de 2009, há 10 anos, o Airbus A-320 apresentou problemas mecânicos e ficou sem força nos motores até mesmo para retornar ao terminal de partida, obrigando o piloto Chelsey Sullenberger a operar o que foi considerado um "milagre" pela imprensa.
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Ex-cadete da Força Aérea dos EUA e com 30 anos de voos comerciais no currículo, o comandante, chamado de Sully pelos amigos, pousou o avião sobre as águas do Rio Hudson, salvando os 150 passageiros e cinco tripulantes da aeronave. A imagem do Airbus parado sobre o leito do rio que margeia a movimentada região de Manhattan percorreu o mundo, e Sullenberger se tornou um herói.
Logo após a proeza, Sully e foi homenageado por autoridades como o então prefeito de prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, e o então presidente americano, George W. Bush. O comandante recebeu a chave de sua cidade natal, Danville, na Califórnia, e foi convidado para a posse de Barack Obama, que assumiu a Casa Branca cinco dias depois do pouso forçado de Sullenberger. O piloto ainda foi considerado a segunda pessoa mais influente de 2009 pela revista "Time", atrás apenas da então primeira-dama dos EUA, Michelle Obama.
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Seu nome viria a ser citado em diversos momentos nos anos seguintes. Quem lembra da foto do labrador Sully ao lado do caixão do ex-presidente George Bush, em 30 de novembro de 2018? O nome do cachorro é uma homenagem ao piloto.
O comandante também teve sua aventura contada no filme “Sully, O Herói do Rio Hudson”. Lançado em 2016, o longa dirigido por Clint Eastwood e estrelado por Tom Hanks reproduz o acidente e as investigações do Diretório Federal de Segurança do Transporte (NTSB, sigla em inglês), durante as quais Sully enfrentou desconfiança dos investigadores e teve a sua versão do incidente contestada diversas vezes. O piloto participou de diversos eventos relacionados ao filme, como pré-estreias, entrevistas para a imprensa e cerimônias de premiação.
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A comissão responsável pela investigação sugeriu que haveria tempo hábil para chegar a um aeroporto e que a atitude de Sully teria arriscado 155 vidas sem necessidade. Na época do acidente, o piloto tinha 42 anos de experiência na aviação, tendo atuado como piloto de caça na Força Aérea Americana, antes de entrar na aviação comercial na década de 1980. Posteriormente, o relatório da investigação concluiu que a aeronave colidiu com uma revoada de gansos canadenses e sua manobra, apesar de arriscada, salvou todos passageiros e tripulantes da aeronave.
Após o incidente, Sully foi licenciado por seis meses de suas atividades como piloto durante a investigação e, neste mesmo período, escreveu o livro "Higher duty: My search for what really matters" ("Dever supremo: Minha busca pelo que realmente importa", em tradução livre), que originou o filme. Em setembro de 2009, ele foi incorporado à gestão de riscos da companhia aérea em que trabalhava e, no mês seguinte, retornou às atividades piloto. De 2009 a 2013, atuou em um programa educativo sobre aviação para jovens e se tornou palestrante internacional sobre gerenciamento de crises e segurança da aviação.
O piloto anunciou sua aposentadoria em março de 2010, aos 59 anos. Desde então, vem exercendo de diferentes maneiras a influência que ganhou após o pouso forçado. Em janeiro de 2017, a convite do secretário do Departamento de Transportes (DOT, sigla em inglês), entrou para o comitê de automação dos transportes como conselheiro, função que exerce até hoje.
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