O caso von Richthofen voltou à boca da população após o lançamento dos filmes "A Menina que Matou os Pais" e "O Menino que Matou Meus Pais", no Prime Video, da Amazon Prime, na última sexta-feira (24). Os longas contam as versões de Daniel Cravinhos e Suzane Richthofen, respectivamente, dadas durante o julgamento dos homicídios executados por Daniel e Cristian, seu irmão. O crime contou com a ajuda de Suzane. Mas, afinal, o que aconteceu com os irmãos Cravinhos depois serem condenados a quase 40 anos de prisão?
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Namorado de Suzane na época do crime, Daniel Cravinhos era aeromodelista e tinha 21 anos quando cometeu o ato que tirou a vida do casal von Richthofen, em 2002. Após ser julgado, em 2006, ele foi condenado a 39 anos de prisão. Em 2013, ele progrediu para o regime semiaberto e em 2018 para o aberto, no qual ganhou o direito de cumprir o resto da sentença em liberdade.
A liberdade conquistada pelo homem, no entanto, deveria ter sido adquirida em 2017, mas foi adiada depois que ele esteve envolvido em tráfico de produtos restritos a hospitais dentro da penitenciária. Durante o período de detenção, Daniel trabalhou como auxiliar de ajudante geral, o que fez com que sua pena fosse reduzida em dois anos.
Em 2014, o ex-namorado de Suzane casou com a biomédica Alyne Bento, filha de uma agente penitenciária. Segundo a Veja, a esposa perdeu depois empregos depois que os patrões descobriram com quem ela é casada. Daniel atualmente tem 40 anos.
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Cristian Cravinhos
Durante o julgamento, Cristian Cravinhos foi condenado a 38 anos e 6 meses de prisão. Em 2017, ele conseguir ir para o regime aberto, porém voltou ao presídio do Tremembé, em 2018, após ser acusado de tentar subornar um policial. Com isso, a pena do irmão de Daniel subiu para para 41 anos e 10 meses.
O condenado se envolveu em uma briga em um bar em Sorocaba, em São Paulo, e, ao ser revistado pela polícia, foi encontrada munição de uso restrito em sua posse. Para não ser preso, Cristian ofereceu dinheiro aos policiais.
Em 2020, o seu filho, que tinha 3 anos na época do crime, pediu anulação da paternidade, alegando se sentir constrangido toda vez que precisa apresentar seus documentos com o nome do pai. Além disso, o jovem disse nunca ter recebido amparo afetivo ou material por parte de Cristian. O rapaz abriu mão de qualquer pensão ou herança. Atualmente Cristian tem 45 anos.
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Suzane não quer encontro com ex-namorado
ADVOGADA DIZ QUE ELA ESTÁ ARREPENDIDA DA MORTE DOS PAIS E NÃO VAI PROCURAR DANIEL CRAVINHOS, TAMBÉM ACUSADO DOS CRIMES. HOJE, ELA MORA NO INTERIOR
Suzane von Richthofen, 22 anos, não pensa em procurar o ex-namorado Daniel Cravinhos para uma
possível reconciliação. Os dois, junto com o irmão do rapaz, Cristian, confessaram a participação na morte dos pais da jovem, Manfred e Marisia Richthofen -mortos em casa, enquanto dormiam, com golpes de cano de ferro-, em outubro de 2002.
"A Suzane está profundamente arrependida por tudo o que aconteceu e foi, na minha opinião, influenciada pelo rapaz [Daniel] a praticar o crime. Dificilmente ela irá procurá-lo", diz a advogada Luzia Helena Sanches.
Na semana passada, durante a
libertação dos irmãos Cravinhos -que estavam presos em Iperó (120 km de São Paulo)-, o pai dos acusados, Astrogildo, 61 anos, afirmou que, caso o filho quisesse, o levaria para se encontrar com Suzane. "Não tenho nada contra a Suzane. Absolutamente nada", disse, ao lembrar que carrega uma foto dela na carteira, assim como a dos dois filhos. Essa possibilidade está descartada, segundo a advogada Sanches.
O paradeiro da jovem não é revelado por questões de segurança. De acordo com a advogada,
ela está morando com parentes paternos no interior de São Paulo.
Suzane, Daniel e Cristian foram presos pouco tempo depois do crime. Porém, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) concedeu habeas corpus a Suzane, em junho, para que ela aguarde o julgamento em liberdade. Semana passada, o benefício foi estendido aos irmãos Cravinhos
Não há previsão de quando o julgamento irá acontecer.
Amizade
A advogada foi contratada pela avó paterna de Suzane, Margot, para
visitar a jovem no Centro de Ressocialização de Rio Claro (175 km de São Paulo), último presídio por onde passou. Na cadeia, Suzane dava aulas de inglês para as presas. A avó não conseguiu autorização da Justiça para receber a visita da neta em casa. Margot morreu antes de Suzane ser solta.
A jovem recebia visitas semanais da advogada no centro de ressocialização de Rio Claro. Com o passar do tempo, nasceu uma amizade que, segundo Sanches, permanece até hoje. "Ela imaginava viver um conto de
fadas. Infelizmente, acordou tarde demais", afirma. (FSP)
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