O que eram as especiarias e por que elas eram tão valorizadas entre fins da Idade Média e início da Idade Moderna?

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O que eram as especiarias e por que elas eram tão valorizadas entre fins da Idade Média e início da Idade Moderna?

(Foto: Shutterstock)

A humanidade sempre buscou formas diferentes de temperar seus alimentos. Por isso, a busca, conquista e comercialização de especiarias foi o ponto principal de grandes momentos da História, como as Grandes Navegações, que resultaram no Descobrimento do Brasil.

Desde aquela época, a Índia é origem das especiarias mais usadas, como o gengibre, pimenta-do-reino, cravo-da-índia, açafrão, cúrcuma e cardamomo. As ilhas Molucas, na Indonésia (conhecidas como “Ilhas das Especiarias”) são fonte da noz-moscada e cravo. A canela é originária do Sri Lanka e da China.

Alguns desses temperos já eram conhecidos dos gregos, como o cardamomo. Outros temperos foram descobertos pelos europeus apenas na época das Cruzadas, entre os séculos XI e XIII, durante a luta contra muçulmanos pela posse da Terra Santa.

Com o fim das Cruzadas, criou-se a Rota das Especiarias, que cruzava o Oriente Médio e chegava à Europa a partir dos comerciantes venezianos. Os árabes detinham o monopólio dessa rota e Veneza se tornou o centro do comércio europeu. Isso encareceu os produtos originários da Índia – inclusive as especiarias, vendidas maceradas, secas ou em pó e indispensáveis para a culinária europeia.

Uma rota alternativa era necessária – pelo oceano. Portugal, o único país com condições de financiar navegações milionárias, foi o primeiro a lançar-se ao mar em direção às Índias. Foi assim que, em 1500, aportaram no Brasil, segundo consta, imaginando encontrar-se na Ásia.

Esse foi o início da produção de especiarias no nosso território. Portugueses, holandeses, jesuítas, bandeirantes e japoneses contribuíram para a expansão dessa produção. Em 2012, a exportação total desses temperos soma US$ 206.825.000 e 37.178 toneladas, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Confira a origem, história e principais regiões produtoras das especiarias mais exportadas do Brasil:

Pimenta-do-Reino
(Piper nigrum)
Originária da Índia, foi introduzida no Brasil em 1930 por imigrantes japoneses. Atualmente, é o suporte econômico de pequenos e grandes produtores da Região Amazônica. A produção nacional está concentrada basicamente em três estados: Pará, Espírito Santo e Bahia. A experiência dos produtores japoneses radicados no Pará transformou essa cultura em uma atividade mais eficiente economicamente, com grande capacidade de gerar emprego rural e renda na agricultura paraense.

Exportação de janeiro a julho de 2013:
Pimenta seca: US$ 101.834.000 e 16.051 toneladas.
Pimenta triturada ou em pó: US$ 68.000 e 17 toneladas

Pimentões:
(Gênero: Capsicum)
Com a chegada dos navegadores portugueses e espanhóis ao continente americano, muitas espécies de pimentas foram descobertas. As pimentas do gênero Capsicum já eram utilizadas pelos índios americanos (nativos) e mostravam-se mais picantes que a pimenta-do-reino.

Há diversas variedades, do pimentão à pimenta chilli. A variedade Capsicum annuum é originária do México e América Central. As rotas de navegação no período de 1492-1600 permitiram que as espécies picantes e doces de pimentas viajassem o mundo. As pimentas foram então, introduzidas na África, Europa e posteriormente na Ásia. China e Índia são grandes produtores, enquanto tailandeses e coreanos são tidos como os maiores consumidores de pimenta do mundo.

A produção de pimentão existe em todos os estados da federação, mas concentra-se nos estados de São Paulo e Minas Gerais.

Exportação de janeiro a julho de 2013:
Pimentões e pimentas, secos, não triturados nem em pó: US$ 26.000 e 6 toneladas
Pimentões e pimentas, triturados ou em pó: US$: 1.000. Preço: 6,1 US$/kg.

Gengibre:
É utilizado no oriente há mais de 2.000 anos. Nos séculos XII a XIV era tão popular na Europa quanto a pimenta-do-reino. Antes do descobrimento da América já era largamente utilizado pelos árabes, como expectorante e afrodisíaco, e difundido por toda a Ásia tropical, da China à Índia.

Foi introduzido na América logo após o descobrimento, inicialmente no México. Depois, espalhou-se pelas Antilhas e chegou à Jamaica. Em 1.547, a Jamaica chegou a exportar cerca de 1.100 t para a Europa.

No Brasil, a introdução do gengibre deu-se durante a invasão holandesa. A produção concentra-se nas regiões litorâneas. Inicialmente, no Rio de Janeiro e em São Paulo. Depois, foi inserida no Paraná por colônias japonesas e, mais recentemente, em Santa Catarina.

A maior parte da área produtora de gengibre no Paraná está concentrada no litoral paranaense, restrita aos municípios de Morretes, Guaraqueçaba, Antonina, Paranaguá e Guaratuba, todos pertencentes ao Núcleo Regional (NR) de Paranaguá.

Exportação de janeiro a julho de 2013:
Gengibre, não triturado nem em pó: US$2.140.000 e 1.790 toneladas.

Cravo-da-índia
(Syzygium aromaticum L.)
Na época das grandes navegações, as ilhas "das especiarias", arquipélago das Molucas, situadas na atual Indonésia, a cerca de 1 000 km a leste da Península da Malásia, eram a única fonte mundial de noz-moscada e cravo, as especiarias mais caras entre todas. Os cravos valiam mais ou menos seu peso em ouro. As ilhas foram disputadas durante anos pelos portugueses, espanhóis, chineses, japoneses e, mais tarde, ingleses. Em 1824, a região passaria para os ingleses por meio de um acordo e conquistaria sua independência, com o resto da Malásia, em 1946.

No Brasil, a especiaria é produzia apenas na Bahia, praticamente. É cultivada nos municípios de Valença, Ituberá, Taperoá, Camamu, Nilo Peçanha, e Una. É uma cultura de grande importância sócioeconômica. A maioria são mini e pequenos produtores.

Exportação de janeiro a julho de 2013:
Cravo-da-índia, não triturado e nem em pó: US$ 14.904.000 e 1.583 toneladas.
Cravo-da-índia triturado ou em pó: US$ 17.000 e 4 toneladas.

Canela
(Cinnamomum zeylanicun - Sri Lanka e Cinnamomum aromaticus - China)
Conhecida desde o Egito antigo e citada na Bíblia, a canela é um dos alimentos antigos mais conhecidos. Foi considerada símbolo da sabedoria na Antiguidade. Entre os séculos XVI e XVIII, sua venda foi disputada por portugueses, holandeses e ingleses. Estes povos ocuparam, sucessivamente, a ilha asiática de Sri Lanka, apontada como berço de origem da planta, junto com Mianmar e Índia.

Os jesuítas foram os responsáveis pela introdução da canela no Brasil, onde as condições de solo favoreceram sua adaptação. A espécie distribui-se desde o sul da Bahia até o Rio Grande do Sul. Possui ampla e expressiva dispersão, porém de forma irregular e descontínua. Ocorre na Serra da Mantiqueira, em Minas Gerais e São Paulo e nas matas de pinhais do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, tanto na Mata Atlântica quando na Floresta de Araucárias.

Exportação de janeiro a julho de 2013:
Canela e flores de caneleira, não trituradas nem em pó: US$ 8.000 e 7 toneladas.
Canela e flores de caneleira, trituradas ou em pó: US$ 4.000 e 1 tonelada.

Noz-moscada
(Myristica fragans)
A moscadeira, árvore dá origem à noz-moscada, é originária das Ilhas Molucas, na Indonésia. Muito usada na Índia, foi introduzida no Ocidente pelos árabes. Logo se tornou uma das especiarias mais caras e procuradas. Hoje, os principais países produtores são: Indonésia, Índia, Nova Guiné, Ceilão, Zanzibar, Trinidad, Tailândia. Já os principais compradores são: Inglaterra, França, Canana, Estados Unidos, Japão, China e Austrália.

Na região sul da Bahia, a cultura ainda é pouca explorada, apesar das amplas possibilidades de ampliação do seu cultivo, tendo em vista a excelente adaptação da planta às nossas condições de clima e de solo.

Exportação de janeiro a julho de 2013:
Noz-moscada, não triturada nem em pó: US$ 3.000. Preço: 13 US$/kg.
Noz-moscada, triturada ou em pó: US$: 1.000. Preço: 88 US$/kg.

Açafrão
(Curcuma longa L.)
É o açafrão (ou cúrcuma) que confere o amarelo vivo e o sabor picante ao curry. Foi trazido da Índia para o mundo através dos percursos dos mercadores árabes ou das caravelas dos portugueses. Tem rendimento muito baixo, porque o pigmento só pode ser extraído dos três finos estigmas e estiletes da for da planta do açafrão. Os egípcios usaram açafrão para pintar múmias e foi o primeiro corante a ser usado em Histologia, em 1714, por Van Leeuwenhoek.

No Brasil, a espécie foi introduzida pelos bandeirantes para marcar trilhas de mineração. Embora a maior região produtora esteja localizada no Centro-Oeste do país, principalmente em Goiás, é na região Norte que o uso do açafrão é mais difundido, sendo utilizado para dar cor amarelada ao arroz e à farinha de mandioca.

Exportação de janeiro a julho de 2013:
Açafrão-da-terra (curcuma): US$ 17.000 e 10 toneladas.

O que eram as especiarias e por que elas eram tão valorizadas?

As especiarias são temperos (condimentos) usados na culinária para proporcionar sabores diferentes nas comidas. Algumas especiarias também eram, e ainda são, utilizadas na fabricação de cosméticos, óleos e medicamentos. As principais são: pimenta, gengibre, cravo, canela, noz moscada, açafrão, e ervas aromáticas.

O que eram especiarias na Idade Moderna?

As especiarias eram diversos produtos de origem vegetal, de aroma ou sabor acentuado, geralmente eram utilizadas na culinária como conservante e aromatizante dos Page 2 alimentos. Na farmácia são utilizadas na preparação de óleos, unguentos e medicamentos. Também é utilizado para fazer perfumes, incensos, etc.

Por que as especiarias eram importantes na Idade Moderna?

O fato de as especiarias serem transportadas do Oriente para a Europa Ocidental por grandes distâncias e através de vários comerciantes intermediários era um dos motivos para os altos preços nos mercados europeus.

Como era o uso de especiarias na Idade Média?

As plantas chamadas de especiarias têm um papel importante não somente na cozinha, mas na história da humanidade. Durante o período da Idade Média, a busca por estas ervas, que chegavam a ter o mesmo valor do ouro, foi responsável também pela criação de uma rota que ligava o oriente ao continente europeu.