Seja diante de uma situação difícil a espera de algum resultado ou alguma situação importante, nossa mente passa a imaginar resultados catastróficos, e então surge a ansiedade.
Tremores, mãos suadas, boca seca, tonturas, desconforto abdominal, falta de ar, coração acelerado: sintomas físicos desencadeados por uma crise de ansiedade.
Para quem sofre de ansiedade, as crises atrapalham no dia a dia. Mas algumas dicas podem ajudar no controle delas.
Dicas para controlar as crises de ansiedade
Durante a crise de ansiedade é natural ficar desorientado. É uma sensação um tanto quanto delicada e que, naquele momento, parece não ter saída. Mas podemos contornar a crise com mais facilidade se tivermos em mente algumas dicas:
1-Exercícios de respiração
Os exercícios de respiração ajudam a recuperar o controle durante uma crise de ansiedade. Respirar profunda e lentamente ajuda a fazer com que os batimentos cardíacos voltem ao normal.
Isso porque durante a crise, o corpo entra em um estado que é conhecido como “luta ou fuga”, por isso o coração acelera e falta o ar.
2-O aqui e agora
Use os seus sentidos para se firmar no lugar em que você está: liste 5 coisas que você pode ver, 4 que pode tocar, 3 que pode ouvir, 2 que pode cheirar e 1 que pode sentir o gosto. Dessa maneira, você entra em contato com a sua realidade e sai do universo que desencadeou a crise de ansiedade.
3-Divida
Exteriorizar, verbalizar, dividir com alguém em quem confiamos o que nos aflige, faz com que consigamos raciocinar melhor, lidar com um pouco mais de facilidade e melhorar a linha de raciocínio.
4-Anote
Tenha um pequeno caderno para anotar o que desencadeia suas crises de ansiedade. Assim que os pensamentos surgirem, anote uma palavra ou frase que identifique o que está passando no momento, não escreva muita coisa, para não tornar a crise de ansiedade ainda maior.
Depois, com calma, você analisa se aquele problema é realmente importante e o que você pode fazer para resolvê-lo.
5-Encare
Se existe um motivo específico para as suas crises de ansiedade, tente encará-lo. Por exemplo, se o seu coração fica disparado só de pensar em falar em público, tente encarar essa situação. Tente falar para um grupo de pessoas, por exemplo, e depois avalie se foi tão ruim quanto a sua mente imaginou que seria.
Ansiedade é um problema sério que precisa de tratamento. Procure um médico, ele irá te orientar sobre o seu caso e encontrar os procedimentos adequados.
Publicidade Publicidade Sentir palpitação ou o coração acelerar tende a provocar um pensamento imediato: “será que é algum problema cardíaco?” Acontece que o aumento da frequência cardíaca pode ser também um sintoma de um episódio de ansiedade, algo que ficou mais comum em meio à pandemia do
coronavírus. Só que diferenciar uma coisa da outra não é tão simples assim. Portanto, não dá para negligenciar essa tremedeira no peito. Muitas vezes, o coração acelerado aparece junto a outros indícios, como sensação de desmaio, tontura, mal-estar e vista escura. Caso ocorra de fato um desmaio,
significa que falta oxigenação no cérebro devido ao mau funcionamento do coração como bomba sanguínea. É preciso buscar ajuda o mais rápido possível, porque há risco de ser grave. “Esse quadro é mais relacionado a taquicardias ventriculares, que atingem as câmaras inferiores do coração”, descreve o médico cardiologista Marcos Valério Coimbra de Resende, diretor da
Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp). Trata-se de um tipo de arritmia cardíaca. Quando se trata de um problema supraventricular, que ocorre nos átrios, parte de cima do órgão, o perigo é menor. “Essa situação costuma ser frequente nos
mais jovens, mas não afeta a estrutura do coração. É mais difícil de ser diagnosticada porque não se consegue documentá-la no pronto-socorro”, esclarece Resende. É que quando a pessoa chega ao atendimento, o ritmo cardíaco já está normal. Então, é preciso investigar com exames, como o
eletrocardiograma, o ecocardiograma e até o holter 24 horas.
“Se a sensação for corriqueira, é preciso fazer o tratamento. Esse tipo de problema cardíaco não mata, mas incomoda, e a incidência é elevada”, relata o médico da Socesp.
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Já os mais velhos correm mais risco de ter umafibrilação atrial. Ela acomete a parte do coração onde se inicia o estímulo do batimento. “Há palpitação junto com tontura e sensação de desmaio. Como acontece mais em idosos, isso pode estar relacionado a outras doenças. Nessa fase da vida, é sempre indicado buscar ajuda imediata”, explica Resende.
Só a investigação minuciosa pode levar ao diagnóstico certeiro. Por isso, os médicos insistem que não se pode ignorar a batedeira no peito. “Se o indivíduo não achar necessário buscar atendimento instantâneo, é importante visitar um cardiologista para apurar o que pode estar provocando a aceleração cardíaca”, alerta o médico da Socesp.
Há muitas encrencas possíveis por trás da palpitação. “Pode ser doença pulmonar obstrutiva crônica, anemia, problemas na tireoide, etc. Tudo isso deve ser avaliado”, aponta Resende.
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Qual a frequência cardíaca normal por minuto?
Em repouso, conte os batimentos por 15 segundos e, depois, multiplique o valor por quatro. Compare o resultado com os parâmetros abaixo:
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- Em adultos, entre 60 a 100 batimentos
- Atletas podem ter a frequência reduzida, até menos de 60
- Crianças apresentam a frequência aumentada, cerca de 120 a 140
- Idosos ficam, em média, entre 50 e 60
Onde entra a ansiedade?
Durante a pandemia, uma porção de gente se viu com medo de sair de casa, preocupado com a saúde dos amigos e familiares, aflito com a manutenção do emprego, entre outas situações angustiantes. Esse combo pode ter ocasionado episódios de ansiedade ou pânico, sendo que uma das manifestações clássicas em tal contexto é justamente a aceleração do coração.
Ainda que tudo leve a crer que o batimento cardíaco aumentou por causa de um estresse exagerado, se um paciente chega ao pronto-socorro com essa queixa, primeiro é preciso descartar distúrbios mais graves cujos sintomas são semelhantes, reforça Luiz Gonzaga Leite, psicólogo e coordenador do Departamento de Psicologia e do Instituto de Oncologia do Hospital Santa Paula.
“Um ataque de pânico pode incluir tontura e sensação de desmaio. Assim, alguns casos são confundidos com um AVC”, conta o psicólogo. Só depois de desconsiderada a possibilidade de uma doença cardiovascular é que a investigação toma outro rumo.
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Cabe ressaltar que há diferença entre esses episódios nervosos e um transtorno em si. “Quando saio na rua e vejo um cachorro bravo, o meu sistema nervoso parassimpático entra em ação: começo a suar, o coração palpita e me preparo para fugir. Em algumas pessoas, esse estado de alerta é perene, com a diferença de que elas não conseguem identificar a origem do medo”, pontua o psicólogo.
É imprescindível buscar auxílio profissional. A partir do diagnóstico correto, o tratamento inclui a psicologia, que ajuda a investigar os gatilhos desse sintoma. Além disso, um psiquiatra definirá a necessidade de medicamentos, enquanto o cardiologista vai monitorar o comportamento do coração.
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E como ajudar alguém durante um ataque de pânico?
Primeiro, pense que o indivíduo pode, de fato, estar sofrendo um evento cardíaco, como infarto. Ao afastar essa possibilidade, esses passos podem ser seguidos:
+ Evite tirar o indivíduo do lugar em que ele se encontra. Sair para caminhar ou dirigir pode ser
perigoso
+ Lembre a pessoa de que a crise é passageira e pode durar de 5 a 20 minutos
+ Incentive-a a fazer inspirações e expirações longas
+ Diante da sensação de morte iminente, é preciso lembrar o sujeito de que o sentimento é momentâneo
+ Levantar as mãos para o alto também costuma dar um resultado positivo
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