O que aconteceu com a Pangeia devido ao movimento da crosta terrestre?

O que aconteceu com a Pangeia devido ao movimento da crosta terrestre?
 USGS/Wikimedia Commons

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Sim. As placas tectônicas, que formam a superfície da Terra e sobre as quais estão os continentes e oceanos, se movem em média 10 centímetros por ano. “Para ter uma ideia, é a mesma velocidade com que nossas unhas crescem”, afirma o geólogo Felipe Antonio Toledo, do Instituto Oceanográfico da USP.

Embora estejam sempre em movimento, as placas se deslocam com velocidades e direções diferentes. Por isso, vivem em constante tensão, o que se manifesta por meio das erupções vulcânicas e dos terremotos. O “motor” do deslocamento é o magma, uma mistura mineral incandescente com consistência de pasta de dente, que corre sob as placas. O que garante que o magma fique em constante movimento é a diferença de temperatura que ele alcança de acordo com a proximidade do centro da Terra. A porção mais próxima do centro aquece-se, sua densidade cai e ela sobe em direção à superfície. Ao mesmo tempo, a porção “fria” desce, formando um ciclo, que se repete há bilhões de anos. Graças a ele, ao longo da história da Terra os continentes se juntaram – formando um megacontinente chamado Pangeia -, se separaram e, de acordo com o que os geólogos já podem supor, estão se juntando novamente.

Dropando nas placas
Os continentes já estiveram ligados e no futuro se juntarão novamente

PANGEIA – 230 milhões de anos atrás
Na década de 1950, os cientistas comprovaram a existência de um supercontinente formado há 230 milhões de anos. Além da semelhança entre as linhas litorâneas, fósseis de plantas idênticas na costa do Brasil e da África e evidências de glaciação no sul da África, Índia e oeste da Austrália deixaram clara a existência do que se batizou de Pangeia

HOJE
Todas as placas tectônicas estão em movimento atualmente, mas cada uma se move com uma velocidade e uma direção. A média de deslocamento é de 10,1 cm/ano, mas em algumas partes da placa Nazca (colada aos Andes), por exemplo, a velocidade chega a 18,3 cm/ano. A placa Dorsal do Sudeste Indiano, em compensação, move-se a 1,3 cm/ano

NOVO SUPERCONTINENTE – DAQUI A 250 MILHÕES DE ANOS
Com base na velocidade e direção com que as placas se movimentam hoje e nas características de cada uma delas, dá para prever que os continentes estão novamente se juntando, mas no sentido oposto ao da Pangeia. Neste processo é provável que algumas placas – como a Nazca (ao lado dos Andes) – sumam, sobrepostas por outra, mais espessa

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O que aconteceu com a Pangeia devido ao movimento da crosta terrestre?

Os continentes continuam se movimentando?

A dança continental não para, não para, não para, não

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O que aconteceu com a Pangeia devido ao movimento da crosta terrestre?

Pangeia é o nome do supercontinente em que todos os continentes da Terra estavam aglutinados há milhões de anos. No começo do século XX, o geofísico Alfred Wegener propôs a chamada Teoria da Deriva Continental, cujo foco está na separação dos continentes. Continue lendo para entender o que ocasionou essa grande separação.

Pangeia: entenda o que ocasionou a separação dos continentes

A seguir explicaremos como a Pangeia, o supercontinente, se desmembrou nos continentes que conhecemos atualmente.

Placas tectônicas

A superfície do planeta (crosta) é constituída por diversas peças que se encaixam como um quebra-cabeça, essas peças são chamadas de placas tectônicas. Os continentes são as partes das placas que ficam acima do nível do oceano.

As placas tectônicas estão em movimento constante, uma vez que estão situadas sobre a astenosfera terrestre, região que fica abaixo das placas e que é formada por rochas em temperaturas elevadas. Essas rochas se encontram em estado líquido devido às temperaturas e isso faz com que as placas se movam como se estivessem “escorregando”.

Por que os continentes se separaram?

Em 1912, o geofísico Alfred Wegener propôs a chamada teoria da deriva continental, que também foi chamada de teoria da separação dos continentes. Basicamente, essa teoria diz que as placas tectônicas não só estão em movimento constante, como já estiveram unidas com os continentes aglutinados em um supercontinente chamado Pangeia.

Esse supercontinente existiu antes da atual configuração do nosso planeta. Os continentes se separaram em decorrência da movimentação das placas tectônicas que se afastaram umas das outras devido à deriva continental.

Inicialmente, a Pangeia se separou em dois grandes continentes chamados de Gondwana e Norte Laurásia. A separação começou durante o período Triássico, entre os anos de 250 e 200 milhões de anos atrás. Ocorreu próximo ao surgimento dos dinossauros.

Evidências da separação dos continentes

Confira a seguir algumas evidências da separação dos continentes.

Fósseis

Uma das principais evidências da existência da Pangeia e posterior separação dos continentes é o fato de existir fósseis das mesmas espécies de fauna e flora em lugares da costa oeste africanae costa leste sul-americana.

Estratificação de rochas

Há ainda as mesmas estratificações de rochas em continentes distintos, ou seja, existe a mesma sequência de rochas no solo, algo específico de cada local. Essas estratificações podem ser observadas tanto na Europa Ocidental como na costa Atlântica do Canadá e dos Estados Unidos.

Wegener usou essas evidências para propor a sua teoria de deriva continental. A teoria foi confirmada algumas décadas depois com base no trabalho de outros cientistas que chegaram aos mesmos resultados. Inclusive, esses resultados tornaram evidente a existência das placas tectônicas.

O que aconteceu depois da separação da Pangeia?

Inicialmente, o continente Pangeia se subdividiu em Laurásia e Gondwana. Os dois grandes blocos continuaram o processo de divisão e afastamento até chegarmos à configuração que conhecemos atualmente. Originaram-se da Gondwana os continentes da África, Austrália, Antártica e América do Sul. Basicamente, os continentes que ficam no hemisfério sul.

A Laurásia, por sua vez, deu origem aos continentes do hemisfério norte, a América do Norte e a Eurásia (Europa + Ásia). Contudo, existe uma exceção, o subcontinente indiano. O território que hoje conhecemos como Índia era parte da Gondwana e ficou entre os blocos que hoje formam a África e a Antártica.

Na separação, esse pedaço foi conduzido, devido às forças da deriva continental, ao Norte, na direção do continente asiático. A Índia acabou se chocando com a Ásia e isso fez com que as placas tectônicas sofressem colisões violentas. Esses choques levaram à deformação das placas e deu origem a uma enorme cadeia montanhosa e que é a mais alta do planeta: o Himalaia.

Qual foi o impacto da separação da Pangeia na vida na Terra?

Os continentes se separaram lentamente, algo que podemos comprovar através de observação atual. O movimento constante dos continentes continua a existir, mas o mapa do planeta não muda de um momento para o outro.

No período de um ano, um continente se desloca apenas alguns centímetros. Logo, é necessário milhões de anos para que a configuração dos continentes seja alterada drasticamente.

Então, é fácil compreender que demorou muito para que se tornasse inviável a passagem da Laurásia até a Gondwana. Por esse motivo, nos primeiros milhões de anos após o começo da separação, ainda existiam ecossistemas em ambos os continentes. Em outras palavras, os continentes tinham um conjunto de seres vivos com relação entre si que gerava um equilíbrio ecológico e que influenciava na evolução.

Podemos exemplificar através dos dinossauros, os animais dominantes desse período. Eram comuns em toda a Pangeia dinossauros como os saurópodes (os “pescoçudos), estogossauros (menores que os saurópodes e também herbívoros) e carnívoros de pequeno porte. Há 145 milhões de anos, quando os continentes se separaram efetivamente, não existia mais deslocamento de dinossauros entre os ambientes.

A partir desse momento, os dinossauros, outros animais e também as plantas, começaram a mudar. Espécies novas surgiram tanto no Norte quanto no Sul, com diferenças significativas entre si.

Na porção sul, os cacarodontossauros se desenvolveram até chegar a tamanhos gigantescos devido às condições favoráveis do ambiente. Inclusive, acredita-se que foi na América do Sul que viveu o maior animal do planeta: o Argentinosaurus.

Na porção norte, os cacarodontossauros não encontraram condições tão favoráveis e sua população passou a diminuir. Isso permitiu que dinossauros carnívoros menores se desenvolvessem e evoluíssem para se tornar os tiranossauros. Naturalmente, as espécies tomaram rumos evolutivos distintos devido às diferenças que desenvolveram ao longo do tempo.

Gostou de saber mais sobre a separação da Pangeia? Navegue pelo blog Hexag para conferir mais conteúdos como este!

O que aconteceu com a Pangeia?

O Pangeia começou a fraturar-se, primeiro se dividiu em dois grandes continentes, Laurásia e Gondwana. Entre os dois, formou-se um mar relativamente raso: o Mar de Tétis. Laurásia e Gondwana continuaram então a fraturar-se ao longo dos tempos, dando origem aos atuais continentes.

O que provocou a separação da Pangeia?

De acordo com essa teoria, em determinada época, há centenas de milhões de anos, todos os continentes formavam um só bloco, a Pangeia (do grego, pan = toda e geo = terra). Ao longo de milhões de anos, com o movimento das placas tectônicas, a Pangeia dividiu-se inicialmente em duas partes: Gondwana e Laurásia.

O que foi a Pangeia e como se formou?

A “Pangeia” (do grego Pan “todo”, e Gea ou Geia, “terra”) que significa “Toda a Terra”, foi uma colossal massa sólida que formava um único continente, o qual era cercado por um único oceano, o Pantalassa.