O que a aula de Educação Física pode promover no desenvolvimento de um aluno?

	Import�ncia da Educa��o F�sica escolar, na visao de professores da rede p�blica de Santa Maria	Índice Show O que a Educação Física ajuda a desenvolver no aluno? Quais são os maiores benefícios da Educação Física para os alunos? O que a aula de Educação Física pode promover e melhorar na saúde? O que é Educação Física promove?
	*Professora de Educa��o F�sica da ULBRA/SM Especialista em Pesquisa: Aprendizagem Motora pela UFSM Mestre em Ci�ncia do Movimento Humano: Desenvolvimento Humano pela UFSM Doutora em Psicologia pelo Programa de P�s-Gradua��o em Psicologia da PUCRS **Aluna do Curso de Educa��o F�sica da ULBRA/SM. Volunt�ria de Inicia��o Cient�fica	Maria Cristina Chimelo Paim* Sabrina Lencina Bonorino** (Brasil)

          O objetivo deste estudo foi verificar qual � vis�o que os professores de Educa��o F�sica da rede p�blica de Santa Maria t�m sobre a import�ncia da Educa��o F�sica Escolar. Fizeram parte da amostra 24 professores de Educa��o F�sica de 10 escolas da rede p�blica de Santa Maria, Rio Grande do Sul. Como instrumento de coleta, utilizou-se um question�rio com quest�es abertas e fechadas, na qual as perguntas versaram sobre o tema Educa��o F�sica Escolar. O question�rio foi respondido individualmente, e entregue no mesmo dia para a pesquisadora. Utilizou-se a an�lise de conte�do. A compila��o dos resultados permitiu inferir que os professores de Educa��o F�sica, sujeitos da pesquisa, percebe a Educa��o F�sica como um componente curricular rico em conte�dos e possibilidades espec�ficas de movimento, fundamental para o desenvolvimento dos alunos e v� no planejamento das aulas Educa��o F�sica a possibilidade de desenvolvimento de capacidades e compet�ncias nos alunos.

          This study aimed to find out what the vision and the importance that teachers of the public Santa Maria is on the Fitness School. Were part of the sample 24 teachers of Physical Education, 10 public schools in Santa Maria, Rio Grande do Sul As a tool to collect, used a questionnaire with open and closed questions, in which the questions relate to the topic Fitness School. The questionnaire was answered individually, and delivered the same day for the researcher. For data analysis used the analysis of content. The analysis shows that teachers of Physical Education, research subjects, see the Physical Education curriculum as a component rich in content and scope of specific movement is vital to the development of students and sees the planning of the possibility Fitness classes capacity building and skills in students

 

http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - A�o 13 - N� 130 - Marzo de 2009

    A Educa��o F�sica � uma �rea do conhecimento que trabalha com o corpo e o movimento como parte da cultura humana. Nessa perspectiva cultural na qual a Educa��o F�sica escolar est� inserida, n�o se deve associar seus benef�cios apenas a quest�es fisiol�gicas dos seres humanos, mas tamb�m ao seu autoconhecimento corporal, melhora na auto-estima, no auto-conceito, entre outros. A Educa��o F�sica favorece aos alunos a compreens�o de seu pr�prio corpo e de suas possibilidades, conhecendo e experimentando um n�mero diversificado de atividades corporais para que os alunos futuramente possam escolher a atividade mais conveniente e prazerosa para auxiliar no seu desenvolvimento pessoal e na melhoria de sua qualidade de vida ao longo de suas vidas.

    O movimento � uma importante dimens�o do desenvolvimento e da cultura humana. Antes mesmo de nascer o ser humano se movimenta e devido as suas experi�ncias e influ�ncias do meio, adquire maior controle sobre seu pr�prio corpo e dessa forma vai se apropriando cada vez mais das possibilidades de intera��o com o mundo.

    De acordo com PAIM, (2007):

    �Ao movimentarem-se, as crian�as expressam sentimentos, emo��es e pensamento, ampliando as possibilidades do uso significativo de gestos e posturas corporais. O movimento humano, portanto, � mais do que um simples deslocamento do corpo no espa�o: constitui-se em uma linguagem que permite �s crian�as agirem sobre o meio f�sico e atuarem sobre o ambiente humano, mobilizando as pessoas por meio de seu teor expressivo. Trabalhar com movimento contempla a multiplicidade de fun��es e manifesta��es do ato motor.�

    Dentre as produ��es da cultura vivenciadas pelo corpo humano ao longo de sua exist�ncia, algumas foram incorporadas pela Educa��o F�sica em seus conte�dos, como: o jogo, o esporte, a dan�a, a gin�stica, a luta entre outras. Que apresenta em comum a representa��o corporal, com caracter�sticas l�dicas, de diversas culturas humanas; todos esses fatores favorecem o fortalecimento da cultura corporal humana.

    J� no que diz respeito �s habilidades motoras na Educa��o F�sica, acrescenta-se que: �O trabalho as habilidades motoras e capacidades f�sicas deve estar contextualizado em situa��es significativas e n�o deve ser transformados em exerc�cios mec�nicos e automatizados (PCN, 1997, p.62)�. Durante as aulas de Educa��o F�sica, o processo de ensino e aprendizagem deve dar oportunidade aos envolvidos para que fa�am a utiliza��o de sua motricidade enquanto a��o intencional, que � extremamente necess�ria e significativa durante a constru��o de conhecimento e � proporcionada pela integra��o sujeito-objeto.

    As aulas devem proporcionar ao aluno a aprendizagem por meio da abstra��o reflexiva, ou seja, deve-se dar a ele a oportunidade para ira al�m da intelig�ncia pr�tica sobre e por meio desse conte�do, considerando-o como um conhecimento socialmente constru�do e historicamente contextualizado. Pois, para que os objetivos das aulas sejam alcan�ados � necess�rio que as crian�as sejam desafiadas a solucionar problemas ou enfrentar situa��es que necessitem de formas de pensar diferentes daquelas usadas at� ent�o. Uma aprendizagem significativa exige, al�m da interlocu��o e da experimenta��o do movimento do corpo no espa�o e da utiliza��o das estruturas mentais para relacionar os est�mulos recebidos formando conceitos claros. Assim sendo, para Delore (2000), desde a inf�ncia o ser humano precisa saber e adquirir o aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver juntos e aprender a ser.

    Atualmente, a �rea da Educa��o F�sica evoluiu de tal forma que abrange m�ltiplos conhecimentos produzidos e usufru�dos pela sociedade em geral relacionados ao corpo e do movimento. Entre eles, se consideram fundamentais as atividades culturais de movimento com finalidades de lazer, express�o de sentimentos, afetos e emo��es, e ainda com possibilidades de manuten��o, promo��o e recupera��o da sa�de. Kunz (2001), tamb�m acredita que a Educa��o F�sica deve desenvolver a Fun��o Social e Pol�tica, e afirma que ela � inerente a toda a sua a��o pedag�gica, e que atrav�s dessa a��o, sua especificidade pr�tica poder� ser transformada em tarefas pedag�gicas desej�veis.

    De acordo com Santin (1995), �Ningu�m duvida de que o desenvolvimento humano consiste na realiza��o e aperfei�oamento de todas as capacidades do se humano (p.14)�, assim sendo, os professores de Educa��o F�sica devem motivar e incentivar os praticantes a descobrir seus limites e capacidades, a fim de que o potencial de cada aluno seja revelado e valorizado. Em face dessas reflex�es o presente artigo tem como objetivo, verificar qual � vis�o que os professores de Educa��o F�sica da rede p�blica de Santa Maria t�m sobre a import�ncia da Educa��o F�sica Escolar.

    Este trabalho encontra-se ancorado na abordagem de pesquisa qualitativa. Conforme Demo (2000), a pesquisa qualitativa deseja fazer jus � complexidade da realidade. A abordagem qualitativa requer que os investigadores desenvolvam empatia para com as pessoas que fazem parte do estudo e que fa�am esfor�os concertados para compreender os seus v�rios pontos de vista (BOGDAN e BIKLEN, 1994).

    Bogdan e Biklen (1994), afirmam que, �a abordagem qualitativa � utilizada de forma a ajudar a clarificar perspectivas conflituosas acerca da educa��o e a estimul�-los a questionar suas hip�teses...� seguimos esta metodologia principalmente por acreditarmos que atrav�s dela poderemos nos tornar mais conscientes, pois, somos motivados a criticar e analisar com consist�ncia e assim explorar mais profundamente as circunst�ncias a serem estudadas.

    Fizeram parte da amostra de nosso estudo 24 professores de Educa��o F�sica de 10 escolas da rede p�blica de Santa Maria, Rio Grande do Sul. Como instrumento de coleta, utilizou-se um question�rio com quest�es abertas e fechadas, na qual as perguntas versaram sobre o tema Educa��o F�sica Escolar. O question�rio foi respondido individualmente, e entregue no mesmo dia para a pesquisadora. Para a an�lise dos dados utilizou-se a an�lise de conte�do.

    O objetivo desse estudo foi verificar qual � vis�o que os professores de Educa��o F�sica da rede p�blica de Santa Maria t�m sobre a import�ncia da Educa��o F�sica Escolar. Os dados foram organizados em categorias, de maneira a responder os objetivos do estudo, s�o elas: 1) Entendimento de Educa��o F�sica Escolar; 2) O que compete a Educa��o F�sica escolar ensinar; 3) A import�ncia do Planejamento escolar

    Os professores colaboradores da pesquisa ao serem questionados sobre qual o entendimento de Educa��o F�sica escolar, revelaram diferentes pontos de vista, e conceituaram-na, de maneira geral, como:

    �� uma disciplina que leva o aluno ao conhecimento do seu pr�prio corpo, das suas possibilidades e limita��es. A Educa��o F�sica escolar desperta o vigor f�sico, a capacidade psico-motora e influencia numa vida sadia �s crian�as

.� (Di�rio de campo, Santa Maria, julho de 2008. Professor A/I)

    �Todos n�s sabemos da import�ncia de fazer uma atividade f�sica e de se manter ativo. Em minha opini�o � a disciplina mais importante desenvolvida na escola, porque trabalha o aluno como um todo.�

(Di�rio de campo, Santa Maria, julho de 2008. Professor J/II)

    Os PCNs (1997) afirmam que:

    � por suas origens militares e m�dicas e por seu atrelamento quase servil aos mecanismos de manuten��o do status quo vigente na hist�ria brasileira, tanto a pr�tica como a reflex�o te�rica no campo da Educa��o F�sica restringiram os conceitos de corpo e movimento � fundamentos de seu trabalho � aos seus aspectos fisiol�gicos e t�cnicos.�

    Com isso, percebe-se que, a opini�o do professor A/I n�o se encontra de toda forma errada, e sim um pouco desatualizada; pois atualmente, a Educa��o F�sica corre em busca pela sua supera��o e valoriza��o, atrav�s da concep��o que a remete a diferentes dimens�es como: a cultural, a social, a pol�tica e a afetiva, porque acima de tudo, ela trabalha com seres humanos que durante todo seu ciclo vital se movimentam e agem como sujeitos e cidad�os, interagindo e modificando o contexto social ao qual est�o inseridos. Percebe-se que a vis�o do professor se deve ao fato de ter sofrido influ�ncias de uma Educa��o F�sica tecnicista, pois j� est� na escola h� mais de 25 anos. O modelo tecnicista tem como objetivo principal a busca da aptid�o f�sica e desportiva. Saviani (2005) diz que, �temem a compet�ncia t�cnica aqueles que, encontram-se ainda sob a influ�ncia dominante das teorias educacionais que convencionei chamar de �cr�tico-reprodutivistas.� Concordamos com Saviani, porque entendemos que � o m�nimo que um professor de Educa��o F�sica deve ensinar, mas, desde que o professor n�o ensine e cobre apenas a compet�ncia t�cnica, mas que essa compet�ncia t�cnica venha acompanhada de coopera��o, toler�ncia, supera��o de limites, crescimento pessoal, entre outros.

    A Educa��o F�sica evolui com a hist�ria, acompanhou as mais diversas situa��es hist�ricas, surgiu nos prim�rdios, onde o Ser Humano usava suas habilidades motoras para se locomover, alimentar e sobreviver. Com os Gregos na antiguidade, incorporou-se o desenvolvimento f�sico e moral; j� os romanos, pouco se dedicavam a moral e a cultura intelectual, preocupavam-se mais com o desenvolvimento das massas musculares. J� na idade m�dia, os exerc�cios f�sicos eram considerados como maneiras b�rbaras de manifesta��es influenciadas pelas ordens da cavalaria.

    Atualmente a Educa��o F�sica de acordo com Saviani (2005), serve para auxiliar e instaurar na escola saberes cient�ficos, t�cnicos, est�ticos, dentre outros, e assim revelar algo de diferente na vida dos envolvidos e da sociedade, na qual o ponto de partida da pr�tica enquanto educa��o � revelar algumas situa��es de equil�brio da hierarquia educacional, onde se revela importante n�o apenas o professor como formador de id�ias, mas sim o professor � aluno � escola - sociedade respons�vel pela constru��o do conhecimento comum.

    De acordo com os resultados verifica-se que os professores demonstraram, atrav�s de suas falas que percebem a Educa��o F�sica como um componente curricular rico em conte�dos e possibilidades espec�ficas de movimento. A escola � parte integrante da vida de cada um, � poss�vel afirmar que na escola nada deve ser isolado, principalmente na Educa��o F�sica, onde o corpo n�o � apenas um corpo isolado, onde podemos fazer dele, enquanto professores, �o que bem entendemos�, e sim, compete a Educa��o F�sica compreend�-lo na sua ess�ncia para assim proporcionar o movimentar-se e estimular a forma��o bio-psico-social de cada aluno. Assim pode-se perceber em algumas falas que:

    �A pr�tica de atividade f�sica oportuniza ao educando assimilar os momentos de competi��o como forma de crescimento pessoal e melhora da auto-estima, bem como valorizar a coopera��o e construir e reconhecer regras que remetem a valores e no��es de sociabilidade. Enfim, tornar-se um ser atuante na sociedade.�

(Di�rio de campo, Santa Maria, julho de 2008. Professor G/II)

    �Educa��o F�sica � importante porque atrav�s dos diferentes conte�dos, como, exerc�cios formativos, jogos, esportes, gin�sticas, entre outros apoiando-se em bases cient�ficas, biol�gicas, pedag�gicas e psicol�gicas, desenvolve e forma o indiv�duo f�sico, mental e espiritualmente sadios.� (Di�rio de campo, Santa Maria, julho de 2008. Professor D/III)

    Atrav�s de tais opini�es percebe-se que a Educa��o F�sica escolar tanto para os professores entrevistados, quanto para os pesquisadores e autores como Voser e Giusti (2002), al�m de desenvolver os aspectos f�sicos e disciplinares, pode promover a autoconfian�a atrav�s de suas pr�ticas delegadas nos Par�metros Curriculares Nacionais e dessa maneira tamb�m auxilia a expandir os conhecimentos motores, a valorizar a cultura, o movimento e a integra��o com seus companheiros de grupo.

    Lembrando as palavras de Shugunov Neto e Maciel, (2002), que afirmam que: �ser professor� passa a abranger outras virtudes muitos mais exigentes do que apenas dar aula. Precisa desaparecer, desde logo, toda a t�tica de encurtamento, abrevia��o, banaliza��o, porque forma��o � fen�meno que acarreta certa plenitude, implicando de mais tessituras t�cnicas, pol�ticas e �ticas. Ou seja, os professores n�o devem se considerar apenas transmissores de conhecimento e sim formadores de opini�es, assim sendo, o professor deve tomar o m�ximo de cuidado para que atrav�s de suas aulas ele possa usar de maneira representativa e significativa a valoriza��o individual e do coletivo, transmitindo valores aliados aos conhecimentos t�cnicos e t�ticos possibilitados atrav�s da pr�tica da Educa��o F�sica Escolar.

    Conforme Arroyo (2000), �Em outras inst�ncias e experi�ncias de nossas vidas outras imagens se acrescentam e com todos esses aprendizados, por sua vez resistindo a eles, fomos construindo nossa identidade pessoal e profissional.� Ou seja, deve-se ser considerado que para a constru��o de nosso conhecimento sofremos influ�ncias das mais distintas �reas e possibilidades, e a Educa��o F�sica Escolar tem como principal fun��o auxiliar na forma��o bio-psico-social de todos aqueles que estiverem envolvidos na rela��o ensino-aprendizagem; mais precisamente os alunos, que � atrav�s da escola que pode ser possibilitada as mais diversas informa��es e rela��es sociais.

    J� Voser e Giusti (2002), acreditam que atualmente a globaliza��o mundial e a evolu��o da tecnologia proporcionam um aprendizado r�pido e din�mico; por�m � imprescind�vel cuidar do aspecto f�sico, ps�quico e social, mesmo que trabalhado de maneira l�dica, quer por meio da pr�tica de algum esporte ou outro tipo de atividade f�sica.

    N�o podemos esquecer que, embora estes professores entrevistados pensem desta forma a realidade atual da Educa��o F�sica nas escolas n�o � homog�nea, pois atrav�s deste estudo constatou-se um grande descaso vindo dos entrevistados, no qual, 30% dos entrevistados n�o responderam ao questionamento, muitos destes se mostraram desmotivados com o sal�rio, desatualizados, com pouco recurso f�sico e material e mesmo com toda a argumenta��o da import�ncia de sua opini�o acabaram n�o contribuindo com a pesquisa. Arroyo (2000), afirma que � muito mais f�cil jogar a responsabilidade para o capitalismo, o neoliberalismo, do que assumir a responsabilidade que toca ao professor.

    J� os autores Campagna e Shwartz (2007) dizem que, �a reflex�o que o profissional faz sobre si e sobre seu estar no mundo n�o se dissocia de sua a��o sobre o mundo e, sendo assim, esta indissociabilidade a��o-reflex�o traz para o foco, complexas e abrangentes quest�es relacionadas ao papel mediador que deve balizar sua pr�xis na perspectiva aludida. A compet�ncia � uma destas quest�es que vem a desafi�-lo.� Ou seja, n�o se deve deixar que as situa��es externas como baixos sal�rios, falta de material, entre outros abalem suas bases, pois se isso acontecer todos os envolvidos ser�o atingidos; neste caso, os alunos seriam os mais prejudicados, pois dependendo da pr�xis pedag�gica do professor, esta pr�tica pode influenciar negativamente o envolvimento dos alunos na Educa��o F�sica escolar, a motiva��o para a pr�tica, a constru��o da autoconfian�a e auto-estima dos alunos, entre outros.

    De acordo com os resultados verifica-se que os professores demonstraram, atrav�s de suas falas que v�em no planejamento das aulas Educa��o F�sica a possibilidade de desenvolvimento de capacidades e compet�ncias nos alunos. Como pode ser visto na fala do professor:

    �Infelizmente, alguns professores ainda desperdi�am o tempo de aula dando uma bola aos alunos para que eles joguem futebol, v�lei, enfim, ou o que acharem melhor. H� muitos profissionais que n�o se preocupam em motivar os alunos. N�o planejam as aulas e n�o tem um objetivo ou finalidade pr�-determinada da aula. A Educa��o F�sica n�o se resume em correr, brincar, jogar bola. Fazer gin�stica... A Educa��o F�sica deve sim, integrar o aluno na cultura corporal de movimento, mas de uma forma completa, transmitir conhecimentos sobre a sa�de, sobre v�rias modalidades do mundo dos esportes, adaptando o conte�do das aulas a individualidade de cada aluno e a fase de desenvolvimento em que estes se encontram. � uma oportunidade de desenvolver as potencialidades de cada um, nunca de forma seletiva e sim, incluindo todos os alunos no programa.�

    Atrav�s dessa fala percebe-se que os professores pensam que tanto o planejamento das aulas, quanto a educa��o continuada do professor s�o fatores que andam juntos e causam grande influ�ncia na pr�xis pedag�gica de cada professor, pois o curso de Educa��o F�sica exige intensa atualiza��o, pois � um curso que acompanha as tend�ncias pol�ticas, culturais e sociais que por vezes costumam ser altamente inconstantes, por variarem de acordo com o avan�o da sociedade envolvida.

    O planejamento, � um ato no qual o professor deveria tornar evidente a import�ncia da opini�o dos alunos no desenvolvimento, por exemplo da aula de Educa��o F�sica para que a ades�o futura a atividade f�sica seja maior e com mais consci�ncia, e dessa maneira ele n�o apenas imponha sua opini�o e sim auxilie na forma��o de seres cr�ticos e reflexivos.

    De acordo com Lib�neo (1992, 9.221):

    �... Planejamento Escolar � o planejamento global da escola, envolvendo o processo de reflex�o, de decis�es sobre organiza��o, o funcionamento e a proposta pedag�gica da institui��o. �� um processo de racionaliza��o organiza��o e coordena��o da a��o docente, articulando a atividade escolar e a problem�tica do contexto social.�

    Conforme salientou Lunardi (2005) o planejamento � assumir uma atitude s�ria, ter clareza e principalmente sabermos definir a diferen�a entre a multidisciplinaridade, interdisciplinaridade e transdisciplinaridade. Planejamento escolar consiste numa atividade de previs�o da a��o a ser realizada, implicando defini��o da necessidade de atender objetivos a atingir dentro das possibilidades, procedimentos e recursos a serem empregados, como tempo de execu��o e formas de avalia��o.

    Kunz (1999) citando os PCNs, diz que deve ser evidente a responsabilidade e consci�ncia, por parte dos professores de Educa��o F�sica, quanto ao estabelecimento dos objetivos para o trabalho com essa disciplina e para a prioriza��o de m�todos de ensino visando contempl�-los. J� para Lib�neo (1992) o planejamento Escolar � a melhor maneira de definir as melhores possibilidades para alcan�ar os objetivos; e nele deve envolver o processo de reflex�o, avalia��o, organiza��o do funcionamento e a proposta da institui��o.

    Com o aux�lio do planejamento escolar e de suas informa��es cont�nuas os professores podem compreender as diferentes formas, pontos de vista e linhas da comunica��o existentes no universo, interagindo e desenvolvendo a auto-express�o e a socializa��o sob o ponto de vista cr�tico e reflexivo, desafiando assim os processos de cria��o e viv�ncias, tendo como ponto de partida a realidade social e o comprometimento intelectual com o novo permanente, com sensibilidade e criatividade; e assim poder sensibilizar o educando para a import�ncia da atividade f�sica como meio de oportunizar uma melhor qualidade de vida. Ampliar a vis�o sobre a cultura corporal de movimento que viabiliza a autonomia para o desenvolvimento de uma pr�tica pessoal e a capacidade para interferir na comunidade, seja na manuten��o ou na constru��o de espa�os de participa��o em atividades culturais, ou com a finalidade de lazer, express�o de sentimentos, afetos e emo��es, e ainda possibilitar a promo��o, recupera��o e manuten��o da sa�de.

    O presente estudo teve como objetivo verificar qual � vis�o que os professores de Educa��o F�sica da rede p�blica de Santa Maria t�m sobre a import�ncia da Educa��o F�sica Escolar. Atrav�s da an�lise dos resultados pode-se inferir que:

    Os professores de Educa��o F�sica, sujeitos da pesquisa, percebem a Educa��o F�sica como um componente curricular rico em conte�dos e possibilidades espec�ficas de movimento, fundamental para o desenvolvimento dos alunos e v� no planejamento das aulas Educa��o F�sica a possibilidade de desenvolvimento de capacidades e compet�ncias nos alunos.

    Atualmente n�o podemos negar que ainda � grande a marginaliza��o da disciplina de Educa��o F�sica nas escolas, por vezes at� mesmo dentre os seus profissionais, que n�o conseguem ver a plenitude de conte�dos e viv�ncias de movimentos que pode ser desenvolvida atrav�s da Educa��o F�sica escolar, e essa realidade deve ser mudada.

    Atrav�s deste estudo constatou-se que a vis�o dos professores sobre a Educa��o F�sica e a sua import�ncia no contexto escolar � de suma import�ncia para tra�armos estrat�gias de ensino que venha colaborar para a melhoria da qualidade das aulas de Educa��o F�sica na rede p�blica de ensino. Percebe-se que embora tenha havido descaso de alguns entrevistados e opini�es bem diferenciadas n�o encontramos professores com vis�o err�nea do que seria a Educa��o F�sica escolar e sua import�ncia, e sim p�de ser conclu�do que alguns estavam apenas desatualizados sobre a nova concep��o de educa��o integral e de qualidade.

    O professor de Educa��o F�sica deve ter sua responsabilidade social pautada na �tica, para dessa maneira assumir o seu papel de co-respons�vel pela qualidade da educa��o brasileira e da valoriza��o de uma �rea que ainda hoje encontra-se desvalorizada que � a Educa��o F�sica escolar. Atrav�s de sua atua��o, o professor, pode reiterar a relev�ncia do papel da Educa��o F�sica na escola e atender a seu compromisso de maneira sublime e com qualidade, afirmando seu valor como educador/educando.

    A Educa��o F�sica escolar � uma das mais eficientes formas para promover o ensino-aprendizagem de maneira completa, complexa e l�dica, al�m de ser capaz de atrav�s do pr�prio movimento, colocar em evid�ncia as diferen�as culturais, corporais e sociais da popula��o envolvida.

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