Nome de cinco atletas brasileiros que foram destaques nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2023

O objetivo da bocha é lançar bolas coloridas (vermelhas ou azuis) em direção a uma branca, idêntica em tamanho e peso (280 gramas), de nome jack, em uma quadra de 12,5 metros de comprimento por seis metros de largura. O atleta que deixar a esfera mais próxima da branca ao final da rodada soma um ponto, aumentando a pontuação a cada outra bola que estiver mais perto da jack que as do adversário.

As disputas individuais e em pares têm quatro rodadas. Na competição por equipes, são seis. Cada lado (atleta, par ou equipe) lança seis bolas por rodada. Vence quem faz mais pontos ao longo da partida.

A bocha é mista, ou seja, homens e mulheres não são divididos por gênero. A separação se dá por classes, conforme a deficiência físico-motora. As três primeiras são para competidores com paralisia cerebral. A BC1 reúne atletas que jogam com mãos ou pés, podendo ter um auxiliar que lhes entregue as bolas, diferente da BC2, em que não é permitida ajuda.

 

 

 

 

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Na BC3 estão aqueles de maior comprometimento, que utilizam o apoio de uma calha para direcionarem as esferas e de um auxiliar sem deficiência (calheiro). Para lançar as bolas por meio da calha, os jogadores podem usar instrumentos específicos, como uma agulha acoplada a um capacete. A quarta classe é a BC4, onde competem os atletas com quadros severos de origem não cerebral, como lesionados medulares. Assim como na BC2, eles não recebem auxílio.

As primeiras medalhas paralímpicas do Brasil na bocha vieram nos Jogos de Pequim (China), em 2008. Maior nome do país na modalidade, Dirceu José Pinto, que faleceu no ano passado, foi o protagonista, com dois ouros, sendo um no individual e um nos pares, ao lado de Eliseu dos Santos (bronze no individual), ambos na classe BC4. Quatro anos depois, em Londres (Inglaterra), os brasileiros conquistaram três ouros e um bronze. Dirceu e Eliseu repetiram o desempenho de Pequim, enquanto Maciel Sousa foi o campeão da classe BC2.

Na Paralimpíada do Rio de Janeiro, a bocha brasileira foi duas vezes ao pódio, ambas nos torneios por equipes. Na classe BC4, Dirceu, Eliseu e Marcelo dos Santos foram medalhistas de prata. Na BC3, Evelyn Oliveira, Evani Calado e Antônio Leme, o Tó, levaram o ouro em uma final marcada pela celebração entre Tó e Fernando Leme, irmão e calheiro do atleta, que se abraçaram, emocionados, no chão da Arena Carioca 2.

Ouro no Rio 2016 e porta-bandeira em Tóquio, @Evelyn7Oliveira almeja bicampeonato na bocha: https://t.co/xdRHERBwXG pic.twitter.com/OnMx8l1Lfq

— Comitê Paralímpico Brasileiro -ブラジルパラリンピック委員会 (@cpboficial) August 18, 2021

Em Tóquio, o Brasil terá 11 atletas, um recorde do país na modalidade. Guilherme Moraes, Andreza de Oliveira e José Carlos Chagas serão os competidores na classe BC1. Além do campeão paralímpico Maciel, o país será representado na BC2 por Natalí Faria. Evelyn e Evani, dupla de ouro na Rio 2016, terão a companhia de Mateus Carvalho na BC3. Por fim, na BC4, Ercileide da Silva será a novidade ao lado dos medalhistas Eliseu e Marcelo.

A bocha será disputada no Centro de Ginástica de Ariake, a partir de 9h30 (horário local) do próximo dia 28 de agosto (21h30 do dia 27, pelo horário de Brasília). Os torneios seguem até 4 de setembro, penúltimo dia da Paralimpíada.

Isto pode ser dito porque o atletismo é a modalidade que conta com o maior número de representantes do país, 65 nas provas de pista e campo e mais 19 atletas-guias. Além disso, é nele que o Brasil faturou o maior número de medalhas em edições de Jogos Paralímpicos, o total de 142 (40 ouros, 61 pratas e 41 bronzes).

 

 

 

 

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Outro motivo para encher a torcida brasileira de esperança foi a campanha dos atletas brasileiros no último mundial da modalidade, em 2019 em Dubai (Emirados Árabes Unidos). O Brasil ficou no segundo lugar no quadro-geral de medalhas, a melhor campanha da história do país na competição, com 39 conquistas (14 ouros, nove pratas e 16 bronzes).

Classificações

Nos Jogos Paralímpicos, o atletismo tem provas de corrida, saltos, lançamentos e arremessos. Elas são disputadas por atletas com deficiência física, visual ou intelectual.

Para os atletas com deficiência visual, as regras de utilização de atletas-guia e de apoio variam de acordo com a classe. Eles são obrigatórios para atletas da classe T11 (cego), opcional para a classe T12 (baixa visão) e não permitido para os competidores da classe T13.

Atletas que participam das provas de pista (velocidade, meio fundo, fundo e saltos) e de rua (maratona) são classificados com a letra T (de track). Classes T11 a T13 são para deficiências visuais, T20 para deficiências intelectuais, T31 a T38 para paralisados cerebrais (sendo 31 a 34 para cadeirantes e 35 a 38 para andantes), T40 e T41 para baixa estatura, T42 a T44 para deficiência nos membros inferiores sem a utilização de prótese, T45 a T47 para deficiência nos membros superiores, T51 a T54 para os que competem em cadeiras de rodas, T61 a T64 para amputados de membros inferiores com prótese e RR1 a RR3 para deficiência grave de coordenação motora.

 

 

 

 

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Já os que disputam provas de campo (arremessos, lançamentos) são identificados com a letra F (field). Classes F11 a F13 para os que têm deficiências visuais, F20 para deficiências intelectuais, F31 a F38 para paralisados cerebrais (sendo 31 a 34 para cadeirantes e 35 a 38 para andantes), F40 e F41 para baixa estatura, F42 a F44 para deficiência nos membros inferiores, F45 a F46 para deficiência nos membros superiores, F51 a F57 para os que competem em cadeiras de rodas (sequelas de poliomielite, lesões medulares e amputações) e F61 a F64 para amputados de membros inferiores com prótese.

Algumas esperanças de medalhas

Não há como não destacar Petrúcio Ferreira. O paraibano de 24 anos, que será um dos porta-bandeiras do Brasil na cerimônia de abertura (ao lado de Evelyn Oliveira, da bocha) é o grande favorito na prova que define o homem mais rápido do mundo, os 100 metros (m) da classe T47. Após ser ouro em 2016, no Rio de Janeiro, ele venceu a prova no Mundial de 2017 (Londres), no Parapan-americano de 2019 (Lima) e no Mundial de 2019 (Dubai). Além disso é o atual detentor dos recordes mundiais nos 100 m e nos 200 m.

 

 

 

 

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Outro nome para ficar de olho é o de Beth Gomes, que chega tendo o recorde mundial paralímpico no lançamento de disco. Apesar de ter garantido o lugar mais alto do pódio tanto no Parapan-americano de 2019 (Lima) como no Mundial de 2019 (Dubai), ela ainda busca a sua primeira medalha olímpica.

No salto em distância, classe F11, Silvânia Costa também é considerada uma real candidata ao ouro em Tóquio após ficar no lugar mais alto do pódio nos Jogos de 2016, no Rio de Janeiro. Mas o fato é que Petrúcio, Beth e Silvânia são apenas algumas das estrelas do Brasil no atletismo em Tóquio. Assim, o melhor é ficar de olho em todos os brasileiros.

Quais são os atletas paralímpicos de destaque no Brasil?

Os Jogos Paralímpicos de Inverno de Pequim 2022 serão a terceira participação brasileira no evento e contará com o maior número de atletas da história: seis – Aline Rocha, Cristian Ribera, Guilherme Cruz Rocha, Robelson Moreira Lula e Wesley dos Santos, pelo esqui cross-country, e André Barbieri, pelo snowboard.

Quais os atletas brasileiros que se destacaram nas Paralimpíadas de Tóquio?

Confira a seguir os maiores medalhistas de ouro do Brasil até agora..
Daniel Dias | Natação - 14 ouros. ... .
André Brasil | Natação - 7 ouros. ... .
Clodoaldo Silva | Natação - 6 ouros. ... .
Luiz Cláudio Pereira | Atletismo - 6 ouros. ... .
Ádria Santos | Atletismo - 4 ouros. ... .
Antônio Tenório | Judô - 4 ouros. ... .
Dirceu Pinto | Bocha - 4 ouros..

Qual o nome do atleta brasileiro que mais recebeu medalhas nos Jogos Paralímpicos?

Aos 33 anos, o nadador Daniel Dias é o maior medalhista paralímpico do Brasil. E da natação. E, claro, também está entre os maiores do mundo de todos os tempos. Desde Pequim, em 2008, Dias marcou pódio em todas as edições das Paralimpíadas, conquistando 14 ouros, sete pratas e três bronzes – 24 medalhas no total.

Quais são os atletas que participam do atletismo paralímpico?

O atletismo paraolímpico é praticado por atletas com deficiência física ou visual. Há provas de corrida, saltos, lançamentos e arremessos, tanto no feminino quanto no masculino. Os competidores são divididos em grupos de acordo com o grau de deficiência constatado pela classificação funcional.