Entre a cruz e a espada significado

A expressão “estar entre a cruz e a espada” significa “estar num dilema, em perigo iminente, em grande dificuldade”.

Esta expressão possui algumas variações como: “entre a cruz e a caldeirinha”, “entre a espada e a parede” e “entre Cila e Caríbdis”. Em francês, há algumas equivalentes:

  • Entre l’arbre et l’écorce (literalmente: “entre a árvore e a casca da árvore”)
  • Entre le marteau et l’enclume. (literalmente: “entre a rocha e a bigorna”)
  • Entre la peste et le choléra. (literalmente: “entre a peste e a cólera”)

Se você tem que tomar uma decisão difícil, quando gostaria de poder se esquivar, já que a escolha por quaisquer dos dois lados leva a um resultado ruim, diz-se que “está entre a cruz e a espada” ou “entre a cruz e a caldeirinha”. A referência às vítimas da inquisição ajuda a entender essa imagem: se confirmassem suas crenças, seriam punidos com a morte, por outro lado, se renegassem suas ideias, se salvariam, mas seriam sempre desprezados pelos companheiros de ideias.

Em francês diz-se que você está “entre a árvore e a casca da árvore”, talvez porque a sensação de ficar nesse espaço seria no mínimo sufocante, ou porque não há como tirar a casca da árvore e continuar com ela. Em outras palavras, uma vez retirada ou cortada sua casca, inevitavelmente a árvore morrerá.

Note que em “entre a peste ou a cólera” existe uma noção negativa na expressão. Ela mostra que a pessoa tem escolha, mas que as duas opções são péssimas.

Entre Cila e Caribde

A expressão “Entre Cila e Caribde” ou “entre Cila e Caríbdis” é uma forma invulgar que corresponde à tão conhecida “entre a espada e a parede”. Esta expressão deve-se a uma realidade de grande perigo por que passavam os marinheiros quando passavam no estreito de Messina, pois ao fugirem do Caribde (um turbilhão que aí se formava), iam muitas vezes contra Cila, rochedo pouco distante da costa de Itália.

Caríbdis, na mitologia grega, era uma criatura marinha protetora de limites territoriais no mar. Em outra tradição, seria um turbilhão criado por Posídon.


Fontes: Ciber Dúvidas | Xeretando o francês

Essa obra auto expressiva retrata artisticamente conflitos emocionais inerentes aos seres humanos. A expressão “entre a cruz e a espada”, na língua portuguesa faz alusão a dilemas pessoais com conteúdos antagônicos. Estes, representados de forma simbólica na face exposta no quadrante superior evocam diferentes vertentes de nossa Alma.

Lidar com dicotomias e conflitos, igualmente representados pelo símbolo do Yin/Yang abaixo da face, nos conduz ao crescimento, mesmo que não linear, representado pela espiral na parte superior esquerda.

A espiral é a essência do mistério da vida e os seres humanos se encontram em determinados pontos de suas caminhadas. Retornamos às origens e o ponto de partida também é o ponto de chegada, instigando-nos ao reencontro e à renovação. Opostos se complementam se integrados e compreendidos. Movimentar-se, fluir, chegar e partir são partes da vida.

Para algum ponto de nossa existência convergem nossos esforços alimentando a vida num eterno pulsar. Ainda que inferior, o ralo representa o ponto de convergência dos opostos. Para ele, em qualquer sentido, flui impreterivelmente a nossa existência.


Materiais

  • vidro;
  • ferro;
  • pino de pistão;
  • tronco de madeira;
  • cobre;
  • latão;
  • prata;
  • pedras;
  • ralo;
  • espelho

Entre a cruz e a espada significado

Claudia Seber

Entre a cruz e a espada significado

Claudia Seber é uma artista brasileira, nascida em São Paulo no ano de 1968. Terapeuta Ocupacional de formação sempre teve a Arte como premissa de suas atuações profissional e pessoal. Em meados dos anos 90 iniciou um curso de joalheria autoral e em um curto espaço de tempo passou a dedicar-se integralmente a essa arte desenvolvendo projetos e ministrando aulas.

Suas esculturas surgiram com a ideia de mesclar a técnica da joalheria e o refugo da produção de joias, a diversos e inusitados tipos de metais recolhidos aleatoriamente pelas ruas e caçambas da cidade de São Paulo. Uniram-se a essa lista, vidro, mármore, madeira, enfim todo e qualquer material utilizado na composição artística das esculturas. O cerne da produção não é a reciclagem, mas a ressignificação do mundo material compondo-o estética e simbolicamente.

Compreender a Arte enquanto um canal de expressão e ressignificação também pessoal foi o ponto de partida para a artista iniciar sua pós-graduação em Arteterapia e Psicologia Analítica e assim ampliar e concretizar seu desejo de um projeto de Oficinas Criativas.

A presença em diversas exposições na cidade de São Paulo e finalista em seu primeiro concurso de Arte Design, Reflexão Arte Hoje (2017) alimentaram o gosto pelo estudo e pesquisa de novos materiais. A premissa da formação artística aliada a curiosidade, persistência, mas sobretudo à sensibilidade e reverência à Arte somam-se em seu trabalho.


Exposições Coletivas

  • 2020 | SÃO PAULO E SUA MULTIDIVERCIDADE – Espacio Uruguay – São Paulo, BR
  • 2019 | SALON INTERNATIONAL d’ART CONTEMPORAIN – Le Carrousel du Louvre/Vivemos Arte – Paris, França
  • 2019 | APRILIS – Espacio Uruguay – São Paulo, BR
  • 2019 | ELEMENTOS – Apfel – São Paulo, BR
  • 2019 | ARTE E MULHER – Galeria Art Lab – São Paulo, BR
  • 2019 | SP INSPIRA ARTE – Galeria Art Lab – São Paulo, BR
  • 2018 | PORTFÓLIO – Galeria Art Lab – São Paulo, BR
  • 2017 | Exposição dos Finalistas do Concurso REFLEXÃO ARTE HOJE (Obra Álamo) – Shopping D&D  – São Paulo, BR

Instagram: @claudiaseber

Entre a cruz e a espada significado