É a capacidade que nosso corpo tem de realizar um movimento em menos tempo possível ou seja o mais rápido que ele conseguir?

A capacidade que o corpo tem de desenvolver um movimento é chamada de coordenação motora. Pular, correr, andar, saltar ou realizar tarefas que exijam maior habilidade, como segurar um lápis, bordar, desenhar, recortar, tudo isso exige de nós coordenação motora.

Na coordenação motora, ocorre participação de alguns sistemas do corpo humano, como o sistema muscular, sistema esquelético e sistema sensorial. Com a interação desses sistemas, obtêm-se reações e ações equilibradas. A velocidade e a agilidade com que a pessoa responde a certos estímulos medem a sua capacidade motora.

Coordenação motora grossa e fina

Podemos classificar a coordenação motora de duas maneiras: coordenação motora grossa e a coordenação motora fina.

Na coordenação motora grossa, verificamos o uso de grupos de músculos maiores e o desenvolvimento de habilidades como correr, pular, chutar, subir e descer escadas, que podem ser desenvolvidas a partir de um plano sistemático de exercícios e atividades esportivas. Quando se tem deficit nessas habilidades, verificamos dificuldades, por parte principalmente de crianças, em praticar atividades esportivas, o que acaba causando baixa autoestima.

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Na coordenação motora fina, verificamos o uso de músculos pequenos, como os das mãos e dos pés. Ao desenhar, pintar ou manusear pequenos objetos, a criança realiza movimentos mais precisos, delicados, e desenvolve habilidades que a acompanharão por toda a vida.

A criança e o desenvolvimento motor

É possível observar a coordenação motora de um indivíduo desde pequeno. A criança responde aos estímulos de várias formas e cabe ao professor, nas primeiras séries, trabalhar a motricidade da criança. Ao aprender a pintar dentro de espaços delimitados, a criança já começa a desenvolver sua coordenação. À medida que ela for sendo alfabetizada, aumentará a sua capacidade motora.

Mas não é somente em crianças que se desenvolve a motricidade. Em pessoas idosas ou pessoas que tenham certas limitações físicas, também é preciso trabalhar a coordenação motora. Com auxílio profissional, a pessoa desenvolve os grupos musculares e exercita o cérebro para conseguir manter o equilíbrio e realizar atividades que requerem movimentos precisos, fortes e rápidos.
 

Por Paula Louredo
Graduada em Biologia

É a capacidade que nosso corpo tem de realizar um movimento em menos tempo possível ou seja o mais rápido que ele conseguir?
É a capacidade que nosso corpo tem de realizar um movimento em menos tempo possível ou seja o mais rápido que ele conseguir?

As aulas de Educa��o F�sica na inf�ncia: capacidades 

motoras, crescimento e princ�pios do treinamento

Las clases de Educaci�n F�sica en la infancia: capacidades motoras, crecimiento y principios del entrenamiento

É a capacidade que nosso corpo tem de realizar um movimento em menos tempo possível ou seja o mais rápido que ele conseguir?

 

*Programa de Mestrado em Educa��o F�sica

da Universidade Lus�fona de Humanidades e Tecnologias (ULHT)

Especialista em Fisiologia do Exerc�cio (FIBRA)

Coordenador de Educa��o F�sica do Col�gio Ipiranga

**Programa de Mestrado em Educa��o F�sica

da Universidade Lus�fona de Humanidades e Tecnologias (ULHT)

Professora de nata��o Infantil da Academia Pel� Club

***Especialista em Fisiologia e Cinesiologia do Exerc�cio (UVA)

Rodolfo de Azevedo Raiol*

Paloma Aguiar Ferreira da Silva Raiol**

Maikon Alexandre Tavares Ara�jo***

(Brasil)

 

Resumo

          Com o avan�o das pesquisas referentes � motricidade humana a Educa��o F�sica vem crescendo em import�ncia no �mbito escolar. Em conseq��ncia disto, professores de educa��o f�sica est�o sendo requisitados para trabalhar no n�vel da Educa��o Infantil. Este estudo busca abordar o comportamento e desenvolvimento das capacidades motoras, o crescimento e treinamento durante a fase da inf�ncia, enfocando aspectos do cotidiano da vida escolar desse aluno desde a o in�cio at� o final da inf�ncia no que se refere a atividades f�sicas. Para isso, foi feita uma revis�o de literatura com 19 trabalhos situados entre os anos de 1999 e 2008. Foi identificado que a Educa��o F�sica durante a Inf�ncia ocupa lugar de destaque no desenvolvimento das Capacidades Motoras e no Crescimento, estas s�o a base para a execu��o das tarefas do cotidiano das crian�as. Fica claro tamb�m a import�ncia gigantesca que o professor de educa��o f�sica tem nesse processo, pois com o treinamento adequado e orientado para cada faixa et�ria os benef�cios para as crian�as tanto nas capacidades motoras quanto no crescimento � otimizado.

          Unitermos

: Educa��o F�sica. Capacidades motoras. Princ�pios do treinamento.  
É a capacidade que nosso corpo tem de realizar um movimento em menos tempo possível ou seja o mais rápido que ele conseguir?
http://www.efdeportes.com/ EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, A�o 15, N� 149, Octubre de 2010. http://www.efdeportes.com/

É a capacidade que nosso corpo tem de realizar um movimento em menos tempo possível ou seja o mais rápido que ele conseguir?

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Introdu��o

    Anteriormente vista como sem grande import�ncia no �mbito escolar, a Educa��o F�sica no per�odo da inf�ncia tem ganhado espa�o nas escolas. Em um passado n�o muito distante, os pr�prios professores de sala, que s�o formados em Pedagogia ou em Forma��o de Professores, eram os respons�veis por ministravam as aulas de educa��o f�sica intitulando as mesmas como Recrea��o ou simplesmente como hor�rios de jogos e brincadeiras (FREIRE & LEITE, 2008).

    Com o avan�o das pesquisas no campo da motricidade humana, a educa��o f�sica escolar passa a te um papel de maior import�ncia durante a educa��o infantil e, atualmente, � cada vez mais comum as escolas terem em seu quadro de professores, pelo menos, um professor de educa��o f�sica para esse n�vel.

    Aspectos f�sicos, sociais, ps�quico e cognitivo fazem parte do conte�do da Educa��o F�sica durante a inf�ncia (FERREIRA, 2006) e isso mostra sua import�ncia no desenvolvimento das crian�as, pois vivemos em um mundo onde os espa�os p�blicos de lazer est�o cada vez mais escassos, com isso o �nico espa�o que as crian�as t�m para praticar exerc�cios e socializar-se fica sendo o pr�prio col�gio, sobretudo nas classes mais baixas da sociedade.

    Os professores na educa��o f�sica durante a inf�ncia t�m conte�dos e objetivos a serem atingidos com seus alunos de acordo com os Par�metros Curriculares Nacionais (PCN) e as pr�prias diretrizes das institui��es de ensino em que trabalham, dessa forma, se faz necess�rio um aprofundamento dos conte�dos da educa��o f�sica para que os professores possam atuar com maior seguran�a e direcionamento. (AZEVEDO & PEREIRA, 2007; BETTI & ZULIANI, 2002).

    Essa revis�o ir� enforcar o aspecto do Crescimento F�sico e do Desenvolvimento Motor, bem como as formas de treinamento e atividades adequadas a serem realizadas pelas crian�as durante a inf�ncia nas aulas de educa��o f�sica.

Capacidades motoras

    As capacidades motoras s�o componentes do rendimento f�sico, s�o elas que n�s utilizamos para realizar os mais diversos movimentos durante a nossa vida. S�o em um total de cinco: Resist�ncia, For�a, Flexibilidade, Agilidade e Velocidade. (MARQUES & OLIVEIRA, 2001).

  • Resist�ncia

: � a capacidade de suportar e recuperar-se da fadiga, ou seja, a capacidade de manter o esfor�o f�sico em um maior espa�o de tempo. (FERNANDES FILHO et. al., 2007; GALLAHUE & OZMON, 2005).
  • For�a

  • : � a capacidade de vencer uma determinada resist�ncia atrav�s de uma contra��o muscular. Atrav�s dela � que conseguimos levantar, saltar, etc. (DANTAS, 2003; FERNANDES FILHO et. al., 2007; GALLAHUE & OZMON, 2005).
  • Velocidade

  • : � a capacidade de realizar as a��es vigorosas em um curto espa�o de tempo. Essa capacidade s� � utilizada, em geral, em atividades intervaladas, onde sempre h� um intervalo entre cada a��o. (DANTAS, 2003).
  • Flexibilidade

  • : � a capacidade de realizar os movimentos articulares na maior amplitude poss�vel sem que ocorram danos as articula��es. Ela � espec�fica para cada exerc�cio, um exemplo s�o os movimentos das dan�as. DANTAS, 2003; FERNANDES FILHO et. al., 2007).
  • Agilidade

  • : � a capacidade de mudar de dire��o rapidamente. Ela � dependente da velocidade e da for�a. � muito utilizada nos esportes coletivos e nas brincadeiras de �pira� onde as crian�as t�m de fugir do pegador (DANTAS, 2003; FERNANDES FILHO et. al., 2007; GALLAHUE & OZMON, 2005).

        O per�odo et�rio que compreende a inf�ncia vai dos 2 anos at� os 10 anos de vida, sendo dividido em in�cio da inf�ncia, entre 2 e 6 anos e final da inf�ncia entre os 6 e 10 anos. (GALLAHUE & OZMUN, 2005).

        Durante o in�cio da inf�ncia a uma melhora expressiva da coordena��o dos movimentos que s�o treinados pelas crian�as com regularidade (MATTOS & NEIRA, 2007) embora essa afirma��o pare�a obvia ela vem demonstrar a import�ncia da realiza��o dos exerc�cios f�sicos de forma ordenada planejada e segura.

        Nesse per�odo inicial � importante propiciar as crian�as as mais diversas experi�ncias motoras para o c�rebro possam criar engramas motores que ser�o utilizados em atividades mais complexas posteriormente, isso significa que as aulas de educa��o f�sica devem conter exerc�cios, na verdade, brincadeiras ou jogos por conta da ludicidade, que contemplem as mais diversas capacidades motoras como for�a, flexibilidade, agilidade, resist�ncia e velocidade. (THOMPSON, 2005; DARTAGNAN, 2007).

        Vamos tomar como exemplo a brincadeira de �Pira-alta�: Algu�m � eleito o pegador que deve tocar as outras crian�as e essa crian�a quando tocada passa a ser o pegador no lugar do primeiro, a forma de refugio, ou seja, de n�o ser pego, � estar em algum lugar alto, pois assim o pegador n�o poder� toc�-lo por regra do jogo. Nessa brincadeira trabalhamos as capacidades motoras da agilidade nas mudan�as de dire��o fugindo do pegador ou tentando pegar os colegas, velocidade ao correr em dire��o aos colegas, for�a para subir em qualquer lugar alto e resist�ncia para conseguir manter a atividade durante toda a aula, ou seja, praticamente todas as capacidades motoras est�o sendo trabalhadas de uma s� vez em apenas um jogo ou brincadeira validando o conhecimento da cultura popular, pois essa brincadeira que vem sendo passada de gera��o em gera��o possui um cunho motor riqu�ssimo (MATTOS & NEIRA, 2007; GALLAHUE & OZMUN, 2005; FERREIRA, 2006).

        J� no final da inf�ncia, as crian�as j� est�o em um est�gio de amadurecido na maioria de suas capacidades motoras fundamentais. A partir de agora o desenvolvimento dessas capacidades motoras vai depender do quanto essa crian�a ser� estimulada, ser�o necess�rios jogos que combinem as capacidades motoras e que exigem um pouco mais e seu condicionamento f�sico geral (GALLAHUE & OZMUN, 2005).

        Assim no que se refere �s atividades a serem desenvolvidas pelas crian�as � importante aumentar o grau de dificuldade daquelas brincadeiras aprendidas durante a fase inicial da inf�ncia como, por exemplo, colocar mais uma regra nos jogos de �pira� ou utilizar implementos diferentes nos jogos de Estafeta (corridas de vai-e-vem). Os esportes adaptados em suas regras de acordo com a faixa et�ria, � claro, tamb�m se tornam uma boa op��o de novo est�mulo para que possamos continuar a desenvolver as capacidades motoras de nossas crian�as (MATTOS & NEIRA, 2007).

    Crescimento

        O termo �Crescimento� � utilizado para defini��o da totalidade de altera��es f�sicas que ocorrem com as crian�as (GALLAHUE & OZMUN, 2005; BOHME, 1999).Existem outros autores que preconizam que a defini��o acima n�o seria de crescimento e sim de �desenvolvimento� (CAMPOS, 2001; ROBERTS & ROBERGS, 2002) esses autores consideram que o termo crescimento estaria relacionado apenas com o aumento da estatura e do peso e as outras altera��es f�sicas estariam relacionadas com o termo desenvolvimento. Para efeito do nosso trabalho utilizaremos a primeira defini��o de Crescimento, pois abrange todas as altera��es que a crian�a sofre na inf�ncia.

        O processo de crescimento no in�cio da inf�ncia vai desacelerando em rela��o � primeira inf�ncia (per�odo compreendido entre o nascimento e os dois primeiros anos de vida), nesse per�odo tamb�m � not�vel a redu��o do tecido adiposa e o aumento da massa muscular, fato esse que vai progredindo ao longo da inf�ncia.Essa taxa de crescimento � aferida, em geral, atrav�s das varia��es de peso e estatura de acordo com o tempo (idade) (ROBERGS & ROBERTS, 2002). As altera��es f�sicas s�o avaliadas de forma subjetiva ou atrav�s de avalia��o da matura��o biol�gica (DANTAS & FERNANDES FILHO, 2005) no caso de crian�as mais velhas.

        Na fase final da inf�ncia o crescimento se d� de forma mais lenta que no in�cio da mesma, mas est�vel e h� um progresso maior em dire��o a organiza��o das capacidades motoras. Nessa fase, a crian�a tem excelentes ganhos no seu desempenho esportivo, fato esse que se deve justamente a estabiliza��o do crescimento permitindo a crian�a se acostumar com seu corpo, facilitando assim a sua rela��o com seu centro de gravidade, por conseguinte, lhe proporcionando maior estabilidade (GALLAHUE & OZMUN, 2005).

        Na propor��o que a crian�a vai crescendo as capacidades motoras tendem se desenvolver o que demonstra que esse processo � interligado, em outras palavras, o crescimento f�sico das crian�as � diretamente proporcional a melhora das capacidades motoras das mesmas (R� et. al., 2005).

    Treinamento

        Todo treinamento tem por objetivos gerar adapta��es estruturais e funcionais para aprimorar o desempenho em tarefas espec�ficas (MCARDLE, KATCH & KATCH, 2008).

        Deve-se ter aten��o especial na elabora��o do treinamento para as crian�as, pois elas ainda n�o s�o seres humanos totalmente desenvolvidos.

        Um ponto importante s�o os ossos. As crian�as ainda n�o t�m a ossifica��o completa, pois seus ossos ainda est�o em crescimento, na composi��o desses ossos que ainda n�o se desenvolveram totalmente existem placas epifis�rias feitas de cartilagem que posteriormente ser�o substitu�das da composi��o �ssea por osso compacto quando esses estivem completado o seu ciclo de crescimento, dessa forma, por haver essas regi�es nos ossos ainda com cartilagens esse osso fica menos resistentes aos impactos externos e pode vir a sofrer les�o no desenvolvimento das atividades, essas les�es podem gerar conseq��ncias graves, inclusive danos ao crescimento longitudinal do osso lesado. (CAMPOS, 2001).

        Ainda segundo Campos as articula��es, tend�es e ligamentos tamb�m s�o regi�es fragilizadas, pois elas ainda apresentam um maior n�vel de viscosidade e um menor n�vel de col�geno em rela��o aos seres humanos adultos, deixando essas estruturas mais inst�veis, dessa forma, expostas a uma maior propens�o para deslocamentos, inflama��es e etc.

        Ap�s esse breve apanhado das diferen�as estruturais entre crian�as e adultos podemos abordar os princ�pios b�sicos do treinamento desportivo. Segundo Dantas (2003) s�o:

    • Individualidade Biol�gica

    : Todo indiv�duo � �nico, os organismos s�o bem diferentes entre si. O indiv�duo � a soma das caracter�sticas genot�picas, que � a sua carga gen�tica (aspectos como biotipo e caracter�sticas de fibras musculares), com as caracter�sticas fenot�picas, que tudo aquilo que � vivenciado pelo indiv�duo ap�s o seu nascimento, ou seja, a influ�ncia do meio externo (habilidades esportivas, por exemplo).
  • Adapta��o

  • : Primeiramente o conceito de homeostase, que � o estado de equil�brio inst�vel entre o organismo do indiv�duo e as a��es externas do meio ambiente. Assim para que o organismo sofra adapta��o � necess�rio que ocorra um desequil�brio entre seu organismo e o meio externo (quebra da homeostase), isso � conseguido atrav�s de alguma influ�ncia externa, por exemplo, o aumento da carga de treinamento, dessa forma, o organismo trabalhar� para alcan�ar novamente a homeostase, assim sofrer� adapta��es at� alcan�ar esse equil�brio e nesse processo o organismo vai se desenvolvendo, pois sempre ele se prepara para sofrer um est�mulo de mesma magnitude que o anterior ou um pouco maior.
  • Sobrecarga

  • : O per�odo de recupera��o a um est�mulo ou sobrecarga no treinamento � diretamente proporcional a intensidade e magnitude da sobrecarga, sendo assim quanto maior for � sobrecarga aplicada maior dever� ser o intervalo para recupera��o desse organismo. O Organismo recuperado torna-se mais forte para poder resistir a novas sobrecargas de mesma magnitude ou um pouco maior. Sendo assim, a sobrecarga deve ser aumentada periodicamente durante o treinamento visando gerar adapta��es no indiv�duo treinado.
  • Interdepend�ncia Volume-Intensidade

  • : Volume de treinamento est� relacionado � quantidade de treinamento (n�mero de repeti��es e dura��o, por exemplo) e Intensidade de treinamento est� relacionada � qualidade do treinamento (ritmo e intervalos curtos, por exemplo). Existe uma rela��o inversamente proporcional entre essas duas grandezas, ou seja, sempre que o volume de treino for aumentado � intensidade, obrigatoriamente, ter� de ser diminu�da e vice-versa.
  • Continuidade

  • : Preconiza que as adapta��es geradas com o treinamento s� ser�o mantidas pelo organismo se houver a continuidade do treinamento, caso esse treinamento seja interrompido, as adapta��es conseguidas tender�o a regredir ao estado anterior ao do in�cio dos treinos.
  • Especificidade

  • : Esse princ�pio talvez seja o mais importante, ele nos mostra que para que o treinamento gere os resultados esperados, este deve ser o mais especifico poss�vel, s� ocorrer�o melhorarias de grande magnitude em determinada capacidade motora ou desempenho esportivo se a qualidade f�sica que for realmente treinada de forma espec�fica. No caso dos esportes, a prepara��o f�sica de ser o mais pr�ximo poss�vel do gesto esportiva da modalidade.

        Com esse conhecimento pr�vio podemos abordar agora como se deve utilizar o treinamento durante as aulas de Educa��o F�sica, lembrando que independentemente de que fase da inf�ncia a crian�a se encontre � necess�rio estar atento as considera��es anteriores.

        Primeiramente deve-se considerar que embora a atividade seja em grupo cada crian�a � um ser diferente (GEN�, 2005) e assim dar� respostas diferentes (princ�pio da individualidade biol�gica), algumas crian�as v�o mais rapidamente aprender a execu��o de determinada atividade, pois j� possui, de maneira inata, a capacidade motora, necess�ria para realiza��o dos movimentos referentes � atividade, genotipicamente desenvolvida, por outro lado outras crian�as, ter�o dificuldades, por�m com a insist�ncia (princ�pio da continuidade) e o decorrer do treinamento alcan�ar�o bons resultados (FLECK & KRAEMER, 2006).

        As atividades selecionadas para o desenvolvimento das capacidades motoras devem estar de acordo com o n�vel do grupo de crian�as, pois atividades muito dif�ceis n�o possibilitar�o que a crian�a as execute e assim n�o conseguir�o melhora alguma, por�m atividades muito f�ceis n�o gerar�o est�mulos suficientes para que ocorra melhora das capacidades motoras trabalhadas (princ�pio da adapta��o), al�m disso, deve-se atentar tamb�m para o princ�pio da sobrecarga, pois � de acordo com a sobrecarga aplicada que deveremos dar o intervalo de recupera��o para outro est�mulo de tal grandeza e que est� sobrecarga deve ser progressiva (DANTAS, 2003).

        Por fim, devemos sempre escolher a atividade de acordo com a capacidade motora a ser trabalhada (princ�pio da especificidade) para que haja resultados �timos e n�o esquecer o princ�pio da interdepend�ncia volume-intensidade, assim cada vez que aumentar a intensidade da aula, atrav�s de um exerc�cio ou brincadeira que permita pouco descanso, por exemplo, devemos diminuir a dura��o (volume) da mesma. Do mesmo modo sempre que tivermos uma atividade mais longa, est� de ser menos intensa para que se possa suportar a mesma (MCARDLE, KATCH & HATCH, 2008).

    Conclus�o

        A educa��o f�sica durante a inf�ncia tem import�ncia fundamental para o desenvolvimento da crian�a durante os seus primeiros anos de vida (2 a 10 anos), devido a essa import�ncia ela deve ser trabalhada nas escolas desde a educa��o infantil por profissionais qualificados da �rea de educa��o f�sica.

        O desenvolvimento das capacidades motoras serve para executarmos nossas a��es durante toda a vida e seu treinamento come�a na inf�ncia, de forma l�dica para aumentar o grau de interesse das crian�as pela atividade f�sica, desenvolvendo esse h�bito saud�vel, dessa maneira � papel do professor de educa��o f�sica tornar sua aula motivante e interessante, isso pode ser conseguindo contextualizando a brincadeira com assuntos rotineiros as crian�as atrav�s de contos, m�sicas e outras ferramentas.

        Conforme a crian�a vai crescendo a tend�ncia � que as capacidades motoras se desenvolvam, por�m esse desenvolvimento s� se dar� de forma acentuada se as crian�as forem devidamente estimuladas respeitando os princ�pios do treinamento desportivo. Esse treinamento deve ser cercado por cuidados especiais, sobretudo em rela��o � estrutura osteo-mio-articular das crian�as que � mais fr�gil que nos adultos.

        A Educa��o F�sica Escolar, atrav�s dos recentes estudos, vem ganhando import�ncia e destaque no cen�rio acad�mico, assim cabe a n�s professores dar continuidade a esse trabalho para que nosso papel dentro da educa��o e do desporto seja cada vez mais uma refer�ncia.

    Referencias bibliogr�ficas

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    • THOMPSON, R. F. O C�rebro: Uma Introdu��o � Neuroci�ncia. 3� Ed. Santos: Santos, 2005.

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    É a capacidade que nosso corpo tem de realizar um movimento em menos tempo possível ou seja o mais rápido que ele conseguir *?

    Velocidade: É a capacidade física que permite ao músculo realizar uma sucessão rápida de movimentos no menor tempo possível ou reagir rapidamente a um sinal.

    Qual é a capacidade de realizar movimentos mais rápido possível?

    VELOCIDADE: "Capacidade de executar movimentos cíclicos na mais alta velocidade individual possível." VELOCIDADE DE DESLOCAMENTO: Capacidade máxima de uma pessoa deslocar-se de um ponto a outro.

    Qual é a capacidade de executar movimentos no menor tempo possível?

    Velocidade: É a capacidade de realizar movimentos no menor tempo possível. Resistência: É a capacidade de vencer uma resistência por meio de ações musculares. Agilidade: É a capacidade de realizar movimentos rápidos com mudança de direção.

    Qual a capacidade física que permite realizar movimentos?

    FLEXIBILIDADE: "Capacidade de realizar movimentos em certas articulações com amplitude de movimento apropriada."