A teoria das colisões explica que, para que uma reação ocorra, as partículas dos reagentes devem colidir entre si com energia suficiente e orientação espacial apropriada.
Para que as reações químicas ocorram, é necessário primeiro que os reagentes que possuem afinidade química entrem em contato entre si. No entanto, ainda assim, a reação pode não ocorrer. Por exemplo, o oxigênio do ar é o comburente da reação de combustão do gás que usamos para cozinhar alimentos (GLP – Gás Liquefeito de Petróleo, formado por uma mistura dos gases propano e butano). Mas somente abrir um fogareiro não faz com que a reação ocorra. O gás irá se misturar com os gases do ar e nada irá ocorrer.
É aí que entra a teoria das colisões, que nos explica como as reações ocorrem em nível microscópico. Essa teoria diz que para que a reação química ocorra, as partículas (moléculas, átomos, íons etc.) dos reagentes devem colidir entre si. Mas essa colisão deve ser efetiva, ou seja, deve ser feita em uma orientação adequada e com energia suficiente.
Na tabela abaixo, são mostrados três exemplos em que as partículas de determinados reagentes estão colidindo entre si. Porém, veja que somente no terceiro caso é que resulta em uma reação química:
Nessa tabela, mostrou-se somente a orientação favorável que as partículas devem ter. Mas, conforme dito, precisa também ter uma energia maior que a energia de ativação. A energia de ativação é a energia mínima necessária que deve ser fornecida aos reagentes para romper as suas ligações e se formarem novas, para a formação dos produtos.
É por isso que a reação de combustão entre o gás oxigênio e o gás de cozinha só ocorre depois que acendemos o fósforo. Quando fazemos isso, estamos fornecendo a energia necessária para as partículas que colidem favoravelmente reagirem. Então, a própria energia que é liberada nessa reação fornece as condições para que as outras moléculas continuem reagindo, até que pelo menos um dos reagentes acabe.
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Desse modo, quando a colisão entre as partículas é feita em uma geometria favorável e com energia suficiente, forma-se primeiro uma substância intermediária entre os reagentes e os produtos chamada de complexo ativado. Você pode observar esse complexo ativado na reação efetiva da tabela mais acima, em que se pode ver que a sua estrutura é instável, pois as ligações que havia nos reagentes estão sendo rompidas, enquanto as ligações que existem nos produtos estão sendo formadas.
Assim, quanto maior for a energia necessária para formar o complexo ativado, mais lenta será a reação e mais dificil será para ela ocorrer.
Além disso, a velocidade de uma reação é diretamente proporcional ao número de colisões favoráveis. Isso significa que qualquer fator que aumente o número de colisões favoráveis aumentará a rapidez com que a reação ocorre. Por exemplo, quando aumentamos a temperatura, as moléculas dos reagentes se movimetam com maior velocidade e colidem mais, aumentando a rapidez da reação.
Índice:
- O que é a colisão efetiva?
- O que é uma colisão não efetiva?
- Como ocorre uma colisão efetiva?
- Qual das figuras ao lado A ou B poderia representar um choque efetivo?
- Quais são os requisitos necessários para haver uma colisão efetiva?
- O que vem a ser energia de ativação?
- O que diz a teoria da colisão?
- O que é um estado ativo de uma reação?
- Quais são os dois requisitos para que os choques entre as partículas resultem em reações?
- Qual é o tipo de colisão de moléculas que não provoca a formação de um complexo ativado?
- Por que as colisões são eficazes?
- Quando ocorre a colisão?
- Como se aplica a colisão das partículas?
- Como funciona a teoria da colisão?
O que é a colisão efetiva?
Quando colocamos duas substâncias em contato, suas partículas começam a colidir umas com as outras. Nem todas as colisões são eficazes, isto é, nem todas dão origem a novos produtos. No entanto, as colisões que rompem as ligações formadas e formam novas ligações, são denominadas colisões eficazes ou efetivas.
O que é uma colisão não efetiva?
Nas colisões não efetivas, não ocorre a quebra das ligações dos reagentes, pois não há interação entre os átomos. Nesses casos não ocorre a reação química, pois as moléculas apresentam uma orientação desfavorável. ... Podemos dizer que quanto mais colisões efetivas ocorrem, maior será a velocidade da reação.
Como ocorre uma colisão efetiva?
Essa teoria diz que para que a reação química ocorra, as partículas (moléculas, átomos, íons etc.) dos reagentes devem colidir entre si. Mas essa colisão deve ser efetiva, ou seja, deve ser feita em uma orientação adequada e com energia suficiente.
Qual das figuras ao lado A ou B poderia representar um choque efetivo?
A figura que poderia representar um choque efetivo é aquela em que o choque entre os reagentes se dá com energia suficiente numa orientação favorável, conduzindo à formação de produtos. Portanto, somente a figura B.
Quais são os requisitos necessários para haver uma colisão efetiva?
Podemos afirmar que as colisões efetivas possuem como principais características as seguintes alto valor de energia cinética, a orientação das moléculas é fator determinante e maiores temperaturas aumentam as colisões.
O que vem a ser energia de ativação?
De uma forma bem objetiva, podemos definir a energia de ativação (Eat) como a energia necessária para a ocorrência de uma reação. Por exemplo, para que a chama do fogão seja formada, é necessário fornecer uma faísca elétrica para permitir a ocorrência da reação entre o gás oxigênio e o gás de cozinha.
O que diz a teoria da colisão?
A Teoria da Colisão especifica como devem ocorrer os choques entre as moléculas dos reagentes para que a reação se processe com maior velocidade. ... Os choques entre as moléculas devem ocorrer com uma energia mínima para que o complexo ativado seja formado, a chamada energia de ativação.
O que é um estado ativo de uma reação?
Complexo ativado é o estado intermediário (estado de transição) formado entre reagentes e produtos, em cuja estrutura existem ligações enfraquecidas (presentes nos reagentes) e formação de novas ligações (presentes nos produtos). ... Em uma reação, o complexo ativado possui mais energia que os reagentes ou os produtos.
Quais são os dois requisitos para que os choques entre as partículas resultem em reações?
A partir do entendimento dessa teoria, responda: a) Quais são os dois requisitos para que os choques entre as partículas resultem em reações? ... II) Orientação das partículas: a orientação das partículas deve ser tal que os choques ocorram entre os átomos que estão formando ligações que devem ser quebradas.
Qual é o tipo de colisão de moléculas que não provoca a formação de um complexo ativado?
Colisão não favorável (choque não eficaz) Nesse tipo de colisão, nem todos os átomo da molécula chocam-se com todos os átomos da outra molécula.
Por que as colisões são eficazes?
- Sem atingi-la, a reação não ocorre. Quando colocamos duas substâncias em contato, suas partículas começam a colidir umas com as outras. Nem todas as colisões são eficazes, isto é, nem todas dão origem a novos produtos. No entanto, as colisões que rompem as ligações formadas e formam novas ligações, são denominadas colisões eficazes ou efetivas.
Quando ocorre a colisão?
- Após a formação desse complexo, as ligações entre alguns de seus átomos são rompidas e os produtos são formados. A teoria da colisão é proposta quando os reagentes estão no estado gasoso, já que, nesse estado físico, as moléculas apresentam um grau de mobilidade maior.
Como se aplica a colisão das partículas?
- Tal teoria se aplica a reações que ocorrem em fase gasosa. A colisão das partículas, também chamado de choque efetivo, deve ser bem orientada, permitindo uma perfeita interação entre as mesmas.
Como funciona a teoria da colisão?
- De acordo com a Teoria da Colisão, quando uma molécula de um reagente choca-se com outra molécula, os átomos de ambas entram em contato entre si, formando uma estrutura molecular denominada de complexo ativado. Após a formação desse complexo, as ligações entre alguns de seus átomos são rompidas e os produtos são formados.