Coordenação motora é motricidade é a mesma coisa

Coordenação Motora

Os tipos de coordenação motora e os movimentos coordenados são caracterizados por velocidade, distância, direção, cadência, força e tensão muscular apropriada. Definição de Coordenação Motora do professor em Licenciatura Pedagógica Fernando S. S. Barbosa.

O Aperfeiçoamento da Coordenação Motora é essencial no período da infância e adolescência. Ela é fundamental para o desenvolvimento das habilidades básicas e pode ser aprimorada durante o processo de aprendizagem motora ao longo da vida. Entretanto, a insuficiência de coordenação motora em crianças refere-se a uma instabilidade motora geral, a qual engloba defeitos na condução do movimento, provocada pela interação imperfeita das estruturas funcionais, sensoriais, nervosas e musculares, o que provoca, consequentemente, alterações na qualidade dos movimentos, diminuição do rendimento motor e déficits no desenvolvimento.

Coordenação Motora insuficiente

Durante um longo período foram muitas as denominações utilizadas para a condição de debilidade ou insuficiência no desempenho coordenativo, entre elas: dispraxia, criança com dificuldade motora, disfunção perceptivo-motora, déficits de atenção, de controle motor e de percepção (APA 2002).

No final da década de 80, a Associação Americana de Psiquiatria (American Psychiatric Association [APA], 2002) reconheceu essa condição, que passou a ser denominada de Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação (TDC).

Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação (TDC)

Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais DSM-5

Critérios Diagnósticos 315.4 (F82)

 A. A aquisição e a execução de habilidades motoras coordenadas estão substancialmente abaixo do esperado considerando-se a idade cronológica do indivíduo e a oportunidade de aprender e usar a habilidade. As dificuldades manifestam-se por falta de jeito (p. ex., derrubar ou bater em objetos), bem como por lentidão e imprecisão no desempenho de habilidades motoras (p. ex., apanhar um objeto, usar tesouras ou facas, escrever a mão, andar de bicicleta ou praticar esportes).

B. O déficit nas habilidades motoras do Critério A interfere, significativa e persistentemente, nas atividades cotidianas apropriadas à idade cronológica (p. ex., autocuidado e automanutenção), causando impacto na produtividade acadêmica/escolar, em atividades pré-profissionais e profissionais, no lazer e nas brincadeiras.

C. O início dos sintomas ocorre precocemente no período do desenvolvimento. D. Os déficits nas habilidades motoras não são mais bem explicados por deficiência intelectual (transtorno do desenvolvimento intelectual) ou por deficiência visual e não são atribuíveis a alguma condição neurológica que afete os movimentos (p. ex., paralisia cerebral, distrofia muscular, doença degenerativa).

Testes para avaliação da Coordenação Motora

Segundo professor Dr. José Irineu Gorla da Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP existem diferentes métodos para identificar e avaliar o desempenho motor de crianças, incluindo o seu desempenho coordenativo. Os mais destacados, que avaliam crianças em idades pré-escolar e escolar, segundo os mesmos autores, são: o Movement Assessment Battery for Children (M-ABC), o Teste de Proficiência Motora Bruininks-Oseretsky, o Developmental Test of Visual-Motor Integration (VMI) e o Teste de Coordenação Corporal para Crianças (Körperkoordinationstest Für Kinder – KTK). Este último tem sido utilizado em literaturas nacional e internacional, devido à sua simplicidade e ao seu baixo custo operacional.

Teste KTK

O Teste de Coordenação Corporal para Crianças (Körperkoordinationstest Für Kinder – KTK), desenvolvido pelos pesquisadores alemães Kiphard e Schilling (1974), foi construído com o propósito de diagnosticar mais sutilmente as deficiências motoras em crianças com lesões cerebrais e/ou desvios comportamentais. O teste envolve componentes da coordenação corporal como: o equilíbrio, o ritmo, a força, a lateralidade, a velocidade e a agilidade. Esses componentes foram distribuídos em quatro tarefas que estão contidas em um fator designado por coordenação corporal.

De acordo com Gorla, o teste foi construído primeiramente para a determinação da situação de desenvolvimento do domínio corporal de crianças portadoras de deficiências. Porém, atualmente observa-se que tem sido utilizado com diversos grupos, inclusive com crianças sem deficiências, já que tanto avalia a coordenação motora global como identifica crianças com distúrbios coordenativos/motores. Nota-se, assim, a necessidade de desenvolver pesquisas direcionadas a obter valores de referências para populações específicas, uma vez que os valores normativos do teste foram reportados há 36 anos e são oriundos de um contexto particular.

Estudos relatados indicam que a bateria do KTK é um instrumento de avaliação do desempenho motor coordenativo adequado para ser aplicado em diferentes populações como crianças saudáveis, crianças portadoras de deficiência sensorial ou que apresentam características peculiares como síndrome de Down, hipermobilidade articular e aquelas nascidas prematuras, bem como aquelas crianças que apresentam sobrepeso/obesidade.

Tipos de Coordenação Motora

Coordenação Motora Ampla ou Grossa: grandes grupos musculares e articulações dos MMSS (Membros superiores: braços, antebraços, ombros e mãos), MMII (Membros inferiores quadril, coxas, pernas e pés) e tronco – Andar, Correr, Saltar, rolar, pular, arrastar-se, nadar, lançar, pegar, sentar, etc.

Coordenação Motora Fina: Depende de pequenos grupos musculares das mãos e faces. Importante para aquisição de novos conhecimentos, exploração de ambientes resoluções de problemas.

Coordenação Motora Visual-Motora ou Óculo Manual: Importante para acompanhar os movimentos das mãos. Complementa a Motricidade Fina. Essenciais para a escrita.

Para ajudar os profissionais na área de saúde e educação, a Neuropsicopedagoga Clínica e Mestre em Educação Renata Bringel, ministra o curso online DISLEXIA Avaliação e Intervenção entre outros. Os cursos online realizados pela Professora Renata estão disponibilizados no site www.renatabringel.com.br

Referência:

RIBEIRO, Alice S. et al. Teste de Coordenação Corporal para Crianças (KTK): aplicações e estudos normativos. Motricidade, v. 8, n. 3, p. 40-51, 2012.

GORLA, José Irineu et al. Testes de avaliação para pessoas com deficiência mental: identificando o KTK. Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, v. 4, n. 2, 2000.

O que é a motricidade?

A motricidade refere-se, portanto, a sensações conscientes do ser humano em movimento intencional e significativo no espaço-tempo objetivo e representado, envolvendo percepção, memória, projeção, afetividade, emoção, raciocínio.

Qual a diferença de coordenação motora fina e motricidade fina?

A coordenação motora fina é a capacidade de fazer movimentos mais delicados, com músculos menores, das mãos e dos pés. Dessa forma, o movimento de pinça, em que usamos os dedos indicador e polegar para segurar um objeto pequeno, é uma das primeiras manifestações da motricidade fina.

Quais são os tipos de Motricidade?

Essas habilidades motoras se dividem em dois grupos: a motricidade ampla e a motricidade fina. As duas devem sempre trabalhar juntas para que nós consigamos cumprir as atividades do dia-a-dia – às vezes, precisando mais de uma do que da outra para determinadas tarefas.

Quais são os 4 tipos de coordenação motora?

A coordenação motora pode ser classificada em dois tipos: coordenação motora grossa e coordenação motora fina. Coordenação motora grossa: envolve habilidades menos delicadas, como pular, subir e descer escadas.