Como tem sido o crescimento econômico dos países da América Central

A América Central é um dos subcontinentes que formam a América, e nela vivem mais de 181 milhões de pessoas. Situa-se totalmente no Hemisfério Norte, entre o oceano Pacífico e o mar do Caribe. Seus 20 países e territórios insulares se dividem entre a América Central Ístmica, que conecta as Américas do Norte e do Sul, e América Central Insular. Por estar localizada em uma área de encontro de placas tectônicas, a área está suscetível a fenômenos como terremotos e erupções vulcânicas, além de ocorrências climáticas como tempestades tropicais e furacões.

Localizam-se no subcontinente centro-americano os países mais pobres das Américas. A economia dessas nações é voltada principalmente para o setor terciário, do qual se destaca o turismo, e as atividades primárias, como a agropecuária e a pesca.

Leia também: Quais são os países que formam a América?

Tópicos deste artigo

Resumo sobre a América Central

  • A América Central é um dos subcontinentes que formam o continente América.

  • Ela é constituída por 20 países independentes e uma série de ilhas que são parte de outros territórios (francês, britânico, estadunidense, holandês).

  • Situa-se entre o oceano Pacífico e o mar do Caribe e se divide entre América Central Ístmica e América Central Insular.

  • O clima predominante é o tropical, ao passo que o relevo da região é constituído por montanhas e planaltos.

  • Trata-se de uma área tectonicamente ativa, onde há registros de terremotos e atividades vulcânicas.

  • Furacões e tempestades tropicais ocorrem com cerca frequência nessa região.

  • Sua população é de 181,7 milhões de habitantes.

  • O subcontinente reúne os países mais pobres das Américas, cujas economias se voltam ao setor terciário, à produção agropecuária e também à pesca.

  • A região possui elevado valor estratégico para o comércio internacional, pois é nela onde se localiza o canal do Panamá.

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Dados gerais da América Central

  • Nome oficial: América Central

  • Gentílico: centro-americano

  • Extensão territorial: 2.452.270 km² (ONU, 2021)

  • Localização: continente americano

  • Países: 20 países

    • Maior país: Nicarágua

    • Menor país: São Cristóvão e Névis

  • Clima: tropical

  • Divisão administrativa: países

  • Idiomas: espanhol, inglês, francês e outras línguas nativas

  • Religiões: catolicismo, protestantismo, espiritismo, religiões de matriz africana

  • População: 181.722.000 habitantes (ONU, 2021)

  • Densidade demográfica: 74,1 hab./km²

  • Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): 0,814 (Bahamas) a 0,510 (Haiti)

  • Moedas: dólar (americano e locais), peso cubano, colón costa-riquenho, quetzal (Guatemala), gourde (Haiti), lempira (Honduras), córdoba (Nicarágua), balboa (Panamá).

  • Produto Interno Bruto (PIB): US$ 1.528.259.000 (ONU, 2021)

  • PIB per capita: US$ 8605 (ONU, 2021)

  • Gini: 0,533 (Belize) a 0,411 (Haiti)

  • Fuso horário: GMT-5 e GMT-6

  • Relações exteriores:

    • ONU;

    • OMC;

    • OEA;

    • Banco Mundial;

    • FMI;

    • OCDE;

    • UNCTAD.

Países da América Central e suas capitais

País

Capital

Antígua e Barbuda

Saint John’s

Bahamas

Nassau

Barbados

Bridgetown

Belize

Belmopan

Costa Rica

São José

Cuba

Havana

Dominica

Roseau

El Salvador

São Salvador

Granada

Saint Georges

Guatemala

Cidade da Guatemala

Haiti

Porto Príncipe

Honduras

Tegucigalpa

Jamaica

Kingston

Nicarágua

Manágua

Panamá

Cidade do Panamá

República Dominicana

Santo Domingo

Santa Lúcia

Castries

São Cristóvão e Neves

Basseterre

São Vicente e Granadinas

Kingstown

Trinidade e Tobago

Porto da Espanha

Mapa da América Central

Como tem sido o crescimento econômico dos países da América Central

Divisão da América Central

A regionalização da América Central se dá de acordo com a posição ocupada pelos países do subcontinente. Dessa forma, temos duas regiões distintas: a América Central Ístmica e a América Central Insular.

  • América Central Ístmica: um istmo é uma estreita faixa de terra situada em meio a um corpo d’água (mar, oceano) e que faz a conexão entre duas áreas maiores. Assim, a América Central Ístmica é formada pelo conjunto de países que interligam a América do Norte e a do Sul, localizados entre o México e a Colômbia respectivamente. É chamada também de América Central Continental. Integram essa região os seguintes países: Guatemala, Belize, El Salvador, Honduras, Nicarágua, Costa Rica e Panamá.

  • América Central Insular: corresponde ao conjunto de ilhas e países insulares banhados pelo mar do Caribe ou mar das Antilhas, imediatamente a leste da América Central Ístmica. Dentro dessa região, há a subdivisão entre as Bahamas e as Antilhas. São essas:

    • Pequenas Antilhas: conjunto formado pelos países Antígua e Barbuda, Barbados, Dominica, Granada, Santa Lúcia, São Cristóvão e Neves, São Vicente e Granadinas, e Trinidade e Tobago. Integram esse grupo também as ilhas e territórios britânicos e estadunidenses.

    • Grandes Antilhas: Cuba, Jamaica, Porto Rico e a ilha de São Domingos (ou Hispaniola), sobre a qual estão dois países centro-americanos, o Haiti e a República Dominicana.

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Geografia da América Central

A América Central é um dos três subcontinentes que formam o continente América, e é composta por 20 países. Suas terras se encontram totalmente situadas no Hemisfério Norte, com a maior parcela abaixo do Trópico de Câncer (23º27’ N).

Dividida entre uma faixa ístmica, chamada também de continental, e um conjunto de ilhas, ela se estende por cerca de 2,5 milhões de km², entre a América do Norte e a América do Sul. O subcontinente centro-americano é banhado pelo oceano Pacífico, a oeste e sudoeste, e pelo mar do Caribe, a leste. Na sua porção continental, ele se limita com o México, ao norte, e com a Colômbia, ao sul.

  • Clima da América Central

O clima predominante nos países centro-americanos é o tropical, marcado por altas temperaturas no verão, invernos moderados e volumes de chuvas que variam de moderados a elevados e que se concentram nos meses mais quentes.

Muitos fatores, entretanto, influenciam na ocorrência de climas regionais ou variações locais, como a maritimidade e o relevo montanhoso, proporcionando assim áreas de temperaturas mais amenas e até mesmo algumas regiões mais secas em decorrência das barreiras orográficas.

  • Relevo da América Central

Aproximadamente 80% dos terrenos da América Central possuem relevo montanhoso ou constituído por planaltos, concentrando-se sobretudo na costa pacífica do subcontinente. As planícies e terras baixas estão presentes em faixas estreitas, com exceção de países como Nicarágua e Honduras, que possuem amplas áreas rebaixadas na proximidade de grandes lagos.

Nota-se que a América Central se formou sobre uma região de encontro de placas tectônicas, sendo elas as placas Norte-Americana, do Caribe, de Cocos, de Nazca e Sul-Americana. Em função disso, o subcontinente apresenta grande instabilidade tectônica e registra, com certa frequência, erupções vulcânicas e terremotos de elevada intensidade. Aliás, os dois picos mais elevados da América Central são vulcões. Trata-se dos vulcões Tajumulco e Acatenango, ambos na Guatemala e com altitude de 4220 e 3975 metros respectivamente.

Como tem sido o crescimento econômico dos países da América Central
Vista do vulcão Tajumulco, na Guatemala.

  • Vegetação da América Central

Em função dos altos teores de umidade e da ocorrência climática, a vegetação da América Central é formada principalmente por florestas tropicais. Nas regiões de maior altitude, são encontradas espécies vegetais características de florestas temperadas, já em algumas das planícies e terras baixas, é possível observar a presença de pântanos.

  • Hidrografia da América Central

O maior rio da América Central é o Lempa, que percorre 422 km pelos territórios da Guatemala, onde fica a sua nascente, Honduras e El Salvador. Esse curso d’água possui grande importância para o último país, sendo responsável por parte do abastecimento hidrelétrico e também pela navegação hidroviária, já que é o único rio navegável de El Salvador.

Há ainda grandes lagos no subcontinente, como o lago Nicarágua (ou Cocibolca), localizado no país de mesmo nome. Esse é o maior lago da América Central, e recobre 8624 km².

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Demografia da América Central

A América Central é a menos populosa dos três subcontinentes que formam a América. Segundo dados das Nações Unidas para o ano de 2021, a região possui 181.722.000 de habitantes. Esse contingente representa 17,6% da população do continente americano e aproximadamente 2,3% da população mundial. Os territórios centro-americanos têm uma densidade demográfica de 74,1 hab./km², e a sua população não se encontra homogeneamente distribuída, concentrando-se principalmente na costa do Pacífico.

O país mais populoso da América Central é a Guatemala, que conta hoje com 18.250.000 habitantes. Logo na sequência, estão o Haiti, Cuba e a República Dominicana, todos com mais de 10 milhões de habitantes.

Considerando os territórios independentes, os menos populosos são a Dominica e Antígua e Barbuda, respectivamente, com 72 mil e 99 mil habitantes. A taxa de urbanização do subcontinente é moderada, sendo mais elevada nos países insulares. Alguns dos seus maiores centros urbanos são capitais de países, como a Cidade da Guatemala (2,8 milhões de habitantes) e São Salvador (1,1 milhão de habitantes).

Economia da América Central

A América Central apresenta um Produto Interno Bruto (PIB) de pouco mais de 1,5 trilhão de dólares, de acordo com os dados mais recentes das Nações Unidas. O subcontinente é formado por países considerados subdesenvolvidos e também emergentes.

As nações mais ricas da região, levando em consideração o seu PIB e consequentemente a maior participação na composição da economia centro-americana, são: República Dominicana, Guatemala, Costa Rica e o Panamá. Entre aqueles com menor PIB, estão a Dominica e Antígua e Barbuda.

O subcontinente, assim como toda a América Latina, é marcado por uma forte concentração de renda e uma grande quantidade de pessoas vivendo na linha da pobreza. Um dos países mais pobres das Américas fica nessa região, o Haiti.

Esse aspecto é contrastante com o fato de a América Central ser um destino turístico muito procurado por viajantes de todo o mundo, o que se deve principalmente às suas belezas naturais, como as praias do mar do Caribe, as montanhas e os vulcões ativos e inativos, e também pela grande presença de prestadores de serviços financeiros na região. Outra atividade econômica a ser destacada, além do turismo e das finanças, é o comércio internacional.

A agricultura e a pesca possuem grande importância para a economia da maior parte dos países centro-americanos, e, em menor escala, o extrativismo mineral e vegetal. Entre os principais cultivos desenvolvidos na região, estão: café, banana, cana-de-açúcar, milho, feijão, cacau, abacate e uma série de outras frutas tropicais. Esses gêneros se dedicam tanto à subsistência quanto ao comércio.

Infraestrutura da América Central

Os países da América Central apresentam taxa média de urbanização que varia entre 55% e 75%, o que significa dizer que ainda há grandes contingentes populacionais vivendo na zona rural, onde a infraestrutura é bastante precária, além do acesso aos serviços básicos ser limitado. Mesmo nas cidades, existe certa limitação quanto ao atendimento da população pelas redes de água, energia e esgoto.

É importante notar ainda que, alvo de diversos desastres naturais, como terremotos de elevada magnitude e furacões, a infraestrutura de muitos países centro-americanos foi amplamente devastada e se encontra em uma situação muito frágil e delicada. O principal exemplo é o do Haiti. Soma-se a isso o fato de a América Central concentrar os países mais pobres do continente americano.

Levando em conta os transportes, fica na América Central uma das principais obras de infraestrutura para comércio internacional, que é a hidrovia do canal do Panamá. Trata-se de uma via marítima artificial aberta no istmo do Panamá para conectar os oceanos Atlântico e Pacífico, criando assim uma rota mais curta entre essas duas áreas, ampliando o dinamismo e o caráter estratégico do transporte marítimo na região. Transitam pelo canal do Panamá atualmente mais de 14 mil embarcações todos os anos, derivadas de 170 países.

Confira no nosso podcast: Geopolítica das passagens marítimas estratégicas

História da América Central

A história da América Central teve início muito antes da chegada dos colonizadores estrangeiros à região, período que recebe o nome de América Pré-Colombiana. Uma série de comunidades e civilizações nativas se desenvolveram nos países centro-americanos há milhares de anos antes da era comum, sendo a principal delas a civilização maia.

Os maias se desenvolveram nas áreas que compreendem atualmente o México, na América do Norte, Guatemala, Belize, Honduras e El Salvador, na América Central, a partir do ano de 1800 a.C. Eles foram os responsáveis pela construção de grandes cidades-estado, como Chichen Itzá, Calakmul e Tikal, além de contribuições importantes para diversas áreas do conhecimento, notadamente a matemática.

O declínio dos povos maias coincide com o ingresso dos estrangeiros na América Central, quando teve início o processo de colonização dos países desse subcontinente no século XVI. Os espanhóis dominaram os países do istmo centro-americano, onde se formou a capitania geral da Guatemala. Nas ilhas caribenhas, constituíram colônia outros países europeus, com destaque para a França, na ilha de São Domingos, onde ficam hoje o país de mesmo nome e o Haiti, além das áreas de domínio britânico e holandês.

A independência dos países da América Central teve início logo no começo do século XIX. O primeiro país a proclamar a independência foi o Haiti, o que decorreu da Revolução Haitiana ou Revolta de São Domingos (1791-1804), conhecida como a primeira revolta liderada pelas pessoas que haviam sido escravizadas.

Pouco tempo mais tarde, outros países da América Central conquistaram a sua independência em um processo que se estendeu até o século XX. Nota-se, entretanto, que existem ilhas centro-americanas sob o domínio de outras nações (britânica, francesa, holandesa e estadunidense).

  • Videoaula sobre a independência da América Espanhola

Cultura da América Central

O conjunto de países da América Central dispõe de uma população muito diversa etnicamente, o que se reflete nos costumes e tradições de cada um deles. Grande parte daqueles que vivem no subcontinente é de origem ou descendência nativo americana e hispânica, especialmente na América Central Ístmica. Nos países insulares do Caribe, por sua vez, é elevada a parcela da população negra, como ocorre em Antígua e Barbuda, nas Bahamas e no Haiti, apenas para citarmos três exemplos.

O número de línguas e dialetos falados na América Central é muito elevado. O idioma oficial falado nos países está ligado à colonização. O espanhol é predominante, mas fala-se também francês, inglês e neerlandês nos países centro-americanos. Entre as línguas locais, uma das mais conhecidas é o crioulo haitiano, mas há ainda as línguas nativas, que eram faladas pelos povos originários daqueles países e são hoje conhecidas pelos moradores dessas localidades.

A religião é um aspecto bem forte na cultura centro-americana, seguindo uma tendência dos países da América Latina. Fés cristãs são predominantes, como o catolicismo e o protestantismo. Religiões de matriz africana e dos nativos americanos são também praticadas na região, bem como alguns grupos são adeptos de doutrinas como o rastafári, típico da Jamaica.

O subcontinente possui diversos ritmos musicais próprios, como o reggae, e festas típicas marcadas pelas multidões e uma explosão de cores, como os carnavais de rua, os tapetes de Páscoa e o festival de pipas gigantes da Guatemala, além da tradicional carreata de carros de boi, na Costa Rica.

Curiosidades sobre a América Central

Como tem sido o crescimento econômico dos países da América Central
O Grande Buraco Azul de Belize é uma estrutura circular formada nas águas do mar do Caribe a partir do desabamento do teto de uma caverna submarina e pela formação de um grande recife de corais. A estrutura possui 300 metros de diâmetro e 124 metros de profundidade.

Como tem sido o crescimento econômico dos países da América Central em comparação com a média da América Latina?

Olhando apenas para o PIB, a economia cresce mais do que a média da região: 3,4% em 2022 e 3,2% no próximo ano, conforme as projeções do FMI (1,6% nas estimativas da Oxford Economics).

Como tem sido o crescimento econômico dos países?

O FMI reviu a previsão de crescimento do PIB global em 2022 de 4,9% para 4,4%, e o Banco Mundial, de 4,3% para 4,1%. A elevação da inflação em 2021 foi um fenômeno bem disseminado: Estados Unidos, Zona do Euro, países da América Latina e do Leste Europeu são alguns exemplos.

Qual é a economia dos países da América Central?

Os países que integram essa porção do espaço americano têm suas economias fortemente ligadas à atividade primária, principalmente a agropecuária.

Qual a maior economia da América Central?

Países do MCCA Todos os países-membros são presidencialistas, tendo a Guatemala o maior destaque em razão de seu PIB (a soma de todas as riquezas): US$ 53,8 bilhões. Integram o MCCA: Nicarágua, Guatemala, El Salvador, Honduras e Costa Rica.