Além das três Revoluções Industriais pelas quais a humanidade passou em diferentes períodos, a sociedade em todo mundo já testemunhou três diferentes tipos ou modelos de industrialização, cada um deles ocorrendo em alguns determinados lugares. Esses modelos variavam conforme o grau de desenvolvimento e domínio geopolítico dos Estados Nacionais. O processo industrial ocorria, primeiramente, nos países considerados desenvolvidos e, por último, nos países chamados subdesenvolvidos e emergentes.
Industrialização clássica
A industrialização clássica ocorreu nos países desenvolvidos, acontecendo primeiramente na Inglaterra, na segunda metade do século XVIII, e estendendo-se ao longo do século XIX em outros países também considerados desenvolvidos.
Esses países, durante esse processo, passaram por profundas mudanças em seus respectivos espaços geográficos, que se transformaram conforme a economia e outros setores da sociedade também se modificaram.
Os países que passaram pela revolução clássica foram sempre pioneiros no que se refere à elaboração de novas tecnologias. Caracterizam-se por serem grandes importadores de matérias-primas, utilizadas em seu processo industrial, e por serem grandes exportadores de produtos industrializados e, principalmente, de alta tecnologia.
A maior parte das empresas multinacionais da atualidade é proveniente dos países de industrialização clássica.
Industrialização planificada
Esse tipo de industrialização ocorreu ao longo do século XX e praticamente não existe mais. Iniciou-se após o surgimento da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) e estendeu-se por todos os países que adotaram o modelo socialista soviético.
Ao contrário das demais formas de industrialização, todas as fábricas, indústrias e propriedades eram estatais. Nesse caso, não era o mercado quem regulamentava a economia, mas o Estado. Era ele quem determinava os salários, os preços dos produtos e as transformações econômicas e sociais.
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Com a queda do Muro de Berlim e o declínio do mundo socialista pautado no modelo soviético ao final do século XX, esse tipo de industrialização ruiu, as propriedades estatais foram, em sua maioria, privatizadas para empresas estrangeiras ou fechadas, o índice de desemprego aumentou e a economia desses países sofreu graves crises.
Industrialização tardia ou periférica
Esse modelo de industrialização ocorreu, principalmente, nos países subdesenvolvidos e emergentes, incluindo o Brasil. Iniciou-se a partir de meados do século XX, primeiramente na América Latina, na década de 1950, e, posteriormente, em 1960, para o extremo oriente, o sudeste da Ásia e para o Sul da África. Ainda hoje existem países que passam por esse processo de industrialização.
A industrialização tardia caracteriza-se, principalmente, pela instalação de empresas estrangeiras, as multinacionais. Por isso, alguns críticos afirmam que esses países não SE industrializaram, mas FORAM industrializados, ou seja, o processo de crescimento industrial desses países foi passivo e coordenado pelo capital estrangeiro a seu bel-prazer.
A maior parte das fábricas é do tipo de bens de consumo, isto é, produzem mercadorias diretamente do consumidor. A tecnologia utilizada, quase sempre, é de origem estrangeira.
Por
Rodolfo A. Pena
Graduado em Geografia
Palavras-chave: Índia, Imperialismo Britânico, Independência, Desenvolvimento, Estado Este trabalho tem por objetivo analisar as relações entre os britânicos e indianos, no período colonial, e o processo de desenvolvimento econômico e de industrialização da Índia, consistindo principalmente de levantamento bibliográfico. Teoricamente, utilizaremos os trabalhos de
Alice Amsden sobre o desenvolvimento de países asiáticos e periféricos. Partiremosdas relações entre britânicos e indianos e suas consequências para o desenvolvimento indiano. Em seguida, apresentamos o desenvolvimento econômico indiano antes e após sua independência, marcado pela presença do Estado. Enfim, este trabalho aponta que, o imperialismo britânico contribuiu para retardar o desenvolvimento do capitalismo moderno indiano, e que o mesmo se deu com a presença do Estado no desenvolvimento
econômico e industrial do país.Resumo
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Biografia do Autor
Bruno de Campos, Universidade Federal de Santa Catarina
Doutorando do Programa de Pós Graduação em Geografia
Como Citar
DE CAMPOS, B. Índia: de colônia britânica ao desenvolvimento econômico nacional. História Econômica & História de Empresas, v. 18, n. 2, 24 maio 2016.
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