Feriado prolongado da Semana Santa é época em que as pessoas consomem mais peixes, como o bacalhau, que se tornou uma das opções favoritas dos brasileiros para o período festivo. Mas, assim como aumentam as vendas do bacalhau, crescem também os casos de pessoas que dão entrada no pronto-socorro engasgadas com espinhas de peixes.
“Essa época do ano a incidência aumenta muito por conta do consumo maior de peixes durante a Semana Santa. É mais comum adultos passarem pela situação, porque as crianças, muitas vezes, não comem peixe pelo receio”, explica a otorrinolaringologista do Hospital Anchieta, Dra. Larissa Vilela.
As receitas caseiras de comer pão, farinha, e até mesmo beber água devem ser evitadas. “Quando alguém engasga com uma espinha de peixe e ela fica alojada na garganta deve-se procurar imediatamente um pronto-atendimento de Otorrinolaringologia. A manipulação pelo paciente pode dificultar a retirada no pronto-socorro”, acrescenta a especialista.
O esôfago é o órgão que mais pode ser prejudicado, dependendo do tamanho e formato da espinha. “Na maioria das vezes a remoção é feita no próprio consultório, mas pode ser necessário também um procedimento cirúrgico, em casos mais graves”, conclui Dra. Larissa Vilela.
No atendimento no hospital serão feitos exames endoscópicos para verificar a gravidade do problema e a melhor forma de remoção.
Dicas para evitar um susto
– Tenha muita atenção à estrutura do peixe que vai comer
– Mastigue bastante antes de engolir e coma devagar
O que fazer caso engasgue?
– Manter a calma
– Não ingerir nada após engasgar
– Não empurrar a espinha com alimentos duros
– Procure imediatamente um médico em caso de muita dor, asfixia ou se cuspir sangue
É muito incômodo ficar com uma espinha de peixe presa na garganta! Deve-se procurar atendimento médico quando não conseguir a expelir pela boca dentro de alguns minutos; há risco de sofrer uma perfuração do esôfago ou de outra parte do sistema digestivo, aumentando a chance de contrair uma infecção. Outra opção é comer e beber para forçar a passagem desse ossinho pela garganta, mas recomenda-se sempre ir ao hospital para obter tratamento especializado a fim de não piorar o problema.
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Tussa com força assim que sentir o corpo estranho na garganta. É bem provável que essa seja a resposta automática do corpo para retirar a espinha de lá. Permita que o organismo aja de forma natural com uma tosse intensa, o que pode desalojar o ossinho.[1]
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Dirija-se ao pronto-socorro mais próximo se ele continuar preso na garganta. O atendimento de um médico é fundamental quando não for possível expelir a espinha do peixe; existe a possibilidade de perfuração do esôfago, levando a uma infecção, ou seja, o tratamento será necessário.[2]
- Ela poderá causar danos à garganta mesmo ao ministrar remédios caseiros.
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Esteja preparado para se submeter a uma radiografia ou tomografia. No hospital, é provável que o médico indique a realização de um exame de imagem para detectar exatamente onde o corpo estranho está localizado. Nem todas poderão ser vistas no raio-X, logo, nem sempre esse teste será a melhor alternativa.[3]
- A tomografia é uma série de imagens feitas por raios X combinadas em uma só. Nenhum desses exames são invasivos ou doloridos.
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Informe-se sobre a realização de uma endoscopia para obter imagens mais detalhadas. O procedimento será necessário apenas em 10 a 20% dos casos de espinha na garganta, mas a salivação pode indicar que há obstrução esofágica, que exige uma endoscopia o quanto antes. Pergunte ao médico se é uma possibilidade de acordo com o seu quadro; mesmo quando a radiografia não detectar o ossinho com clareza, ele ainda poderá estar na garganta. Confie no especialista e submeta-se à endoscopia após a orientação dele.[4]
- Nesse procedimento, um tubinho é inserido na garganta. Há uma pequena câmera afixada nele, permitindo que o médico possa identificar qual é o problema no local. Através desse mesmo tubo, o objeto estranho poderá ser removido pelo médico, facilitando o uso dos instrumentos necessários para o tratamento.
- É bem provável que você tenha que ser sedado antes da endoscopia para maior conforto. O médico também pode aplicar um anestésico para diminuir o incômodo na garganta.
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Pergunte se uma intervenção cirúrgica terá que ser feita. Na grande maioria das vezes, nenhuma operação será necessária para remover o osso; apenas 1% dos casos exigem cirurgia, mas é fundamental que a espinha saia dentro de 24 horas para evitar complicações. Quando ela se aloja em um local impróprio ou é pontiaguda, causando dor, o médico poderá recomendar um procedimento cirúrgico, sob anestesia geral, para a remoção mais rápida do corpo estranho.[5]
- Uma pequena incisão será realizada perto de onde o ossinho está preso para conseguir puxá-lo, fechando o corte logo depois.
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Tente desprender a espinha com água. Dê vários goles grande de água seguidos (ou beba um copo inteiro de uma só vez). A força da água pode fazer com que ela desça e vá até o estômago.[6]
- Qualquer outro líquido, como suco ou leite, também deve funcionar.
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Tome um delicioso e consistente milk-shake para remover a espinha do peixe. Por ser bem espesso, o milk-shake pode conseguir empurrar o ossinho e fazer com que ele passe pela garganta. Tome o mais grosso e espesso que você encontrar, como os que são feitos com sorvete, e não batidos em máquina.[7]
- Ademais, o gelado reduz a dor causada pelo ossinho.
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Coma um sanduíche com manteiga de amendoim para forçar a descida do corpo estranho. Não economize na manteiga de amendoim e dê uma mordida bem grande no sanduíche; mastigue bem para que ele fique mais pastoso na boca, e engula o alimento para tentar desalojar a espinha.[8]
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Outra boa opção é comer um marshmallow bem grande. Coloque o maior que encontrar na boca e mastigue bem até ficar “grudento”, que é quando deverá engolir. Devido à consistência pegajosa, o bolo em que ele se transforma pode aderir ao osso e fazer com que passe pela garganta.[9]
- Uma bolinha de arroz japonês (que é bem “grudado”) também pode funcionar.
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Avisos
- Usar alimentos ou bebidas para desalojar uma espinha de peixe preso na garganta pode acabar piorando a situação. Recomenda-se procurar tratamento médico para que ela seja removida da forma correta.
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