A história da economia durante o Segundo Reinado perpassa inevitavelmente pelo processo de expansão de um novo gênero agrícola: o café. Desde os meados do século XVIII esse produto era considerado uma especiaria entre os consumidores europeus. Ao longo desse período, o seu consumo ganhou proporções cada vez mais consideráveis. De acordo com alguns estudiosos, essa planta chegou ao Brasil pela Guiana Francesa nas mãos do tenente-coronel Francisco de Melo Palheta.
Na segunda metade do século XVIII, por volta de 1760, foram registrados os primeiros relatos noticiando a formação de plantações na cidade do Rio de Janeiro. Na região da Baixada Fluminense as melhores condições de plantio foram encontradas ao longo de uma série de pântanos e brejos ali encontrados. No final desse mesmo século, as regiões cariocas da Tijuca, do Corcovado e do morro da Gávea estavam completamente tomadas pelas plantações de café.
O pioneirismo das plantações cariocas alcançou toda a região do Vale do Paraíba, sendo o principal espaço de produção até a década de 1870. Reproduzindo a mesma dinâmica produtiva do período colonial, essas plantações foram sustentadas por meio de latifúndios monocultores dominados pela mão-de-obra escrava. As propriedades contavam com uma pequena roça de gêneros alimentícios destinados ao consumo interno, sendo as demais terras inteiramente voltadas para a produção do café.
A produção fluminense, dependente de uma exploração sistemática das terras, logo começaria a sentir seus primeiros sinais de crise. Ao mesmo tempo, a proibição do tráfico de escravos, em 1850, inviabilizou os moldes produtivos que inauguraram a produção cafeeira do Brasil. No entanto, nesse meio tempo, a região do Oeste Paulista ofereceu condições para que a produção do café continuasse a crescer significativamente.
Os cafeicultores paulistas deram uma outra dinâmica à produção do café incorporando diferentes parcelas da economia capitalista. A mentalidade fortemente empresarial desses fazendeiros introduziu novas tecnologias e formas de plantio favoráveis a uma nova expansão cafeeira. Muitos deles investiam no mercado de ações, dedicavam-se a atividades comerciais urbanas e na indústria. Para suprir a falta de escravos atraíram mão-de-obra de imigrantes europeus e recorriam a empréstimos bancários para financiar as futuras plantações.
O curto espaço de tempo em que a produção cafeeira se estabeleceu foi suficiente para encerrar as constantes crises econômicas observadas desde o Primeiro Reinado. Depois de se fixar nos mercados da Europa, o café brasileiro também conquistou o paladar dos norte-americanos, fazendo com que os Estados Unidos se tornassem nosso principal mercado consumidor. Ao longo dessa trajetória de ascensão, o café, nos finais do século XIX, representou mais da metade dos ganhos com exportação.
A adoção da mão-de-obra assalariada, na principal atividade econômica do período, trouxe uma nova dinâmica à nossa economia interna. Ao mesmo tempo, o grande acúmulo de capitais obtido com a venda do café possibilitou o investimento em infra-estrutura (estradas, ferrovias...) e o nascimento de novos setores de investimento econômico no comércio e nas indústrias. Nesse sentido, o café contribuiu para o processo de urbanização do Brasil.
A predominância desse produto na economia nacional ainda apresenta resultados significativos no cenário econômico contemporâneo. Somente nas primeiras décadas do século XX que o café perdeu espaço para outros ramos da economia nacional. Mesmo assinalando um período de crescimento da nossa economia, o café concentrou um grande contingente de capitais, preservando os traços excessivamente agrários e excludentes da economia nacional.
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Como a atividade cafeeira contribuiu para a implantação das indústrias no Brasil?
Resposta. A atividade cafeeira contribuiu para o desenvolvimento porque na epoca para ser exportado o cafe era muito caro. Como o Brasil foi pioneiro produtor de cafe, a sua situação financeira melhorou.
Qual foi a importância da atividade cafeeira para o Brasil?
Hoje, o café continua sendo um importante gerador de divisas (US$ 2 bilhões anuais, ou 26 milhões de sacas exportadas ao ano), contribuindo com mais de 2% do valor total das exportações brasileiras, e respondendo por mais de um terço da produção mundial.
Qual foi a contribuição da indústria para a urbanização no Brasil?
Resposta. Resposta: Foi grande a importância da Indústria para a urbanização no Brasil, visto que tal processo gerou o aumento do número dos postos de trabalho, o que por sua vez aumentou a população, atraiu novas pessoas para as cidades e promoveu seu crescimento.
Qual é a importância do café para a economia do segundo reinado?
A economia do Segundo Reinado foi baseada essencialmente na produção cafeeira, que auxiliou ainda a modernização de parte do Brasil. ... A partir da década de 1830, o café transformou-se no motor da economia do Segundo Reinado. As primeiras mudas de café foram plantadas no norte do país, na segunda metade do século XIX.
Qual a importância do café para o Centro-sul?
Por ser a principal commodities de importação e exportação dessa região, o que obviamente é muito importante não só para economia dessa região mas também para o país como um todo...
O que o café representou?
Pode-se dizer que o café representou : A) Um produto que,apesar de muito importante na balança comercial brasileira,nunca assumiu uma posição de liderança no conjunto das exportações do pai. ... E)O Principal produto da economia colonial brasileira.
Qual foi a importância do café para a ocupação do território brasileiro no século XIX?
Resposta. O café no século xix, foi um dos grandes contribuidores para a urbanização das metrópoles como são Paulo e rio de janeiro, a atividade no cafezal contribuiu para o surgimento de várias cidades.
Quem trabalhava no ciclo do café?
Os fazendeiros, principalmente paulistas, fizeram fortuna com o comércio do produto. As mansões da Avenida Paulista refletiam bem este sucesso. Boa parte dos lucros do café foi investido na indústria, principalmente de São Paulo e Rio de Janeiro, favorecendo o desenvolvimento deste setor e a industrialização do Brasil.
Quais grupos sociais podem ser relacionados com ciclo do café?
Resposta: Escravos e imigrantes. Explicação: Escravos - época em que a cultivação do café era feita por mão escrava.
O que é o ciclo econômico do café?
O Ciclo do Café perdurou por mais de 100 anos, entre os anos de 1800 e 1930, a cafeicultura se manteve como a principal atividade econômica do Brasil. O período que ficou conhecido como ciclo do café, recebeu esse título porque, o café se tornou naquela época, um produto fundamental de exportação brasileira.
Como eram as relações comerciais no ciclo do café?
O CICLO DO CAFÉ (1800 A 1870) ... Renasceu o comércio, apareceram armazéns que compravam e/ou estocavam o café e que era inclusive plantado no município. Nessa mesma época a economia paratiense foi beneficiada com a vinda da família real em 1808 para o Rio de Janeiro.