Chiado no ouvido o que pode ser

O zumbido no ouvido é mais comum do que se pensa. Cerca de 30% das pessoas escutam um barulho sem a existência de uma fonte sonora em algum momento de suas vidas, de acordo com a Associação Britânica de Zumbido. Além disso, 10% da população vive com um zumbido persistente. Mas o que causa esse ruído?

Também chamado de tinnitus, o zumbido geralmente é o sintoma de algum distúrbio. O barulho pode ser intenso ou baixo e afetar um ouvido ou os dois. Existem vários tipos de zumbidos que são descritos normalmente como:

  • Apito;
  • Chiado;
  • Cigarra;
  • Grilo;
  • Cachoeira;
  • Panela de pressão;
  • Motor;
  • Rádio fora de sintonia.

De acordo com a Associação de Transtornos Vestibulares dos Estados Unidos, a maioria dos zumbidos está associada a danos no sistema auditivo. Mas também pode estar relacionada com outros fatores, como alterações na mordida (ATM), tumores de cabeça ou pescoço, além de exposição a certas drogas e problemas cardiovasculares. Confira algumas das causas mais comuns de zumbido.

Perda auditiva por exposição a ruído

Na maioria dos casos, o zumbido aparece como consequência de um processo de perda auditiva. Ficar exposto a ruídos altos constantemente sem proteção, como shows, decolagem de avião, extrapolar o volume médio indicado para ouvir música com fones, entre outros casos, pode afetar os ouvidos. E para tentar compensar a perda de audição, partes do ouvido trabalham mais, o que provoca o zumbido.

Distúrbios vestibulares

O zumbido pode ser um sinal de doenças do sistema vestibular, que é constituído por estruturas que ficam no interior de cada ouvido e que ajudam no equilíbrio do corpo. Doença de Méniere, Migrânea Vestibular e Otosclerose são alguns exemplos de transtornos vestibulares que podem provocar zumbido.

Obstruções na orelha externa e média

Bloqueios no canal auditivo, que podem ser causados por cera de ouvido em excesso, congestão nasal ou objetos estranhos, podem causar alterações de pressão sobre a membrana timpânica. Em muitos casos, a remoção da obstrução alivia os sintomas do zumbido. Porém, em algumas situações, o bloqueio pode causar danos permanentes levando ao zumbido crônico.

Transtornos da ATM

A articulação temporomandibular é importante para várias ações, como mastigar, falar e engolir, mas ela também pode afetar o ouvido. Ao se localizar tão perto da orelha, danos na ATM podem gerar zumbidos.

Quem escuta um zumbido constante deve procurar um otorrinolaringologista para uma avaliação médica e a realização de exames. O tinnitus pode prejudicar a qualidade de vida do paciente, mas com um tratamento adequado isso pode ser controlado.

Vale ressaltar que zumbido, em geral, tem tratamento. Os objetivos iniciais no tratamento do zumbido são: diminuir o grau de incômodo com a sensação; minimizar ou desaparecer com a percepção deste som anormal; melhorar a qualidade de vida de quem sofre com o tinnitus.

*Texto revisado pela Dra. Katia Akemi Uezu ( cirurgiã-dentista especialista em Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial) e pelo Dr. Saint Clair Augusto Magalhães Borges (médico otorrinolaringologista).

O tinnitus – mais conhecido popularmente como zumbido no ouvido – pode estar relacionado ao estresse emocional e acústico. Ou seja, quando permanecemos muito tempo em lugares barulhentos, ou depois de um dia cansativo.

Porém, se o ruído for persistente e te acompanhar durante o dia, e durar semanas, está na hora de procurar um médico!

Ter o zumbido por muito tempo, pode ser sinal de perda auditiva, ou sintoma de outras doenças. Por isso é importante não ignorar – e nem acostumar – com esse problema.

Para que você fique informado sobre o assunto, citamos aqui, algumas causas do zumbido no ouvido, portanto, continue a leitura!

O que é o zumbido no ouvido?

O zumbido no ouvido é uma sensação auditiva – e pode ser referida como sendo “na cabeça” – que atinge quase 28 milhões de pessoas no Brasil.

Algumas pessoas escutam frequentemente um som no ouvido sem origem definida, que “vem de dentro” do ouvido. Este problema pode afetar apenas um dos lados, ou até mesmo os dois ao mesmo tempo.

Este barulho desconfortável pode ser leve, sendo notado apenas quando está em silêncio. Ou pode ser intenso e acompanhar a pessoa no decorrer do dia.

Com isso, deve-se ficar atento aos sintomas que acompanham o zumbido no ouvido, como perda auditiva, tontura, febre, dor de cabeça e perda de equilíbrio.

Para a Organização Mundial de Saúde (OMS), o limite indicado da frequência de um som deve ficar em 70 decibéis. Para se ter uma base, a voz falada ou gritada, fica entre 30 a 80 dB, o barulho do trânsito pode chegar a 60-90 dB, já um show de rock pode alcançar 110 decibéis.

Veja abaixo o tempo máximo de exposição contínua (sem proteção) antes que se produza uma lesão:

80 dB = 8 horas por dia
86 dB = 2 horas por dia
92 dB = 30 minutos por dia
95 dB = 15 minutos por dia
101 dB = 4 minutos por dia
107 dB = 1 minutos por dia

Tipos de zumbido no ouvido

Cada um descreve o zumbido de uma forma diferente, alguns são mais graves, enquanto outros são mais agudos, o que não faltam são descrições para esse som tão desagradável.

Veja algumas dessas variações dos barulhos vindos do ouvido:

  • Apito;
  • Chiado;
  • Grilo ou cigarra;
  • Clique e estalos;
  • Panela de pressão;
  • Cachoeira;
  • Motor;
  • Coração batendo;
  • Rádio fora de sintonia e etc.

Causas do barulho vindo do ouvido

Muitas podem ser as razões do surgimento do zumbido, algumas delas estão diretamente ligados a região auricular como lesões, acúmulo de cera e perda de audição.

Porém, também pode se originar por outros motivos que não se conectam, como doenças crônicas ou pela depressão e ansiedade, por alterar os neurotransmissores responsáveis pela audição.

Segue abaixo os 7 motivos do zumbido no ouvido!

1. Perda de audição

A perda de audição é uma das principais causas do zumbido no ouvido. Cerca de 90% dos casos que envolvem esse sintoma, tem como diagnóstico a perda auditiva.

Ficar exposto a sons altos e constantes, pode alterar o bom funcionamento de partes do ouvido interno responsáveis pela audição, e assim resultar no zumbido.

Por isso, evite volumes que fiquem acima de 90 decibéis e não use fones de ouvido por mais de duas horas consecutivas.

O avançar da idade também pode acarretar na perda auditiva (presbiacusia).

2. Excesso de cera

Bloqueios no canal auditivo externo podem causar alterações de pressão na membrana timpânica, o que resulta no zumbido.

Se o canal auditivo estiver obstruído pelo acúmulo de cera, podem surgir sintomas como tontura, perda de audição, dor e coceira no ouvido.

A cera produzida tem como objetivo proteger o ouvido contra fungos e bactérias, traumas ou de bloquear a entrada de corpos estranhos.

Porém, infecções no ouvido – ou até mesmo o envelhecimento – podem resultar em um aumento na produção de cera, e assim provocar o endurecimento e o entupimento do canal auditivo.

Os sintomas de zumbido no ouvido causados pela obstrução, podem ser aliviados quando a cera é removida.

3. Infecção no ouvido

A infecção no ouvido leva ao acúmulo de líquidos no ouvido médio, que por sua vez, também alteram a pressão no ouvido, trazendo sintomas como febre, dor, vermelhidão, formação de pus, sensação de pressão, e claro, o zumbido no ouvido.

Essas alterações podem ser ocasionadas por bactérias, vírus e fungos. Por isso o zumbido tem relação com a covid-19.

As alterações ocasionadas pelos distúrbios vestibulares também podem motivar o zumbido. Isso acontece, devido às estruturas do ouvido interno estarem relacionadas com o equilíbrio, além de estarem intimamente conectadas com as partes responsáveis da audição.

Além do mais, este ruído incômodo pode ser ocasionado por lesões no ouvido como perfuração timpânica ou exposição a produtos químicos.

Para distinguir a lesão da infecção, é necessário estar atento a alguns pontos. No caso da infecção, os sintomas podem vir acompanhados de febre, mal-estar e dor na região.

Já no caso de lesão, o zumbido pode vir em conjunto com sangramentos, diminuição da audição, além de dor repentina.

Contudo, cada paciente é único e se comporta de maneiras diferentes, de modo que nem todos – ou mesmo nenhum – desses sintomas podem estar presentes. Por isso a importância de consultar um especialista.

4. Disfunção temporomandibular

A articulação temporomandibular (ATM) – localizada bem próxima ao ouvido – tem como função realizar os movimentos da boca.

Quando essa articulação é, por exemplo, sobrecarregada por hábitos prejudiciais, trauma local, dentre outros, pode resultar na disfunção da ATM (DTM).

Quem tem o hábito de apertar muito os dentes durante a noite (bruxismo noturno) ou até mesmo durante o dia (bruxismo diurno) pode desenvolver uma disfunção temporomandibular.

Sintomas de DTM:

  • Dores na região da face;
  • Dor de cabeça;
  • Cervicalgia: dor no pescoço, nuca e parte superior das costas;
  • Incômodo/dor dentro e/ou em volta da orelha;
  • Sensação de ouvido tampado, como se estivesse descendo montanha;
  • Mandíbula estalando;
  • Zumbido no ouvido.

Portanto, disfunções temporomandibulares podem estar relacionadas com o zumbido, já que direta ou indiretamente a ATM e a região do ouvido podem estar envolvidas. A presença de pontos-gatilhos miofaciais em músculos mastigatórios também podem modular o zumbido.

Sendo assim, procure um especialista em disfunção temporomandibular e dor orofacial para que ele faça um diagnóstico completo.

5. Doenças crônicas

Além dos fatores mencionados acima, doenças crônicas como pressão alta, diabetes, problemas na tireoide, além de doenças cardiovasculares, também podem causar o zumbido no ouvido.

Enfermidades que podem causar o zumbido:

  • Diabetes;
  • Hipertensão;
  • Alterações nos níveis de triglicérides;
  • Lúpus;
  • Artrite reumatoide;
  • Obesidade;
  • Desvios de coluna;
  • Labirintite;
  • Esclerose múltipla;
  • Alterações hormonais.

6. Substâncias

Outra forma de tentar identificar a causa do zumbido é descobrindo os gatilhos que disparam ou até mesmo pioram o ruído.

Substâncias que podem agravar o zumbido no ouvido:

  • álcool;
  • doces;
  • refrigerantes;
  • cafeína;
  • nicotina;
  • substâncias com xantinas, (café, refrigerante, chás, chocolates e alimentos industrializados).

7. A sensibilização central

A sensibilização central corresponde a alterações e modificações decorrentes de uma disfunção em como estímulos persistentes e de longa duração que seguem pelas vias nervosas até o cérebro (sistema nervoso central) são percebidos, processados e interpretados. E assim, como o cérebro responde a eles após alterações nesses mecanismos.

Os estímulos recebidos não são bem compreendidos e nem processados corretamente pelo cérebro. As sensações são amplificadas, provocando uma resposta anormal e com tempo maior de duração do que o esperado, afetando também a qualidade de vida da pessoa.

Por exemplo, após um longo período de dor persistente, o sistema nervoso central pode se sensibilizar (sensibilização central) e passar a interpretar os estímulos que não são dolorosos como sendo dolorosos.

Um leve toque na pele pode desencadear a sensação de dor e/ou choque e, que persistem, mesmo que se pare de tocá-la.

Também podem ocorrer alterações no processamento e percepção de sons.

Essa desordem neurossensorial pode originar vários sintomas e síndromes neste processo, como a fibromialgia, a síndrome dolorosa miofascial, síndrome do intestino irritável, DTM com componentes neuropáticos, além de determinados tipos de cefaleias e/ou enxaquecas e também estar associada ao zumbido.

Como tratar o zumbido no ouvido?

O resultado para minimizar o zumbido vai depender muito da causa e da resposta do paciente, perante o tratamento.

Como o ruído é associado a mais de 200 fatores, o diagnóstico se torna muito complexo e é feito por exclusão. Para começar o médico pode pedir uma audiometria, e depois alguns exames de sangue para identificar enfermidades como diabetes, colesterol alto, entre outros fatores.

A partir do momento em que o médico consegue diagnosticar qual a causa do zumbido no ouvido, ele poderá encaminhá-lo ao especialista correto, como um fonoaudiólogo, um cardiologista, um otorrinolaringologista, ou até mesmo ao dentista, caso o zumbido seja motivado pela DTM.

Em alguns casos pode ser necessário o uso de medicamentos como vasodilatadores, ansiolíticos, anticonvulsivantes, antidepressivos ou até mesmo o uso de aparelhos de amplificação sonora.

Como reduzir o zumbido no ouvido de forma natural?

Uma vez eliminada as causas patológicas de zumbido listadas acima, para que o barulho se torne menos frequente, ou passe despercebido, há algumas atitudes que você pode seguir para reduzir esse ruído tão incômodo como:

– Se alimentar bem: ao se alimentar direito você consegue controlar algumas doenças como diabetes e hipertensão, que podem causar o zumbido.

– Ouça música em um volume adequado: como foi visto, a perda da audição é um dos principais fatores para o surgimento do zumbido no ouvido, por isso se atente ao volume do seu fone ou do local que você está, se necessário, use o protetor auricular.

– Faça caminhadas e exercícios físicos: esse tipo de atividade melhora a circulação, além de prevenir contra doenças que podem levar ao zumbido no ouvido.

– Durma bem e relaxe: praticar meditação, yoga, ou dormir bem, é uma forma de evitar o estresse e assim ficar longe desse sintoma.

– Faça check-ups: consulte seu médico e faça exames de rotina para estar em dia com a sua saúde.

Conclusão sobre o zumbido no ouvido

O surgimento do zumbido no ouvido pode significar muitas coisas, algumas delas podem ter soluções simples, como mudança de hábito e cuidado com a exposição frequente a barulhos mais altos.

Em alguns casos o zumbido no ouvido pode ser indício de outras patologias, e procurar um médico é a melhor opção para evitar o agravamento do quadro.

Portanto, tratar o zumbido previne o surgimento de doenças crônicas e ainda melhora sua qualidade de vida.

Caso você observe que o seu sintoma vem de disfunções na ATM, entre em contato com os profissionais da LIVA que são especialistas em dores orofaciais.

O que provoca chiado no ouvido?

Desvios de coluna, alterações cardiovasculares, diabetes, disfunções da articulação da mandíbula e consumo excessivo de cafeína, álcool e tabaco são alguns deles. A impressão de que o zumbido atinge mais os idosos é falsa, mas tem uma explicação: cerca de 90% dos casos têm como causa principal a perda auditiva.

O que e bom para chiado no ouvido?

terapia de reciclagem do zumbido (TRT), biofeedback, terapia cognitivo comportamental e técnicas de relaxamento também podem ajudar. Algumas dessas técnicas buscam encobrir ou "mascarar" o zumbido nos ouvidos através da música ou usam dispositivos que treinam o cérebro do paciente para buscar não ouvir mais o zumbido.

Quando o zumbido e preocupante?

Percebe que tem aumentado cada vez mais o volume de aparelhos, como TV, rádio e celular? Esses sintomas, em associação ou não com um ruído, um chiado intermitente nos ouvidos, são sinais de alerta para algum nível de perda auditiva e indicam a necessidade de procurar um médico especialista em zumbido no ouvido.

Como acabar com zumbido no ouvido de forma natural?

Ginkgo biloba Essa espécie de árvore tem inúmeras utilidades medicinais e é bastante conhecida por sua capacidade de melhorar o fluxo sanguíneo, especialmente no cérebro e em toda região da cabeça. É por isso que esse é um bom remédio contra o zumbido.