Entenda como Karl Marx contribuiu para a compreensão do sistema capitalista e como seu pensamento influenciou os movimentos sociais do século XX.
Karl Marx buscou compreender a gênese do capitalismo industrial e a condição social dos trabalhadores nos países europeus no final do século XIX. Junto com Friedrich Engels, formulou a principal crítica científica ao sistema capitalista, de grande importância para os campos da sociologia, história, filosofia, economia e ciência política.
A teoria de Kark Marx
O pensamento de Karl Marx influenciou grande parte dos movimentos políticos do século XX. Assim, o marxismo se tornou ao mesmo tempo uma importante teoria da sociedade moderna e uma influente doutrina para movimentos sociais de contestação ao capitalismo e de promoção do comunismo ou do socialismo.
As principais obras de Marx são O Capital e o Manifesto Comunista, este escrito em parceria com Engels. Além dos livros mais conhecidos, Marx também escreveu outras obras de destaque para a sociologia e a ciência política, tais como O 18 Brumário de Luís Bonaparte e Contribuição à crítica da economia política.
Introdução ao pensamento de Marx
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Gostou do resumo? Muito show. Confira agora em detalhes o Materialismo Histórico.
O materialismo histórico
O ponto de partida do pensamento de Marx é o desenvolvimento histórico dos meios materiais de produção e reprodução das sociedades. Por isso, o seu método é conhecido como materialismo histórico, em oposição ao idealismo da filosofia alemã (que concebia a realidade como resultado do pensamento dos indivíduos).
Do ponto de vista do materialismo histórico marxista, o motor da história é a dialética, ou seja, o conflito entre as forças produtivas e as relações de produção. Por isso, podemos afirmar que para Marx a história das sociedades é a história da luta de classes.
Modos de produção, infraestrutura e superestrutura
Karl Marx divide a história em ciclos de modos de produção:
- O modo de produção primitivo, na pré-história, onde os bens materiais providos pela coleta e caça eram de todos da comunidade;
- O modo de produção asiático, presente nas civilizações antigas com base no escravismo;
- O modo de produção feudal, na idade média, com relações hierárquicas entre senhores e servos;
- O mode de produção capitalista, onde temos duas classes: os donos dos meios de produção (denominados por Marx de burgueses) e os proletários (trabalhadores).
As sociedades se organizam em relações de produção que correspondem a uma determinada etapa de desenvolvimento das suas forças produtivas materiais. O conjunto dessas relações de produção forma a estrutura econômica de determinada sociedade.
A estrutura econômica é a base real sobre a qual se ergue a superestrutura correspondente a expressões da consciência social. Para Marx, o modo de produção da vida material é que condiciona o processo da vida social, política, intelectual e espiritual.
O Manifesto Comunista
Marx defende que as revoluções ocorrem por causa das contradições da estrutura material, isto é, do conflito existente entre as classes.
No “Manifesto do Partido Comunista”, Marx e Engels chegam à conclusão de que os conflitos entre burgueses e proletários levarão à destruição do capitalismo e, consequentemente, conduzirão ao comunismo (sociedade sem classes).
O Trabalho para Marx, Weber e Durkheim
A Sociologia do Enem cobra três autores em detaque: Karl Marx; Émile Durkheim; e Max Weber. Veja no resumo qual e o enfoque de cada um deles para explicar O Trabalho humano:
Gostou aí das comparações? Muito boa esta aula da professora Anna. Veja agora “O Capital”, que é a síntese do pensamento econômico de Karl Marx.
O Capital: a mercadoria e a mais-valia
Em “O Capital”, Marx e Engels se propõem a fazer um estudo detalhado e científico do capitalismo. Para isso, eles começam sua análise pela “célula básica” da sociedade capitalista: a mercadoria. Vamos seguir o raciocínio de Marx e Engels?
Cada mercadoria tem um valor, que é medido pela quantidade de trabalho humano. Ou seja, podemos determinar o valor de uma mercadoria pelo trabalho que deu para fazê-la: foi necessário 1 hora ou 12 horas de trabalho para produzir uma mercadoria, por exemplo.
Os autores diferenciam dois tipos de valores: valor de uso e valor de troca.
- Valor de uso é quando a mercadoria satisfaz uma necessidade humana.
- Valor de troca é quando ela é trocada por outra mercadoria.
Quando uma mercadoria é trocada por dinheiro, falamos que ela foi vendida. Quando uma mercadoria é vendida, ela tem um preço. Preço é a expressão monetária do valor de troca.
Burgueses x Trabalhadores
Na lógica de Marx, os burgueses são aqueles que detêm os meios de produção. Já os proletários são aqueles que nada mais têm além da sua força de trabalho. A força de trabalho também é uma mercadoria, a qual os proletários vendem para o burguês em troca de dinheiro (salário).
Porém, o valor de sua força de trabalho durante o tempo que está produzindo é muito maior do que o salário recebido. Por exemplo, todos os dias o trabalhador produz uma quantidade X de valor, mas recebe apenas um terço de X. Logo, os dois terços não-pagos ao trabalhador se transformam em riqueza para o burguês.
Esse trabalho excedente é o que Marx chama de mais-valia e constitui na expressão primordial da exploração da força de trabalho pelo capital.
A Mais-valia
Marx se pergunta: por que homens e mulheres não percebem a condição de exploração em que vivem? O autor chama de alienação quando o operário desconhece o funcionamento do modo de produção e não percebe que está sendo “roubada” parte do seu trabalho.
Nesse contexto, a ideologia seria o meio usado pelos dominantes para exercer tal dominação, fazendo com que esta não seja percebida como tal pelos dominados. Assim, Marx considera que a ideologia dominante é a da classe dominante.
Paródia sobre A Luta de Classes
Para concluir a sua revisão, antes de começar a fazer os exercícios, veja com o professor Felipe, do canal do Curso Enem Gratuito, uma paródia bem divertida para você nunca mais esquecer o que é A Luta de Classes: