Prova ENEM 2011 1� dia# Quest�o 31ENEM 1� Dia 2011 Em geral, os nossos tupinamb�s ao ver os franceses e os outros dos pa�ses long�nquos terem tanto trabalho para buscar o seu arabot�, isto �, pau-brasil. Houve uma vez um anci�o da tribo que me fez esta pergunta: “Por que vindes v�s outros, mairs e per�s (franceses e portugueses), buscar lenha de t�o longe para vos aquecer? N�o tendes madeira em vossa terra?” L�RY, J. Viagem � Terra do Brasil. In: FERNANDES, F. Mudan�as Sociais no Brasil. S�o Paulo: Difel, 1974. O viajante franc�s Jean de L�ry (1534-1611) reproduz um di�logo travado, em 1557, com um anci�o tupinamb�, o qual demonstra uma diferen�a entre a sociedade europeia e a ind�gena no sentido a) do destino dado ao produto do trabalho nos seus sistemas culturais. b)da preocupa��o com a preserva��o dos recursos ambientais. c)do interesse de ambas em uma explora��o comercial mais lucrativa do pau-brasil. d)da curiosidade, rever�ncia e abertura cultural rec�procas. e)da preocupa��o com o armazenamento de madeira para os per�odos de inverno. # Quest�o 32ENEM 1� Dia 2011
A Lei 10.639, de 9 de janeiro de 2003, inclui no curr�culo dos estabelecimentos de ensino fundamental e m�dio, oficiais e particulares, a obrigatoriedade do ensino sobre Hist�ria e Cultura Afro-Brasileira e determina que o conte�do program�tico incluir� o estudo da Hist�ria da �frica e dos africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na forma��o da sociedade nacional, resgatando a contribui��o do povo negro nas �reas social, econ�mica e pol�tica pertinentes � Hist�ria do Brasil, al�m de instituir, no calend�rio escolar, o dia 20 de novembro como data comemorativa do “Dia da Consci�ncia Negra”. Dispon�vel em: http://www.planalto.gov.br. Acesso em: 27 jul. 2010 (adaptado). A referida lei representa um avan�o n�o s� para a educa��o nacional, mas tamb�m para a sociedade brasileira, porque a) legitima o ensino das ci�ncias humanas nas escolas. b)divulga conhecimentos para a popula��o afro-brasileira. c)refor�a a concep��o etnoc�ntrica sobre a �frica e sua cultura. d)garante aos afrodescendentes a igualdade no acesso � educa��o. e)impulsiona o reconhecimento da pluralidade �tnicoracial do pa�s. # Quest�o 33ENEM 1� Dia 2011 O a��car e suas t�cnicas de produ��o foram levados � Europa pelos �rabes no s�culo VIII, durante a Idade M�dia, mas foi principalmente a partir das Cruzadas (s�culos XI e XIII) que a sua procura foi aumentando. Nessa �poca passou a ser importado do Oriente M�dio e produzido em pequena escala no sul da It�lia, mas continuou a ser um produto de luxo, extremamente caro, chegando a figurar nos dotes de princesas casadoiras. CAMPOS, R. Grandeza do Brasil no tempo de Antonil (1681-1716). S�o Paulo: Atual, 1996. Considerando o conceito do Antigo Sistema Colonial, o a��car foi o produto escolhido por Portugal para dar in�cio � coloniza��o brasileira, em virtude de a) o lucro obtido com o seu com�rcio ser muito vantajoso. b)os �rabes serem aliados hist�ricos dos portugueses. c)a m�o de obra necess�ria para o cultivo ser insuficiente. d)as feitorias africanas facilitarem a comercializa��o desse produto. e)os nativos da Am�rica dominarem uma t�cnica de cultivo semelhante. # Quest�o 34ENEM 1� Dia 2011 No clima das ideias que se seguiram � revolta de S�o Domingos, o descobrimento de planos para um levante armado dos artifices mulatos na Bahia, no ano de 1798, teve impacto muito especial; esses planos demonstravam aquilo que os brancos conscientes tinham j� come�ado a compreender: as ideias de igualdade social estavam a propagar-se numa sociedade em que s� um ter�o da popula��o era de brancos e iriam inevitavelmente ser interpretados em termos raciais. MAXWELL. K. Condicionalismos da Independ�ncia do Brasil. In: SILVA, M.N. (coord.) O Imp�rio luso-brasileiro, 1750-1822. Lisboa: Estampa, 1986 O temor do radicalismo da luta negra no Haiti e das propostas das lideran�as populares da Conjura��o Baiana (1798) levaram setores da elite colonial brasileira a novas posturas diante das reivindica��es populares. No per�odo da Independ�ncia, parte da elite participou ativamente do processo, no intuito de a) instalar um partido nacional, sob sua lideran�a, garantindo participa��o controlada dos afrobrasileiros e inibindo novas rebeli�es de negros. b)atender aos clamores apresentados no movimento baiano, de modo a inviabilizar novas rebeli�es, garantindo o controle da situa��o. c)firmar alian�as com as lideran�as escravas, permitindo a promo��o de mudan�as exigidas pelo povo sem a profundidade proposta inicialmente. d)impedir que o povo conferisse ao movimento um teor libert�rio, o que terminaria por prejudicar seus interesses e seu projeto de na��o. e)rebelar-se contra as representa��es metropolitanas, isolando politicamente o Pr�ncipe Regente, instalando um governo conservador para controlar o povo. # Quest�o 35ENEM 1� Dia 2011 Se a mania de fechar, verdadeiro habitus da mentalidade medieval nascido talvez de um profundo sentimento de inseguran�a, estava difundida no mundo rural, estava do mesmo modo no meio urbano, pois que uma das caracter�sticas da cidade era de ser limitada por portas e por uma muralha. DUBY, G. et al. “S�culos XIV-XV”. In: ARIÈS, P.; DUBY, G. Hist�ria da vida privada da Europa Feudal � Renascen�a. S�o Paulo: Cia. das Letras, 1990 (adaptado). As pr�ticas e os usos das muralhas sofreram importantes mudan�as no final da Idade M�dia, quando elas assumiram a fun��o de pontos de passagem ou p�rticos. Este processo est� diretamente relacionado com a) o crescimento das atividades comerciais e urbanas. b)a migra��o de camponeses e artes�os. c)a expans�o dos parques industriais e fabris. d)o aumento do n�mero de castelos e feudos. e)a conten��o das epidemias e doen�as. # Quest�o 36ENEM 1� Dia 2011 Uma explica��o de car�ter hist�rico para o percentual da religi�o com maior n�mero de adeptos declarados no Brasil foi a exist�ncia, no passado colonial e mon�rquico, da a) incapacidade do cristianismo de incorporar aspectos de outras religi�es. |