O que e uma pessoa ser comparada a perolas

As ostras são animais pertencentes ao filo Mollusca e classe Bivalvia, cuja concha é dividida em duas valvas que se unem através de um ligamento. São os únicos animais capazes de produzirem as pérolas, objetos tão apreciados por joalheiros. Não são todas as espécies de ostras que conseguem produzir a pérola, sendo que as que produzem são chamadas de perlíferas, e fazem parte da família Pteriidae (de água salgada) e Unionidae (de água doce).

A produção da pérola pela ostra nada mais é do que um mecanismo de defesa do animal, quando ocorre a penetração de corpos estranhos, como grãos de areia, parasitas, pedaços de coral ou rocha, entre a concha e o manto. Quando esse corpo estranho está no interior da ostra, o manto do animal envolve essa partícula em uma camada de células epidérmicas, que produzem sobre ela várias camadas de nácar, originando a pérola. O processo de fabricação de uma pérola pela ostra demora em média três anos, e geralmente elas são retiradas com 12 mm de diâmetro.

Algumas pessoas cultivam ostras para a fabricação de pérolas. Para que isso ocorra basta inserir no interior da ostra pequenas partículas, como bolinhas de plástico ou pedaços de moluscos para estimular a produção da pérola pelo animal.

As pérolas podem ser de várias cores, como rosa, vermelha ou azul, e essas cores se devem a detritos, proteínas ou à cor interna da concha do animal. A pérola mais rara que existe é a pérola negra, e ela pode ser encontrada no Taiti e nas ilhas Cook. Pérolas irregulares não têm muito valor comercial, mas algumas em forma de gota, lágrima ou cone, são utilizadas em algumas joias.

Guia de Estudo de Doutrina e Convênios e História da Igreja para Alunos do Seminário do Lar

Unidade 31: Dia 2, O surgimento de A Pérola de Grande Valor

Unidade 31: Dia 2

Em 1851, o élder Franklin D. Richards, membro do Quórum dos Doze Apóstolos, e presidente da Missão Britânica, publicou várias revelações, traduções e vários escritos do profeta Joseph Smith e chamou essa coleção de A Pérola de Grande Valor, que mais tarde foi acrescentada às obras-padrão. “A Pérola de Grande Valor é uma coletânea de escritos seletos que tratam de muitos aspectos significativos da fé e doutrina de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias” (introdução de A Pérola de Grande Valor). A expressão “Pérola de Grande Valor” vem de uma das parábolas de Jesus Cristo (ver Mateus 13:45–46). Nessa parábola, um comerciante vende tudo o que possui para obter uma pérola valiosa.

Você sabe como as pérolas são feitas? Uma pérola é produzida dentro de uma ostra à medida que a ostra reage à fricção de matéria estranha, como um grão de areia. A ostra produz uma substância para cercar o grão e este, por fim, forma uma pérola. Pérolas naturais são raras e consideradas preciosas.

Nesta lição você aprenderá sobre a origem da outra pérola—o livro de escritura intitulado A Pérola de Grande Valor. Ao estudar como esse livro veio à luz, procure alguns motivos pelos quais A Pérola de Grande Valor é preciosa para nós.

Leia o primeiro parágrafo da introdução de A Pérola de Grande Valor e identifique o que A Pérola de Grande Valor contém. A palavra periódicos refere-se a jornais ou revistas — publicações que são distribuídas periodicamente, como por exemplo, diariamente, semanalmente ou mensalmente.

No segundo parágrafo da introdução, aprendemos que em 1851, o élder Franklin D. Richards, do Quórum dos Doze Apóstolos, compilou uma coleção de textos do profeta Joseph Smith e a publicou como A Pérola de Grande Valor. Antes de textos poderem fazer parte das obras-padrão, a Primeira Presidência deve aprová-los e apresentá-los à Igreja, em uma Conferência Geral, para um voto de apoio. Durante uma Conferência Geral da Igreja em outubro de 1880, a Igreja aceitou A Pérola de Grande Valor como escritura — parte das obras-padrão.

Élder Franklin D. Richards

No terceiro parágrafo da introdução, é-nos dito que desde a primeira edição de A Pérola de Grande Valor, algum conteúdo foi acrescentado ou removido. Alguns dos conteúdos foram acrescentados e depois colocados em Doutrina e Convênios.

Leia o restante da introdução e identifique o conteúdo atual de A Pérola de Grande Valor.

O livro de Moisés e Joseph Smith—Mateus fazem parte da tradução de Joseph Smith da Bíblia. Essa tradução é uma “revisão da versão da Bíblia em inglês, conhecida como a versão do rei Jaime, que o profeta começou a fazer em junho de 1830. O Senhor ordenou a Joseph que fizesse a tradução, e este a considerava como parte de seu chamado como profeta” (Guia para Estudo das Escrituras, “Tradução de Joseph Smith (TJS)”; scriptures.LDS.org). O Senhor revelou o texto do livro de Moisés a Joseph Smith enquanto Joseph fazia acréscimos, alterações e exclusões nos primeiros capítulos de Gênesis, durante sua tradução da Bíblia. O livro de Moisés contém verdades preciosas a respeito do plano de salvação estabelecido pelo Pai Celestial.

  1. Dê uma olhada no livro de Moisés e encontre pelo menos um versículo que contenha uma verdade que você considere preciosa. Escreva o versículo que você selecionou no diário de estudo das escrituras, e escreva por que ele é significativo para você.

Como o livro de Moisés, o livro de Abraão traz verdades preciosas. Ele ensina a respeito de nossa vida pré-mortal e proporciona maior entendimento sobre a vida e o ministério de Abraão, e sobre o convênio que o Senhor fez com ele. É uma dádiva preciosa termos o livro de Abraão e vermos como ele honrou a Deus em todos os momentos, e como Deus o honrou.

Segue-se uma descrição de como o profeta Joseph Smith obteve os escritos antigos no livro de Abraão: “Em 3 de julho de 1835, um homem chamado Michael Chandler levou quatro múmias egípcias e vários rolos de papiro contendo escritos do egípcio antigo para Kirtland, Ohio. As múmias e os papiros tinham sido descobertos no Egito, vários anos antes, por Antonio Lebolo. Kirtland era uma das muitas paradas da exposição das múmias que Chandler estava fazendo no Leste dos Estados Unidos. Chandler tinha colocado as múmias e os papiros à venda e, a pedido do profeta Joseph Smith, vários membros da Igreja fizeram uma doação para [os adquirirem]. Em uma declaração de 5 de julho de 1835, Joseph Smith escreveu o seguinte a respeito da importância desses antigos escritos egípcios: ‘Comecei a tradução de alguns dos caracteres hieroglíficos, e para minha grande alegria, descobri que os rolos continham escritos de Abraão. Verdadeiramente posso dizer que o Senhor está começando a revelar a abundância de paz e verdade’ (History of the Church [História da Igreja], vol. 2, p. 236)” (A Pérola de Grande Valor — Manual do Aluno, Manual do Sistema Educacional da Igreja, 2000, p. 28).

Algumas pessoas já se perguntaram como o profeta traduziu os escritos antigos. Joseph Smith nunca disse qual foi o método que utilizou para traduzir esses registros, mas ele os traduziu pelo dom e poder de Deus. A Igreja, estudiosos e historiadores continuam na busca de um melhor entendimento da origem desse livro. Como acontece com todas as outras escrituras, o melhor meio para adquirir um testemunho da veracidade do livro de Abraão é por meio do estudo fervoroso do próprio livro. Para mais informações, acesse LDS.org, selecione Tópicos do evangelho e procure livro de Abraão.

  1. No diário das escrituras, responda à seguinte pergunta: Por que é importante obter um testemunho espiritual da veracidade do livro de Abraão?

A seguir, há uma lista das perguntas mais frequentes, com as respostas correspondentes, a respeito do surgimento do livro de Abraão:

Pergunta: Por que Joseph Smith disse que havia traduzido os escritos de Abraão, mesmo não sendo os manuscritos da mesma época de Abraão?

Resposta: O profeta Joseph Smith disse que o livro de Abraão era “uma tradução de alguns registros antigos que chegaram a nós de maneira milagrosa, e que vieram das Catacumbas do Egito, com a alegação de serem os escritos de Abraão, enquanto ele estava no Egito” (Times and Seasons, 1º de março de 1842, p. 704).

Fac-símile do fragmento de papiro1.

Em 1966, 11 fragmentos de papiros que já foram de propriedade do profeta Joseph Smith, foram descobertos no Metropolitan Museum of Art, na cidade de Nova York. Esses papiros contêm escritos egípcios autênticos, mas eles não são da época de Abraão, nem contêm o relato verdadeiro escrito pessoalmente por Abraão. É importante lembrar que foram encontrados apenas alguns fragmentos, e não todos os papiros de Joseph Smith. O livro de Abraão pode ter sido traduzido a partir de papiros que não foram recuperados. Esses papiros perdidos podem ter contido cópias dos escritos de Abraão.

Hoje em dia, simplesmente não sabemos a natureza exata da relação entre o livro de Abraão e os papiros que Joseph Smith possuía. Há várias teorias propostas de como o profeta traduziu esses escritos, mas simplesmente não sabemos os detalhes. O que realmente sabemos é que o profeta Joseph Smith traduziu o livro de Abraão pelo dom e poder de Deus.

Pergunta: O que Joseph Smith fez com sua tradução?

Resposta: “O livro de Abraão foi publicado originalmente em partes no Times and Seasons, uma revista da Igreja, a partir de março de 1842, em Nauvoo, Illinois (ver a introdução de A Pérola de Grande Valor). O profeta Joseph Smith explicou que publicaria mais trechos do livro de Abraão posteriormente, mas foi morto antes de poder fazê-lo. A respeito do possível tamanho da tradução completa, Oliver Cowdery disse certa vez que seriam necessários ‘volumes’ para contê-la (ver Messenger and Advocate, dezembro de 1835, p. 236).

Além dos escritos hieroglíficos, o manuscrito também continha desenhos egípcios. Em 23 de fevereiro de 1842, o profeta Joseph Smith pediu a Reuben Hedlock, um entalhador de madeira profissional e membro da Igreja, que preparasse uma xilogravura dos desenhos para que pudessem ser impressos. Hedlock terminou a xilogravura em uma semana, e Joseph Smith publicou os fac-símiles [cópias] com o livro de Abraão. As explicações de Joseph Smith dos desenhos acompanham [as reproduções]” (A Pérola de Grande Valor — Manual do Aluno, pp. 28–29).

Entalhes de madeira foram feitos para imprimir os fac-símiles no livro de Abraão

Pergunta: O que aconteceu às múmias e aos papiros?

Resposta: “Depois da morte do profeta Joseph Smith, as quatro múmias e os papiros tornaram-se propriedade da mãe viúva de Joseph, Lucy Mack Smith. Quando Lucy morreu, em 1856, Emma Smith, a esposa do profeta, vendeu a coleção ao Sr. A. Combs. Existem várias teorias sobre o que teria acontecido às múmias e aos papiros depois disso. Parece que pelo menos duas das múmias foram queimadas no grande incêndio de Chicago de 1871 (ver B. H. Roberts, New Witnesses for God, 3 vols., 1909–1911, vol. 2, pp. 380–382).

No início da primavera de 1966, o Dr. Aziz S. Atiya, um professor da Universidade de Utah, descobriu vários fragmentos dos papiros do livro de Abraão, enquanto fazia uma pesquisa no Metropolitan Museum of Art na cidade de Nova York. Esses papiros foram presenteados à Igreja pelo diretor do museu, em 27 de novembro de 1967. O paradeiro atual das outras múmias e dos outros papiros é desconhecido (ver H. Donl Peterson, “Some Joseph Smith Papyri Rediscovered, 1967”, Studies in Scripture, vol. 2, pp. 183–185)” (A Pérola de Grande Valor — Manual do Aluno, p. 29).

Além de ensinar doutrina e princípios valiosos, A Pérola de Grande Valor é uma evidência de que Joseph Smith foi um profeta de Deus.

  1. Responda à seguinte pergunta no diário de estudo das escrituras: De que maneira você acha que A Pérola de Grande Valor é uma evidência da veracidade do chamado de Joseph Smith como um profeta?

Em primeiro de março de 1842, o profeta Joseph Smith publicou uma carta que havia escrito a John Wentworth, editor de um jornal, explicando a história e as crenças da Igreja. Ela é comumente conhecida como a carta Wentworth. Nela, Joseph declarou 13 princípios fundamentais do evangelho. Essas crenças foram incluídas em A Pérola de Grande Valor como as Regras de Fé. Ainda que não sejam uma declaração de todas as nossas crenças, elas são um importante conjunto de doutrinas e princípios.

Localize e leia as Regras de Fé na Pérola de Grande Valor.

  1. Escolha duas Regras de Fé. No diário de estudo das escrituras, faça as seguintes atividades para cada uma delas:

    1. Escreva, com suas próprias palavras, a doutrina ou o princípio que a regra de fé ensina.

    2. Encontre uma escritura que fundamente ou explique a doutrina ou o princípio na regra de fé. Escreva pontos de vista que a escritura acrescenta ao entendimento dessa doutrina ou desse princípio.

    3. Liste um modo pelo qual o entendimento dessa regra de fé e a crença nela podem trazer bênçãos para a vida de alguém.

O élder L. Tom Perry, do Quórum dos Doze Apóstolos, relacionou como o conhecimento das Regras de Fé pode ser especialmente útil para os membros da Igreja:

“Cheguei à conclusão de que se eu estudasse o conteúdo de cada Regra de Fé, poderia explicar e defender todos os princípios do evangelho que tivesse oportunidade de expor a alguém que estivesse procurando a verdade restaurada.

Seria uma grande bênção se todos os membros da Igreja decorassem as Regras de Fé e conhecessem os princípios que elas contêm. Estaríamos muito mais preparados para falar do evangelho com outras pessoas. (…)

As Regras de Fé não foram escritas por uma equipe de eruditos, mas por um único homem inspirado que declarou com clareza e consistência as doutrinas fundamentais do evangelho de Jesus Cristo. Elas contêm afirmações simples e diretas dos princípios de nossa religião e constituem a forte evidência da inspiração divina que possuía o profeta Joseph Smith” (“Regras de Fé”, A Liahona, julho de 1998, p. 24).

  1. Responda às seguintes perguntas no diário de estudo das escrituras:

    1. Como o fato de fazer declarações simples e diretas a respeito de princípios pode ser útil ao explicar e ensinar o evangelho?

    2. Escreva sobre uma experiência em que as Regras de Fé ou as verdades que elas contêm o ajudaram a explicar sobre o evangelho a alguém. Se você não teve uma experiência assim, faça uma lista das possíveis perguntas que outras pessoas possam fazer sobre nossa religião que poderiam ser respondidas com o uso das Regras de Fé.

Você pode estabelecer a meta de estudar e memorizar todas as Regras de Fé. Ao fazê-lo, sua capacidade de explicar os princípios do evangelho aumentará.

  1. Escreva o seguinte no final das designações de hoje, no diário de estudo das escrituras:

    Estudei a lição “O surgimento de A Pérola de Grande Valor” e a concluí em (data).

    Perguntas, pensamentos e ideias adicionais que eu gostaria de comentar com meu professor: