Mostre copiando outras expressões do texto que essa tendência não ocorre nas

3 Leia o trecho de um livro de História dedicado ao estudo da vida de trabalhadores rurais.

[...]


Aos 19 anos, dona Matilde casou-se com José Bruno Schaefer, hoje já morto. Juntos migraram primeiramente para o município de Alecrim, no interior do estado do Rio Grande do Sul [...]:

Lá onde eu disse, dei minha vaca e 14 porco e mais uns troco de dinheiro para nós poder comprar a primeira terrinha. Compremo. E depois dali, nos voltemo. Daí vendemo, porque todo mundo falava que as criança tava muito doente, que falaram que era por causa da água que não tava boa. Daí vendemos lá, viemos pro Paraná.

Ao tecer suas memórias, ganha relevo o significado da terra, que à época, como se pôde observar, ainda não alçava os valores especulativos capitalistas que atualmente conhecemos. [...]

LAVERDI, Robson. Tempos diversos, vidas entrelaçadas; trajetórias itinerantes de trabalhadores no extremo-oeste do Paraná. Curitiba: Aos Quatro Ventos, 2005. p. 125. (Fragmento).

a) No primeiro e no terceiro parágrafos do texto, a escrita segue as variedades urbanas de prestígio. Por que o autor usou essa variação linguística?

O texto trata dos resultados de uma pesquisa acadêmica e, portanto, deve ser escrito na variedade linguística aceita nas situações de escrita formal.

b) O autor incluiu em seu discurso o depoimento de uma camponesa. Sobre o que ela fala?

A camponesa fala sobre os motivos da família para migrar para o interior do Rio Grande do Sul e depois voltar para o Paraná.

c) Como o assunto abordado pela camponesa se relaciona com a pesquisa feita pelo autor?

O depoimento da camponesa exemplifica como é a vida de uma família de trabalhadores rurais, tema do estudo realizado pelo autor.

d) No depoimento da trabalhadora, percebemos uma característica comum em algumas variedades linguísticas: a ideia de plural mostrada apenas em uma das palavras da expressão, como ocorre em “uns troco de dinheiro”. Transcreva outra expressão em que isso acontece.

“14 porco”; “as criança”.

Muitos dos desvios em relação às formas adotadas pelas variedades urbanas de prestígio explicam-se de modo bastante lógico, como aqueles vistos na flexão dos verbos e no estabelecimento da concordância verbal e nominal. Eles evidenciam modos distintos, mas não incoerentes, de fazer uso da língua. Página 251

e) Levante uma hipótese: o que pode justificar essa regra de uso do plural em apenas uma das palavras?

Essa regra pode ser justificada pelo fato de que a ideia de quantidade já fica clara para o interlocutor, não sendo necessário repeti-la nas demais palavras.

f) Mostre, copiando outras expressões do texto, que essa tendência não ocorre nas variedades urbanas de prestígio.

Em “suas memórias” e “valores capitalistas especulativos”, notamos que as marcas de plural estão presentes em todas as palavras de cada expressão.

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Cristiane Siniscalchi
Bacharela e licenciada em Letras (habilitação Português) pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas e pela Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo. Mestra em Letras (área de concentração: Teoria Literária e Literatura Comparada) pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Professora de Português e coordenadora de Língua Portuguesa em escolas de Ensino Médio em São Paulo por 23 anos. Coautora de livros didáticos e paradidáticos.

Se liga na língua Literatura

Produção de texto


Linguagem

1


Ensino Médio

Componente curricular: língua portuguesa

MANUAL DO PROFESSOR

1ª edição São Paulo, 2016

Editora Moderna Página 2

Coordenação editorial: Aurea Regina Kanashiro


Edição de texto: Cecília Kinker, José Paulo Brait, Sueli Campopiano
Assistência editorial: Yuri Bileski, Daniel Maduar

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UNIDADE 10 – Linguagem, comunicação e sentidos 278

Capítulo 19 – Fatores envolvidos na comunicação 280

Pra começar 281
Leitura: capa do jornal de esportes Lance! 281 As funções da linguagem 282 Refletindo sobre a língua – Atividades 283 Outros fatores envolvidos na comunicação 286 Intertextualidade 287 Contexto 288 Intencionalidade e informações implícitas 288 Coesão e coerência textuais 289 Refletindo sobre a língua – Atividades 289 Para dar mais um passo – Um texto conversa com outro 292 Leitura: “Álvaro, me adiciona”, de Gregório Duvivier 292 Você já viu isso antes – A acentuação gráfica e os encontros vocálicos 293

Leitura: “Silêncio”, de Eugen Gomringer 293

Capítulo 20 – Os vários sentidos de um texto 295

Pra começar 296
Página 9

Leitura: título, linha-fina e olho de reportagem 296

Relações de sentido 297 Refletindo sobre a língua – Atividades 300 Polissemia, sentido denotativo e sentido conotativo 303 Refletindo sobre a língua – Atividades 304 Para dar mais um passo – O dicionário e o sentido das palavras 307

Leitura: tira Bichinhos de Jardim, de Clara Gomes, e verbetes “perigoso”, “difícil” e “fofo”, do Dicionário Houaiss da língua portuguesa 308


Você já viu isso antes – O emprego de por que, por quê, porque e porquê 309
Leitura: tira de Benett 309

Capítulo 21 – Figuras de linguagem 312

Pra começar 313 Leitura: “Poema”, de Mario Quintana 313 Figuras de linguagem I 314 Metáfora e comparação 314 Metonímia 315 Catacrese 316 Sinestesia 316 Refletindo sobre a língua – Atividades 317 Figuras de linguagem II 319 Eufemismo 319 Hipérbole 320 Antítese e paradoxo 320 Ironia 321 Personificação ou prosopopeia 321 Gradação 322 Refletindo sobre a língua – Atividades 323 Para dar mais um passo – As figuras de linguagem e o efeito de criatividade 326

Leitura: sinopses dos filmes Mãos talentosas – a história de Ben Carson, de Thomas Carter, As melhores coisas do mundo, de Laís Bodanzky, O vendedor de passados, de Lula Buarque de Hollanda, e Tá chovendo hambúrguer, de Chris Miller e Phil Lord 326

Você já viu isso antes – Algumas regras de grafia de substantivos abstratos 328 Leitura: títulos de reportagem 328


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Movimentos literários

Além do domínio sobre a língua e a linguagem do texto, a interpretação de um conto, poema, romance etc. depende do conhecimento de outros elementos:

• contexto histórico-social e cultural em que o texto foi concebido;

• estilo do autor (cada escritor apresenta um conjunto de “marcas” particulares que o tornam singular se comparado a outros autores);

• estilo de época (cada época apresenta um conjunto de traços comuns que a diferencia das demais).

De forma semelhante ao que ocorre com as artes plásticas, o cinema, o teatro etc., as obras literárias produzidas em determinada época veiculam, em algum grau, valores ligados ao contexto histórico em que estão inseridas. Além disso, seus autores estabelecem diálogos e jogos intertextuais com obras anteriores e lançam novas tendências artísticas, que, muitas vezes, serão compreendidas apenas futuramente.

Se julgar pertinente, explique aos alunos que alguns artistas, vanguardistas, produzem obras em “descompasso” com o movimento artístico em voga em sua época.

Denominam-se movimento literário, escola literária ou estilo de época os grupos de autores e obras de um mesmo período histórico que possuem semelhanças entre si, embora apresentem particularidades de estilo.


Página 20

Sabia?


Além de veicular determinados padrões de uma época, reforçando-os, a literatura pode interferir mais diretamente na sociedade, mudando concepções e alterando a ordem estabelecida. O poema “Dentro da noite veloz”, de Ferreira Gullar, publicado em 1975, acabou inspirando e incentivando muitos brasileiros a lutar contra a ditadura que se seguiu ao golpe militar de 1964.

Investigue em

• História

• Geografia

• Sociologia

Que obras literárias (e seus autores) foram responsáveis por influenciar mudanças sociais e políticas?

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Page 5

1 Paulo parece viver em dois planos, o da fantasia e o da realidade.

a) Que elementos do texto sugerem que a vida do menino era povoada pela fantasia?

b) O que, no texto, nos permite saber que Paulo também vivia em um plano real?

2 De acordo com sua compreensão do texto, o que seria esse “caso de poesia”, referido pelo Dr. Epaminondas?

Fala aí


As histórias que Paulo contava para a mãe eram bem difíceis de acreditar. Na sua opinião, ele pode, por isso, ser avaliado como mentiroso? Por quê? Para você, mentira e imaginação podem ser consideradas a mesma coisa? Justifique sua resposta.

Se julgar necessário, explique aos alunos que os Dragões da Independência são uma unidade do exército brasileiro criada, em 1808, pelo príncipe regente D. João de Bragança, quando a corte portuguesa transferiu-se para o Brasil.

Biblioteca cultural

Veja o texto, interpretado por Antônio Abujamra, em: .


Página 26

CAPÍTULO 2 GÊNEROS LITERÁRIOS (I): O ÉPICO E O DRAMÁTICO

Milhares de sites são criados e desativados diariamente. Por essa razão, é possível que os endereços indicados neste capítulo não estejam mais disponíveis.

PERCURSO DO CAPÍTULO

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Leitura

No metrô vazio

Entrou no metrô e sentou-se junto à janela. Detestava metrô. O silêncio constrangido, as pessoas frente a frente, sem saber o que fazer com as mãos. Era como nos elevadores, só que pior — pois demorava mais tempo. Por isso ia na janela. Fixou os olhos na escuridão lá fora. Estava inquieta. Talvez por causa do metrô vazio. Ou talvez por culpa da jovem de preto que se sentara ali adiante, num banco de frente para o seu. Podia sentir o olhar dela. Resistiu por um tempo, mas acabou encarando-a. E sentiu que o horror a percorria: no fundo amarelo, as pupilas da moça eram um traço. Tinha olhos de gato.

SEIXAS, Heloisa. Contos mais que mínimos. Rio de Janeiro: Tinta Negra Bazar, 2010. p. 72.

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CARLOS CAMINHA

Pensando Sobre o Texto


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Page 7

Características do poema

Não existe receita para criar um poema. No entanto, convém conhecer alguns elementos desse gênero textual utilizados pelos poetas.

No capítulo 15, que trata do gênero textual conto, e em outros pontos do volume, revisamos os elementos básicos da narrativa. Optamos por detalhar a apresentação dos elementos do poema para favorecer a apropriação de um conteúdo que não é tão familiar aos alunos.

Verso e estrofe

Verso é cada uma das linhas melódicas interrompidas que constituem um poema, quando este não está escrito em prosa. Um conjunto de versos forma uma estrofe ou estância. Na poesia moderna, não há uma regra fixa para a divisão de uma estrofe – em geral, os versos que a compõem partilham relações de sentido e estão organizados em torno de uma ideia. É o que podemos perceber no poema a seguir, de Ferreira Gullar.

Estância é o conjunto de versos dispostos de maneira regular em composições que seguem os cânones de versificação clássica. Por exemplo: a obra Os lusíadas, de Camões, tem 1.102 estâncias (uniformes — oitava-rima). Na Antiguidade, o termo estrofe era utilizado para designar a parte coral do teatro grego. A estrofe era cantada por um coro.

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Leitura

Tudo escapa aqui dentro

Não sei se há remédio para esses dias em que tudo escapa. Dias assim, o peito é como um buraco negro que tudo atrai, com força descomunal. Um peito que dói, quente e pulsante. A garganta obstruída de expectativa frustrada. Não sei se há remendo, conserto, ajuste – se há o que dê jeito. Se. Não são dias de choro ou desespero, antes fossem. São de tensionamento e ansiedade. Experiência fendida – eu a vejo em sua conformação de fiapos de osso de fratura exposta.

ZENI, Bruno et al. Boa companhia: poesia. São Paulo: Companhia das Letras, 2003. p. 75.

Fendida: rachada, dividida.

Pensando Sobre o Texto

1 Não é incomum ouvirmos alguém dizer que sente “um buraco no peito”. Qual o efeito expressivo obtido com o acréscimo do adjetivo “negro”? (Peça ajuda ao professor de Física para responder a essa questão.)

2 O eu lírico associa sua experiência a “fiapos de osso de fratura exposta”. Relacione essa imagem às ideias expressas no restante do texto.

3 Anote no caderno as palavras e expressões que se repetem no poema em prosa de Zeni.

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Page 9

Leitura

Fez-se mar

fez-se mar, senhora, o meu penar

demora não, demora não vai ver o acaso entregou alguém pra lhe dizer

o que qualquer dirá

parece que o amor chegou aí


parece que o amor chegou aí

eu não estava lá, mas eu vi


eu não estava lá, mas eu vi

clareira no tempo

cadeia das horas

eu meço no vento


o passo de agora

e o próximo instante, eu sei, é quase lá


peço não saber até você voltar

CAMELO, Marcelo. Fez-se mar. Intérprete: Los Hermanos. In: LOS HERMANOS. 4. São Paulo: Sony/BMG. 2005. 1 CD. Faixa 3. Disponível em: . Acesso em: 4 fev. 2016.

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DANIEL ZEPPO

Biblioteca cultural

Conheça o trabalho da banda Los Hermanos acessando o site: .

Pensando Sobre o Texto

1 A letra da canção “Fez-se mar” estrutura-se com base em uma metáfora principal, proposta logo no primeiro verso. Em que consiste essa metáfora?


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Page 10

Humanismo: a poesia palaciana

Naquele tempo...

O Humanismo foi um período de transição entre a Idade Média e a Idade Moderna, marcado pela coexistência de duas concepções de mundo opostas: a ideia de Deus como centro do universo (teocentrismo) e a que valorizava o homem (antropocentrismo), colocando a razão como a base do conhecimento. Mais tarde, a visão antropocêntrica passou a nortear a filosofia e as artes.

Entre as mudanças ocorridas na Europa nesse período de transição destaca-se o surgimento dos idiomas nacionais, como o castelhano, o francês, o inglês etc. Em Portugal, em substituição ao galego-português, uma língua autônoma (o português) se consolida, e muitos poetas palacianos farão uso dela em suas produções.


Página 53

A chamada poesia palaciana cultivada no Humanismo era produzida por nobres e retratava os costumes da corte. Diferentemente da poesia trovadoresca, que aliava música aos versos, ela era feita para ser lida ou declamada, o que acontecia em saraus realizados nos domínios do palácio (daí a denominação palaciana).

A separação entre a palavra e a música foi a grande inovação dos poemas palacianos, pois os poetas viram-se obrigados a elaborar mais os versos, o ritmo e a musicalidade, antes garantidos pela melodia e pelos instrumentos.

O texto a seguir foi escrito por Francisco da Silveira, poeta português do final do século XV e início do XVI. Observe como o eu lírico tem uma postura diferente daquela adotada nas cantigas de amor do Trovadorismo.

Investigue em
• História

Quem eram, afinal, os humanistas?

Biblioteca cultural

Conheça as cantigas presentes nos cancioneiros, cantigas musicadas, autores e iluminuras acessando: .

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Page 11

Gil Vicente e o teatro no Humanismo

Ao longo da Idade Média, desenvolveu-se em grande parte da Europa um teatro diferente daquele que era praticado na Antiguidade greco-latina: o teatro popular. Esse teatro — inicialmente falado em latim e depois em francês — teve sua provável origem na França, em meados do século XII; nele interpretavam-se peças religiosas em datas como o Natal e a Páscoa. Os mistérios e milagres (como eram denominados) eram representados dentro da igreja. Com o tempo, as peças — encenadas pelo povo e com caráter não religioso, profano — saíram dos templos e passaram a ser apresentadas em palcos localizados em frente à igreja, depois em mercados, feiras, castelos etc.

profano: Do latim pro (“diante de”) e fanum (“templo”), significa literalmente “que fica em frente ao templo”.

Foi esse tipo de teatro que Gil Vicente (1465?-1536?) introduziu em Portugal durante o Humanismo.

Além dos autos religiosos ligados à tradição medieval, Gil Vicente também escreveu farsas, peças que compõem um retrato satírico e crítico da sociedade, englobando os plebeus, o alto e o baixo clero, a nascente burguesia urbana e os fidalgos, como em: Farsa de Inês Pereira, Quem tem farelos?, Trilogia das barcas, entre outras.

Farsa é uma peça que parte de situações ridículas e caricaturais. Nela, exagera-se o elemento cômico.

Sua crítica aguda muitas vezes era indireta, disfarçada e amenizada pelo humor. Esse acentuado elemento cômico do teatro vicentino tinha, na verdade, a intenção de moralizar uma sociedade contaminada por vícios, injustiças e hipocrisias. Gil Vicente não poupava ninguém, exceto os reis.

O texto a seguir integra a primeira parte da trilogia das barcas, que inclui as peças Auto da barca do inferno, Auto da barca do purgatório e Auto da barca da glória. No moralizante Auto da barca do inferno, personagens mortos estão diante de dois barcos, um que terá como destino o céu e outro que conduzirá as almas para o inferno. Um Anjo e um Demônio são os capitães dos barcos e dialogam com os vários personagens em quadros (sucessões de cenas relativamente independentes).

O primeiro personagem a aparecer diante do barco com destino ao inferno é o Fidalgo (nobre), que carrega uma cadeira.

Página 58

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Page 12

Leitura

[...]
– Ó glória de mandar, ó vã cobiça

Desta vaidade a quem chamamos Fama! Ó fraudulento gosto, que se atiça

C’uma aura popular que honra se chama!

Que castigo tamanho e que justiça

Fazes no peito vão que muito te ama!


Que mortes, que perigos, que tormentas,
Que crueldades neles exprimentas!

Dura inquietação da alma e da vida,

Fonte de desamparos e adultérios, Sagaz consumidora conhecida

De fazendas, de reinos e de impérios:

Chamam-te ilustre, chamam-te subida,

Sendo di[g]na de infames vitupérios;


Chamam-te Fama e Glória soberana,
Nomes com quem se o povo néscio engana

A que novos desastres determinas

De levar estes Reinos e esta gente? Que perigos, que mortes lhe destinas,

Deba[i]xo dalgum nome preminente?

Que promessas de reinos e de minas De ouro, que lhe farás tão facilmente? Que famas lhe prometerás? Que histórias? Que triunfos? Que palmas? Que vitórias?

[...]

CAMÕES, Luís de. In: SALGADO JÚNIOR, Antônio (Org.). Luís de Camões: obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2008. p. 112. (Fragmento).

Comente com os alunos que a palavra que no verso “De ouro, que lhe farás tão facilmente?” funciona como partícula expletiva, podendo ser suprimida sem prejuízo para a construção textual.

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Page 13

O indígena na literatura

Após a Independência, muitos escritores pertencentes ao movimento romântico procuraram retomar em suas obras um Brasil intocado pelas mãos europeias e um nativo idealizado e heroico, símbolo do “brasileiro original”. É o caso dos romances indianistas de José de Alencar O guarani (1857), Iracema (1865) e Ubirajara (1874).

Com o movimento modernista, inaugurado pela Semana de Arte Moderna de 1922, outros escritores resgataram criticamente a figura do indígena — caso de Mário de Andrade, com o romance Macunaíma, publicado em 1928.

Mostre copiando outras expressões do texto que essa tendência não ocorre nas

MUSEU NACIONAL DE BELAS ARTES, RIO DE JANEIRO

MEDEIROS, José Maria de. Iracema. 1881. Óleo sobre tela, 168 × 255 cm. Página 71


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Page 14

2 Quem se dirige aos marinheiros de Vasco da Gama?

3 É possível afirmar que o personagem já conhecia os portugueses, a quem chama de “gente ousada”? Justifique sua resposta.

4 A fala do mostrengo do poema de Pessoa evidencia que o personagem já conhecia os portugueses? Justifique a resposta com um trecho do texto.

5 Qual das vítimas que morreram no Cabo das Tormentas poderia ser o “homem do leme”, com quem o mostrengo fala no poema de Pessoa?

6 Em nome de quem fala o “homem do leme”?

7 O que o “homem do leme” quer dizer ao afirmar: “Aqui ao leme sou mais do que eu”?


Página 67

CAPÍTULO 5 QUINHENTISMO: ESCRITOS SOBRE UM OUTRO MUNDO

PERCURSO DO CAPÍTULO

A Carta de Pero Vaz de Caminha Textos informativos e textos de catequese

O

Tratado da Terra do Brasil, de Pero de Magalhães de Gandavo

Milhares de sites são criados e desativados diariamente. Por essa razão, é possível que os endereços indicados neste capítulo não estejam mais disponíveis.

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REPRODUÇÃO AUTORIZADA POR JOÃO CANDIDO PORTINARI/PROJETO PORTINARI - MUSEU NACIONAL DE BELAS ARTES, RIO DE JANEIRO

PORTINARI, Candido. A primeira missa no Brasil. 1948. Painel a têmpera, 266 × 598 cm.
Página 68

Pra começar

Selvagem, pagão, bárbaro, inocente, canibal — muitos foram os adjetivos utilizados pelos primeiros cronistas europeus para caracterizar o nativo que encontraram na nova-velha terra. Esses relatos a respeito do Brasil do século XVI eram muito lidos pelos europeus e provocavam o imaginário em relação ao chamado Novo Mundo.

O poema a seguir, da mesma forma que as cantigas medievais, foi criado para ser cantado, e não lido. Trata-se de um canto do grupo Guarani Mbyá, que habita a planície costeira interna da Lagoa dos Patos e as encostas da Serra do Sudeste no Rio Grande do Sul. Leia uma tradução feita para o português em conjunto com representantes da etnia Guarani Mbyá.

Biblioteca cultural

Conheça o grupo Mbyá, acessando o site

.

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Page 15

Acarretavam: transportavam.
Batéis: embarcações de pequeno porte.
Acatamento: respeito.
Degredados: que foram expulsos de sua pátria; banidos, exilados.
Tenção: intenção, propósito.
Praza: agrada.
Página 74

Pensando sobre os textos

1 O texto 1 indica que houve, com a chegada dos portugueses ao Brasil, o confronto entre duas culturas bem distintas. Explique de que maneira o fragmento sugere essa ideia.

2 Em outra passagem da Carta, Caminha escreve que, na terra, “Até agora não pudemos saber se há ouro ou prata nela, ou outra coisa de metal, ou ferro; nem lha vimos”.

a) Encontre no texto 1 trechos que apresentem uma ideia semelhante à da passagem citada acima.

b) Relacionando os trechos do texto 1 com a passagem citada, o que é possível inferir sobre o real interesse dos portugueses?

3 Que mudanças são apontadas por Pero Vaz de Caminha no comportamento dos nativos em relação ao primeiro contato deles com os portugueses?

4 No texto 2, que fato sugere que os indígenas se comportaram de maneira submissa e pacífica em relação aos portugueses?

5 Que fragmento do texto 2 dá a entender que Caminha desconsidera qualquer possibilidade de existência de uma religiosidade própria entre os nativos?

6 Que projeto da Companhia de Jesus, ligado à Contrarreforma, fica claro na passagem lida?

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Page 16

A Carta de Caminha

Lideradas pelo capitão Pedro Álvares Cabral, as naus portuguesas aportaram no Brasil em 1500. Integrando sua tripulação estava o escrivão Pero Vaz de Caminha, responsável por registrar aspectos da nova terra e do dia a dia dos navegantes da esquadra.

Pouco se sabe sobre Pero Vaz. É certa sua origem nobre. Calcula-se que tivesse 50 anos quando escreveu a Carta.

A Carta de Caminha sobre o “achamento” do novo país tinha como interlocutor um leitor bastante específico, D. Manuel, o rei de Portugal, e era um documento importante para o patrocinador das custosas aventuras marítimas. Além disso, por ser o primeiro texto oficial que retrata o Brasil aos olhos de sua metrópole, é considerado uma espécie de “certidão de nascimento” do país.

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MUSEU NACIONAL DA DINAMARCA, COPENHAGUE

ECKHOUT, Albert. Dança dos Tarairiu (Tapuias) [s.d.]. Óleo sobre tela, 172 × 295 cm. O pintor Albert Eckhout permaneceu no Brasil por sete anos, a pedido do governador da colônia holandesa, Maurício de Nassau, que se estabeleceu aqui no século XVII. Em suas pinturas, o artista constrói um ponto de vista idealizado e por vezes pitoresco do nosso país.

O relato apresenta acontecimentos que abrangem a partida da expedição de Cabral, em 9 de março, a chegada da esquadra lusitana ao Brasil, em 22 de abril, culminando no dia 1º de maio de 1500, quando uma nau retornou a Portugal para relatar a “descoberta” ao rei. O estreitamento do contato entre os nativos e os marinheiros possibilitou novas aproximações entre povos bem distantes geográfica e culturalmente.

A Carta a el-rei D. Manuel sobre o achamento do Brasil e relatos de viajantes da época obrigaram o homem europeu a rever seus valores e suas verdades até então incontestáveis. Essa literatura de viagem contribuiu para que o homem dito civilizado, que se considerava até aquele momento o único modelo de civilização e cultura, se reposicionasse e questionasse seu papel em um mundo que era muito maior do que ele acreditara.

Os fragmentos a seguir, retirados da Carta, mostram o contato dos nativos com os europeus.

Página 72

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Page 17

Leitura

A terra que se abre como flor

Vamos nessa vamos partir desta terra


Vamos nos mandar Para que os filhos desta terra

Terra de sofrimentos


Os poucos Mbyá que sobrem sobre ela Fiquem numa boa. Eles dirão: Ficamos numa boa. Estamos numa boa. A terra se abre como flor.

Todos podem ver

Nossa pequena família numa boa. Alimentos brotam por encantamento para nossas bocas. Queremos Encher a terra de vida Nós os poucos (Mbyá) que sobramos

Nossos netos todos

Os abandonados todos

Queremos que todos vejam

Como a terra se abre como flor

Mbyá: um dos subgrupos que compõem a nação Guarani.

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HUGO ARAÚJO

COHN, Sérgio (Org.). Poesia.br: cantos ameríndios. Trad. Douglas Diegues e Guillermo Sequera. Rio de Janeiro: Beco do Azougue, 2012. p. 46.
Página 69

Pensando Sobre o Texto

1 Sabendo que a história do povo Guarani, do qual faz parte o grupo Mbyá, é marcada por sucessivas perdas territoriais desde a presença dos colonizadores europeus no século XVI, como você interpretaria o verso: “Os poucos Mbyá que sobrem sobre ela”?

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7 Em outro fragmento da Carta, lê-se:

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SHUTTERSTOCK

[...] Contudo, o melhor fruto que dela [da terra] se pode tirar parece-me que será salvar esta gente. E esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza em ela deve lançar. E que não houvesse mais do que ter Vossa Alteza aqui esta pousada para essa navegação de Calicute bastava. Quanto mais, disposição para se nela cumprir e fazer o que Vossa Alteza tanto deseja, a saber, acrescentamento da nossa fé! [...]

CAMINHA, Pero Vaz de. Disponível em: . Acesso em: 2 fev. de 2016. (Fragmento).

Levando em conta a leitura do texto 2 e a do trecho acima, explique de que maneira Pero Vaz de Caminha justifica a necessidade do projeto religioso português.

Página 75

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Leitura

Texto 1

[...]


Mostraram-lhes um papagaio pardo que o Capitão traz consigo; tomaram-no logo na mão e acenaram para a terra, como se os houvesse ali.

Mostraram-lhes um carneiro; não fizeram caso dele.

Mostraram-lhes uma galinha; quase tiveram medo dela, e não lhe queriam pôr a mão. Depois lhe pegaram, mas como espantados.

Deram-lhes ali de comer: pão e peixe cozido, confeitos, fartéis, mel, figos passados. Não quiseram comer daquilo quase nada; e se provavam alguma coisa, logo a lançavam fora.

Trouxeram-lhes vinho em uma taça; mal lhe puseram a boca; não gostaram dele nada, nem quiseram mais.

Trouxeram-lhes água em uma albarrada, provaram cada um o seu bochecho, mas não beberam; apenas lavaram as bocas e lançaram-na fora. Viu um deles umas contas de rosário, brancas; fez sinal que lhas dessem, e folgou muito com elas, e lançou-as ao pescoço; e depois tirou-as e meteu-as em volta do braço, e acenava para a terra e novamente para as contas e para o colar do Capitão, como se dariam ouro por aquilo.

Isto tomávamos nós nesse sentido, por assim o desejarmos! Mas se ele queria dizer que levaria as contas e mais o colar, isto não queríamos nós entender, por que lho não havíamos de dar! E depois tornou as contas a quem lhas dera. E então estiraram-se de costas na alcatifa, a dormir sem procurarem maneiras de encobrir suas vergonhas, as quais não eram fanadas; e as cabeleiras delas estavam bem rapadas e feitas.

[...]

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Page 20

2 O que você acha que significa ficar “numa boa”, tendo em vista sua compreensão global da canção?

Fala aí


Antes da Constituição Federal de 1988, as leis brasileiras defendiam que a condição dos povos indígenas deveria ser transitória, ou seja, esses povos deveriam abrir mão de sua cultura para “integrar-se” ao corpo nacional. Você concorda com a Constituição que defende o direito indígena à sua cultura e à terra que tradicionalmente ocupou? O que você acha que pode ser feito em relação a esse direito?

Neste capítulo, você entrará em contato com os relatos dos exploradores europeus que tratam da cultura dos que habitavam as terras “recém-descobertas”. Algumas dessas obras quinhentistas explicitavam um “sentimento nativista” e supervalorizavam os elementos naturais do Brasil. Esses e outros textos informativos deixam transparecer claramente a visão de mundo do homem europeu dos séculos XV e XVI, e por isso devem ser analisados criticamente, com distanciamento. Lembre-se: como na época das grandes expedições as tribos brasileiras eram ágrafas, ou seja, não dominavam a escrita, desconhecemos o ponto de vista do nativo, que serviria de contraponto à visão eurocêntrica.

Ainda que os textos informativos não tenham grande valor artístico, sua importância histórica é inegável, uma vez que não só forneceram dados importantes sobre a formação do Brasil, como também serviram de fonte de inspiração para muitos escritores brasileiros que, anos mais tarde, participariam do processo de construção de uma literatura representativa da nossa identidade como nação.

Naquele tempo...

As Grandes Navegações, sobretudo a partir dos séculos XV e XVI, desencadearam um verdadeiro confronto entre dois mundos: o do branco e o do indígena. Desde o começo, o europeu demonstrou dificuldade em lidar com o diferente. Os textos informativos escritos pelos viajantes descrevem em pinceladas vigorosas e exageradas os aspectos pitorescos e exóticos dos povos recém-descobertos. Além dessa visão preconceituosa em relação ao novo, os textos também deixam transparecer os interesses econômicos ligados ao projeto dos descobrimentos.

Na mesma época, com o movimento da Contrarreforma, a Igreja Católica, em reação ao avanço do protestantismo, adotou, entre outras medidas, estratégias para converter os povos do Novo Mundo ao catolicismo. Assim, os poemas, autos, sermões, canções etc. escritos pelos padres jesuítas revelam o projeto da Igreja de catequização dos nativos, que aconteceu em meio ao violento choque entre as duas culturas, quando os conquistadores decidiram deslocar forçosamente os nativos para o trabalho na lavoura.

Biblioteca cultural

Em abril de 2000, em comemoração aos 500 anos do Brasil, a revista Veja lançou a edição A aventura do descobrimento, em que as seções convencionais da revista apresentavam os textos de uma perspectiva do início do século XVI, simulando uma volta no tempo. Disponível em: .

Página 70

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Page 21

Tectos: tetos.
Quilhas: peças de um navio localizadas na parte inferior de sua estrutura às quais se prendem as grandes partes que formam o casco da embarcação.

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GIL TOKIO

Página 66

1 “O mostrengo” é um intertexto que dialoga com o hipotexto Os lusíadas.

a) Com que episódio se estabelece esse diálogo intertextual?

b) Que elementos presentes no texto tornam claro esse diálogo?

Leia as estrofes 40 a 42 do canto V de Os lusíadas.

Tão grande era de membros que bem posso
Certificar-te que este era o segundo De Rodes estranhíssimo Colosso, Que um dos Sete milagres foi do mundo. Cum tom de voz nos fala, horrendo e grosso, Que pareceu sair do mar profundo.

Arrepiam-se as carnes e o cabelo,


A mi[m] e a todos, só de ouvi-lo e vê-lo!

E disse: – Ó gente ousada, mais que quantas

No mundo cometeram grandes cousas,

Tu, que por guerras cruas, tais e tantas,

E por trabalhos vãos nunca repousas, Pois os vedados términos quebrantas

E navegar meus longos mares ousas,

Que eu tanto tempo há já que guardo e tenho,

Nunca arados de estranho ou próprio lenho:

Pois vens ver os segredos escondidos


Da natureza e do úmido elemento, A nenhum grande humano concedidos De nobre ou de imortal merecimento, Ouve os danos de mi[m] que apercebidos

Estão a teu sobejo atrevimento,

Por todo o largo mar e pela terra

Que inda hás de so[b]jugar com dura guerra.

CAMÕES, Luís de. In: SALGADO JÚNIOR, Antônio (Org.). Luís de Camões: obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2008. p. 123.

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GIL TOKIO

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Page 22

Alcatifa: tapete.
Vergonhas: partes íntimas.
Fanadas: circuncidadas.

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HUGO ARAÚJO

CAMINHA, Pero Vaz de. Disponível em: . Acesso em: 2 fev. 2016. (Fragmento). Página 73

Texto 2

[...]


Andariam na praia, quando saímos, oito ou dez deles; e de aí a pouco começaram a vir. E parece-me que viriam este dia a praia quatrocentos ou quatrocentos e cinquenta. Alguns deles traziam arcos e setas; e deram tudo em troca de carapuças e por qualquer coisa que lhes davam. Comiam conosco do que lhes dávamos, e alguns deles bebiam vinho, ao passo que outros o não podiam beber. Mas quer-me parecer que, se os acostumarem, o hão de beber de boa vontade! Andavam todos tão bem dispostos e tão bem feitos e galantes com suas pinturas que agradavam. Acarretavam dessa lenha quanta podiam, com mil boas vontades, e levavam-na aos batéis. E estavam já mais mansos e seguros entre nós do que nós estávamos entre eles.

Foi o Capitão com alguns de nós um pedaço por este arvoredo até um ribeiro grande, e de muita água, que ao nosso parecer é o mesmo que vem ter à praia, em que nós tomamos água. Ali descansamos um pedaço, bebendo e folgando, ao longo dele, entre esse arvoredo que é tanto e tamanho e tão basto e de tanta qualidade de folhagem que não se pode calcular. Há lá muitas palmeiras, de que colhemos muitos e bons palmitos.

Ao sairmos do batel, disse o Capitão que seria bom irmos em direitura à cruz que estava encostada a uma árvore, junto ao rio, a fim de ser colocada amanhã, sexta-feira, e que nos puséssemos todos de joelhos e a beijássemos para eles verem o acatamento que lhe tínhamos. E assim fizemos. E a esses dez ou doze que lá estavam, acenaram-lhes que fizessem o mesmo; e logo foram todos beijá-la.

Parece-me gente de tal inocência que, se nós entendêssemos a sua fala e eles a nossa, seriam logo cristãos, visto que não têm nem entendem crença alguma, segundo as aparências. E portanto se os degredados que aqui hão de ficar aprenderem bem a sua fala e os entenderem, não duvido que eles, segundo a santa tenção de Vossa Alteza, se farão cristãos e hão de crer na nossa santa fé, à qual praza a Nosso Senhor que os traga, porque certamente esta gente é boa e de bela simplicidade. E imprimir-se-á facilmente neles qualquer cunho que lhe quiserem dar, uma vez que Nosso Senhor lhes deu bons corpos e bons rostos, como a homens bons. E o Ele nos para aqui trazer creio que não foi sem causa. E portanto Vossa Alteza, pois tanto deseja acrescentar a santa fé católica, deve cuidar da salvação deles. E prazerá a Deus que com pouco trabalho seja assim!

[...]

CAMINHA, Pero Vaz de. Disponível em: . Acesso em: 2 fev. 2016. (Fragmento).

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PORTINARI, Candido. Descobrimento do Brasil. 1956. Óleo sobre tela, 199 × 169 cm.

REPRODUÇÃO AUTORIZADA POR JOÃO CANDIDO PORTINARI/PROJETO PORTINARI - BANCO CENTRAL DO BRASIL


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Page 23

O Brasil antes e depois de Portugal

A literatura brasileira pode ser dividida em três grandes períodos, levando-se em conta as influências externas (advindas inicialmente de Portugal e depois de outros países) e as forças internas, ligadas à construção de uma identidade nacional.

1. Período colonial (séculos XVI, XVII e XVIII) — Nessa fase em que o Brasil é colônia de Portugal, as influências “externas” ainda estão em primeiro plano. As estéticas do período são o Quinhentismo, o Barroco e o Arcadismo. O processo de busca de uma identidade nacional inicia-se de maneira lenta.

2. Período nacional I (século XIX) — O Brasil torna-se independente. Nesse período, nossos autores passam a interagir com as letras de outros países, além de Portugal. Desenvolve-se uma consciência crítica que busca formas próprias de representar o Brasil. É a época do Romantismo, do Realismo-Naturalismo, do Parnasianismo e do Simbolismo.

3. Período nacional II (século XX) — Fase de maturidade, em que os artistas buscam um equilíbrio entre as influências externas e os elementos próprios do Brasil. Momento do Pré-Modernismo e do Modernismo.

Poderíamos pensar em um “Período nacional III”, que incluiria a produção contemporânea.

Embora rico do ponto de vista cultural, estudiosos da literatura defendem que não houve no Brasil colonial o desenvolvimento de movimentos literários organizados em torno de obras, autores e leitores. Por esse motivo, consideram que, até o século XVIII, ocorreram em nosso país apenas manifestações literárias ou ecos dos movimentos europeus, principalmente de Portugal.

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Manuscrito do século XVI retratando as caravelas portuguesas.

G. DAGLI ORTI/DE AGOSTINI/GETTY IMAGES - ACADEMIA DAS CIÊNCIAS, LISBOA

O esquema proposto retoma as concepções de José Aderaldo Castello (A literatura brasileira: origens e unidade. São Paulo: Edusp, 2004. v. I, p. 20-33).

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Page 24

4. Sempre ser alguém e tudo.

5. Espera-se que os alunos percebam que, embora o eu lírico defenda que é preciso sempre ser alguém e procurar ser tudo (na vida), isso deve ser feito de maneira natural e leve (sem prepotência ou arrogância).

6. a) No poema, há repetições das palavras “nada”, “tempo” e “água” no final dos versos (com exceção da última estrofe, em que aparece a palavra “água” no meio do penúltimo verso) e da palavra “sem”, no segundo verso da segunda estrofe e no último verso da terceira estrofe.

b) Espera-se que os alunos percebam que o poeta faz um jogo que consiste em variar a ordem em que as palavras aparecem no final dos versos (distribuídas nas estrofes) – nada, tempo e água; água, nada e tempo; tempo, água e nada; tempo e nada – e que há uma quebra na última estrofe, quando a palavra “água” se desloca para o meio do penúltimo verso e não se localiza no final. Professor: Alguns alunos podem apontar que, também, a palavra “sem” aparece repetida três vezes na segunda estrofe (no segundo verso) e reaparece na terceira estrofe, no último verso.


Página 424

c) Há várias possibilidades de respostas. Sugestão: Mesmo repetidas, as palavras “nada”, “tempo” e “água” surgem e ressurgem ganhando novos sentidos em cada estrofe. Depois, elas voltam a aparecer na última estrofe que, diferente das demais, é composta apenas de dois versos. Essa redução sugere uma ideia de depuração. É como se a vida precisasse de poucos elementos para acontecer.

7. Espera-se que os alunos concordem, pois os dois poemas defendem – guardadas as diferenças estéticas e de contexto – o princípio do carpe diem. No poema de Basílio da Gama, esse ideal se traduz na urgência do amor, que deve ser gozado enquanto dura “a flor dos anos”, no agora. No poema de Britto, defende-se que devemos viver a vida com o básico e aproveitá-la “enquanto é tempo” e o nada ainda não chegou, o que também é uma releitura do carpe diem.

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Page 25

O pastor sofredor – p. 129

1. a) As rimas do primeiro quarteto são interpoladas: ABBA.

b) Os versos que rimam entre si tratam da mesma temática. O primeiro e o quarto (A) fazem referência ao ambiente do campo; o segundo e o terceiro (B) remetem à cidade. Professor: Chame a atenção dos alunos para a seguinte imagem suscitada pela forma como estão organizados os versos na primeira estrofe: os primeiro e quarto versos remetem ao campo e “envolvem” o segundo e o terceiro, que remetem à cidade. Dessa maneira, é como se o campo envolvesse, circundasse a cidade.

2. Nos dois primeiros versos, o bem é relacionado ao campo; nos dois últimos, o mal é relacionado à cidade.

3. a) As rimas dos tercetos são alternadas: CDC e DCD.

b) Ali: campo; aqui: cidade; um: cidade; outro: campo.

c) Não. No segundo terceto, ali passa a referir-se à cidade, e aqui, ao campo.


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Page 26

Marília de Dirceu – p. 132

1. a) Dirceu não é “algum vaqueiro que viva de guardar alheio gado”. Ele não é de “tosco trato” e “d’expressões grosseiro”; também não é “dos frios gelos, e dos sóis queimado”.

b) Sugerem que o pastor é um homem de posses, refinado, e que possui abrigo seguro contra as intempéries climáticas.

c) Desqualificando um tipo de vaqueiro que vive de cuidar do gado dos outros, Dirceu reforça sua qualidade de homem que possui uma propriedade privada que o protege do frio e do sol e lhe garante “vinho, legume, fruta, azeite”, além de leite e lãs. Isso seria um atrativo para a amada.

2. O uso da adversativa mas reforça a ideia de que os bens (“dotes da ventura”) de Dirceu só têm sentido se estiverem associados ao afeto de Marília, mais valioso “qu’um rebanho” e “q’um trono”.

3. a) “Graças, Marília bela. / graças à minha Estrela!”

b) Esse refrão tem no texto o sentido de reforço à exaltação que o pastor faz de sua Marília. Tudo o que o pastor possui só tem sentido porque ela existe em sua vida.

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