Em sua opinião qual e à importância das conferências ambientais da ONU no mundo globalizado

Como funcionam as conferências ambientais? Veja aqui!

Prepare o papel e a caneta: hoje é dia de revisar tudo sobre conferências ambientais. Fique atento ao conteúdo, pois as crises relacionadas ao meio ambiente causam impacto hoje em dia, além de ser um assunto cobrado no Enem.

O guia que preparamos hoje vai lhe ajudar a fazer uma ótima prova de Geografia. Essa matéria é por excelência o estudo da relação do homem com a natureza. Por isso, é muito importante aprendermos sobre o mundo ao nosso redor, e assim saber como como criticá-lo.

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Confira o conteúdo na íntegra!

O que são conferências ambientais?

As conferências sobre o meio ambiente são responsáveis por reunir os maiores líderes do planeta para discutirem soluções relacionadas à conservação da natureza e elaborarem projetos de desenvolvimento sustentável.

Durante o século XX, o desenvolvimento da ciência, da tecnologia e das técnicas utilizadas em pesquisas de observação dos fenômenos naturais tornaram possíveis ao homem detectar os danos decorrentes da evolução capitalista e industrial. Áreas do conhecimento, como a ecologia, já apontavam para esse discurso no século anterior e consolidaram a base para diversos cientistas abrirem caminho para um “despertar da consciência ecológica”.

Todo esse processo foi caracterizado, principalmente, pela adoção de práticas alternativas de desenvolvimento, que tinham como objetivo a preservação da natureza e de todos os seus recursos. Nesse contexto, surgiram as grandes conferências mundiais sobre o meio ambiente, que reúnem de tempos em tempos as lideranças globais.

Onde ocorreu a primeira conferência mundial sobre o meio ambiente?

Uma grande conferência da ONU, realizada em 1949, promoveu um debate em torno da conservação e utilização de recursos naturais. Nesse momento, eles estavam preocupados com os prejuízos ambientais causados pela poluição gerada por indústrias e cidades, além das ameaças causadas por testes nucleares.

Todos esses problemas, acrescentados de um risco ambiental cada vez maior, conduziram a um novo encontro na cidade de Roma no ano de 1968. Dentre vários assuntos que foram tratados, a preocupação em planejar soluções para os problemas ambientais ganharam destaque.

Após essas grandes reuniões, foi realizada a primeira conferência das Nações Unidas sobre meio ambiente em 1972, na cidade de Estocolmo – Suécia. Ela teve como intuito conscientizar a sociedade sobre sua relação com o ambiente, principalmente quanto à exploração dos recursos naturais, a poluição do ar e das águas.

Qual o objetivo das conferências ambientais?

Se você observar bem os desequilíbrios ambientais e as crises de injustiça social a que grande parte das pessoas estão submetidas, vai começar a questionar as relações entre sociedade e natureza. Pense bem e verá que essas relações precisam ser reconstruídas.

Os problemas socioambientais levantam diversas posições no cenário mundial, como a indiferença, as justificativas banais e, também, a busca por alternativas de enfrentamento desses conflitos. Dessa maneira, após a ciência apontar para os impactos ambientais gerados pelo homem, diversas lideranças de peso tomaram a iniciativa de tentar reverter esse quadro, criando assim as conferências do meio ambiente.

Hoje em dia, essas conferências se tornaram referência na conscientização planetária, e têm o objetivo de debater questões socioambientais, relacionadas ao desenvolvimento e a natureza, além de apresentarem soluções para o futuro da sociedade.

Conferências ambientais e sustentabilidade

O termo sustentabilidade vem suscitando debates intensos no cenário internacional. Ele propõe a exploração dos recursos naturais sem deteriorá-los, pensando sempre na sua preservação para as gerações futuras. Em decorrência dos problemas ambientais, presenciados nas últimas décadas, ser sustentável é uma prática cada vez mais aceita.

Durante as conferências internacionais sobre o meio ambiente, lideranças mundiais reúnem-se para discutir a relação do homem com a natureza. São abordados assuntos como o aquecimento global, os buracos na camada de ozônio e a poluição de rios e oceanos, ou seja, desastres que para serem solucionados necessitam de toda uma reestruturação no modo de produção e consumo da sociedade.

É aí que as conferências ambientais e sustentabilidade entram em contato, pois o segundo termo aparece como solução a longo prazo e vem ganhando grande destaque entre as lideranças mundiais.

Quais foram as principais conferências ambientais?

Desde a primeira conferência ambiental em Estocolmo, as grandes nações decidiram realizar esse encontro novamente a cada dez anos. Nesses encontros mundiais as mudanças ambientais são avaliadas e, então, são apresentadas novas metas para as décadas seguintes. Acompanhe agora as grandes conferências em defesa do meio ambiente.

Estocolmo, Suécia (1972)

Obteve destaque nesse evento a criação da Carta de Estocolmo, que ressaltava a necessidade de uma nova atitude civilizatória. Foi estabelecido que os recursos naturais poderiam suprir as necessidades das gerações presentes, mas deveriam também continuar garantindo as mesmas necessidades das próximas gerações.

Nairóbi, Quênia (1982)

Certos países se reuniram após a avaliação da Conferência de Estocolmo para formarem uma Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. Essa comissão se encontrou em Nairóbi e em 1987 publicaram um relatório chamado Nosso Futuro Comum, que apontou a necessidade de um desenvolvimento sustentável.

Rio de Janeiro, Brasil (1992)

Conhecida como Rio 92 ou Eco 92, contou com a presença de representantes de 170 países, além de várias ONGs. Diversos documentos foram assinados nesse encontro, visando principalmente modificar o modelo consumista de desenvolvimento para algo mais sustentável.

Johannesburgo, África do Sul (2002)

Essa conferência da ONU sobre meio ambiente foi chamada de Rio+10. Ela começou com pouco otimismo por conta da falta de comprometimento das nações desenvolvidas, que aumentaram seus impactos ambientais, com exceção de alguns países europeus.

Rio de Janeiro, Brasil (2012)

Foi uma conferência embasada nos pilares econômicos, sociais e ambientais, tratando basicamente de dois temas:

  1. o desenvolvimento da economia verde, ou seja, a interseção entre o ambiente e a economia, que está fundamentada na erradicação da pobreza;
  2. a reestruturação do governo das Nações Unidas baseando-se no desenvolvimento sustentável para garantir, dessa maneira, o compromisso político internacional em torno da sustentabilidade.

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As conferências ambientais surgiram com o objetivo de repensar os caminhos que a sociedade estava tomando. Líderes de todo o mundo buscam soluções para que o desenvolvimento econômico continue a avançar sem que os recursos naturais sejam esgotados.

Atualmente, reuniões, pesquisas e notícias em todo o mundo envolvem temas como: aquecimento global, poluição de mares e rios, desertificação, emissões de CO2, desmatamento entre outros.

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Efeitos da crise climática agilizaram as discussões e os acordos das conferências ambientais. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)

Foi com o livro de Rachel Louise Carson, chamado Primavera Silenciosa, que os primeiros debates sobre o meio ambiente começaram a alcançar a grande mídia. Alertando para o perigo dos pesticidas, da poluição, da destruição da fauna e flora, a bióloga levou a discussão dos meios acadêmicos aos governantes de todo o mundo.

Após a publicação de seu livro, Carson sofreu ataques de grandes empresas que desejavam descredibilizar seu trabalho. Apesar disso, participou de congressos e palestras levando sua mensagem.

Em 1972 a revista Time incluiu o nome de Rachel como uma das 100 pessoas mais influentes do século XX. Em 1992, seu livro foi eleito um dos mais influentes dos últimos 50 anos, nos Estados Unidos e no mundo.

Em 1972 foi realizada, pela primeira vez, uma reunião para discutir questões relacionadas ao meio ambiente. Impulsionada pelo debate iniciado pelo livro de Rachel Carson, a Conferência de Estocolmo foi o pontapé inicial de grandes encontros que viriam a acontecer.

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Uma das maiores preocupações das conferências da ONU é a redução da emissão de gases como o CO2 e o Metano. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)

Nessa conferência foi constituída a Declaração de Estocolmo. O documento definiu princípios comuns aos países com o objetivo de preservar o meio ambiente. São, ao todo, 26 cláusulas que abordam tópicos como: preservação da água, do ar, do solo, da fauna e da flora; produção de recursos renováveis; descarga de substâncias tóxicas; direitos humanos; desenvolvimento da ciência e tecnologia; entre outros.

Durante esse encontro, foi criado o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), a primeira agência da Organização das Nações Unidas (ONU) focada em questões ambientais.

Rio-92

Vinte anos depois da primeira conferência da ONU, ocorreu, em 1992, a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento. Esse evento contou com a presença de 108 chefes de Estados, além de agências especializadas, representantes estrangeiros e organizações intergovernamentais.

Durante o encontro foram desenvolvidos diversos documentos importantes. Entre eles, está a Agenda 21. Ela conta com 40 capítulos que direcionam o planejamento de sociedades sustentáveis, focando em métodos de proteção ambiental, justiça social e eficiência econômica.

Para verificar a implementação dos tópicos da Agenda 21, foi realizada, em 1997, uma reunião batizada de Cúpula da Terra +5. Além desse encontro, foram feitas outras duas reuniões, em 2002 e em 2012, batizadas de Rio +10 e Rio +20, respectivamente.

COP21 e COP26

Em 2015, ocorreu a 21ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (COP21). O principal objetivo desse encontro foi buscar soluções que impedissem o aumento das temperaturas médias globais.

O Acordo de Paris foi assinado por 195 países e é um marco mundial na luta contra o aquecimento global. A meta dos signatários é limitar o aumento da temperatura a 1,5 °C até o ano de 2100. Essa redução do aquecimento global visa impedir eventos extremos de secas, aumento do nível dos oceanos, ondas de calor e enchentes.

Ainda, o documento aborda a questão das emissões de CO2. Atualmente, o mundo produz cerca de 52 gigatoneladas desse gás. As metas almejam reduzir esse número para 40 gigatoneladas até 2030.

Em 2021, ocorreu a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP26), visando definir estratégias para o cumprimento das metas definidas no Acordo de Paris. Apesar dos esforços, ambientalistas do mundo todo concordaram que o documento falhou em tomar as medidas mais drásticas que eram necessárias.

Futuras conferências

O próximo ano marcará 50 anos da primeira conferência realizada em 1972. A Estocolmo +50 está agendada para 2022 e, além das comemorações, serão revisadas as metas e as atitudes tomadas pelos países signatários dos acordos que aconteceram nestes 50 anos.

Fonte: Ecológico, Revista Iberoamericana de Bioética, Declaração da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente Humano, Ministério do Meio Ambiente, Cetesb, Mundo Educação, Brasil Escola, Prepara Enem.

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