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O crescente fértil foi uma importante região, especialmente para o início da sedentarização de diversos povos. Ela leva este nome porque, localizada entre os rios Tigre, Eufrates, Jordão e Nilo, tem um formato que se assemelha ao de uma lua crescente. Foi nessa região que se desenvolveram as primeiras populações sedentárias da humanidade, que passou pela revolução agrícola e, posteriormente, pela revolução urbana.
O local que chamamos de crescente fértil na antiguidade é onde hoje está hoje localizada a região da atual Palestina, Jordânia, Israel, Líbano, Kuwait e Chipre, além de algumas partes do Egito, da Síria, do Irã e da Turquia. É o berço da civilização.
Mapa do crescente fértil, no Oriente Médio. Fonte: Nafsadh / via Wikimedia Commons / CC-BY-SA 4.0 (adaptado por InfoEscola)
As cidades mais antigas se desenvolveram próximas aos rios ali localizados. Mas, antes disso, grupos humanos passaram a dominar a terra e a desenvolver a agricultura, o que lhes permitiu viverem fixos em um só lugar. O crescente fértil foi uma região conhecida por ter uma terra fértil, irrigada pelos rios. Foram eles que possibilitaram a agricultura, a sedentarização e mesmo as trocas comerciais que se davam por meio da navegação dos rios.
Havia muitos núcleos urbanos já ao longo do Tigre e do Eufrates. Uma das primeiras civilizações que conhecemos é a Mesopotâmia. São de lá os primeiros registros de sedentarização do homem. Mas, para viverem fixos na região, foi preciso aprender a domar a natureza local. Como os rios enchiam, a população precisou desenvolver técnicas para aproveitar essa irrigação e torna-la constante, tornando contínuo também o abastecimento de alimentos. Como se sabe os grupos humanos passaram muito tempo vivendo de forma nômade. Isso não quer dizer que, a partir da Revolução Agrícola, todos os grupos humanos se sedentarizaram. Esse foi um processo lento e gradual. As primeiras experiências de vida fixa se deram na região do crescente fértil. A agricultura estabeleceu as primeiras formas de divisão social do trabalho, pois, enquanto os homens ficavam responsáveis pela colheita, as mulheres tinham a responsabilidade de semear, guardar, preservar e preparar os alimentos. Além disso essas sociedades também passaram a desenvolver sistemas hierárquicos.
Por isso, foi nessa região também que primeiro se desenvolveram os sistemas numéricos e a escrita. Isso porque a Mesopotâmia, por exemplo, viveu um período de desenvolvimento do conhecimento e das técnicas necessárias tanto para a vida sedentária como para a construção das grandes obras públicas. Para construir os canais, por exemplo, o desenvolvimento do pensamento matemático foi de extrema importância. Além disso, o comércio já avançado entre os rios exigia formas de comunicação que fossem mais objetivas.
Era necessário, portanto, estabelecer padrões numéricos para efetiva execução das obras públicas. Da mesma forma tornava-se necessário o desenvolvimento de um sistema de comunicação eficaz. A escrita cuneiforme – em forma de cunha na argila mole – foi o primeiro sistema de escrita registrado. Por isso os primeiros registros escritos da humanidade são dessa região e puderam chegar até os nossos dias.
O crescente fértil marca geograficamente o início da civilização humana, vivendo em sociedade e de forma fixa, sedentária. Uma região com solo fértil, com fauna e flora diversa e com irrigação constante, dominada pelos homens e pelas mulheres que passaram a desenvolver técnicas e ferramentas para tornar a vida fixa possível. O início da vida sedentária é marcado não só pela localização estratégica, mas também pelas formas como as populações encontraram para sobreviver.
Referência:
PINSKY, Jaime. As primeiras civilizações. São Paulo: Contexto, 2011.
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- há 1 ano
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- 453
O Vale da Mesopotâmia era constituído pelas terras entre os rios Eufrates e Tigre, onde surgiram as primeiras civilizações humanas. Muitos legados desse tempo são utilizados até hoje, como as crenças nos horóscopos e nos 12 signos do zodíaco, a divisão dos dias em 24 horas, todo o processo aritmético da multiplicação e outros. Sobre o Vale da Mesopotâmia, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas: I- As periódicas inundações causadas pelo transbordamento dos rios Eufrates e Tigre fertilizavam a terra e proporcionavam o surgimento de um novo homem, uma nova civilização. PORQUE II- A prática da agricultura fixou o homem em definitivo ao solo, não existido mais o deslocamento sazonal para áreas com maiores recursos. Assinale a alternativa CORRETA:.
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O Homem ocupa áreas de várzea nas margens dos rios, que deveriam ser preservadas na sua forma natural, sem urnbanização, para que as cheias anuais dos rios na época chuvosa do ano não causem problemas à população.
“Terra entre dois rios”, a famosa Mesopotâmia é um dos berços da civilização humana. Esse local é conhecido pelo fértil solo, localizado entre os rios Tigre e Eufrates. Na História Antiga, conta-se que os povos daquela época já sabiam que as águas dos rios transbordam do seu leito habitual no período chuvoso do ano, sendo um fenômeno cíclico e natural, trazendo nutrientes dos rios para as áreas inundadas que, após as cheias, renovavam sua fertilidade, ano após ano.
Localização da Mesopotâmia, no norte da África.
Em períodos de chuva, os rios enchem e alagam as terras ao redor, ditas áreas naturais de inundação. Assim como na Mesopotâmia, as cheias, em geral, é um processo da Natureza que deveria ser valorizado, justificando maiores cuidados em relação à preservação dos rios e da pureza de suas águas.
Por outra via, nos dias atuais, faz-se necessário que as pessoas tenham maior consciência do que o crescimento desordenado da economia pode causar à Natureza. Note-se que, apesar de as enchentes não serem efeitos anormais, elas podem ser acentuadas pelas atividades humanas desorganizadas e não planejadas e levar a mais prejuízos tanto à Natureza, como à própria população.
As enchentes causadas pelo homem alteram a distribuição da vegetação natural. Na foto, árvores mortas por "afogamento", onde não deveria haver inundação natural.
Visto isso, nota-se que as enchentes sempre ocorrem e não pararão de ocorrer. Portanto, é importante que a sociedade como um todo (população, empresários e governantes) compreenda melhor esse fenômeno.
Na sociedade urbanizada, cada vez mais se notam edifícios, menos árvores, mais poluição e menos vegetação. Essas alterações da natureza provocam impermeabilização dos solos. Com isso, as águas da chuva têm mais dificuldade de se infiltrar na superfície. Em associação com o mau saneamento ambiental (limpeza dos rios, riachos e córregos, das ruas e bocas de lobo, por exemplo) e com a topografia local desfavorável ao escoamento das águas acumuladas, não é difícil ocorrer enchentes urbanas, sendo comum em algumas cidades do Maranhão, Rio de Janeiro, São Paulo, e pelo País afora.
Inundação em São Paulo: cena corriqueira nos verões paulistanos.
Dessa maneira, as inundações urbanas que são televisionadas, em geral, não são apenas efeitos da interação das chuvas intensas com os rios, são bem mais que isso. Elas podem ser inibidas ou mitigadas com ações humanas adequadas, direcionadas para a recuperação e preservação do meio ambiente natural. Em muitas localidades do mundo mais desenvolvido, o Homem já aprendeu a conviver com a Natureza, num eterno jogo de ganha-ganha: o Homem respeita e preserva a Natureza, a Natureza protege o Homem e o beneficia.
Referências:
//historiaica.wordpress.com/2015/05/11/mesopotamia-terra-entre-rios/
//pt.wikipedia.org/wiki/Mesopot%C3%A2mia
//brasilescola.uol.com.br/geografia/enchentes.htm
//pt.wikipedia.org/wiki/Inunda%C3%A7%C3%A3o#Enchente