A renovação do teatro popular no sec xx

A renovação do teatro popular no sec xx
Teatro Brasileiro

Parte I

A renovação do teatro popular no sec xx
Teatro Brasileiro

Parte II


A renovação do teatro popular no sec xx
Uma das primeiras manifestações do teatro no Brasil ocorreu no século XVI como forma de catequização. O teatro era utilizado pelos jesuítas para instruir religiosamente os índios e colonos. O padre Anchieta é um dos principais jesuítas que utilizou estes tipos de representações que eram chamadas de teatro de catequese. Esse teatro possuía uma preocupação muito mais religiosa do que artística, os atores eram amadores e não existiam espaços destinados à atividade teatral, as peças eram encenadas em praças, ruas, colégios entre outros. Já no século XVII, além do teatro de catequese emerge outros tipos de teatros que celebram festas populares e acontecimentos políticos, alguns lembram muito o carnaval como conhecemos hoje, as pessoas saíam às ruas para comemorações vestidas com adereços, desfilando mascaradas, dançando, cantando e tocando instrumentos. Com a chegada da família real no Brasil, em 1808, o teatro dá um grande salto. D. João VI assina um decreto de 28 de maio de 1810 que reconhece a necessidade da construção de "teatros decentes" para a nobreza que necessitava de diversão. Grandes espetáculos começaram a chegar no Brasil porém, além de serem estrangeiros e refletirem os gostos europeus da época eram somente para os aristocratas e o povo não tinha qualquer participação, o teatro não tinha uma identidade brasileira. No século XIX o teatro brasileiro começa a se configurar e um grande marco foi a representação da tragédia Antônio José ou O Poeta e a Inquisição de Gonçalves Magalhães em 13 de março de 1838. Esse drama foi encenado por uma companhia genuinamente brasileira, com atores e propósitos nacionalistas formado pelo ator João Caetano. Nessa época surgem as Comédias de Costume com o escritor teatral Luíz Carlos Martins Pena que buscava em fatos da época situações para arrancar da plateia muitos risos. Muitos autores teatrais surgiram como Antônio Gonçalves Dias, Manuel Antônio Àlvares de Azevedo, Casimiro de Abreu, Castro Alves, Luís Antônio Burgain, Manuel de Araújo Porto Alegre, Joaquim Norberto da Silva, Antônio Gonçalves Teixeira e Souza, Agrário de Menezes, Barata Ribeiro, Luigi Vicenzo de Simoni e Francisco José Pinheiro Guimarães.

Em 1855 surge o teatro realista no Brasil, o teatro deixa de lado os dramalhões e visa o debate de temas atuais, problemas sociais e conflitos psicológicos tentando mostras e revelar o cotidiano da sociedade, o amor adúltero, a falsidade e o egoísmo humanos. Um dos mais importantes autores dessa época é Joaquim Manoel de Macedo, autor da obra-prima A Moreninha, de Arthur Azevedo.


A Semana de Arte Moderna de 1922, que foi um marco para as artes não abrangeu o teatro que ficou esquecido, adormecido por longos anos. A renovação do teatro brasileiro veio em 1943, com a estreia de Vestido de Noiva, de
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Nelson Rodrigues, sob a direção de Ziembinski, que escandalizou o público e modernizou o palco brasileiro. Vestido de Noiva fez um grande sucesso assim como o Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna.
Vale destacar Teatro Brasileiro de Comédia formado por grandes artistas como Cacilda Becker, Tônia Carrero, Sérgio Cardoso, Paulo Autran, Fernanda Montenegro, entre outos e o Teatro de Arena que encenou a peça Eles Não Usam Black-tie, de Gianfrancesco Guarnieri, em 1958, um grande sucesso. Com o golpe militar em 1964 veio a censura e um número enorme de peças foram proibidas e somente a partir dos anos 70 o teatro novamente ressurge mostrando produções constantes. Fonte: CACCIAGLIA, Mario. Pequena História do Teatro no Brasil (quatro séculos de teatro no Brasil). São Paulo, Edusp, 1986.

www.teatro.noradar.com


www.itaucultural.org.br Acesso em setembro de 2011.

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Teatro popular, diz-se de um gênero de teatro destinado às camadas menos elitistas da nação. Um teatro feito em circos, praças e espaços públicos, por artistas mambembes, e sobretudo voltado para o gosto ingênuo do povo por isso o teatro popular é relacionado ao humanismo europeu

Muito em voga durante o século XX em todo o mundo ocidental, representado por grupos de atores pequeno-burgueses que tinham por ideal um teatro acessível ao povo e transformador da sociedade para uma sociedade popular e socialista. Para tais grupos, o dramaturgo e diretor alemão Bertolt Brecht foi o grande autor e inspirador.

O teatro começou a existir a partir do século XV em diante. O gênero teatro popular recebe este nome justamente porque atingia todas as camadas da sociedade. Mas antigamente  era feito de maneira bem diferente. Tudo era na base do improviso, com cenas ao ar livre, nas ruas e em espaços públicos. As peças, portanto, eram gratuitas e tinham o poder de transformar a mente do povo daquela época.

No final dos anos 1950, surge um público interessado em ver abordadas, no palco, questões políticas em contexto nacional. Nessa tendência podem-se identificar duas vertentes - uma de caráter regionalista e outra de caráter ideológico. Ariano Suassuna e João Cabral de Melo Neto podem ser incluídos no que Décio de Almeida Prado identifica como a Escola do Recife, que atravessa vários estilos e períodos históricos, desde Hermilo Borba Filho a Luiz Marinho. Nas peças de Suassuna, o povo é capaz de enfrentar o poder e até de vencê-lo. O nacionalismo é aqui uma conseqüência do regionalismo.

Em 1960, a fundação do Centro Popular de Cultura da UNE - CPC, marca o início de uma prática teatral voltada para a revolução social. Enquanto a vertente regionalista atribui ao teatro a tarefa de promover sua popularização, no sentido de ir para onde o povo está e falar sua língua, o teatro revolucionário praticado pelo CPC pretende ensinar ao povo um novo vocabulário, dando a ele uma visão política sobre sua vida. Se o teatro regionalista cultiva a religiosidade por fazer parte da cultura popular, o teatro revolucionário a bane por ser instrumento das classes dominantes para promover a resignação. O golpe militar de 1964 interrompe a prática do CPC e seus dramaturgos migram para o Grupo Opinião. No final da década de 1960, o Teatro de Arena e Opinião serão os responsáveis pelas mais importantes peças e encenações na linha de um teatro brasileiro voltado para os problemas sociais.

Na segunda metade da década de 1970, considerando que a censura, o Teatro de vanguarda e o teatro comercial promovem um "vazio cultural" na história brasileira, intelectuais e artistas se reúnem em prol de um teatro nacional-popular. O movimento retoma os princípios de uma dramaturgia crítica e realista, cujos melhores exemplos são Gota d'Água, de Paulo Pontes e Chico Buarque, 1975, e O Último Carro, de João das Neves, 1978.

Surgidos na década de 1990, os grupos Folias d'Arte, a Companhia do Latão e a Companhia de Arte e Malas-Artes são alguns representantes voltados a essa tendência, demonstrando que uma visão específica do "popular" ainda permanece em cena. Fruto dos tempos da censura e repressão, o teatro popular também tem seu lugar nos dias de hoje, recontextualizado para uma circunstância política globalizada e neoliberal.

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No século XX, o teatro tornou-se um importante meio de crítica e discussão social. Os temas abordados tinham o objetivo de escancarar as feridas da sociedade da época, e criticar a burguesia. Questões políticas também eram trabalhadas. O teatro naquele período tinha suas raízes no realismo e no naturalismo, mas não havia muito empenho em uma reprodução fidedigna de figurinos e cenários.

As inovações ocorridas no século XX trouxeram ideias e projetos estéticos que mudaram a noção do que era o teatro, influenciando os profissionais até hoje. Durante esse período muitos artistas passaram a questionar os padrões estabelecidos, como: a separação palco plateia, os temas das peças, a distribuição dos atores, a iluminação, entre outros. Nesse período muitos autores e atores surgiram, trazendo sugestões para que os padrões fossem alterados.

Teatro Impressionista

Surgiu na Alemanha entre as duas grandes guerras, sendo, basicamente, uma fusão entre o pessimismo e o cenário desolador do pós guerra com a literatura fantástica. O teatro impressionista explorava a explosão das emoções, por isso, havia peças com muito suspense e cenários expressivos.

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Uma grande marca do teatro impressionista é a mudança de identidade dos personagens, que podiam assumir a forma de objetos, assim, distorcendo a realidade.

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Teatro Futurista

Esse movimento surgiu na Itália, em 1914, fortemente influenciado pela modernização. As obras desse movimento queriam representar o novo: como carros, aviões e trens. Assim, eles rejeitavam a ligação com o passado e valorizavam a inovação, a velocidade e o movimento das máquinas. As peças desse movimento propunham acontecimentos no palco e na plateia, além de ser centrado em cenas curtas, com muita ação e poucos diálogos.

Teatro Épico

O teatro épico surgiu logo após a primeira guerra mundial, na Alemanha, era politizado e tinha como objetivo modificar a sociedade. Suas principais características eram a comunicação direta entre público e ator, a exposição do aparato cenográfico, o posicionamento do ator como crítico da história, cisão de espaço-tempo entre as cenas, e música servindo de comentário para a ação. Esse tipo de peça desenvolve-se sem ordem cronológica, misturando presente e passado, na tentativa de manter o interesse do público e evitar a passividade dos atores, e sempre com o intuito de levar as pessoas à reflexão.

O Teatro Brasileiro no Século XX

A primeira guerra mundial nos afastou da Europa. O Brasil sempre recebeu peças e atores da França, Itália e Portugal em temporadas de grandes repercussões. Mas, diante do isolamento, foi preciso abrir um caminho por conta própria.

O início da modernização das nossas artes é sempre associado à semana de arte moderna, ocorrida em 1922. A semana é considera um momento de ruptura com a oligarquia e o início de uma maior valorização nacional. Mas o teatro foi quase totalmente esquecido nesse processo, e ficou adormecido por um tempo, e só veio a ganhar força novamente em 1943, quando evoluiu de um tipo conhecido como “comédia de costumes”, para uma dramaturgia sobre os problemas do Brasil contemporâneo.

Um dos principais nomes desse período é o imigrante polaco Zbigniew Ziembinski. A ele é atribuído a responsabilidade de ter modernizado o teatro brasileiro apresentando técnicas inovadoras, oriundas de seu grande conhecimento das vertentes artísticas modernas europeias. As duas principais inovações foram quanto ao papel do encenador e à criação de uma consciência de elenco.

A partir de 1964, com os militares no poder, o teatro voltou a perder força, já que todas as peças eram analisadas e, aquelas contrárias aos interesses do governo, foram censuradas. Yan Michalski, um destacado teatrólogo e crítico, fala sobre os problemas desse período em seu livro “O Palco Amordaçado”.

Em 1980, o teatro brasileiro voltou a crescer, com o surgimento de vários diretores que valorizaram a linguagem teatral dramática e cênica. O resultado disso foi a expansão de diversos grupos de teatro por todo o país, e a criação de várias peças, festivais, encontros, congressos e seminários que ocorrem até hoje.