A partir do final do século XIX, período conhecido como Segunda Revolução industrial e Tecnológica

A Segunda Revolução Industrial corresponde à segunda fase da chamada Revolução Industrial. Essa fase iniciou-se na segunda metade do século XIX, por volta de 1850, e findou-se durante a Segunda Guerra, período compreendido entre 1939 a 1945. A industrialização, então, saiu dos limites da Inglaterra e alcançou países como a Alemanha, França, Rússia, Japão e Estados Unidos.

As fases da revolução não indicam ruptura, mas o surgimento de novas características por meio de avanços e aprimoramentos tecnológicos que deram continuidade ao processo, modificando toda a estrutura da produção capitalista. A Segunda Revolução Industrial ficou conhecida como o período das grandes inovações e o aparecimento de novas indústrias.

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Causas

As principais causas da eclosão da Segunda Revolução Industrial estão associadas principalmente às grandes Revoluções Liberais ou Revoluções Burguesas, ocorridas no século XIX, e que eram pautadas no pensamento liberal e influenciadas pelo iluminismo.

Nesse período, a burguesia representava a classe dominante, estando no poder em diversos países. Essas revoluções foram responsáveis pelo fim do Antigo Regime, pelo fortalecimento do capitalismo e por impulsionar a industrialização.

Foram muitos os avanços tecnológicos alcançados nesse período, possibilitando a instalação de novas indústrias, o aumento nas produções, bem como a ampliação dos negócios. Surge, então, nessa época o chamado Capitalismo Financeiro (monopolista), representando uma nova fase do capitalismo e moldando essa fase da Revolução Industrial por meio do investimento em pesquisas e aparatos tectonológicos.

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Segunda Revolução Industrial e o Imperialismo

As inovações tecnológicas no período da Segunda Revolução Industrial apesar de aumentarem a produção e possibilitarem o surgimento de novas indústrias, acabaram provocando o desemprego e o empobrecimento da classe trabalhadora em virtude da substituição da manufatura por máquinas.

Esse empobrecimento foi constatado quando a classe trabalhadora não conseguia consumir o que era produzido, gerando, então, excedentes de produção nas indústrias, consequentemente, prejuízos econômicos.

Nações capitalistas, como os Estados Unidos e Alemanha, precisavam, dessa forma, procurar novos mercados consumidores para além dos territórios europeus, assim como precisavam buscar matéria-prima para viabilizar a produção fabril. Iniciou-se, assim, o que ficou conhecido como imperialismo: a busca por novos territórios mediante políticas de expansão e domínio territorial, econômico e cultural de uma nação sobre outra.

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Inovações tecnológicas

A Segunda Revolução Industrial representa a introdução de novas técnicas e novas fontes de energia, destacando a indústria química. Esses aprimoramentos tecnológicos possibilitaram o aumento da capacidade industrial, além de ter proporcionado o desenvolvimento acelerado da economia. Essa fase foi marcada pelo uso da eletricidade e, especialmente, do petróleo, substituindo o vapor.

Anteriormente a essa fase, o uso da eletricidade ainda era restrito, limitando-se apenas ao desenvolvimento de pesquisas laboratoriais. Durante esse momento, seu uso passou a ser industrial, sendo a energia elétrica transmitida por meio de fiação a longas distâncias. Criou-se, então, os motores elétricos.

O petróleo passou a ser utilizado como combustível em decorrência do melhoramento do motor de combustão interna. O uso desse combustível fóssil foi difundido a partir da invenção do motor à explosão.

A partir do final do século XIX, período conhecido como Segunda Revolução industrial e Tecnológica

O navio a vapor foi uma das invenções do período da Segunda Revolução Industrial.

As principais invenções e inovações desse período foram:

  • Fabricação do aço, que era usado em substituição ao ferro;

  • Uso de fibras e sintéticos em substituição a matérias-primas naturais para a produção de tecidos;

  • Utilização de máquinas e fertilizantes químicos, na agricultura;

  • Construção de ferrovias;

  • Invenção de navios a vapor;

  • Instalação da primeira linha de telégrafo subaquática;

  • Instalação do primeiro cabo transatlântico;

  • Invenção do telefone;

  • Envio da primeira mensagem de rádio sem fio;

  • Invenção da lâmpada incandescente;

  • Invenção da televisão;

  • Surgimento dos antibióticos.

Consequências

As principais consequências da Segunda Revolução Industrial provocadas pela relação entre ciência e tecnologia proporcionaram um grande aumento produtivo no setor industrial. As novas tecnologias possibilitaram o aumento da produção alimentícia por meio da agricultura. A produção deixava de ser para subsistência ou para um pequeno mercado, passando, então, a ser uma produção em massa (linha de montagem de Henry Ford e a racionalização do trabalho por Frederick Taylor).

O avanço tecnológico causou também o êxodo rural. A substituição da manufatura pela maquinofatura fez com que a população deixasse o campo, o que trouxe um aumento considerado das cidades, caracterizando, dessa forma, o processo de urbanização. Esse crescimento acelerado provocou inchaços urbanos.

Surgiram novas relações de trabalho associadas ao surgimento de sindicatos e organizações de trabalhadores, que por muitas vezes reivindicavam melhores condições de trabalho e salários por causa do empobrecimento dessa classe. A substituição do trabalho humano por máquinas gerou desemprego e redução de trabalhos, fazendo com que houvesse mais mão de obra disponível do que oportunidades para trabalhar.

Os avanços tecnológicos fizeram com que aumentassem as migrações. Isso ocorreu porque viagens eram possíveis em um menor espaço de tempo e com menor custo-benefício, em virtude da criação das ferrovias e de outros meios de transporte. A comunicação também foi facilitada em razão das diversas invenções tecnológicas na área da telecomunicação.

Revolução Industrial

A partir do final do século XIX, período conhecido como Segunda Revolução industrial e Tecnológica

A Revolução Industrial representa o período das grandes transformações tecnológicas que substituíram a manufatura pela maquinofatura.

A Revolução Industrial representa um período de grandes transformações relacionadas aos avanços tecnológicos e sua influência no setor industrial e econômico, que acarretou o aparecimento de novas formas de organização da sociedade. Essa revolução teve início na Europa Ocidental, em meados do século XVIII, tendo como pioneira a Inglaterra. Ao longo dos anos, esses avanços espalharam-se pela Europa e, posteriormente, pelo mundo todo.

Apesar de não ter tido uma ruptura, esse período teve diversos desdobramentos que ficaram conhecidos como fases. Essas fases são caracterizadas pelos avanços e aprimoramentos que constituem o processo evolutivo das tecnologias, além das transformações econômicas e sociais proporcionadas. Para saber mais, leia: Revolução Industrial.

→ Primeira Revolução Industrial

Representa a fase em que se iniciou o período de evolução tecnológica. Esse período compreende o século XVIII até meados de 1850, quando se inicia uma nova fase. A Primeira Revolução Industrial é marcada, principalmente, pela substituição da energia produzida pelo homem pela energia a vapor, eólica e hidráulica, assim como a substituição da manufatura pelo maquinofatura, ou seja, a produção artesanal pela indústria.

As transformações ocorridas nessa fase estão relacionadas especialmente:

  • à utilização do carvão como fonte de energia;

  • ao desenvolvimento da máquina a vapor e da locomotiva;

  • à invenção do telégrafo.

Todas as inovações obtidas nesse período e os avanços tecnológicos aplicados à produção proporcionaram o aumento da produtividade, melhor escoamento das matérias-primas e melhoramento da distribuição dos bens produzidos.

Terceira Revolução Industrial

A Terceira Revolução Industrial representa a terceira fase da Revolução Industrial. É conhecida também como Revolução Técnico-Científica. Essa fase teve início após a Segunda Guerra Mundial e representa novamente um novo cenário mundial. As mudanças referem-se, principalmente, à relação que se estabeleceu entre o desenvolvimento tecnológico voltado ao processo produtivo e o avanço científico.

Nessa fase, a revolução deixou de limitar-se a apenas alguns países e espalhou-se pelo mundo. As inovações desse período ligaram as pessoas em todas as regiões do planeta, possibilitando a transmissão instantânea de informações, diminuindo tempo e distância.

As principais transformações proporcionadas pelos avanços até os dias atuais fazem parte do desenvolvimento das sociedades. Setores da biotecnologia, robótica, genética, eletrônica, transporte e das telecomunicações foram os que mais sofreram modificações, alcançando evoluções jamais vistas anteriormente. Houve desenvolvimento em diversas áreas, provocando alterações no modo de vida, nas relações sociais e também no espaço geográfico. Para saber mais sobre, acesse: Terceira Revolução Industria.